TESTEELETROCARDIOGRAMA 1726850614172 Poluição ambiental docx

POLUIÇÃO AMBIENTAL NO MEIO AQUÁTICOA poluição da água ocorre quando suas características são alteradas por fatores naturais ou ações humanas, resultando em impactos estéticos, fisiológicos ou ecológicos. A qualidade da água não está restrita apenas a uma característica estética, também estando envolvida com a presença de organismos patogênicos ou substâncias tóxicas, mesmo em águas aparentemente limpas, enquanto águas de aparência desagradável podem ser adequadas para determinados usos. A contaminação da água envolve a presença de substâncias ou microrganismos nocivos à saúde, enquanto a poluição pode causar desequilíbrios ecológicos sem necessariamente representar riscos à saúde humana. A introdução de poluentes no ambiente aquático pode ocorrer de forma pontual, como no despejo de esgoto, ou de forma difusa, como nas substâncias vindas de campos agrícolas, sendo que as fontes pontuais são mais fáceis de identificar e controlar.Os principais poluentes aquáticos incluem poluentes orgânicos biodegradáveis, que consomem oxigênio durante a decomposição e prejudicam a vida aquática; e poluentes orgânicos recalcitrantes, como pesticidas e detergentes, que são tóxicos e se acumulam nos organismos, afetando as cadeias alimentares. Metais como mercúrio e chumbo também são tóxicos e se acumulam nos seres vivos, enquanto o excesso de nutrientes, como nitrogênio e fósforo, pode levar à proliferação de algas. Além disso, organismos patogênicos podem causar doenças em áreas com saneamento precário, sólidos em suspensão aumentam a turbidez da água, o calor altera o metabolismo de organismos aquáticos e substâncias radioativas podem ser bioacumuladas, causando danos à saúde e ao meio ambiente.Os ecossistemas aquáticos contêm produtores fotossintetizantes e consumidores que formam uma cadeia equilibrada, na qual nutrientes essenciais como nitrogênio, fósforo e potássio são reciclados por decompositores, como bactérias. Quando a matéria orgânica biodegradável é despejada, os decompositores aeróbios consomem o oxigênio dissolvido, gerando uma competição com outros organismos que pode levar à morte de peixes, causando um desequilíbrio ecológico devido ao crescimento excessivo desses decompositores.Após a poluição da água, o corpo hídrico inicia um processo de recuperação, chamado de autodepuração, que ocorre por diluição, sedimentação, oxidação e por meio de atividades biológicas, reduzindo a matéria orgânica biodegradável, que pode ser medida pela Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), que irá indicar a quantidade de oxigênio que os decompositores estão consumindo. Durante esse processo, o oxigênio é reposto através da interface ar-água e da fotossíntese, permitindo a recuperação da qualidade da água. O aumento da temperatura é um fator importante a ser observado, pois ela pode acelerar o processo de decomposição. Após o processo ser concluído, a matéria orgânica é estabilizada, restaurando o equilíbrio do ecossistema aquático.POLUIÇÃO AMBIENTAL NO MEIO TERRESTREA poluição no solo rural é relacionada diretamente ao uso de fertilizantes sintéticos e defensivos agrícolas. Esses produtos, essenciais para a produtividade agrícola, acumulam-se no solo, especialmente quando aplicados em excesso, resultando em concentrações tóxicas de nutrientes e substâncias químicas, como é o caso dos metais pesados. A baixa eficiência na absorção dos fertilizantes pelas plantas faz com que grande parte deles permaneça no solo ou seja levada para corpos hídricos, contribuindo para a degradação da qualidade do solo e a poluição hídrica.Os defensivos agrícolas, especialmente o DDT, possuem alta persistência no ambiente, o que resulta na sua acumulação no solo e propagação ao longo da cadeia alimentar, afetando a fauna local e causando efeitos à longo prazo na saúde humana. Esses compostos podem reduzir a fertilidade do solo, tornar áreas agrícolas impróprias para cultivo e provocar a morte de organismos indesejados.A salinização também é uma forma de poluição do solo, sendo comum em áreas áridas e semiáridas, onde a evaporação intensiva acumula sais na superfície do solo. Esse processo ocorre naturalmente, mas pode ser intensificado pela atividade humana, especialmente com a irrigação agrícola. Quando ocorre o aumento do nível de águas subterrâneas, a água rica em sais pode ser trazida à superfície, sendo que após a sua evaporação, os sais podem ficar acumulados no solo. Para evitar a salinização, é preciso implementar sistemas de drenagem e, em alguns casos, adotar o método de sobreirrigação para facilitar a lixiviação dos sais.A poluição do solo urbano é causada principalmente por resíduos gerados pelas atividades econômicas e residenciais nas cidades. Diferente da poluição rural, a urbana envolve a transferência de resíduos de áreas externas para o ambiente urbano, agravando a poluição local e empobrecendo as regiões de origem. A poluição pode ocorrer por meio de resíduos gasosos, líquidos e sólidos, sendo o último o mais problemático devido à sua imobilidade e pelos grandes volumes gerados. Resíduos líquidos, como efluentes industriais e esgotos, também contribuem, principalmente quando não são devidamente tratados, podendo causar problemas de saúde pública, porém, a poluição por resíduos sólidos é a mais comum e preocupante, exigindo maior atenção para seu controle.POLUIÇÃO AMBIENTAL NO MEIO ATMOSFÉRICOA poluição atmosférica ocorre quando o ar contém substâncias químicas em concentrações capazes de causar danos a seres vivos e materiais. Os poluentes são classificados em primários, como dióxido de enxofre (SO2) e monóxido de carbono (CO); e secundários, como é o caso do ácido sulfídrico (H2SO4), formado na atmosfera por reações químicas. Os principais poluentes do ar incluem: monóxido de carbono (CO), dióxido de carbono (CO2), óxidos de enxofre (SO2 e SO3), óxidos de nitrogênio (NOx), hidrocarbonetos, oxidantes fotoquímicos, material particulado, asbestos (amianto), metais, gás fluorídrico (HF), amônia (NH3), gás sulfídrico (H2S), pesticidas e herbicidas, substâncias radioativas, calor e som. A origem desses poluentes está principalmente relacionada a processos de combustão, entre os quais se destacam as atividades industriais e a queima de combustíveis.A poluição do ar pode ser dividida em fontes estacionárias e móveis, sendo as estacionárias, como chaminés de indústrias, responsáveis por cargas pontuais de poluentes, enquanto as móveis, como veículos, dispersam poluentes de forma difusa. A poluição do ar pode afetar tanto áreas locais, como cidades, quanto toda a ecosfera, exigindo diferentes estratégias de controle. Os problemas globais incluem o efeito estufa, a destruição da camada de ozônio e a chuva ácida, que têm impactos significativos em todo o planeta.O efeito estufa, causado principalmente pela emissão de gases como CO2, metano e clorofluorcarboneto (CFCs), está relacionado ao aumento da temperatura da Terra, o que pode provocar mudanças climáticas, elevação do nível dos oceanos e impactos na agricultura. O controle desse fenômeno envolve a redução das emissões de gases, através do uso de fontes alternativas de energia e do reflorestamento. A destruição da camada de ozônio, provocada pelo uso intensivo de CFCs, compromete a proteção natural do planeta Terra contra a radiação ultravioleta, aumentando os riscos de câncer de pele, danos às safras agrícolas e degradação de materiais. A poluição local do ar pode ser classificada em dois tipos principais de smog:Smog industrial - ocorre principalmente no inverno, quando há maior concentração de poluentes devido a condições climáticas desfavoráveis, como a inversão térmica. Ele é comum em regiões industriais e resulta da queima de carvão e óleo combustível, liberando dióxido de enxofre (SO₂) e material particulado. Esses poluentes causam sérios danos à saúde respiratória e ao meio ambiente, além das partículas finas, com menos de 1 micrômetro de diâmetro, que são prejudiciais e permanecem suspensas no ar por longos períodos, contribuindo para a baixa visibilidade e mudanças climáticas.Smog fotoquímico - ocorre em cidades com clima quente e seco, sendo causado principalmente pela emissão de poluentes de veículos, como óxidos de nitrogênio, monóxido de carbono e hidrocarbonetos. Esses poluentes reagem com a radiação solar, formando novos compostos, como o ozônio e os radicais orgânicos PAN, que são prejudiciais à saúde humana. O smog fotoquímico é caracterizado por sua cor marrom-avermelhada, seu pico de concentração ocorre durante o final da manhã, quando a temperatura da superfície é mais alta.ReferênciasBRAGA, B. et al. Introdução à Engenharia Ambiental. 2. ed. São Paulo: Pearson, 2005. 320 p.