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Abastecimento de Água
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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCOESCOLA DE GESTÃO EM POLÍTICA E ECONOMIACURSO DE ECONOMIALUCAS GUIMARÃES DOS SANTOSPANDEMIA E DESENVOLVIMENTO ECONIMICO: DESAFIOS DAS POLÍTICAS MONETARIAS PARA CONTROLAR A INFLAÇÃO E DESEMPREGO NAS DIFERENTES CLASSES SOCIAIS Recife – PE2024INTRODUÇÃO A pandemia de COVID-19 teve um impacto significativo nas economias globais, criando desafios econômicos que afetaram de maneira desigual diversos grupos sociais. Este estudo examina a relação entre a pandemia e o desenvolvimento econômico, com ênfase nos desafios enfrentados pelas políticas monetárias na tentativa de controlar a inflação e o desemprego, ao mesmo tempo em que atendem às necessidades das diferentes classes sociais. À medida que a crise sanitária se intensificava, as políticas monetárias tornaram-se essenciais para sustentar as economias em meio à incerteza.A COVID-19, ou "Coronavírus Disease 2019" (Doença por Coronavírus 2019), é uma doença infecciosa causada pelo vírus SARS-CoV-2. Ela surgiu inicialmente em Wuhan, na China, no final de 2019, e rapidamente se espalhou por todo o mundo, tornando-se uma pandemia global.Em março de 2020, medidas de isolamento social foram adotadas com o objetivo de desacelerar a disseminação do vírus e evitar o colapso dos sistemas de saúde. No Brasil, o governo previa impactos econômicos negativos, como a redução das exportações, queda nos preços de commodities, interrupção das cadeias produtivas, diminuição nos preços de ativos e piora nas condições financeiras, além da diminuição no fluxo de pessoas e mercadorias (MINISTÉRIO DA ECONOMIA, 2020b).Com o aumento da incerteza econômica, investimentos e consumo de bens e serviços foram adiados ou cancelados, tanto no Brasil quanto no exterior. A redução da atividade econômica em outros países também afetou o volume e os preços das exportações brasileiras. Isso desencadeou uma série de problemas, incluindo redução da produção, cortes na jornada de trabalho, demissões, falências e retração da oferta de crédito por parte dos bancos, devido ao aumento do risco de investimento (MINISTÉRIO DA ECONOMIA, 2020b).O Brasil, que já estava superando a crise de 2014/2017, enfrentou novos desafios. Aquela crise foi causada por uma combinação de problemas de oferta e demanda, resultado de erros em políticas econômicas. Esses fatores reduziram o crescimento da economia e criaram incertezas sobre a estabilidade financeira do país (BARBOSA FILHO, 2017). As reformas e a flexibilização da política monetária estavam começando a mostrar sinais de recuperação econômica, mas a chegada da COVID-19 interrompeu esse progresso (SILVA, Mygre; SILVA, Rodrigo, 2020).O equilíbrio entre estabilizar a economia durante a crise pandêmica e evitar o agravamento das desigualdades sociais tornou-se um grande desafio. Questões como desigualdade socioeconômica, inflação, desemprego, acesso a recursos e assistência, além de uma recuperação econômica inclusiva, foram centrais para o debate. O principal desafio das políticas monetárias era equilibrar a estabilidade econômica com a justiça social, minimizando os impactos desiguais da pandemia nas diversas classes sociais.Este estudo visa analisar os desafios enfrentados no controle financeiro durante a pandemia, com foco na complexa tarefa de manter a estabilidade de preços e o pleno emprego, levando em consideração as desigualdades entre diferentes classes sociais. A crise sanitária não afetou a todos de forma igual, com as camadas mais vulneráveis da sociedade enfrentando os maiores desafios em termos de saúde, emprego e bem-estar econômico.A metodologia utilizada neste estudo é descritiva, com base em uma pesquisa bibliográfica, para entender os impactos da pandemia na economia e os desafios no controle financeiro, além do aumento do desemprego que afetou tanto pequenas quanto grandes empresas.JUSTIFICATIVA O interesse por este estudo surgiu da necessidade de entender o impacto financeiro significativo da pandemia, tanto no Brasil quanto no mundo. Esse tema é extremamente relevante para a economia, pois levanta questões sobre os efeitos da pandemia em áreas como inflação, desemprego e desigualdade socioeconômica, e por isso merece uma análise aprofundada. A pandemia teve um impacto global, sem se limitar a fronteiras nacionais, afetando a economia mundial de maneira devastadora. Vimos um colapso econômico sem precedentes, com quedas acentuadas no PIB, aumento massivo do desemprego e rupturas nas cadeias de suprimentos. Esses efeitos continuam a ser sentidos e exigem um estudo detalhado para compreender sua complexidade e extensão.As políticas monetárias desempenharam um papel crucial na mitigação dos efeitos da pandemia, com medidas emergenciais como a flexibilização quantitativa e cortes nas taxas de juros. No entanto, essa rápida resposta trouxe novos desafios, como o aumento da inflação e instabilidade financeira. Avaliar a eficácia dessas políticas é essencial para melhorar as ferramentas de gestão econômica em crises futuras, bem como para entender as desigualdades econômicas e sociais que foram agravadas pela pandemia. Além disso, o estudo oferece lições importantes para fortalecer a resiliência dos sistemas econômicos diante de futuras crises. É vital melhorar as políticas públicas, reforçar os sistemas de proteção social e promover um desenvolvimento econômico mais inclusivo e sustentável.Analisar criticamente essas questões nos ajudará a construir economias mais justas, equitativas e preparadas para os desafios do século XXI. A pandemia revelou e intensificou as desigualdades socioeconômicas já existentes em todo o mundo. Grupos vulneráveis, como trabalhadores informais, minorias e mulheres, foram os mais afetados, enfrentando perda de renda, insegurança alimentar e acesso limitado a cuidados de saúde. Examinar essas desigualdades estruturais é fundamental para criar um futuro mais justo e equitativo. Os impactos da pandemia vão além da economia, afetando também as dimensões sociais e políticas das sociedades. Um estudo aprofundado dessa temática exige uma abordagem interdisciplinar, integrando áreas como economia, sociologia, ciência política e saúde pública. Essa visão abrangente é essencial para entender as interações complexas entre os diferentes setores da sociedade e desenvolver soluções eficazes.PROBLEMATIZAÇÃO A pandemia de COVID-19 trouxe desafios significativos para o desenvolvimento econômico em todo o mundo e está profundamente relacionada a várias áreas da ciência econômica. Ela levantou questões essenciais sobre os impactos macroeconômicos, exigindo estratégias de políticas monetárias para enfrentar a inflação e o desemprego, que se tornaram dinâmicas complexas.A pandemia também evidenciou a relação entre as medidas monetárias e as diferentes classes sociais. Diversos estudos e pesquisas foram conduzidos para analisar os impactos econômicos e sociais da pandemia, além das políticas monetárias adotadas para mitigar seus efeitos. Esses estudos continuam sendo relevantes até hoje, pois os reflexos da pandemia ainda estão presentes na sociedade. Isso nos leva a compreender os complexos desafios que a pandemia trouxe para o desenvolvimento econômico, afetando tanto grandes quanto pequenas empresas.Segundo o Banco Mundial (2020), a recessão causada pela pandemia foi mais profunda do que a crise financeira global de 2008-2009 e a crise da dívida da América Latina nos anos 1980. De acordo com o SEBRAE (2020), durante o período de isolamento social, pequenos empresários e microempreendedores foram especialmente afetados pela queda nas vendas e no faturamento, em função das medidas de contenção da COVID-19, o que impactou toda a economia brasileira.LIMA, Otavio; MARTINS, Mariana; et al. (2022) destacam que, antes da pandemia, a economia brasileira estava começando a se recuperar, mas a chegada do COVID-19 mudou as expectativas positivas para previsões pessimistas. No primeiro trimestre de 2020, o Produto Interno Bruto (PIB) sofreu uma queda significativa, o pior resultado desde 2015, e a pandemia agravou ainda mais a desigualdade, gerando um ambiente de incerteza econômica.Estudos de Baltrusis, D'Ottaviano (2009) e Power et al. (2020) demonstram que, mesmo antes da pandemia, já existia uma correlação entre desigualdade e saúde em populações marginalizadas. Durante a pandemia, essa desigualdade se aprofundou, com uma parte significativa da população caindo na extrema pobreza, resultado de fatores como desigualdade social e econômica histórica, o grande número de trabalhadores informais e as condições precárias no sistema de produção de alimentos. Esses fatores agravaram ainda mais a situação econômica dessas pessoas, tornando-as mais vulneráveis durante a pandemia.Busso e Messina (2020) observaram que a crise da COVID-19 afetou os países de maneira desigual, dependendo de suas estruturas econômicas. Países com economias mais fortes conseguiram adotar incentivos fiscais e proteger os níveis de emprego e renda de sua população. No entanto, em países com economias emergentes, como os da América Latina, as medidas de apoio social foram insuficientes devido às profundas desigualdades estruturais, afetando de forma mais severa as populações vulneráveis. Por exemplo, após um mês de medidas restritivas, 65% das famílias de baixa renda tiveram pelo menos uma pessoa que perdeu o emprego, enquanto esse número foi de apenas 22% nas famílias de maior renda, evidenciando a disparidade no impacto econômico.Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que, até junho de 2020, 716.372 empresas fecharam suas portas, sendo 99,8% delas de pequeno porte. Isso resultou em uma grande perda de capital em um curto espaço de tempo.A pandemia, portanto, lançou uma sombra significativa sobre o desenvolvimento econômico global, desencadeando uma série de desafios complexos. A crise econômica combinada à pandemia trouxe à tona questões centrais da ciência econômica, como a necessidade de novas políticas monetárias para lidar com a desigualdade socioeconômica. O fechamento de pequenas e grandes empresas resultou em desemprego em massa, e as desigualdades sociais se acentuaram, especialmente com o aumento da inflação.Os estudos citados, como os de Baltrusis, D'Ottaviano, Power, Busso e Messina, mostram como as desigualdades pré-existentes e as disparidades estruturais agravaram os efeitos da pandemia, especialmente entre as populações marginalizadas. Esses fatores reforçam a necessidade de abordar as desigualdades sociais e econômicas de forma mais eficaz em crises futuras, assim como no desenvolvimento econômico global.4. REFERENCIAL TEÓRICO 4.1 Desenvolvimento econômico no Brasil O desenvolvimento econômico no Brasil é um processo complexo, moldado por fatores históricos, sociais, políticos e econômicos ao longo dos séculos. Entre 1500 e 1822, a economia brasileira foi marcada pela exploração de recursos naturais, como o pau-brasil, e pelo estabelecimento das capitanias hereditárias, que impulsionaram a produção de açúcar. Nesse período, a escravidão desempenhou um papel central na economia colonial, e o ciclo do ouro no século XVIII, especialmente em Minas Gerais, trouxe um novo impulso econômico.Entre 1822 e 1889, o café se tornou o principal produto de exportação, especialmente na região sudeste. Esse ciclo econômico foi dinâmico e, no final do século XIX, levou ao surgimento das primeiras indústrias, impulsionadas pela produção de café. Durante o governo de Getúlio Vargas, políticas de industrialização foram implementadas, com a criação de grandes empresas estatais e a promoção da substituição de importações.No período pós-guerra, entre 1945 e 1980, o governo de Juscelino Kubitschek e seus sucessores promoveram o desenvolvimento com foco na infraestrutura e industrialização, com destaque para a construção de Brasília, que se tornou um símbolo desse período de grandes investimentos públicos. Durante a ditadura militar, o Brasil passou por um rápido crescimento econômico, conhecido como "milagre econômico", que resultou em grandes investimentos em infraestrutura e expansão industrial. No entanto, esse crescimento também levou ao aumento da dívida externa e da inflação.A década de 1980 foi marcada pela crise da dívida e pelo baixo crescimento econômico, período conhecido como a "década perdida". No entanto, em 1990, com o Plano Real, a economia foi estabilizada, a inflação foi controlada, e reformas estruturais foram implementadas. No início do século XXI, o Brasil passou por um período de crescimento econômico sustentado, acompanhado pela redução da pobreza, aumento da classe média e a implementação de programas sociais, como o Bolsa Família, e políticas de inclusão social.A partir de 2010, o Brasil enfrentou novos desafios, como recessão econômica, crise política e problemas fiscais. Para lidar com essas questões, foram implementadas reformas econômicas e políticas de austeridade, com o objetivo de equilibrar a economia e promover um crescimento sustentável.O desenvolvimento econômico do Brasil é o resultado de uma série de fatores, tanto internos quanto externos, que moldaram a trajetória econômica do país ao longo do tempo.4.2 COVID - 19A Organização Mundial de Saúde (OMS) recebeu, no final do ano de 2019, um alerta sobre inúmeros casos de pneumonia na cidade de Wuhan, província de Hubei, na República Popular da China. Tratava-se de um novo tipo de vírus que ainda não tinha sido identificado na espécie humana. Conforme a OMS, a COVID-19 é uma doença causada pelo coronavírus SARS-CoV-2 e apresenta um quadro clínico que varia de infecções assintomáticas a quadros respiratórios graves (OPAS, OMS, 2020). Foi então quem em 2020, como emergência a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto do novo coronavírus constituía uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII). O impacto não veio apenas para a saúde, mas também pra crises sociais, econômicas e políticas que deixaram marcas até hoje. O impacto combinado desses choques poderá significar a maior reversão no desenvolvimento humano já registrada. A queda no desenvolvimento humano é esperada para ser muito maior nos países em desenvolvimento, que são menos capazes de lidar com as consequências sociais e econômicas da pandemia do que nas nações mais ricas. A pandemia da COVID-19 está desencadeando uma crise de desenvolvimento humano. Em algumas dimensões do desenvolvimento humano, as condições atuais são equivalentes aos níveis de privações vistos pela última vez em meados da década de 1980 (PNUD/BRASIL, 2020. p. 2).4.3 Desenvolvimento econômico durante a COVID – 19 A organização mundial da saúde (OMS), em março de 2020 declara o início da pandemia COVID-19 e juntamente com elas os impactos significativos na saúde pública, nas economias e nos mercados de trabalho tanto no Brasil, como também em outros países. A pandemia trouxe grandes impactos que afetou mundialmente, e podemos dizer que afetou todas as classes sociais, das microempresas até as grandes empresas, porém as pessoas que vivem na informalidade, em condições precárias, com baixos e irregulares rendimentos, são as mais afetadas, pois são pessoas que sofrem com a falta de acesso a água potável, não tem moradia adequada. Além disso, não se beneficiam com o sistema de proteção social, associados a emprego formal, direito a férias e salário-mínimo e entre outros benefícios. A chegada da pandemia explicitou ainda mais a tragédia da desigualdade e da exclusão. A COVID-19 é um problema novo, mas a desigualdade social é um problema muito antigo.A crise está afetando duramente todos os elementos constitutivos do desenvolvimento humano: renda (com a maior contração na atividade econômica desde a Grande Depressão), saúde (causando diretamente um número de mortes superior a 300.000 e levando indiretamente a um potencial adicional de 6.000 mortes infantis todos os dias por causas evitáveis durante os próximos 6 meses) e educação (as taxas efetivas de crianças fora da escola causadas pela incapacidade de acesso à Internet no ensino primário deverão cairpara os mesmos níveis dastaxas reais médias da década de 1980 (PNUD,BRASIL, 2020. p 2)O Ministério da Economia apresentou em setembro de 2020 uma listagem com os setores mais afetados pela pandemia do novo coronavírus a saber: 1 -Atividades artísticas, criativas e de espetáculos; 2 -Transporte aéreo; 3 -Transporte ferroviário e metroferroviário de passageiros; 4 -Transporte interestadual e intermunicipal de passageiros; 5 -Transporte público urbano;6 -Serviços de alojamento;7 -Serviços de alimentação; 8 -Fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias; 9 -Fabricação de calçados e de artefatos de couro; 10 -Comércio de veículos, peças e motocicletas(BRASIL, 2020).O Brasil ainda não tinha se recuperado da crise econômica entre 2014-2016, de acordo com a CODACE foi período do pior biênio de crescimento econômico dos últimos anos. Em 2015 e 2016, a recessão foi severa. O PIB retrocedeu nestes anos respectivamente 3,5% e 3,3%. Em 2015, o retrocesso decorreu fundamentalmente de um declínio de 14,1% do investimento e de 5% do consumo global da economia. A taxa de desemprego no quarto trimestre atingiu a cifra de 8,5%, depois de situar-se no patamar de 6,8% em 2014. Em 2016, os investimentos declinaram 10,2% e o consumo das famílias 4,2% e o gasto do governo 0,6%. No último trimestre deste ano, a taxa de desemprego foi de 11,5% (IBGE, 2018a; IPEADATA, 2018; BCB, 2018). Isso resultou uma grande diminuição do consumo, que era o que fazia ter o crescimento econômico, e isso acabou afetando as altas taxas de desemprego, uma diminuição da renda médio dos trabalhos e consequentemente aumentando os endividamentos familiares. Automaticamente os investimentos caíram em questão de lucratividade, altas taxas de juros, uma grande competição com produtos importados. O Brasil, ainda é considerado como um país no qual é extremamente desafiador para empresas operarem, isto é dado por conta da regulamentação excessiva carga tributária e regulamentação do mercado de trabalho. Este fator evita que bilhões de reais em investimentos possam ser realizados, retardando a criação de empregos durante os anos (Margato et al., 2017)A pandemia em 2020 nos remete o que foi a recessão de 2014 e 2016, acometendo um grande desastre econômico. O comitê de política monetária segue a ideia econômica de que, se a inflação vem de grande demanda, tem que ser controlada com juros mais alta. Porém acaba sendo ignorado com dois pontos importantes sobre a economia do nosso país. A primeira foi a mudança da oferta devido a desindustrialização que aconteceu nas últimas décadas e a segunda é que muitos dos preços na inflação são controladas. A crise econômica decorrente do coronavírus vem destruindo vários postos de trabalhos no Brasil e no exterior. A urgência da situação requer a adoção de políticas públicas de emprego e transferência de renda para proteger os trabalhadores que vivem na informalidade enquanto as atividades estiverem paralisadas. No longo prazo, porém, o país precisa de uma política de desenvolvimento que implique o abandono da austeridade fiscal e o aumento dos gastos em programas sociais já existentes, no sentido de proteger milhões de trabalhadores que vivem na informalidade e residem em comunidades ou assentamentos precários, sem falar na população de rua (COSTA, Simone. 2020). Segundo o Banco Mundial (2018) “o Brasil tem investido cerca de 2% do PIB em infraestrutura, muito menos do que países semelhantes em todo o mundo, e nem mesmo suficiente para cobrir a depreciação. Um enfoque crescente deve ser dado para melhorar a qualidade e a sustentabilidade da infraestrutura”A partir de 2021, a proposta da equipe do Governo Bolsonaro é de promover a retomada da atividade econômica partir de uma agenda de reformas, com ênfase na consolidação fiscal e combate à má alocação de recursos. Pretende-se promover a abertura econômica, as privatizações e concessões, a reforma tributária, a revisão das desonerações e subsídios públicos, a aprovação do Projeto de Lei do saneamento básico, promoção de energia mais eficiente, desburocratização, redução do desemprego e pobreza por meio da criação de empresas, entre outras (MINISTÉRIO DA ECONOMIA, 2020a, d).Conforme as projeções do Ministério da Economia (2020d), espera-se a partir de 2021, conter e até reduzir os índices de inflação, bem como manter as taxas de juros (over Selic e de longo prazo) em patamares menores e a taxa de câmbio (R$/US$) depreciada em relação aos anos anteriores. Além disso, espera-se obter crescimento do mercado de crédito de até 8,11% para 2024. A projeção do PIB, para 2021, é de crescimento de 2,2% (WORLD BANK, 2020).McKibbin e Fernando (2020) investigaram sete possíveis cenários na qual a pandemia pode evoluir, a partir de um modelo de equilíbrio geral híbrido. Caso a pandemia seja controlada, os impactos podem ser consideravelmente negativos no curto prazo. Além disso, o estudo aponta a necessidade de maiores investimentos nos sistemas públicos de saúde, principalmente nos países menos desenvolvidos, pois os sistemas já são fragilizados e apresentam elevada demanda devido à alta densidade populacional.OBJETIVOS5.1 Objetivos gerais Compreender e abordar os impactos econômicos e sociais da pandemia de COVID-19, especialmente em relação ao desenvolvimento econômico, com foco na eficácia das políticas monetárias;5.2 Objetivos específicos Avaliar o impacto da pandemia nas principais métricas econômicas;Explorar como as políticas monetárias, foram implementadas e como afetaram a economia;Investigar como a pandemia afetou a desigualdade social e econômica; METODOLOGIA Trata- se de um estudo descritivo, a partir de uma revisão sistemática composto por pesquisas de dados sobre a pandemia e desenvolvimento econômico: desafios das políticas monetárias para controlar a inflação e desemprego nas diferentes classes sociais. Revisão sistemática é um tipo de revisão que se propõe a responder uma pergunta específica de forma objetiva e imparcial. Para isso utiliza métodos sistemáticos e definidos a priori na identificação e seleção dos estudos, extração dos dados e análise dos resultados (FALAVIGNA, 2018).Na primeira etapa foi realizado uma revisão de literatura baseado em artigos, correspondente ao tema ou que fossem relevantes ao assunto. Foram utilizados artigos com publicações recentemente. Foi usado métodos de inclusão e exclusão, para alcançar o objetivo da pesquisa.Critérios de inclusão: Publicações de artigos, sobre o desenvolvimento econômico antes da pandemia, durante e a pós; Desafios das políticas monetárias e o alto índice de desemprego. Critérios de exclusão: Publicações de artigos, que não fossem tão relevantes ao tema proposto e artigos publicados anteriores de 2000. Nesse estudo foi utilizada análise de conteúdo referente ao tema que é dado sobre a pandemia e o desenvolvimento econômico. CONOGRAMA Mês 1-2: Definição do Tema e Revisão Inicial da LiteraturaEscolher e delimitar o tema de pesquisa.Realizar uma revisão bibliográfica inicial para compreender o contexto.Mês 3-4: Formulação do Problema e ObjetivosRefinar o tema em uma pergunta de pesquisa.Estabelecer de maneira clara os objetivos do trabalho.Aprofundar a revisão bibliográfica.Mês 5-6: Desenvolvimento da MetodologiaSelecionar e justificar a metodologia de pesquisa.Elaborar instrumentos de coleta de dados.Iniciar a coleta de dados, se aplicável.Mês 7-8: Análise de DadosAnalisar os dados coletados.Interpretar os resultados.Validar ou ajustar a metodologia, se necessário.Mês 9: Redação do Capítulo de IntroduçãoEscrever a introdução da monografia.Refinar a problemática, objetivos e justificativa.Mês 10: Redação dos Capítulos PrincipaisDividir o corpo da monografia em capítulos.Iniciar a redação dos capítulos principais.Mês 11: Conclusão e DiscussãoEscrever o capítulo de conclusão.Discutir os resultados obtidos.Revisar os capítulos anteriores.Mês 12: Revisão Final e FormataçãoConsultar regularmente o orientador.Manter uma revisão constante da literatura.REFERÊNCIAS <https://www.worldbank.org/pt/publication/global-economic-prospects>. Acesso em: 9 jun. 2020.BALTRUSIS, N.; D’OTTAVIANO, M. C. L. Rich and poor, each one in their place: Socioespatial inequality in São Paulo. Caderno CRH, Salvador, v. 22, n. 55, p. 135-149, 2009.INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA. Estudo evidencia o impacto devastador da pandemia para micro e pequenas empresas. 2023. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/portal/categorias/45-todas-as-noticias/noticias/13845-estudo-evidencia-o-impacto-devastador-da-pandemia-para-micro-e-pequenas-empresas#:~:text=Dados%20do%20Instituto%20Brasileiro%20de,expressiva%20de%20estoque%20de%20capital. Acesso em 04 de outubro de 2023.MAESTRI, Leandro. O IMPACTO DA PANDEMIA NO PIB E ECONOMIA BRASILEIRA. 2021. Disponível em: https://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstream/ANIMA/12994/5/ANIMA12994.pdf. Acesso em 03 de outubro de 2023;McKibbin, W. J., & Fernando, R. (2020). The Global Macroeconomic Impacts of COVID-19: Seven Scenarios. Brookings Institution. Disponível em: https://www.brookings.edu/research/the-global-macroeconomic-impacts-of-covid-19-seven-scenarios/.MINISTÉRIO DA ECONOMIA. Nota Informativa: uma Análise da Crise gerada pela Covid-19 e a Reação de Política Econômica. Nota Técnica, 13 de maio de 2020ª. MINISTÉRIO DA ECONOMIA. Ministério da Economia avalia impacto econômico do coronavírus. Disponível em: https://www.gov.br/economia/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/notas-informativas/2020/nota-uma-ana-lise-da-crise-gerada-pela-covid19.pdf/view. Acesso em: 04 de outubro de 2023.SILVA, Mygre; SILVA, Rodrigo. ECONOMIA BRASILEIRA PRÉ, DURANTE E PÓS-PANDEMIA DO COVID-19: IMPACTOS E REFLEXÕES. 2020. Disponível em: https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/820/2020/06/Textos-para-Discuss%C3%A3o-07-Economia-Brasileira-Pr%C3%A9-Durante-e-P%C3%B3s-Pandemia.pdf. Acesso em 03 de outubro de 2023;VAZ, Andreia. A RELAÇÃO DA PANDEMIA DO NOVO CORONAVÍRUS E A INFLAÇÃO BRASILEIRA. 2023. Disponível em: https://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstream/ANIMA/35871/1/TCC%20-%202023%20-%20Economia%20-%202023%20-%20Andr%C3%A9ia%20Regis%20Vaz%20-%20entrega%20final%20-%20AD2.pdf. Acesso em 03 de outubro de 2023.WORLD BANK. Perspectivas econômicas globais. Disponível em:
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Ela surgiu inicialmente em Wuhan, na China, no final de 2019, e rapidamente se espalhou por todo o mundo, tornando-se uma pandemia global.Em março de 2020, medidas de isolamento social foram adotadas com o objetivo de desacelerar a disseminação do vírus e evitar o colapso dos sistemas de saúde. No Brasil, o governo previa impactos econômicos negativos, como a redução das exportações, queda nos preços de commodities, interrupção das cadeias produtivas, diminuição nos preços de ativos e piora nas condições financeiras, além da diminuição no fluxo de pessoas e mercadorias (MINISTÉRIO DA ECONOMIA, 2020b).Com o aumento da incerteza econômica, investimentos e consumo de bens e serviços foram adiados ou cancelados, tanto no Brasil quanto no exterior. A redução da atividade econômica em outros países também afetou o volume e os preços das exportações brasileiras. Isso desencadeou uma série de problemas, incluindo redução da produção, cortes na jornada de trabalho, demissões, falências e retração da oferta de crédito por parte dos bancos, devido ao aumento do risco de investimento (MINISTÉRIO DA ECONOMIA, 2020b).O Brasil, que já estava superando a crise de 2014/2017, enfrentou novos desafios. Aquela crise foi causada por uma combinação de problemas de oferta e demanda, resultado de erros em políticas econômicas. Esses fatores reduziram o crescimento da economia e criaram incertezas sobre a estabilidade financeira do país (BARBOSA FILHO, 2017). As reformas e a flexibilização da política monetária estavam começando a mostrar sinais de recuperação econômica, mas a chegada da COVID-19 interrompeu esse progresso (SILVA, Mygre; SILVA, Rodrigo, 2020).O equilíbrio entre estabilizar a economia durante a crise pandêmica e evitar o agravamento das desigualdades sociais tornou-se um grande desafio. Questões como desigualdade socioeconômica, inflação, desemprego, acesso a recursos e assistência, além de uma recuperação econômica inclusiva, foram centrais para o debate. O principal desafio das políticas monetárias era equilibrar a estabilidade econômica com a justiça social, minimizando os impactos desiguais da pandemia nas diversas classes sociais.Este estudo visa analisar os desafios enfrentados no controle financeiro durante a pandemia, com foco na complexa tarefa de manter a estabilidade de preços e o pleno emprego, levando em consideração as desigualdades entre diferentes classes sociais. A crise sanitária não afetou a todos de forma igual, com as camadas mais vulneráveis da sociedade enfrentando os maiores desafios em termos de saúde, emprego e bem-estar econômico.A metodologia utilizada neste estudo é descritiva, com base em uma pesquisa bibliográfica, para entender os impactos da pandemia na economia e os desafios no controle financeiro, além do aumento do desemprego que afetou tanto pequenas quanto grandes empresas.JUSTIFICATIVA O interesse por este estudo surgiu da necessidade de entender o impacto financeiro significativo da pandemia, tanto no Brasil quanto no mundo. Esse tema é extremamente relevante para a economia, pois levanta questões sobre os efeitos da pandemia em áreas como inflação, desemprego e desigualdade socioeconômica, e por isso merece uma análise aprofundada. A pandemia teve um impacto global, sem se limitar a fronteiras nacionais, afetando a economia mundial de maneira devastadora. Vimos um colapso econômico sem precedentes, com quedas acentuadas no PIB, aumento massivo do desemprego e rupturas nas cadeias de suprimentos. Esses efeitos continuam a ser sentidos e exigem um estudo detalhado para compreender sua complexidade e extensão.As políticas monetárias desempenharam um papel crucial na mitigação dos efeitos da pandemia, com medidas emergenciais como a flexibilização quantitativa e cortes nas taxas de juros. No entanto, essa rápida resposta trouxe novos desafios, como o aumento da inflação e instabilidade financeira. Avaliar a eficácia dessas políticas é essencial para melhorar as ferramentas de gestão econômica em crises futuras, bem como para entender as desigualdades econômicas e sociais que foram agravadas pela pandemia. Além disso, o estudo oferece lições importantes para fortalecer a resiliência dos sistemas econômicos diante de futuras crises. É vital melhorar as políticas públicas, reforçar os sistemas de proteção social e promover um desenvolvimento econômico mais inclusivo e sustentável.Analisar criticamente essas questões nos ajudará a construir economias mais justas, equitativas e preparadas para os desafios do século XXI. A pandemia revelou e intensificou as desigualdades socioeconômicas já existentes em todo o mundo. Grupos vulneráveis, como trabalhadores informais, minorias e mulheres, foram os mais afetados, enfrentando perda de renda, insegurança alimentar e acesso limitado a cuidados de saúde. Examinar essas desigualdades estruturais é fundamental para criar um futuro mais justo e equitativo. Os impactos da pandemia vão além da economia, afetando também as dimensões sociais e políticas das sociedades. Um estudo aprofundado dessa temática exige uma abordagem interdisciplinar, integrando áreas como economia, sociologia, ciência política e saúde pública. Essa visão abrangente é essencial para entender as interações complexas entre os diferentes setores da sociedade e desenvolver soluções eficazes.PROBLEMATIZAÇÃO A pandemia de COVID-19 trouxe desafios significativos para o desenvolvimento econômico em todo o mundo e está profundamente relacionada a várias áreas da ciência econômica. Ela levantou questões essenciais sobre os impactos macroeconômicos, exigindo estratégias de políticas monetárias para enfrentar a inflação e o desemprego, que se tornaram dinâmicas complexas.A pandemia também evidenciou a relação entre as medidas monetárias e as diferentes classes sociais. Diversos estudos e pesquisas foram conduzidos para analisar os impactos econômicos e sociais da pandemia, além das políticas monetárias adotadas para mitigar seus efeitos. Esses estudos continuam sendo relevantes até hoje, pois os reflexos da pandemia ainda estão presentes na sociedade. Isso nos leva a compreender os complexos desafios que a pandemia trouxe para o desenvolvimento econômico, afetando tanto grandes quanto pequenas empresas.Segundo o Banco Mundial (2020), a recessão causada pela pandemia foi mais profunda do que a crise financeira global de 2008-2009 e a crise da dívida da América Latina nos anos 1980. De acordo com o SEBRAE (2020), durante o período de isolamento social, pequenos empresários e microempreendedores foram especialmente afetados pela queda nas vendas e no faturamento, em função das medidas de contenção da COVID-19, o que impactou toda a economia brasileira.LIMA, Otavio; MARTINS, Mariana; et al. (2022) destacam que, antes da pandemia, a economia brasileira estava começando a se recuperar, mas a chegada do COVID-19 mudou as expectativas positivas para previsões pessimistas. No primeiro trimestre de 2020, o Produto Interno Bruto (PIB) sofreu uma queda significativa, o pior resultado desde 2015, e a pandemia agravou ainda mais a desigualdade, gerando um ambiente de incerteza econômica.Estudos de Baltrusis, D'Ottaviano (2009) e Power et al. (2020) demonstram que, mesmo antes da pandemia, já existia uma correlação entre desigualdade e saúde em populações marginalizadas. Durante a pandemia, essa desigualdade se aprofundou, com uma parte significativa da população caindo na extrema pobreza, resultado de fatores como desigualdade social e econômica histórica, o grande número de trabalhadores informais e as condições precárias no sistema de produção de alimentos. Esses fatores agravaram ainda mais a situação econômica dessas pessoas, tornando-as mais vulneráveis durante a pandemia.Busso e Messina (2020) observaram que a crise da COVID-19 afetou os países de maneira desigual, dependendo de suas estruturas econômicas. Países com economias mais fortes conseguiram adotar incentivos fiscais e proteger os níveis de emprego e renda de sua população. No entanto, em países com economias emergentes, como os da América Latina, as medidas de apoio social foram insuficientes devido às profundas desigualdades estruturais, afetando de forma mais severa as populações vulneráveis. Por exemplo, após um mês de medidas restritivas, 65% das famílias de baixa renda tiveram pelo menos uma pessoa que perdeu o emprego, enquanto esse número foi de apenas 22% nas famílias de maior renda, evidenciando a disparidade no impacto econômico.Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que, até junho de 2020, 716.372 empresas fecharam suas portas, sendo 99,8% delas de pequeno porte. Isso resultou em uma grande perda de capital em um curto espaço de tempo.A pandemia, portanto, lançou uma sombra significativa sobre o desenvolvimento econômico global, desencadeando uma série de desafios complexos. A crise econômica combinada à pandemia trouxe à tona questões centrais da ciência econômica, como a necessidade de novas políticas monetárias para lidar com a desigualdade socioeconômica. O fechamento de pequenas e grandes empresas resultou em desemprego em massa, e as desigualdades sociais se acentuaram, especialmente com o aumento da inflação.Os estudos citados, como os de Baltrusis, D'Ottaviano, Power, Busso e Messina, mostram como as desigualdades pré-existentes e as disparidades estruturais agravaram os efeitos da pandemia, especialmente entre as populações marginalizadas. Esses fatores reforçam a necessidade de abordar as desigualdades sociais e econômicas de forma mais eficaz em crises futuras, assim como no desenvolvimento econômico global.4. REFERENCIAL TEÓRICO 4.1 Desenvolvimento econômico no Brasil O desenvolvimento econômico no Brasil é um processo complexo, moldado por fatores históricos, sociais, políticos e econômicos ao longo dos séculos. Entre 1500 e 1822, a economia brasileira foi marcada pela exploração de recursos naturais, como o pau-brasil, e pelo estabelecimento das capitanias hereditárias, que impulsionaram a produção de açúcar. Nesse período, a escravidão desempenhou um papel central na economia colonial, e o ciclo do ouro no século XVIII, especialmente em Minas Gerais, trouxe um novo impulso econômico.Entre 1822 e 1889, o café se tornou o principal produto de exportação, especialmente na região sudeste. Esse ciclo econômico foi dinâmico e, no final do século XIX, levou ao surgimento das primeiras indústrias, impulsionadas pela produção de café. Durante o governo de Getúlio Vargas, políticas de industrialização foram implementadas, com a criação de grandes empresas estatais e a promoção da substituição de importações.No período pós-guerra, entre 1945 e 1980, o governo de Juscelino Kubitschek e seus sucessores promoveram o desenvolvimento com foco na infraestrutura e industrialização, com destaque para a construção de Brasília, que se tornou um símbolo desse período de grandes investimentos públicos. Durante a ditadura militar, o Brasil passou por um rápido crescimento econômico, conhecido como "milagre econômico", que resultou em grandes investimentos em infraestrutura e expansão industrial. No entanto, esse crescimento também levou ao aumento da dívida externa e da inflação.A década de 1980 foi marcada pela crise da dívida e pelo baixo crescimento econômico, período conhecido como a "década perdida". No entanto, em 1990, com o Plano Real, a economia foi estabilizada, a inflação foi controlada, e reformas estruturais foram implementadas. No início do século XXI, o Brasil passou por um período de crescimento econômico sustentado, acompanhado pela redução da pobreza, aumento da classe média e a implementação de programas sociais, como o Bolsa Família, e políticas de inclusão social.A partir de 2010, o Brasil enfrentou novos desafios, como recessão econômica, crise política e problemas fiscais. Para lidar com essas questões, foram implementadas reformas econômicas e políticas de austeridade, com o objetivo de equilibrar a economia e promover um crescimento sustentável.O desenvolvimento econômico do Brasil é o resultado de uma série de fatores, tanto internos quanto externos, que moldaram a trajetória econômica do país ao longo do tempo.4.2 COVID - 19A Organização Mundial de Saúde (OMS) recebeu, no final do ano de 2019, um alerta sobre inúmeros casos de pneumonia na cidade de Wuhan, província de Hubei, na República Popular da China. Tratava-se de um novo tipo de vírus que ainda não tinha sido identificado na espécie humana. Conforme a OMS, a COVID-19 é uma doença causada pelo coronavírus SARS-CoV-2 e apresenta um quadro clínico que varia de infecções assintomáticas a quadros respiratórios graves (OPAS, OMS, 2020). Foi então quem em 2020, como emergência a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto do novo coronavírus constituía uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII). O impacto não veio apenas para a saúde, mas também pra crises sociais, econômicas e políticas que deixaram marcas até hoje. O impacto combinado desses choques poderá significar a maior reversão no desenvolvimento humano já registrada. A queda no desenvolvimento humano é esperada para ser muito maior nos países em desenvolvimento, que são menos capazes de lidar com as consequências sociais e econômicas da pandemia do que nas nações mais ricas. A pandemia da COVID-19 está desencadeando uma crise de desenvolvimento humano. Em algumas dimensões do desenvolvimento humano, as condições atuais são equivalentes aos níveis de privações vistos pela última vez em meados da década de 1980 (PNUD/BRASIL, 2020. p. 2).4.3 Desenvolvimento econômico durante a COVID – 19 A organização mundial da saúde (OMS), em março de 2020 declara o início da pandemia COVID-19 e juntamente com elas os impactos significativos na saúde pública, nas economias e nos mercados de trabalho tanto no Brasil, como também em outros países. A pandemia trouxe grandes impactos que afetou mundialmente, e podemos dizer que afetou todas as classes sociais, das microempresas até as grandes empresas, porém as pessoas que vivem na informalidade, em condições precárias, com baixos e irregulares rendimentos, são as mais afetadas, pois são pessoas que sofrem com a falta de acesso a água potável, não tem moradia adequada. Além disso, não se beneficiam com o sistema de proteção social, associados a emprego formal, direito a férias e salário-mínimo e entre outros benefícios. A chegada da pandemia explicitou ainda mais a tragédia da desigualdade e da exclusão. A COVID-19 é um problema novo, mas a desigualdade social é um problema muito antigo.A crise está afetando duramente todos os elementos constitutivos do desenvolvimento humano: renda (com a maior contração na atividade econômica desde a Grande Depressão), saúde (causando diretamente um número de mortes superior a 300.000 e levando indiretamente a um potencial adicional de 6.000 mortes infantis todos os dias por causas evitáveis durante os próximos 6 meses) e educação (as taxas efetivas de crianças fora da escola causadas pela incapacidade de acesso à Internet no ensino primário deverão cairpara os mesmos níveis dastaxas reais médias da década de 1980 (PNUD,BRASIL, 2020. p 2)O Ministério da Economia apresentou em setembro de 2020 uma listagem com os setores mais afetados pela pandemia do novo coronavírus a saber: 1 -Atividades artísticas, criativas e de espetáculos; 2 -Transporte aéreo; 3 -Transporte ferroviário e metroferroviário de passageiros; 4 -Transporte interestadual e intermunicipal de passageiros; 5 -Transporte público urbano;6 -Serviços de alojamento;7 -Serviços de alimentação; 8 -Fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias; 9 -Fabricação de calçados e de artefatos de couro; 10 -Comércio de veículos, peças e motocicletas(BRASIL, 2020).O Brasil ainda não tinha se recuperado da crise econômica entre 2014-2016, de acordo com a CODACE foi período do pior biênio de crescimento econômico dos últimos anos. Em 2015 e 2016, a recessão foi severa. O PIB retrocedeu nestes anos respectivamente 3,5% e 3,3%. Em 2015, o retrocesso decorreu fundamentalmente de um declínio de 14,1% do investimento e de 5% do consumo global da economia. A taxa de desemprego no quarto trimestre atingiu a cifra de 8,5%, depois de situar-se no patamar de 6,8% em 2014. Em 2016, os investimentos declinaram 10,2% e o consumo das famílias 4,2% e o gasto do governo 0,6%. No último trimestre deste ano, a taxa de desemprego foi de 11,5% (IBGE, 2018a; IPEADATA, 2018; BCB, 2018). Isso resultou uma grande diminuição do consumo, que era o que fazia ter o crescimento econômico, e isso acabou afetando as altas taxas de desemprego, uma diminuição da renda médio dos trabalhos e consequentemente aumentando os endividamentos familiares. Automaticamente os investimentos caíram em questão de lucratividade, altas taxas de juros, uma grande competição com produtos importados. O Brasil, ainda é considerado como um país no qual é extremamente desafiador para empresas operarem, isto é dado por conta da regulamentação excessiva carga tributária e regulamentação do mercado de trabalho. Este fator evita que bilhões de reais em investimentos possam ser realizados, retardando a criação de empregos durante os anos (Margato et al., 2017)A pandemia em 2020 nos remete o que foi a recessão de 2014 e 2016, acometendo um grande desastre econômico. O comitê de política monetária segue a ideia econômica de que, se a inflação vem de grande demanda, tem que ser controlada com juros mais alta. Porém acaba sendo ignorado com dois pontos importantes sobre a economia do nosso país. A primeira foi a mudança da oferta devido a desindustrialização que aconteceu nas últimas décadas e a segunda é que muitos dos preços na inflação são controladas. A crise econômica decorrente do coronavírus vem destruindo vários postos de trabalhos no Brasil e no exterior. A urgência da situação requer a adoção de políticas públicas de emprego e transferência de renda para proteger os trabalhadores que vivem na informalidade enquanto as atividades estiverem paralisadas. No longo prazo, porém, o país precisa de uma política de desenvolvimento que implique o abandono da austeridade fiscal e o aumento dos gastos em programas sociais já existentes, no sentido de proteger milhões de trabalhadores que vivem na informalidade e residem em comunidades ou assentamentos precários, sem falar na população de rua (COSTA, Simone. 2020). Segundo o Banco Mundial (2018) “o Brasil tem investido cerca de 2% do PIB em infraestrutura, muito menos do que países semelhantes em todo o mundo, e nem mesmo suficiente para cobrir a depreciação. Um enfoque crescente deve ser dado para melhorar a qualidade e a sustentabilidade da infraestrutura”A partir de 2021, a proposta da equipe do Governo Bolsonaro é de promover a retomada da atividade econômica partir de uma agenda de reformas, com ênfase na consolidação fiscal e combate à má alocação de recursos. Pretende-se promover a abertura econômica, as privatizações e concessões, a reforma tributária, a revisão das desonerações e subsídios públicos, a aprovação do Projeto de Lei do saneamento básico, promoção de energia mais eficiente, desburocratização, redução do desemprego e pobreza por meio da criação de empresas, entre outras (MINISTÉRIO DA ECONOMIA, 2020a, d).Conforme as projeções do Ministério da Economia (2020d), espera-se a partir de 2021, conter e até reduzir os índices de inflação, bem como manter as taxas de juros (over Selic e de longo prazo) em patamares menores e a taxa de câmbio (R$/US$) depreciada em relação aos anos anteriores. Além disso, espera-se obter crescimento do mercado de crédito de até 8,11% para 2024. A projeção do PIB, para 2021, é de crescimento de 2,2% (WORLD BANK, 2020).McKibbin e Fernando (2020) investigaram sete possíveis cenários na qual a pandemia pode evoluir, a partir de um modelo de equilíbrio geral híbrido. Caso a pandemia seja controlada, os impactos podem ser consideravelmente negativos no curto prazo. Além disso, o estudo aponta a necessidade de maiores investimentos nos sistemas públicos de saúde, principalmente nos países menos desenvolvidos, pois os sistemas já são fragilizados e apresentam elevada demanda devido à alta densidade populacional.OBJETIVOS5.1 Objetivos gerais Compreender e abordar os impactos econômicos e sociais da pandemia de COVID-19, especialmente em relação ao desenvolvimento econômico, com foco na eficácia das políticas monetárias;5.2 Objetivos específicos Avaliar o impacto da pandemia nas principais métricas econômicas;Explorar como as políticas monetárias, foram implementadas e como afetaram a economia;Investigar como a pandemia afetou a desigualdade social e econômica; METODOLOGIA Trata- se de um estudo descritivo, a partir de uma revisão sistemática composto por pesquisas de dados sobre a pandemia e desenvolvimento econômico: desafios das políticas monetárias para controlar a inflação e desemprego nas diferentes classes sociais. Revisão sistemática é um tipo de revisão que se propõe a responder uma pergunta específica de forma objetiva e imparcial. Para isso utiliza métodos sistemáticos e definidos a priori na identificação e seleção dos estudos, extração dos dados e análise dos resultados (FALAVIGNA, 2018).Na primeira etapa foi realizado uma revisão de literatura baseado em artigos, correspondente ao tema ou que fossem relevantes ao assunto. Foram utilizados artigos com publicações recentemente. Foi usado métodos de inclusão e exclusão, para alcançar o objetivo da pesquisa.Critérios de inclusão: Publicações de artigos, sobre o desenvolvimento econômico antes da pandemia, durante e a pós; Desafios das políticas monetárias e o alto índice de desemprego. Critérios de exclusão: Publicações de artigos, que não fossem tão relevantes ao tema proposto e artigos publicados anteriores de 2000. Nesse estudo foi utilizada análise de conteúdo referente ao tema que é dado sobre a pandemia e o desenvolvimento econômico. CONOGRAMA Mês 1-2: Definição do Tema e Revisão Inicial da LiteraturaEscolher e delimitar o tema de pesquisa.Realizar uma revisão bibliográfica inicial para compreender o contexto.Mês 3-4: Formulação do Problema e ObjetivosRefinar o tema em uma pergunta de pesquisa.Estabelecer de maneira clara os objetivos do trabalho.Aprofundar a revisão bibliográfica.Mês 5-6: Desenvolvimento da MetodologiaSelecionar e justificar a metodologia de pesquisa.Elaborar instrumentos de coleta de dados.Iniciar a coleta de dados, se aplicável.Mês 7-8: Análise de DadosAnalisar os dados coletados.Interpretar os resultados.Validar ou ajustar a metodologia, se necessário.Mês 9: Redação do Capítulo de IntroduçãoEscrever a introdução da monografia.Refinar a problemática, objetivos e justificativa.Mês 10: Redação dos Capítulos PrincipaisDividir o corpo da monografia em capítulos.Iniciar a redação dos capítulos principais.Mês 11: Conclusão e DiscussãoEscrever o capítulo de conclusão.Discutir os resultados obtidos.Revisar os capítulos anteriores.Mês 12: Revisão Final e FormataçãoConsultar regularmente o orientador.Manter uma revisão constante da literatura.REFERÊNCIAS <https://www.worldbank.org/pt/publication/global-economic-prospects>. Acesso em: 9 jun. 2020.BALTRUSIS, N.; D’OTTAVIANO, M. C. L. Rich and poor, each one in their place: Socioespatial inequality in São Paulo. Caderno CRH, Salvador, v. 22, n. 55, p. 135-149, 2009.INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA. Estudo evidencia o impacto devastador da pandemia para micro e pequenas empresas. 2023. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/portal/categorias/45-todas-as-noticias/noticias/13845-estudo-evidencia-o-impacto-devastador-da-pandemia-para-micro-e-pequenas-empresas#:~:text=Dados%20do%20Instituto%20Brasileiro%20de,expressiva%20de%20estoque%20de%20capital. Acesso em 04 de outubro de 2023.MAESTRI, Leandro. O IMPACTO DA PANDEMIA NO PIB E ECONOMIA BRASILEIRA. 2021. Disponível em: https://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstream/ANIMA/12994/5/ANIMA12994.pdf. Acesso em 03 de outubro de 2023;McKibbin, W. J., & Fernando, R. (2020). The Global Macroeconomic Impacts of COVID-19: Seven Scenarios. Brookings Institution. Disponível em: https://www.brookings.edu/research/the-global-macroeconomic-impacts-of-covid-19-seven-scenarios/.MINISTÉRIO DA ECONOMIA. Nota Informativa: uma Análise da Crise gerada pela Covid-19 e a Reação de Política Econômica. Nota Técnica, 13 de maio de 2020ª. MINISTÉRIO DA ECONOMIA. Ministério da Economia avalia impacto econômico do coronavírus. Disponível em: https://www.gov.br/economia/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/notas-informativas/2020/nota-uma-ana-lise-da-crise-gerada-pela-covid19.pdf/view. Acesso em: 04 de outubro de 2023.SILVA, Mygre; SILVA, Rodrigo. ECONOMIA BRASILEIRA PRÉ, DURANTE E PÓS-PANDEMIA DO COVID-19: IMPACTOS E REFLEXÕES. 2020. Disponível em: https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/820/2020/06/Textos-para-Discuss%C3%A3o-07-Economia-Brasileira-Pr%C3%A9-Durante-e-P%C3%B3s-Pandemia.pdf. Acesso em 03 de outubro de 2023;VAZ, Andreia. A RELAÇÃO DA PANDEMIA DO NOVO CORONAVÍRUS E A INFLAÇÃO BRASILEIRA. 2023. 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