·

Cursos Gerais ·

Acionamento Fluidomecânicos

Envie sua pergunta para a IA e receba a resposta na hora

Fazer pergunta
Equipe Meu Guru

Prefere sua atividade resolvida por um tutor especialista?

  • Receba resolvida até o seu prazo
  • Converse com o tutor pelo chat
  • Garantia de 7 dias contra erros

Texto de pré-visualização

1) Qual é a relação entre o Código Florestal (lei 12.651/2012) e os fenômenos das Mudanças Climáticas (adotando um abordagem crítica sobre tal situação) 2) Os principais institutos do código florestal,são a RL e a APP. Qual é a relação dos mesmos, com as mudanças climáticas ? Transcreva como se dá RL e a APP. 3) Explique o que é o CAR e como está a sua implementação atualmente. 4) Existe “Pagamento por Serviços Ambientais”? Responda Indicando o fundamento legal, regulamentação e,ao menos, um exemplo de aplicação no Brasil. 5) Qual foi a principal mudança no “Novo Código Florestal” (Lei 12.651) em relação à proteção de nascentes no código florestal de 1965 (Lei 4.771) ? 6) Qual é a relação do Decreto n° 6514 de 22 de Julho de 2008,com o Novo Código Florestal1O Código Florestal Brasileiro (Lei nº 12.651/2012) tem uma relação direta com os fenômenos das mudanças climáticas, considerando que as florestas desempenham um papel crucial na regulação do clima global. No entanto, essa relação pode ser analisada sob uma perspectiva crítica, especialmente quando se observam as mudanças na legislação e a abordagem adotada em relação à conservação ecológica.Abordagem Analítica:Função das Florestas: As florestas são fundamentais para a mitigação das mudanças climáticas, pois atuam como sumidouros de carbono, absorvendo CO2 da atmosfera. A preservação e a recuperação das áreas florestais são estratégias importantes para combater o aquecimento global.Alterações no Código Florestal: A Lei nº 12.651/2012 trouxe mudanças significativas em relação à legislação anterior (Lei nº 4.771/1965). Uma das críticas mais frequentes é a flexibilização das regras para a recomposição de áreas de Reserva Legal e de Áreas de Preservação Permanente (APPs) que foram desmatadas ilegalmente, o que pode levar a uma redução na cobertura florestal e, consequentemente, afetar a capacidade de sequestro de carbono.Regularização Ambiental: O Código Florestal estabeleceu o Programa de Regularização Ambiental (PRA) e o Cadastro Ambiental Rural (CAR) como instrumentos para promover a regularização ambiental dos imóveis rurais. No entanto, a eficácia desses instrumentos na promoção da conservação florestal e na mitigação das mudanças climáticas ainda é objeto de debate.Abordagem Crítica:Concessões e Interesses Econômicos: Críticos argumentam que o Código Florestal de 2012 fez concessões excessivas aos interesses agropecuários e econômicos em detrimento da proteção ambiental. Isso pode comprometer a efetividade das políticas de combate às mudanças climáticas.Exemplo: Um dos pontos controversos do Código Florestal de 2012 é a anistia concedida a proprietários rurais que desmataram áreas ilegalmente antes de julho de 2008. Críticos argumentam que essa medida favorece o agronegócio e incentiva práticas insustentáveis de uso do solo, comprometendo a conservação ambiental e a luta contra as mudanças climáticas.Desafios na Implementação: A implementação efetiva do Código Florestal e de seus instrumentos, como o CAR e o PRA, enfrenta desafios, incluindo a falta de recursos, a morosidade na validação dos cadastros e a fiscalização insuficiente.Exemplo: A implementação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) enfrenta dificuldades, como a falta de estrutura dos órgãos ambientais para validar os cadastros e garantir a conformidade com a legislação. Isso resulta em atrasos na regularização ambiental de propriedades rurais e na aplicação de medidas de conservação.Impacto nas Comunidades Tradicionais: A legislação também é criticada por não considerar adequadamente os direitos e as práticas sustentáveis de comunidades tradicionais e povos indígenas, que são importantes guardiões das florestas.Exemplo: A construção de grandes empreendimentos, como hidrelétricas e monoculturas, em territórios de comunidades tradicionais e indígenas, muitas vezes ocorre sem a devida consulta e respeito aos seus direitos e conhecimentos ecológicos. Isso não apenas viola os direitos dessas comunidades, mas também compromete a conservação das florestas que desempenham um papel crucial na mitigação das mudanças climáticas.Visão Ecológica: Há uma necessidade de fortalecer a visão ecológica na legislação, priorizando a conservação da biodiversidade e a integridade dos ecossistemas, que são fundamentais para a resiliência frente às mudanças climáticas.Exemplo: A fragmentação de habitats causada pelo desmatamento e pelo avanço da fronteira agrícola ameaça a biodiversidade e a integridade dos ecossistemas. Reforçar a visão ecológica na legislação implica em adotar medidas que promovam a conservação de áreas contínuas de vegetação nativa, essenciais para a manutenção dos serviços ecossistêmicos e para a resiliência frente às mudanças climáticas.2As Reservas Legais (RL) e Áreas de Preservação Permanente (APP) são institutos fundamentais do Código Florestal Brasileiro (Lei nº 12.651/2012) e têm uma relação direta com as mudanças climáticas, principalmente por sua função na conservação da biodiversidade, proteção dos recursos hídricos e na regulação do clima.Reserva Legal (RL):A Reserva Legal é uma área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, delimitada no CAR (Cadastro Ambiental Rural), com a função de assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel, auxiliar na conservação e na reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora nativa.A Reserva Legal deve ser mantida com cobertura de vegetação nativa, podendo o proprietário utilizar-se de forma sustentável, de acordo com plano de manejo aprovado pelo órgão ambiental competente.Área de Preservação Permanente (APP):As Áreas de Preservação Permanente são áreas protegidas, cobertas ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas. As APPs incluem áreas no entorno de nascentes, margens de rios, encostas ou partes de encostas com declividade superior a 45º, topos de morros, montes, montanhas e serras, e manguezais, entre outras.Relação com as Mudanças Climáticas:Sequestro de Carbono: Tanto as Reservas Legais quanto as APPs atuam como sumidouros de carbono, sequestrando CO2 da atmosfera e contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas.Proteção de Recursos Hídricos: As APPs desempenham um papel crucial na proteção dos recursos hídricos, que são essenciais para manter a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos que ajudam a regular o clima.Conservação da Biodiversidade: A manutenção da biodiversidade em RLs e APPs contribui para a resiliência dos ecossistemas às mudanças climáticas, mantendo processos ecológicos essenciais.Proteção do Solo e Prevenção de Desastres Naturais: Ambos os institutos ajudam na prevenção da erosão do solo e na redução do risco de desastres naturais, como enchentes e deslizamentos, que podem ser exacerbados pelas mudanças climáticas.Em resumo, as Reservas Legais e Áreas de Preservação Permanente são essenciais para a conservação dos recursos naturais e para a mitigação e adaptação às mudanças climáticas, destacando a importância de sua implementação efetiva e fiscalização rigorosa.3O Cadastro Ambiental Rural (CAR) é um registro público eletrônico de âmbito nacional, obrigatório para todos os imóveis rurais, criado pela Lei nº 12.651/2012, conhecida como o Novo Código Florestal. Seu objetivo é integrar as informações ambientais das propriedades e posses rurais, compondo uma base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico, e combate ao desmatamento.O CAR serve como um importante instrumento para a gestão ambiental do território rural, pois reúne dados sobre as Áreas de Preservação Permanente (APPs), Reserva Legal (RL), áreas de uso restrito, além de áreas consolidadas. Ele é essencial para o planejamento do imóvel rural e para a regularização ambiental, uma vez que é o primeiro passo para a adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA) pelos proprietários rurais.Quanto à implementação atual do CAR, até o momento, a adesão tem sido expressiva, com a maioria dos estados brasileiros apresentando altos índices de cadastramento. No entanto, ainda existem desafios, como a validação dos cadastros e a efetiva implementação dos Programas de Regularização Ambiental (PRAs) nos estados. Além disso, há a necessidade de constante atualização e verificação das informações prestadas pelos proprietários rurais para garantir a precisão dos dados.O CAR é um passo fundamental para a gestão sustentável dos recursos naturais e para a conservação do meio ambiente no Brasil, sendo uma ferramenta essencial para o cumprimento da legislação ambiental no país.4Sim, existe o "Pagamento por Serviços Ambientais" (PSA) no Brasil. O fundamento legal para o PSA está na Lei Nº 14.119, de 13 de Janeiro de 2021, que institui a Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais (PNPSA).A regulamentação dessa política é feita por meio de decretos, portarias e normativas emitidas pelo órgão central do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama) e outros órgãos competentes. Essas regulamentações estabelecem os critérios, procedimentos e diretrizes para a implementação dos programas de pagamento por serviços ambientais.Um exemplo de aplicação do PSA no Brasil é o Programa Bolsa Floresta, no Estado do Amazonas. Esse programa foi criado pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS) e tem como objetivo promover a conservação ambiental e melhorar a qualidade de vida das comunidades que vivem na região da Floresta Amazônica. O programa oferece incentivos financeiros às famílias que se comprometem a adotar práticas sustentáveis de uso dos recursos naturais e a contribuir para a conservação da floresta. Esses incentivos são uma forma de reconhecer e recompensar os serviços ambientais prestados por essas comunidades, como a manutenção da biodiversidade, a regulação do clima e a proteção das bacias hidrográficas.5A principal mudança no "Novo Código Florestal" (Lei 12.651/2012) em relação à proteção de nascentes, comparado ao Código Florestal de 1965 (Lei 4.771), está na definição explícita de uma área de preservação permanente (APP) ao redor das nascentes e olhos d'água perenes. No novo código, é estabelecida uma faixa de proteção mínima de 50 metros ao redor das nascentes e olhos d'água perenes, conforme o Art. 4º, inciso III:Art. 4º - Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou urbanas, para os efeitos desta Lei: III - a faixa marginal de qualquer curso d'água natural, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de: a) 30 (trinta) metros para os cursos d'água de menos de 10 (dez) metros de largura; b) 50 (cinquenta) metros para os cursos d'água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros de largura; c) 100 (cem) metros para os cursos d'água que tenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos) metros de largura; d) 200 (duzentos) metros para os cursos d'água que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura; e) 500 (quinhentos) metros para os cursos d'água que tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros.Já no Código Florestal de 1965, a proteção das nascentes não era tão claramente estabelecida em termos de dimensões específicas para a área de preservação permanente. A mudança na proteção de nascentes introduzida pelo Novo Código Florestal (Lei 12.651/2012) em relação ao Código Florestal de 1965 (Lei 4.771) reflete uma evolução na compreensão da importância das Áreas de Preservação Permanente (APPs) para a conservação dos recursos hídricos e a manutenção da biodiversidade. Ao estabelecer uma faixa de proteção mínima de 50 metros ao redor das nascentes e olhos d'água perenes, o novo código busca garantir uma barreira eficaz contra o avanço das atividades humanas sobre esses ecossistemas sensíveis.Essa medida é crucial para a preservação da qualidade da água, pois as nascentes e olhos d'água perenes são pontos de origem dos cursos d'água, e sua proteção é fundamental para evitar a contaminação e a degradação dos recursos hídricos. Além disso, as faixas de proteção servem como corredores ecológicos, promovendo a conectividade entre diferentes habitats e contribuindo para a conservação da biodiversidade.6O Decreto nº 6.514, de 22 de julho de 2008, estabelece as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente, bem como o processo administrativo federal para apuração dessas infrações. Por outro lado, o Novo Código Florestal (Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012) estabelece normas gerais sobre a proteção da vegetação, áreas de preservação permanente (APPs), reserva legal, exploração florestal, controle do desmatamento, entre outros aspectos relacionados à conservação e uso sustentável das florestas e demais formas de vegetação nativa.A relação entre o Decreto nº 6.514/2008 e o Novo Código Florestal está no fato de que o decreto pode ser utilizado como instrumento para a aplicação e cumprimento das disposições estabelecidas pelo código. Por exemplo, infrações às regras estabelecidas pelo Novo Código Florestal, como o desmatamento ilegal ou a não manutenção de reserva legal, podem resultar nas sanções administrativas previstas no Decreto nº 6.514/2008, como multas e embargos de atividades.A interação entre o Decreto nº 6.514/2008 e o Novo Código Florestal (Lei nº 12.651/2012) revela a complexidade da legislação ambiental brasileira e a necessidade de mecanismos eficazes para garantir a proteção e conservação do meio ambiente. O Decreto nº 6.514/2008, ao estabelecer infrações e sanções administrativas, funciona como uma ferramenta de dissuasão e penalização para as violações ambientais, enquanto o Novo Código Florestal define as normas para a gestão sustentável dos recursos naturais.No entanto, essa relação entre o decreto e o código também levanta questões críticas sobre a efetividade da legislação ambiental no Brasil. Embora o Decreto nº 6.514/2008 possa impor sanções severas para infrações ambientais, a aplicação dessas penalidades depende de um sistema de fiscalização robusto e eficiente, o que nem sempre é o caso no país. Além disso, o Novo Código Florestal, apesar de estabelecer princípios para a conservação ambiental, tem sido criticado por flexibilizar regras anteriores, o que pode resultar em um enfraquecimento da proteção das áreas florestais.A relação entre o decreto e o código também reflete os desafios enfrentados na conciliação entre o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental. As infrações ambientais frequentemente estão relacionadas a atividades econômicas, como a expansão agrícola e o desmatamento ilegal. A aplicação efetiva de sanções pelo Decreto nº 6.514/2008 requer não apenas um sistema de fiscalização eficiente, mas também políticas públicas que promovam práticas sustentáveis e alternativas econômicas para as comunidades dependentes do uso dos recursos naturais.Em suma, a relação entre o Decreto nº 6.514/2008 e o Novo Código Florestal é fundamental para a proteção ambiental no Brasil, mas também expõe as lacunas e desafios na implementação e fiscalização das leis ambientais. A eficácia dessa relação depende de um compromisso contínuo com a conservação ambiental, aprimoramento dos mecanismos de fiscalização e a busca por um equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a sustentabilidade ecológica.REFERÊNCIASBRASIL. Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 28 maio 2012.BRASIL. Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 13 fev. 1998.BRASIL. Decreto nº 6.514, de 22 de julho de 2008. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 jul. 2008.A grilagem de terras e o Novo Código Florestal em 3 minutos. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=-FSYM55heH0. Acesso em: 21 mar. 2024.Novo Código Florestal. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Za2M6t78n_o. Acesso em: 21 mar. 2024.Onde Estamos? 10 Anos da Implementação do Código Florestal. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=OgWVKDcCaKQ. Acesso em: 21 mar. 2024.

base