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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CENTRO DE CIÊNCIAS DA NATUREZA (CCN) CAMPUS LAGOA DO SINO PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS BURI 2016 Atualizado em 2018 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CENTRO DE CIÊNCIAS DA NATUREZA (CCN) CAMPUS LAGOA DO SINO PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Reitora Prof.ª Dr.ª Wanda Aparecida Machado Hoffmann Vice-Reitor Prof. Dr. Walter Libardi Pró-Reitora de Graduação Prof. Dr. Ademir Donizeti Caldeira Diretor do Centro de Ciências da Natureza (CCN) Prof. Dr. Luiz Manoel de Moraes Camargo Almeida Vice-diretor do Centro de Ciências da Natureza (CCN) Prof. Dr. Alberto Luciano Carmassi Coordenação da Comissão de Elaboração do Projeto do Curso de Administração Prof. Dr. Luiz Fernando Paulillo Coordenador Curso de Bacharelado em Administração Prof. Dr. Leandro de Lima Santos Vice-coordenadora Curso de Bacharelado em Administração Prof.ª Dr.ª Yovana Maria Barrera Saavedra SUMÁRIO I - DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO CURSO 01 II – ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS: A PROFISSÃO E O CURSO NO CAMPUS LAGOA DO SINO DA UFSCar 03 2.1. Descrição da profissão e da área de atuação profissional, a partir da identificação das características e necessidades atuais e prospectivas da sociedade. 03 2.2. Justificativa da criação do curso na UFSCar 15 2.3. Conceitos-chave que fundamentam a proposta do curso e a articulação com os eixos programáticos de ensino. 29 2.3.1. Sistemas Agroindustriais 32 2.3.2. Segurança Alimentar e Nutricional 40 2.3.3. Governanças 44 2.3.4. Pós-Fordismo Global e novos Mecanismos de Administração 46 2.3.5. Empreendedorismo & Agricultura Familiar 47 2.3.6. Desenvolvimento Rural & Sustentabilidade 50 2.3.7. Território 52 2.4. Objetivo do curso 56 III – DEFINIÇÃO DO PERFIL DO EGRESSO 57 3.1. Conhecimentos e Habilidades 58 IV – ESTRUTURA CURRICULAR 4.1. Princípios pedagógicos 4.2. Detalhamento dos conhecimentos nos Eixos Temáticos 4.3. Correspondência entre os componentes curriculares do curso e as DCN 61 61 62 63 V – REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PERFIL DE FORMAÇAO 67 VI – TRATAMENTO METODOLÓGICO 68 VII – AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM 70 VIII – AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGIO DO CURSO 73 IX – ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA DO CURSO 75 9.1. Matriz Curricular 75 9.2. Integralização Curricular 77 9.3. Ementas e conteúdos a serem desenvolvidos nos quatro eixos temáticos 77 9.3.1. Eixos do perfil 1 77 9.3.2. Eixos do perfil 2 90 9.3.3. Eixos do perfil 3 101 9.3.4. Eixos do perfil 4 109 9.4. Ementas e descrição dos conteúdos optativos 119 9.5. Atividades de Consolidação da Formação 124 9.5.1. Regulamento do Estágio Curricular Obrigatório e Não Obrigatório 125 9.5.2. Regulamento do Trabalho de Conclusão de Curso 130 9.5.3. Regulamento de atividades complementares 133 X – REFERÊNCIAS 134 XI - PLANO DE IMPLANTAÇÃO DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO 137 PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 1 I - DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO CURSO Campus Lagoa do Sino da UFSCar Centro: Centro de Ciências da Natureza (CCN) Denominação do curso: Bacharelado em Administração Título: Bacharel em Administração Linha de formação: Sistemas Agroindustriais Modalidade: Presencial Número de vagas: 50 Turno de funcionamento: integral (manhã e tarde) Carga horária total: 3120 horas Tempo de duração do curso: 04 anos Ato legal de criação do curso: Resolução ConsUni nº 797 de 19/12/2014. Legislação considerada para a elaboração do Projeto Pedagógico do Curso: a) Nacional: Diretrizes para a área de Administração que, de acordo com a Orientação da DCN Administração na resolução n. 4 de 13/7/2005, Artigo 5º, em que o curso deve contemplar em seus projetos pedagógicos e em sua organização curricular, conteúdos que revelem inter-relações com a realidade nacional e internacional, segundo uma perspectiva histórica e contextualizada de sua aplicabilidade no âmbito das organizações e do meio através da utilização de tecnologias inovadoras e que atendam aos seguintes campos interligados: Conteúdo de Formação Básica; Conteúdo de Formação Profissional; Conteúdo de Estudos Quantitativos e suas Tecnologias; Conteúdo de Formação Complementar. Seguindo a Resolução CNE/CES nº 4 de 13 de julho de 2005, que dispõe sobre: a) os elementos estruturais do Projeto Pedagógico; b) o perfil do graduando em Administração; c) as competências e habilidades dos formandos; d) os conteúdos de formação básica, profissional, quantitativa e complementar; e) as condições efetivas de conclusão e integralização do curso. b) Da UFSCar: PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 2 ● Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI). São Carlos: UFSCar. ● Regimento Geral dos Cursos de Graduação da UFSCar de setembro de 2016, que dispõe sobre a propositura, aprovação, oferta, funcionamento e demais ordenamentos pertinentes aos cursos de Graduação no âmbito da UFSCar, em conformidade com o estabelecido pelo Estatuto e Regimento Geral da UFSCar. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 3 II – ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS: A PROFISSÃO E O CURSO NO CAMPUS LAGOA DO SINO DA UFSCar 2.1. Descrição da profissão e da área de atuação profissional, a partir da identificação das características e necessidades atuais e prospectivas da sociedade. O projeto pedagógico do Curso de Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais para o campus Lagoa do Sino da UFSCar está desenvolvido para formar profissionais que possam contribuir nas áreas tradicionais de atuação do administrador no Brasil, seguindo a orientação da Resolução CNE/CES nº 4/2005, nos artigos 3º e 4º, que instrui: Art. 3º O Curso de Graduação em Administração deve ensejar, como perfil desejado do formando, capacitação e aptidão para compreender as questões científicas, técnicas, sociais e econômicas da produção e de seu gerenciamento, observados níveis graduais do processo de tomada de decisão, bem como para desenvolver gerenciamento qualitativo e adequado, revelando a assimilação de novas informações e apresentando flexibilidade intelectual e adaptabilidade contextualizada no trato de situações diversas, presentes ou emergentes, nos vários segmentos do campo de atuação do administrador. Art. 4º O Curso de Graduação em Administração deve possibilitar a formação profissional que revele, pelo menos, as seguintes competências e habilidades: I - reconhecer e definir problemas, equacionar soluções, pensar estrategicamente, introduzir modificações no processo produtivo, atuar preventivamente, transferir e generalizar conhecimentos e exercer, em diferentes graus de complexidade, o processo da tomada de decisão; II - desenvolver expressão e comunicação compatíveis com o exercício profissional, inclusive nos processos de negociação e nas comunicações interpessoais ou intergrupais; III - refletir e atuar criticamente sobre a esfera da produção, compreendendo sua posição e função na estrutura produtiva sob seu controle e gerenciamento; IV - desenvolver raciocínio lógico, crítico e analítico para operar com valores e formulações matemáticas presentes nas relações formais e causais entre fenômenos produtivos, administrativos e de controle, bem assim expressando-se de modo crítico e criativo diante dos diferentes contextos organizacionais e sociais; V - ter iniciativa, criatividade, determinação, vontade política e administrativa, vontade de aprender, abertura às mudanças e consciência da qualidade e das implicações éticas do seu exercício profissional; VI - desenvolver capacidade de transferir conhecimentos da vida e da experiência cotidianas para o ambiente de trabalho e do seu campo de atuação profissional, em diferentes modelos organizacionais, revelando-se profissional adaptável; VII - desenvolver capacidade para elaborar, implementar e consolidar projetos em organizações; e VIII - desenvolver capacidade para realizar consultoria em gestão e administração, pareceres e perícias administrativas, gerenciais, organizacionais, estratégicos e operacionais. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 4 No projeto ora proposto, Sistemas Agroindustriais podem ser considerados como um conjunto de atividades que tem como objetivo a produção de produtos agroindustriais, desde a fabricação dos insumos até a chegada do produto ao consumidor final. Essa proposta de linha de formação não está associada a nenhuma matéria-prima agropecuária ou produto final específico, mas busca compreender toda a diversidade de estratégias socioeconômicas empreendidas para a consecução de um produto que, em sua origem, remonte a produção agropecuária, podendo ser ele alimentar ou não. O estímulo para a criação do curso de Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais no campus Lagoa do Sino partiu da identificação da necessidade de se formar um profissional qualificado e que atenda às demandas nacionais e regionais. Em relação às especificidades regionais, destaca-se que a UFSCar, ciente de sua competência em Ensino, Pesquisa e Extensão, vem investindo esforços na construção e consolidação de seu novo campus denominado Lagoa do Sino, localizado na região sudoeste do Estado de São Paulo, a qual se caracteriza pelos seus baixos índices de desenvolvimento socioeconômico, bem como por possuir a maior parte de suas relações econômicas baseadas em sistemas agroindustriais de diferentes portes e estruturas (sejam originadas em comunidades quilombolas e assentamentos de reforma agrária, ou em grandes fazendas monocultoras). Para melhor compreensão do espaço geográfico no qual o campus está inserido, definiu-se o Território Lagoa do Sino (TLS), formado por um conjunto de 40 municípios circundantes a um raio de 100 km do campus. O TLS está localizado nas Regiões Administrativas (RA) de Sorocaba e de Itapeva e possui uma área de 23.673,8 km2. O conjunto de municípios pertencentes ao TLS apresenta os menores índices de desenvolvimento do Estado de São Paulo, tanto pela metodologia do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) 2013 quanto pela metodologia do Índice Paulista de Responsabilidade Social (IPRS) 2013. Destaca-se ainda a carência de instituições de Ensino Superior evidenciado pelo baixo acesso da população deste Território à educação superior (0,6%), muito inferior aos 3,36% da média da população do Estado de São Paulo (FUNDAÇÃO SEADE, 2009). O TLS se diferencia por ser uma região caracterizada por seus paradoxos; apresenta uma ampla e diversificada riqueza natural com diversos problemas sociais; valiosos remanescentes de Cerrado e Mata Atlântica com crescentes níveis de degradação ambiental e, ainda, apresenta-se subdesenvolvida apesar de sua expressiva produção agropecuária e do seu potencial econômico. Outra característica marcante é sua heterogeneidade ambiental e socioeconômica, marcada pela presença de uma variedade de sistemas PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 5 agroindustriais de produção, que variam desde os originados na agricultura de comunidades tradicionais, até os vinculados às grandes cadeias agroexportadoras. Este cenário justifica a importância da criação de um curso de graduação em Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais, capaz de formar profissionais com capacidade para identificar e propor soluções para estes desafios intrinsecamente complexos, multidimensionais e inter- relacionados desse território. Aponta-se que o projeto de implantação do campus Lagoa do Sino se alicerça nas concepções teóricas e metodológicas de Desenvolvimento Territorial, Sustentabilidade, Sistemas Agroalimentares e Segurança Alimentar, os quais são considerados como eixos norteadores do campus, deste modo esse Projeto Pedagógico se encontra em consonância com a concepção do campus. Ciente também da importância de formar profissionais que atendam demandas além das regionais e, com capacidade de atuar na administração de sistemas agroindustriais em qualquer localidade de um mundo cada vez mais globalizado, a busca e o reconhecimento das especificidades organizacionais, institucionais e tecnológicas dos sistemas agroindustriais teve como ponto de partida, uma pesquisa em nível nacional (Brasil) realizada pelo Grupo de Estudos e Pesquisas Agroindustriais (GEPAI) do Departamento de Engenharia de Produção da Universidade Federal de São Carlos (DEP-UFSCar) em duas ocasiões, em 2000 e em 2005. Essas pesquisas buscaram elencar as principais habilidades e conhecimentos que um administrador agroindustrial ou agrícola necessita possuir, segundo as principais empresas e entidades agroindustriais e agrícolas do país, bem como segundo os coordenadores de cursos de graduação ligados à temática agroindustrial, entrevistadas por Batalha et. alli. (2005). A Tabela 1 mostra a pontuação média atribuída pelas empresas entrevistadas aos itens do tópico gestão e economia. Tabela 1 Pontuação média atribuída pelas empresas aos itens do tópico gestão e economia Habilidade ou Conhecimento Média Planejamento estratégico e de implementações de suas ações 8,05 Implementação, análise e controle de custos de produção 7,78 Marketing 7,69 Finanças 7,64 Gestão da qualidade 7,63 Políticas agrícolas nacionais 7,59 Organização empresarial 7,48 Microeconomia 7,48 Gestão de recursos humanos 7,42 Planejamento e controle de produção 7,41 Análise e desenvolvimento de novos empreendimentos 7,37 Legislação 7,28 PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 6 Organização e Métodos 7,23 Análise de investimentos 7,16 Logística 7,15 Gestão ambiental 7,13 Macroeconomia 7,10 Tecnologia da informação 7,10 Cadeias agroindustriais 6,90 Administração de estoques 6,82 Contabilidade 6,79 Economia internacional 6,17 Políticas agrícolas internacionais 6,00 Desenvolvimento de produtos e layout 5,96 Comércio internacional e procedimentos de exportação 5,95 Fonte: Batalha et. alli. (2005, p. 51). As habilidades e conhecimentos com pontuações médias superiores a sete ganharam destaque na reflexão inicial sobre os conceitos-chave deste projeto pedagógico e também para influenciar as decisões referentes aos eixos programáticos de ensino do curso. Isso não significa que as outras habilidades apontadas na referida pesquisa foram desconsideradas. Habilidades e conhecimentos com pontuações médias inferiores a sete também foram analisadas e, em alguma medida, consideradas para a formação do profissional em administração com linha de formação em sistemas agroindustriais da UFSCar (Campus Lagoa do Sino). A Tabela 2 mostra a pontuação média atribuída pelas empresas entrevistadas em Batalha et. alli. (2005) aos itens dos tópicos de qualidades pessoais e de comunicação & expressão do profissional graduado esperado. Ética, capacidade de tomar iniciativa, de decidir sobre problemas, trabalhar em grupo e ser flexível foram as qualidades pessoais mais valorizados pelas empresas entrevistadas. Em comunicação & expressão, a capacidade de falar claramente e de modo conciso e expressar-se bem (oral e escrita) foram os mais destacados. Tabela 2 Pontuações médias atribuídas pelas empresas aos itens dos tópicos de Qualidades Pessoais e de Comunicação & Expressão Habilidade ou Conhecimento Média Qualidades Pessoais Alto padrão moral/ético 9,24 Iniciativa 9,18 Tomada de decisões e resolução de problemas 9,05 Trabalhar em grupo 8,99 Flexibilidade/Adaptabilidade 8,86 Comunicação persuasiva e habilidade de negociação 8,83 Liderança 8,72 Criatividade 8,62 Lidar com stress/falha/rejeição 8,46 PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 7 Comunicação & Expressão Falar clara e concisamente sobre informações técnicas 8,36 Expressar ideias oralmente 8,33 Expressar ideias de forma escrita 8,14 Escrever relatórios técnicos e memorandos 7,78 Línguas Estrangeiras 5,83 Fonte: Batalha et. al. (2005, p. 52-53). A Tabela 3 mostra as demais pontuações médias esperadas pelas empresas entrevistadas sobre as características dos egressos, agora referente aos itens de tecnologias de produção, métodos quantitativos e sistemas de informação. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 8 Tabela 3 Pontuações médias atribuídas pelas empresas aos itens dos tópicos métodos quantitativos e sistemas de informação e tecnologias de produção. Habilidade ou Conhecimento Média Métodos Quantitativos Computacionais Utilização de softwares gerais 8,10 Utilização de softwares específicos 7,17 Desenvolvimento de sistemas de informação 4,72 Programação computacional 4,62 Tecnologias de Produção Fatores de produção agrícola 7,19 Processos agroindustriais de transformação e distribuição 5,90 Ciências dos alimentos e tecnologia 5,55 Fatores de produção animal 5,31 Fonte: BATALHA et. alli. (2005, p. 51-52) As habilidades e conhecimentos específicos em comunicação & expressão, qualidades pessoais e em tecnologias de produção que o administrador necessita possuir, segundo as empresas agroindustriais entrevistadas por Batalha et. alli. (2005), também se tornaram uma das referências importantes da comissão de constituição do curso de Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais para incorporar aspectos de ensino e aprendizagem que enfatizem as maiores especificidades institucionais, organizacionais e tecnológicas dos sistemas agroindustriais. Fatores de produção agrícola e agroindustriais e processos de transformação e de distribuição de alimentos se destacaram no tópico de tecnologias de produção, enquanto a utilização de softwares gerais e específicos se destacou no tópico de métodos quantitativos computacionais. As habilidades e conhecimentos que o administrador necessita possuir, segundo as empresas agroindustriais brasileiras entrevistadas por Batalha et. alli. (2005, p. 51), foram confrontados para a realização deste projeto pedagógico com as habilidades e conhecimentos que o administrador agroindustrial necessita possuir segundo os coordenadores dos cursos brasileiros de graduação na temática agroindustrial (em administração, economia, engenharia de produção, gestão agroindustrial, etc.), também citados em Batalha et. alli. (2005, p. 105). As Tabelas 4 e 5 mostram as pontuações médias obtidas, nos mesmos itens, com as sistematizações das entrevistas realizadas com os coordenadores de curso de graduação em Batalha et. alli. (2005). No tópico economia e gestão, os itens ligados aos conteúdos mais tradicionais dos cursos de economia receberam destaque, como microeconomia, macroeconomia, organização empresarial e análise de investimentos, além do marketing, da gestão de recursos humanos, do desenvolvimento de PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 9 empreendimentos, do planejamento estratégico e da logística - estes cinco últimos itens ou conteúdos mais tradicionalmente ligados aos cursos de administração plena e também de gestão agroindustrial. Tabela 4 Pontuação média atribuída pelos coordenadores dos cursos de graduação na temática agroindustrial aos itens do tópico gestão e economia. Habilidade ou Conhecimento Média Microeconomia 7,88 Organização empresarial 7,60 Marketing 7,49 Macroeconomia 7,44 Análise e desenvolvimento de novos empreendimentos 7,37 Análise de investimentos 7,33 Gestão de recursos humanos 7,26 Planejamento estratégico e de implementações de suas ações 7,23 Logística 7,16 Finanças 7,07 Planejamento e controle de produção 7,00 Implementação, análise e controle de custos de produção 6,84 Cadeias agroindustriais 6,77 Políticas agrícolas nacionais 6,77 Organizações e métodos 6,74 Contabilidade 6,65 Gestão ambiental 6,60 Economia internacional 6,60 Gestão da qualidade 6,58 Administração de estoques 6,56 Tecnologia da informação 6,53 Legislação 6,40 Comércio internacional e procedimentos de exportação 6,02 Políticas agrícolas internacionais 5,67 Desenvolvimento de produtos e layout 5,26 Fonte: BATALHA et. alli. (2005, p, 105) A Tabela 5 mostra a pontuação média atribuída pelos coordenadores dos cursos de graduação na temática agroindustrial aos itens de qualidades pessoais e comunicação & expressão, nas quais os destaques foram para trabalho em grupo, alto padrão ético, criatividade e liderança, aliados à capacidade de falar claramente e expressar otimamente ideias de forma oral e escrita. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 10 Tabela 5 Pontuação média atribuída pelos coordenadores dos cursos de graduação na temática agroindustrial aos itens de qualidades pessoais e comunicação & expressão. Habilidade ou Conhecimento Média Qualidades Pessoais Trabalhar em grupo 7,95 Alto padrão moral/ético 7,81 Iniciativa 7,60 Flexibilidade/Adaptabilidade 7,58 Tomada de decisões e resolução de problemas 7,42 Criatividade 7,23 Liderança 7,21 Comunicação persuasiva e habilidade de negociação 7,09 Lidar com stress/falha/rejeição 6,33 Comunicação & Expressão Falar clara e concisamente sobre informações técnicas 6,88 Expressar ideias oralmente 6,88 Expressar ideias de forma escrita 6,86 Escrever relatórios técnicos e memorandos 6,81 Línguas Estrangeiras 2,84 Fonte: BATALHA et. alli. (2005, p. 106-107) A Tabela 6 mostra a pontuação média atribuída pelos coordenadores dos cursos de graduação na temática agroindustrial aos itens de tecnologias de produção, métodos quantitativos e sistemas de informação. O destaque foi a utilização de softwares gerais. Tabela 6 Pontuações médias atribuídas pelos coordenadores dos cursos aos itens dos tópicos: métodos quantitativos e sistemas de informação e tecnologias de produção. Habilidade ou Conhecimento Média Métodos Quantitativos Computacionais Utilização de softwares gerais 6,72 Utilização de softwares específicos 5,88 Desenvolvimento de sistemas de informação 4,19 Programação computacional 3,14 Tecnologia de Produção Fatores de produção agrícola 4,33 Processos agroindustriais de transformação e distribuição 4,28 Ciências dos alimentos e tecnologia 3,88 Fatores de produção animal 3,35 Fonte: BATALHA et. alli. (2005, p. 106) As diferenças de pontuação para os itens e conteúdos entre os dois conjuntos de respondentes (empresas agroindustriais e coordenadores dos cursos de graduação) não foram suficientes para PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 11 desconsiderar totalmente alguma habilidade ou conhecimento classificado em ambos para projetar o novo curso de Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais na UFSCar. Assim, para a construção do projeto pedagógico do curso de Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais para o campus Lagoa do Sino (UFSCar) foram consideradas as habilidades e os conhecimentos classificados na pesquisa de Batalha et. alli. (2005) tanto pelas empresas agroindustriais e agrícolas quanto pelos coordenadores dos cursos de administração, economia, gestão agroindustrial, engenharia de produção agroindustrial, entre outros. Tomando como referência as identificações de Batalha et. alli. (2005) das principais habilidades e conhecimentos esperados em variados campos (de economia e gestão, comunicação e expressão, qualidades pessoais, tecnologias de produção, métodos quantitativos e sistemas de informação) para a formação do administrador com linha de atuação em sistemas agroindustriais, este projeto pedagógico definiu sete (7) conceitos chaves (sistemas agroindustriais, segurança alimentar e nutricional, governanças, pós-fordismo global e novos mecanismos de administração, empreendedorismo & agricultura familiar, desenvolvimento rural & sustentabilidade e território) para iniciar uma etapa fundamental. Estes sete conceitos serviram de bases de distribuição dos conteúdos do referido curso de administração entre quatro (4) eixos de ensino, a saber: 1) administração em operações agroindustriais; 2) comercialização; 3) economia e finanças; e 4) desenvolvimento territorial e políticas públicas. O curso de Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais da UFSCar será desenvolvido para formar um profissional capaz de proporcionar às organizações públicas e privadas uma capacidade de gestão adaptada às peculiaridades e heterogeneidades organizacionais, institucionais e tecnológicas dos sistemas agroindustriais no Brasil e no mundo e que contribuirá para superar os desafios impostos à produção, distribuição e consumo de alimentos. Assim, trata-se de formar um profissional capaz de compreender, aplicar e aprimorar mecanismos de gestão que possam contribuir para a superação da fome brasileira e mundial e para os surgimentos e críticas dos novos padrões de regulação, de acumulação, de produção e de consumo de alimentos. O Administrador formado no referido curso de graduação poderá atuar em variados processos de gestão das cadeias produtivas agroindustriais brasileiras, bem como contribuindo em processos administrativos dos diversos modelos de sistemas agroalimentares existentes (sejam eles baseados na agricultura familiar ou empresarial), já que dotado de conhecimento e técnicas de avaliação de impactos PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 12 econômicos, políticos, sociais e ambientais nas produções de alimentos e nas construções de processos de conservação da biodiversidade em sistemas agroindustriais. O egresso deve ter capacidades de abstração, raciocínio sistêmico, flexibilidade, adaptação rápida, autoconfiança e aprendizagem ágil. Este profissional deve desenvolver a capacidade de aprender a aprender (pensar de forma independente), uma formação rígida em fundamentos e ferramentas do campo profissional da administração e uma elevada capacidade de trabalhar em projetos múltiplos e em equipe, construir relacionamentos, focar o cliente, negociar e reconhecer oportunidades. Em termos de conhecimento, o egresso deverá apresentar fundamentos teóricos e técnicos especializados em administração, conhecimentos operacionais industriais e agroindustriais, capacidade de conduzir processos de organização social (associativismo, cooperativismo, economia solidária) e entendimento amplo das mudanças dos ambientes institucionais, organizacionais e tecnológicos para negócios, conforme sintetiza a Figura 1. Figura 1 Modelos de competências requeridas pelas organizações na ―nova‖ economia. Fonte: McGregor, Tweed e Pech (2004). In: Batalha (2005, p. 35). PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 13 De modo geral, o capital intelectual pretendido para o egresso do Curso de Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais do Campus Lagoa do Sino (UFSCar) está amparado na somatória de conhecimento, informação, propriedade intelectual e experiência administrativa, colocada para ser usada como criação de margem competitiva, reprodução social digna ou riqueza. Adaptado de Luthans et. alli. (2004), é o que Batalha (2005) representou pela somatória do capital econômico tradicional, do capital humano e do capital social, conforme a Figura 2. Figura 2 Modelos de expansão do capital para criação de riquezas Fonte: Batalha (2005, p. 31), adaptado de Luthans et. alli. (2004). De modo geral, os egressos do Curso de Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais do Campus Lagoa do Sino terão a formação tradicional do administrador, disposto ao entendimento das principais mudanças das organizações no mundo contemporâneo, adoção de visão e planejamento estratégico e operacional nos campos organizacionais públicos e privados, capacidade de compreensão e empreendimento de inovações organizacionais e institucionais em distintos ambientes profissionais, cadeias produtivas, sistemas agroalimentares localizados e mercados, além da valorização do ser humano como ator construtor de conhecimentos multivariados para o mundo da administração pública e privada. De modo diferencial, com a linha de formação em sistemas agroindustriais, o egresso do curso de administração do campus Lagoa do Sino da UFSCar deverá desenvolver conhecimento, liderança e estratégias específicas para a administração de operações agroindustriais, de sistemas agroalimentares localizados ou globalizados, comercialização de alimentos e demais produtos agroindustriais (seja em PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 14 cadeias curtas ou longas), aprimoramentos das finanças em sistemas agroindustriais e produções alimentares, capacidade de previsões de ambientes macroeconômicos e microeconômicos, habilidade para organização social de empreendimentos como associações e cooperativas e capacidade de desenvolvimento de políticas públicas e agroindustriais para regiões heterogêneas. Assim, além das áreas tradicionais do bacharel em administração, o profissional formado no referido curso poderá atuar como: a) Administrador em empresas agroindustriais, empresas de produção agrícola e empresas de atacado e varejo de alimentos, bem como em associações e cooperativas de agricultores familiares; b) Administrador, nas diferentes etapas, em sistemas agroalimentares localizados ou globalizados; c) Administrador público envolvido com formulações e implantações de políticas públicas de desenvolvimento territorial, de desenvolvimento rural, de segurança alimentar e nutricional e de impactos ambientais; d) Construtor, gestor e aplicador de projetos agrícolas e agroindustriais e de prospecção de mercados de produtos agroindustriais; e) Gestor de políticas agrárias, agrícolas e agroindustriais; f) Gestor de empreendimentos e processos de comercialização de alimentos para mercado interno e externo; g) Especialista em novos mecanismos de gestão para o desenvolvimento rural; h) Pesquisador de sistemas agroindustriais e de políticas públicas de segurança alimentar e nutricional. O desafio de formar um curso superior passa também e principalmente, pelo compromisso de se pensar sobre as transformações tecnológicas atuais, a visão de ciência, de sociedade e de mundo. Assim, aqui se propõe a construção de um Curso de Administração, que sem perder suas características e especificidades historicamente vinculadas a esta área do saber, possa atender as demandas atuais da sociedade brasileira. Nossa proposta tem por princípios o desenvolvimento de um profissional com formação tradicional e eclética, comprometido com uma perspectiva de desenvolvimento que respeite a diversidade de sistemas agroindustriais existentes na sociedade brasileira. Tais elementos são considerados essenciais na PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 15 caracterização do perfil do Administrador focado não apenas na produção e no atendimento das demandas do mercado, mas também com formação humanística e cidadã. 2.2. Justificativa da criação do curso na UFSCar A justificativa inicial para a criação de um curso de bacharelado em Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais no campus Lagoa do Sino da UFSCar é a importância econômica, social e ambiental da agroindústria no Brasil em geral, com um olhar especial para a região do novo campus. A agroindústria brasileira (considerando a agricultura e todos os setores a montante e a jusante da produção alimentar de primeira transformação) sempre representou mais de 23% do PIB brasileiro (ou cerca de R$ 1 trilhão em 2013), conforme a Tabela 8 baseada nos dados do CEPEA/Esalq-USP. Isso corresponde a um mercado de trabalho que demanda profissionais da área de administração, já que o sistema agroindustrial brasileiro responde por mais de 30% do total de empregos formais do Brasil. Em 2004, por exemplo, o sistema agroindustrial brasileiro respondeu por 37% dos empregos formais do país. A Tabela 8 mostra a evolução recente do Produto Interno Bruto (PIB) do sistema agroindustrial brasileiro (que abarca todos os complexos agroindustriais da nação) em relação ao do PIB brasileiro entre os anos de 2000 e 2013. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 16 Tabela 8 Produto Interno Bruto do Brasil e Agroindústria Brasileira (milhões de reais). Agroindústria e Total 2000 2005 2008 2013 Insumos 74.460 91.006 117.882 127.847 Agropecuária 178.382 208.890 262.995 317.159 Indústria 248.151 281.983 310.425 306.807 Distribuição 248.878 282.889 321.260 340.424 PIB Agro 749.870 864.767 1.012.561 1.092.238 Participação (%) 23, 48% 23,61% 23,83% 22,54% PIB Brasil 3.193.236 3.663.335 4.249.221 4.844.815 Fonte: CEPEA – ESALQ-USP. Disponível em: http://cepea.esalq.usp.br/pib/. Ressalta-se ainda que o projeto pedagógico do curso de Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais está coerente e articulado com os eixos norteadores da construção do campus Lagoa do Sino da UFSCar – que são o desenvolvimento territorial, a sustentabilidade, a segurança alimentar e a agricultura familiar (PAULILLO et. alli., 2011), além de poder destacar, em sua concepção original, um conjunto de temas próprios do campo científico da administração e que são transversais a estes eixos construtores do referido campus. Essas temáticas da administração, cada vez mais diversificadas, e o crescimento vertiginoso do campo profissional em administração no Brasil ajudam a explicar a procura relevante de estudantes interessados pelo curso de administração do campus de Sorocaba nos vestibulares da UFSCar - o segundo curso de graduação mais procurado em 2012 conforme a Tabela 9, o que já é outra justificativa inicial para a instalação de um novo curso em administração na UFSCar, só que agora com linha de formação em Sistemas Agroindustriais. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 17 Tabela 9 Comparação dos candidatos inscritos por opção de cursos da UFSCar - vestibular 2012 Cursos Candidato/Vaga – Opções 1 e 2 Administração (Sorocaba) 115,85 Medicina 210,9 Engenharia Agronômica (Araras) 27,4 Engenharia Civil (São Carlos) 82,61 Engenharia de Computação (São Carlos) 31,30 Engenharia de Materiais (São Carlos) 20,66 Engenharia de Produção (São Carlos) 45,69 Engenharia Elétrica (São Carlos) 43,35 Engenharia Física (São Carlos) 17,05 Engenharia Mecânica (São Carlos) 69,66 Engenharia Química (São Carlos) 38,92 Engenharia de Produção (Sorocaba) 57,10 Engenharia Florestal (Sorocaba) 41 Total Engenharias (UFSCar) 43,15 Total (UFSCar) 37,91 Fonte: UFSCar (2012). O desenvolvimento do projeto pedagógico do curso de administração com linha de formação em sistemas agroindustriais da UFSCar começou também sob uma preocupação semelhante ao do curso de Engenharia Agronômica do campus Lagoa do Sino, isto é, a de apresentar uma aderência à realidade das regiões paulistas de Itapetininga, Avaré e Itapeva (sem desconsiderar também o nordeste do estado do Paraná), possibilitando um diálogo com os atores e demandas de um território com predomínio da agricultura familiar, presença marcante de assentamentos rurais e comunidades tradicionais, elevada produção agroindustrial e índices de desenvolvimento econômico e humano inferiores às demais regiões paulistas. Nasce, portanto, de uma grande possibilidade de diálogo entre os eixos norteadores dos cursos que já estão em funcionamento no campus Lagoa do Sino da UFSCar (Engenharia Agronômica, Engenharia de Alimentos e Engenharia Ambiental) e os do novo curso proposto (Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais) visando, inclusive, ao melhor aproveitamento dos PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 18 docentes contratados anteriormente (para os três primeiros cursos), o que é considerado positivo, diante da limitação de vagas docentes destinadas pelo MEC. Construir um curso de graduação em Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais deve favorecer também a consolidação de uma proposta teórica e metodológica comum para a estrutura e a organização de atividades de ensino, pesquisa e extensão do referido campus. Nessa direção, vale destacar que o presente projeto pedagógico teve, desde o início, a busca da originalidade em relação aos cursos de gestão e administração já oferecidos pela UFSCar – como engenharia de produção, administração, economia, etc. Salienta-se que, embora esteja proposto outro curso de Administração na UFSCar, a linha de formação é em Sistemas Agroindustriais, o que difere do oferecido no campus da UFSCar de Sorocaba, além de facilitar o diálogo de um novo curso com os projetos de pesquisas e de extensão de um campus instalado em uma fazenda produtiva em soja, trigo e milho a partir de 2011, e que necessita de estudos e orientações em administração agroindustrial, agrícola e agrária. Neste sentido, ao agregar a perspectiva da gestão agroindustrial com a do rural (o agrícola e o agrário), carrega em si a concepção moderna do novo rural brasileiro ou do fenômeno ―rurbano‖, conforme Graziano da Silva (1999), em que as disposições econômicas, sociais e políticas específicas ou isoladas do meio rural tendem a desaparecer com a pluriatividade do trabalho e o crescimento da multifuncionalidade do homem rural (empresário e trabalhador do campo) e a diversificação crescente do processo de geração de renda rural a partir dos anos 1990, que já estavam estimuladas pelo processo anterior de interpenetração de capitais (financeiro, industrial, comercial e agrário) ocorrida primeiramente na agroindústria e na agricultura de larga escala nos anos 1980 com as constituições dos complexos agroindustriais (DELGADO, 1985). A instituição de um curso de Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais também deverá contribuir decisivamente para o processo de criação e desenvolvimento de um primeiro programa de pós-graduação do novo campus Lagoa do Sino. De caráter interdisciplinar, também baseado nos eixos condutores do projeto original de construção do Campus Lagoa do Sino, conforme Paulillo et alli (2011), o primeiro programa de pós-graduação deste campus poderá ser um polo importante de atração e de fixação dos novos docentes, sabendo tratar-se de uma região tradicionalmente esquecida e à margem do desenvolvimento econômico e social mais amplo ocorrido no restante do estado. Um curso de administração no campus Lagoa do Sino da UFSCar também representaria um ponto de atratividade em relação aos estudantes que demandam a Universidade. A suposição é a de que o curso de Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais seria bem aceito na região e pelos PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 19 diversos atores produtores de alimentos do Brasil e da América Latina, além de muito atraente para os futuros alunos por conta do lugar dominado pela agricultura familiar e pelas operações crescentes de cadeias agroindustriais, conforme mostra Paulillo et alli (2011). Enfim, revelada a atratividade de formar administradores com habilidades e conhecimentos gerais da administração, mas também específicos para gestões em sistemas agroindustriais, o novo curso e a sua localização devem potencializar a atratividade de alunos e docentes por conta do perfil agroindustrial do território do campus Lagoa do Sino, ampliando e diversificando as opções de pesquisa e extensão. A região apresenta uma grande diversidade de sistemas agroindustriais, sejam caracterizados pelas suas especificidades, como no caso das produções de uvas finas e rústicas (muitas delas prontas para o consumo em novembro e não em dezembro, o que proporciona um preço mais elevado pago pelo mercado da grande São Paulo); ou ainda pelo domínio da produção do eucalipto no estado de São Paulo, ou então por novas tendências como o recente avanço da soja no estado de São Paulo, além de ser a nova fronteira de expansão da laranja paulista (por causa da tentativa de fuga citrícola das pragas dos pomares que dominam as regiões tradicionais de laranja). O perfil produtor de alimentos da região ganhou destaque no estudo apresentado por Paulillo et. alli. (2014), que aponta para uma grande representatividade da produção diversificada de alimentos e de derivados madeireiros desde 2009, o que reflete a base agropecuária da região do campus Lagoa do Sino. A produção de alimentos, além de diversificada, é concentrada em pequenas propriedades de base familiar, conforme mostra Paulillo et. alli. (2014), apresentando grande participação na produção estadual alimentar, com destaques também para o algodão herbáceo, trigo, maçã e feijão - conforme a Tabela 10. O algodão e o feijão são produtos tradicionais da região desde o começo do século XX e criaram seus encadeamentos produtivos e comerciais. Encontra-se também no território circundante ao campus Lagoa do Sino uma área significativa ocupada por assentamentos de reforma agrária e comunidades de agricultores tradicionais, em grande parte com elevada carência de conhecimentos relacionados ao campo da administração e um potencial inexplorado de agregação de valor à sua produção. No caso do algodão, ele foi um produto agrícola impulsionador da industrialização da macrorregião de Sorocaba porque a indústria têxtil do estado de São Paulo começou na região em 1882. O algodão da região representa 86% do total produzido no estado de São Paulo (SEADE,2009). O feijão é historicamente representativo por causa das produções das regiões de Itapeva e de Itararé e a proximidade com a região metropolitana de São Paulo - grande consumidora e também PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 20 formadora do preço do produto semanalmente através da dinâmica especulativa da chamada bolsinha de preços do feijão na região do CEAGESP na capital paulista. Outras produções agrícolas da região têm representatividade produtiva semelhante no estado de São Paulo, como a maçã, o pêssego, o trigo e o triticale, conforme a Tabela 10. Independente de seus graus de adensamento tecnológico e organizacional, essas culturas agrícolas possuem encadeamentos econômicos importantes no estado de São Paulo e que justificam a UFSCar desenvolver um curso de Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais, porque essa produção alimentar diversificada permitirá agregar mais conteúdos nas atividades de ensino do campus, além de adensar as atividades de pesquisa e extensão que começaram com as engenharias (agronômica, de alimentos e ambiental) e que, com este novo curso, pode avançar para outras temáticas (como comercialização de produtos, planejamento financeiro, planejamento de controle da produção, administração de estoques, marketing, gestão da qualidade, organização e métodos, logística, prospecção de mercados, desenvolvimento de novos empreendimentos etc.). Tabela 10 Principais culturas das regiões de Itapetininga, Avaré e Itapeva – 2009. Fonte: SEADE, 2009 PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 21 Paulillo et. alli. (2014, p. 22) destacaram que o percentual de domicílios rurais na região do campus Lagoa do Sino é de 17,95% do total de domicílios, conforme a Tabela 11, que é um valor aproximadamente cinco vezes superior ao registrado para domicílios rurais no estado de São Paulo (3,76% do total). Domicílios rurais são indicativos de produção agrícola familiar na região. Percebe-se a necessidade de formar profissionais que atuarão no setor produtivo da agricultura familiar sustentável. Tabela 11 Tipo de moradia nas regiões de Itapeva, Itapetininga e Avaré. Tipo de moradia Território Lagoa do Sino Estado de São Paulo absoluto % do total absoluto % do total Domícilios particulares permanentes 275.013 100,00 12.827.153 100,00 Urbanos 225.637 82,05 12.334.236 96,16 Rurais 49.376 17,95 482.917 3,76 Habitantes por moradia 3,31 NA 3,21 NA Urbanos 3,26 NA 3,20 NA Rurais 3,43 NA 3,47 NA Fonte: SEADE,2010 Os agricultores familiares demandam um profissional capaz de compreender as especificidades de seus sistemas produtivos e que assim consiga apoiar sua reprodução social e econômica. Esse profissional deve conhecer e aprimorar tanto as dinâmicas dos complexos agroindustriais como as estratégias diferenciadas adotadas pelos agricultores familiares, visto que mais do que um lugar de produção, a unidade de produção familiar é um espaço de sociabilidade, no qual moram, casam, produzem seus alimentos, trabalham e no qual pretendem criar seus descendentes. Aponta-se ainda que a agricultura familiar é responsável por garantir parte importante da segurança alimentar do país, como importante fornecedora de alimentos para o mercado interno. Conforme será mostrado, a segurança alimentar nutricional se apresenta, em articulação aos conceitos de sistemas agroindustriais e do empreendedorismo na agricultura familiar, como um conceito-chave na construção do projeto pedagógico do curso de Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais da UFSCar. Outro dado revelador de Paulillo et alli. (2014, p. 22) são as taxas de urbanização na região do campus Lagoa do Sino, que chegam a menos de 30% em muitos municípios (sendo que o município com menor taxa de urbanização da região tem apenas 25% da população no meio urbano). São dados que mostram como a ruralidade é muito significativa na região do campus Lagoa do Sino da UFSCar e que PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 22 um curso de administração que tenha foco nas questões agroindustriais e do novo rural (rurbano) pode proporcionar novas contribuições no ensino, pesquisa e extensão sobre a região (Tabela 12). Tabela 12 Comparação do perfil populacional: estado de São Paulo e região da Lagoa do Sino. População Dados Gerais Estado de São Paulo % Região da Lagoa do Sino % Máxima TLS Mínima TLS População Residente 41.223.683 NA 911.174 NA 144.209 3.113 Urbana 39.548.206 95,94% 739.809 81,19% 130.898 827 Rural 1.675.477 4,06% 171.365 18,81% 13.790 857 Densidade demográfica (hab./Km²) 166,08 NA 46,27 NA 309,33 3,71 % de urbanização 95,94 NA 81,19 NA 95,28 25,60 População Economicamente Ativa 35.693.829 6,75% 775.249 2,17% NA NA PEA/população total 0,805 NA 0,794 NA NA NA Razão de dependência 0,25 NA 0,26 NA NA NA Fonte: Paulillo et. alli. (2014, p. 22), a partir de dados da SEADE (2010) Paulillo et. alli. (2014) também mostram que a taxa de crescimento da população rural do TLS tem menor retração que o estado de São Paulo, reforçando que a região tem população rural mais representativa que outras regiões, conforme a Tabela 13. Isso reforça a vocação rural e agrícola da região do novo campus da UFSCar. Tabela 13 Estatísticas vitais da população – Estado de São Paulo e região do campus Lagoa do Sino. População - Estatísticas Vitais Estado de São Paulo Região Lagoa do Sino Maxima TLS Município Mínima TLS Município Taxa geométrica de crescimento anual da população 1,09 NA 0,81 NA 3,77 (1,54) Taxa geométrica de crescimento anual da população urbana 1,36 NA 1,44 NA 4,14 (2,11) Taxa geométrica de crescimento anual da população rural (3,67) NA (0,48) NA 11,21 (4,51) PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 23 Fonte: Paulillo et. alli. (2014, p. 24), a partir de dados da SEADE (2010) O percentual de participação das moradias rurais (18%) em relação ao total é muito superior à média estadual (3,7%). Este dado, apresentado por PAULILLO et. alli. (2014), reforça também o perfil rural e agropecuário da região do novo curso de administração proposto, não somente pela representatividade da produção rural e dos empregos agrícolas, mas também em termos das presenças de moradias e moradores rurais, conforme a Tabela 11. As três microrregiões mais próximas do campus Lagoa do Sino da UFSCar apresentam cerca de 22.000 estabelecimentos agropecuários (PAULILLO et. alli., 2014). Destes, segundo PAULILLO et. alli. (2014), 71% é unidade agropecuária familiar, um valor superior à média do estado de São Paulo (que é de 65%), embora inferior à média brasileira (88%). Além da produção diversificada de alimentos nessas propriedades, conforme foi mostrado, há também predomínio da mão de obra familiar e com a moradia na propriedade rural, corroborando os dados da base demográfica dessa região. A representatividade do setor primário nas regiões de Itapeva, Itapetininga e Avaré (com cerca de 40 municípios) é mais significativa que a região mais expandida de 79 municípios das macrorregiões de Sorocaba e Itapeva. A Tabela 14 mostra que, na região mais aproximada do campus Lagoa do Sino da UFSCar (as regiões de Itapeva, Itapetininga e Avaré), o setor primário responde por 24,7% do total de empregos formais, enquanto que essa representatividade cai para 6,6% do total de empregos formais quando se compara com os demais 39 municípios do total da macrorregião de Sorocaba (municípios do eixo da Rodovia Castello Branco). Tabela 14 Participação dos setores econômicos no total de empregos formais das sub-regiões da RA de Sorocaba. Setores 39 municípios do eixo da Rodovia Castello Branco 40 municípios do sul e sudoeste da RA Sorocaba Setor Primário 6,6% 24,7% Indústria Extrativa 0,2% 0,7% Indústria Transformação 32,6% 15,6% Construção Civil 3,8% 1,4% Comércio 20,20% 19,8% Serviço Utilidade Pública 0,6% 1,10% Administração Pública 9,2% 20,20% Serviços 26,8% 16,60% Total 100% 100% PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 24 Fonte: Secretaria de Planejamento do Governo do Estado de São Paulo (2012), a partir de MTE/RAIS 2008. O mesmo acontece quando se toma os dados de 2008 sobre as participações dos setores de atividades econômicas no total dos estabelecimentos formais das sub-regiões de Sorocaba (40 municípios do sul e sudoeste do estado diante dos 39 municípios mais próximos da rodovia Castello Branco), conforme a Tabela 15. O setor primário tem grande representatividade em estabelecimentos agropecuários nos municípios do sul e sudoeste do estado (31,4% do total de estabelecimentos em 2008) quando comparado com os demais 39 municípios da macrorregião de Sorocaba (que respondem por 12% do total), segundo os dados da RAIS de 2008 que foram utilizados pela Secretaria de Planejamento do Governo do Estado de São Paulo (2012). Tabela 15 Participação dos setores econômicos no total dos estabelecimentos formais das sub- regiões da RA de Sorocaba. Setores 39 municípios do eixo da Rodovia Castello Branco 40 municípios do sul e sudoeste da RA Sorocaba Setor Primário 12% 31,4% Indústria Extrativa 0,2% 0,5% Indústria Transformação 9,6% 5,4% Construção Civil 3,7% 2,3% Comércio 43% 39,0% Serviço Utilidade Pública 0,3% 0,8% Administração Pública 0,3% 0,7% Serviços 30,9% 19,80% Total 100% 100% Fonte: Secretaria de Planejamento do Governo do Estado de São Paulo (2012), a partir de MTE/RAIS 2008. Paulillo et. alli. (2014) mostraram que essa região contribui com percentual ínfimo no valor adicionado total do estado de São Paulo (1,53%). No entanto, para o setor agropecuário não ocorre o mesmo, pois a representatividade para o total do estado de São Paulo está em torno de 12,78%. Isso reforça o perfil agrícola e rural entre os municípios da região do campus Lagoa do Sino da UFSCar. Mesmo que prevaleçam os setores de serviços e da indústria no total do PIB do Território Lagoa do Sino (TLS) - com mais de 86% do PIB totalizado (PAULILLO et. alli., 2014). Os maiores contribuintes do PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 25 PIB do TLS são os empreendedores do setor de serviços, que representam um valor adicionado de 53% (dados de 2009), seguido da indústria (com 34%) e da Agropecuária (com 13%), conforme a Figura 8. Figura 8 Composição do PIB das regiões de Avaré, Itapeva e Itapetininga.Fonte: Paulillo et. alli. (2014, p. 28), a partir de dados da Fundação Seade (2007) e IBGE em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus – SUFRAMA (2007). O perfil agroindustrial está diversificado na atualidade, o que significa que muitas cadeias de produção agroindustrial atravessam a região. Este perfil da região começou a ser montado ainda no final do século XIX quando a produção do algodão cresceu por causa do aparecimento da exportação para os EUA a partir de 1860 (em guerra da secessão no período). A produção de algodão começou a influenciar as primeiras fábricas têxteis na mesma década. A industrialização têxtil ganhou maior ímpeto a partir de 1882 e trouxe consigo pequenas agroindústrias para as cidades da região como fábricas de alimentos, bebidas, chapéus e calçados. Até 1920, a agroindústria definiu-se também para laticínios e pequenos frigoríficos, acompanhando o perfil agropecuário da região com os aumentos dos rebanhos bovinos de corte e misto (leite e corte). A produção do café também estava presente neste período (do auge cafeeiro, que durou até a crise internacional de 1929), embora a região sempre estivesse marcada pelo perfil agropecuário diversificado - e que não perdeu até hoje. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 26 Um grande salto diferenciador para a agroindústria dessa região veio nos anos 70 do Século XX com a política governamental estadual de descentralização do desenvolvimento econômico. As florestas naturais da região atraíram a indústria de extração da madeira, sendo que os programas de reflorestamento estimulados pela política governamental facilitaram a agroindustrialização da madeira na região. Este movimento foi a base do crescimento da indústria de papel e celulose, de resinas, móveis e outros produtos madeireiros. Segundo a Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional do Governo do Estado de São Paulo, a partir dos dados da RAIS de 2008, a região respondeu por 48,6% dos empregos da produção florestal estadual e agregou 35% dos estabelecimentos da atividade florestal paulista no referido ano (RAIS, 2008). Considerando as principais atividades industriais da macrorregião de Sorocaba do governo do estado de São Paulo (que envolve as regiões de Itapeva, Itapetininga, Avaré, Sorocaba e Botucatu)1, a agroindústria se destaca pelas atividades extrativas de minerais não-metálicos (extração de calcário para produção de cal e cimento, areia, argila, rocha carbonática, brita ornamental, filito, água mineral e minerais industriais), bebidas (água mineral), madeira, papel e celulose e têxteis. A Tabela 16 mostra as participações destes setores industriais em relação ao total produzido no estado de São Paulo, o que permite compreender melhor a representatividade agroindustrial da região do campus lagoa do sino da UFSCar. O perfil agroindustrial da região do campus Lagoa do Sino também é revelado quando se considera as participações dos setores de atividades econômicas da região no total do Valor Adicional Fiscal (VAF) de 2008. Nela, a indústria da madeira da região representa 49,2% do VAF total do setor madeireiro do estado de São Paulo de 2008 (PAULILLO, 2014). A indústria de bebidas da região (principalmente de água minerais) representa 10,3% do VAF total de transformação de bebidas do estado de São Paulo, sendo minerais não-metálicos (com 10,5% do total) e o papel e celulose (6,2%) outras atividades de destaque em termo de valor adicionado fiscal estadual, segundo a Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional do Estado de São Paulo. 1No dia 11 de fevereiro de 2014 foi criada por decreto do governo do Estado de São Paulo a Região Administrativa (RA) de Itapeva, sendo está composta por 32 municípios que pertenciam à RA de Sorocaba, sendo eles: Angatuba, Apiaí, Arandu, Barão de Antonina, Barra do Chapéu, Bom Sucesso de Itararé, Buri, Campina do Monte Alegre, Capão Bonito, Coronel Macedo, Fartura, Guapiara, Iporanga, Itaberá, Itaí, Itaoca, Itapeva, Itapirapuã Paulista, Itaporanga, Itararé, Nova Campina, Paranapanema, Piraju, Ribeira, Ribeirão Branco, Ribeirão Grande, Riversul, Sarutaiá, Taguaí, Taquarituba, Taquarivaí e Tejupá. Dados socioeconômicos consolidados dessa nova RA ainda nãoestão disponibilizados. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 27 Tabela 16 Principais Atividades da Região Administrativa de Sorocaba, RAIS 2008. Atividade % no total do estado SP Indústria Extrativa Minerais Metálicos 12,1% Minerais Não-Metálicos 12,1% Indústria de Transformação Alimentos 5,3% Bebidas 20,1% Têxteis 7,6% Confecção de Vestuários 9,6% Produtos de Madeira 30,3% Celulose e Papel 5,4% Produtos Químicos 5,2% Produtos de Borracha e Material Plástico 7,3% Produtos de Minerais Não- Metálicos 10,2% Metalurgia 11,7% Produtos de Metal 6,6% Equipamentos de Informática e Eletrônicos 13% Máquinas e Aparelhos Elétricos 7,9% Máquinas e Equipamentos 6,7% Veículos e Carrocerias 7,8% Outros eq. de transporte 7,3% Móveis 5,5% Diversos 8,5% Fonte: Secretaria de Planejamento do Governo do Estado de São Paulo (2012), a partir de MTE/RAIS 2008. As atividades agroindustriais e agrícolas são muito responsáveis pelo desempenho econômico da macrorregião de Sorocaba, em especial nos municípios mais ao centro e sudoeste – mais próximos do campus Lagoa do Sino. Em termos de geração do desempenho do PIB (Produto Interno Bruto) entre 1996 e 2008, a região alcançou crescimento médio de 5%, sendo que 44% dos municípios da macrorregião de Sorocaba cresceram e 23,7% ficaram estagnados (PAULILLO et. alli., 2014). Isso revela uma heterogeneidade relevante, como mostra a Figura 10, em que alguns municípios sequer acompanharam o aproveitamento econômico da maioria no período - seja na indústria, na agroindústria ou na agricultura. Comparado ao total do estado de São Paulo, 73% dos municípios da macrorregião de Sorocaba tiveram taxas superiores à taxa média de crescimento anual do PIB do conjunto do estado de São Paulo (que foi de 3,58 ao ano), segundo a Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional do Estado de São Paulo (PAULILLO et. alli., 2014). PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 28 Figura 10 Heterogeneidade entre as taxas geométricas de crescimento do PIB ao ano (em %) na macrorregião de Sorocaba e no estado de São Paulo – 1996 a 2008 A localização do campus Lagoa do Sino em uma região de forte perfil agrícola e agroindustrial é, portanto, um fator que justifica a criação de um curso de Bacharelado em Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais. A instalação do novo campus da UFSCar em uma fazenda que se encontra em produção alimentar (de milho, trigo e soja, além de outras plantações que começam a ocorrer para atender o ensino e a pesquisa de docentes e discentes do curso de engenharia agronômica) também é outro fator que, juntamente com a aderência à realidade intensamente agrícola e agroindustrial da região, facilitará o diálogo dos eixos do novo curso de administração com os eixos propostos no projeto original de Paulillo et. alli. (2011) de construção do campus Lagoa do Sino. Outra justificativa é a baixa concentração de cursos de graduação na macrorregião de Sorocaba, sendo mais agravante para as microrregiões de Itapeva, Itapetininga e Avaré. Paulillo et. alli. (2011) também mostraram que há uma baixa concentração de cursos de graduação no ensino superior na região – que em 2009 representava apenas 10% do total do estado de São Paulo. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 29 2.3. Conceitos-chave que fundamentam a proposta do curso e a articulação com os eixos programáticos de ensino A partir do processo de identificação das principais habilidades e conhecimentos gerais do campo de formação do administrador e também do discernimento de conhecimentos mais específicos que devem ser agregados para o egresso do curso de administração com linha de atuação em sistemas agroindustriais, foram definidos sete (7) conceitos-chave para pautar as construções dos eixos e conteúdos programáticos de ensino. Os sete conceitos-chave são os seguintes: 1) Sistemas Agroindustriais; 2) Segurança Alimentar e Nutricional; 3) Governanças; 4) Pós-Fordismo Global e Novos Mecanismos de Administração; 5) Empreendedorismo & Agricultura Familiar; 6) Desenvolvimento Rural & Sustentabilidade; 7) Território. Os sete conceitos-chave serão apresentados nos próximos itens. Eles embasam as construções dos quatro eixos programáticos do curso de Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais do campus Lagoa do Sino da UFSCar. Os quatro eixos, por sua vez, abrigam os mesoconteúdos e conteúdos de ensino. Os quatro eixos programáticos são os seguintes: 1) Desenvolvimento Territorial e Políticas Públicas; 2) Economia e Finanças; 3) Comercialização; 4) Administração de Operações Agroindustriais. Após as apresentações dos fundamentos centrais dos sete conceitos-chave do projeto pedagógico do curso, o presente projeto tratará da distribuição dos mesoconteúdos ao longo dos quatro eixos de ensino. Eixos que estarão presentes ao longo dos quatro anos de realização do curso de administração com linha de formação em sistemas agroindustriais. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 30 Três eixos (Economia e Finanças, Comercialização e Administração de Operações Agroindustriais) são mais representativos porque estão vinculados a mais conceitos-chave, como mostra a Tabela 17. O eixo Economia e Finanças está vinculado a seis conceitos-chave e os eixos de Comercialização e de Administração de Operações Agroindustriais estão vinculados a cinco conceitos. São os eixos dominantes do curso. Tabela 17 Eixos & Conceitos-Chave do Curso de Administração. Eixos No. Conceitos-Chave Economia e Finanças 6 Administração de Operações Agroindustriais 5 Comercialização 5 Desenvolvimento Territorial e Políticas Públicas 4 Fonte: elaboração própria. O outro eixo, Desenvolvimento Territorial e Políticas Públicas, está vinculado a quatro conceitos- chave. Isso ocorre por se tratar de um curso de administração que já tem a inovação de focar uma linha de formação em sistemas agroindustriais e, além disso, enfatizar o aspecto do desenvolvimento territorial. Assim, a questão do desenvolvimento local recebe uma conotação especial neste curso de administração por três razões principais: 1) A necessidade de considerar que os sistemas e complexos agroindustriais apresentam heterogeneidades estruturais, tecnológicas, institucionais, organizacionais e regionais que não podem ser negligenciadas (PAULILLO, 1994); 2) A heterogeneidade organizacional entre complexos agroindustriais ocorre a partir das relações que os setores industriais de processamento alimentar e de bens de capital agroindustrial constroem com a agricultura de cada localidade - considerando, portanto, a história da agropecuária do lugar e os modos de produção e de acumulação dos agricultores e criadores no território (PAULILLO, 2000); e 3) Considerar que as mudanças administrativas contemporâneas estão inseridas no bojo das transformações estruturais globais, na qual quanto mais a globalização avança, o local se reorganiza, tornando-se singular (SANTOS, 1996, op. cit. PAULILLO, 2000). PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 31 Assim, as experiências administrativas agroindustriais locais devem ser ressaltadas no processo de ensino e aprendizagem sobre qualquer mudança conceitual no campo da administração em geral. Ou seja, os casos administrativos revelam especificidades importantes e a delimitação e o entendimento do lugar faz a diferença nos processos de ensino, pesquisa & extensão no campo da administração. Isto é, os casos localizados da administração devem ser compreendidos e refletidos para permitir ampliar o espectro sobre os desafios do planejamento, execução e desenvolvimento de programas e políticas administrativas. Trata-se da impossibilidade de desconsiderar as localidades para a compreensão da dinâmica empresarial atual nas economias capitalistas porque se o espaço global avança, o local se torna específico ou singular ao mesmo tempo (PAULILLO, 2000). Se o espaço se torna uno para atender às necessidades de uma produção globalizada, as regiões aparecem como as distintas versões da mundialização. Esta não garante a homogeneidade, mas, ao contrário, instiga diferenças, reforça-as e até mesmo depende delas. Quanto mais os lugares se mundializam, mais se tornam singulares e específicos, isto é, únicos. (...) se para a compreensão de qualquer fração do Planeta, a totalidade do processo que a molda há de estar presente, assim também, para a compreensão da realidade global, é indispensável o entendimento do que é a vida nas diferentes regiões; de seus funcionamentos específicos, de suas especializações, de suas relações, enfim, de seu arranjo em particular, sempre em movimento (SANTOS, 1996, p. 46-47). A Figura 11 mostra as respectivas vinculações dos conceitos-chave deste projeto com os eixos programáticos do curso de administração com linha de formação em sistemas agroindustriais. Nota-se que cada eixo também está articulado às habilidades e conhecimentos principais esperados dos futuros egressos e que foram apontados pelas empresas agroindustriais brasileiras e pelos coordenadores dos cursos de graduação na temática agroindustrial entrevistados em BATALHA et. alli. (2005). PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 32 Figura 11 Vinculações entre habilidades ou conhecimentos pessoais, conceitos-chave e os eixos do curso de administração com linha de formação em sistemas agroindustriais. Fonte: elaboração própria. 2.3.1. Sistemas Agroindustriais A noção de Sistemas Agroindustriais remete a percepção que existe um encadeamento entre diferentes agentes para o cumprimento de uma função ou o exercício de uma atividade, que nesse caso PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 33 esteja vinculado a um produto de origem agrícola. Os sistemas são dotados de uma estrutura que se modifica no tempo, apresentando deslocamento de fronteiras, mudanças no meio ambiente ou ainda rearranjos internos. A definição de seus contornos depende do tema, do problema e do objetivo a ser abordado. A partir de uma perspectiva neoclássica, Davis e Goldberg na Universidade de Harvard em 1957, desenvolveram uma agenda de trabalho com o objetivo inicial de descrever as crescentes interações e interdependências entre a agricultura e os setores industriais e de serviços a montante e a jusante do rural. O conceito de Commodity System Approach (CSA) foi introduzido em trabalho posterior, quando GOLDBERG (1968) estudou o comportamento dos sistemas de produção do trigo, soja e laranja nos Estados Unidos. O estudo realizou um corte vertical na economia que teve como ponto de partida e principal delimitador do espaço analítico uma matéria-prima agrícola específica (laranja, café e trigo). Alguns pontos se destacaram no estudo, como: a focalização em um produto; a delimitação do campo analítico, no caso o geográfico (por exemplo, a laranja da Florida); o trabalho com o conceito de coordenação; e por fim a diferenciação do sistema agroindustrial dos demais sistemas industriais. Um dos fundamentos da CSA é a análise com base sistêmica, focalizando a sequencia de transformações por que passam os produtos, conforme demonstra a Figura 12. Um CSA engloba todos os atores envolvidos com a produção, processamento e distribuição de um produto. Tal sistema inclui o mercado de insumos agrícolas, a produção agrícola, operações de estocagem, processamento, atacado e varejo, demarcando um fluxo que vai dos insumos até o consumidor final. O conceito engloba todas as instituições que afetam a coordenação dos estágios sucessivos do fluxo de produtos, tais como as instituições (regras, normas), órgãos governamentais, mercados futuros e associações de comércio. A análise de filière foi difundida na década de 1960 pela escola industrial francesa. Primordialmente não foi desenvolvida para a problemática agroindustrial, mas foi nesse campo que mais se disseminou. De acordo com Batalha e Silva (2007), o conceito de cadeia de produção ainda continua vago quanto ao seu enunciado, porém alguns pontos estão implicitamente ligados ao conceito, como a sucessão de operações, a dissociação, o encadeamento técnico e o fluxo de troca. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 34 Figura 12 Enfoque Commodity System Approach (CSA) Fonte: Zylbersztajn (1995). De maneira geral, segundo Batalha e Silva (2007), uma cadeia de produção agroindustrial pode ser segmentada, de jusante a montante, em três macrossegmentos: ● Comercialização: Empresas que estão em contato com o cliente final da cadeia de produção e viabilizam o consumo e o comércio dos produtos finais. Ex: supermercados, mercearias, restaurantes. ● Industrialização: Representa empresas responsáveis pela transformação das matérias- primas em produtos finais destinados ao consumidor. ● Produção de matérias-primas: Firmas que fornecem matérias-primas iniciais para que outras empresas avancem no processo de produção do produto final (agricultura, pecuária, pesca etc.). Nas Cadeias de Produção Agroindustrial, ao contrário do método de Goldberg, o encadeamento das operações como forma de se definir a estrutura da CPA deve se dar de jusante a montante. Ou seja, a PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 35 partir de um produto final, reconhecido pelo consumidor, se traça as varias operações técnicas, comerciais e logísticas necessárias a sua produção. A estrutura de uma Cadeia de Produção Agroindustrial é composta pela sucessão de operações tecnológicas de produção, distintas e dissociáveis, visando a obtenção de um determinado produto, como demonstra a Figura 13. O encadeamento das operações implica num fluxo de troca, que pode ser dentro da firma, ou fora dela. Produtos intermediários e produtos finais são gerados dentro de uma CPA, sendo a comercialização desses produtos determinada pela estabilidade física dos mesmos além de seu valor de mercado. Diante desse fluxo de troca, Batalha e Silva (2007) destacam dentro de uma Cadeia de Produção Agroindustrial quatro mercados com diferentes características: ● Mercado entre os produtores de insumos e os produtores rurais; ● Mercado entre produtores rurais e agroindústria; ● Mercado entre agroindústria e distribuidores; ● Mercado entre distribuidores e consumidores finais. O encadeamento técnico da CPA permite o aparecimento de oportunidades de logística e comercialização, sendo o posicionamento da firma dentro do sistema determinado pelo conjunto de atividades pela qual ela é responsável na produção do produto final. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 36 Figura 13 A Cadeia de Produção Agroindustrial Fonte: Batalha e Silva (2007). De acordo com Paulillo (2007), o desenvolvimento da economia brasileira e as políticas governamentais de agroindustrialização nacional, ocorridas nas décadas de 1960 e 1970, proporcionaram o processo de integração entre agricultura e indústria e alguns trabalhos começaram a surgir tratando dessa relação. Desde então muitas pesquisas vêm sendo publicadas, no entanto, segundo Batalha e Silva (2007), a literatura que trata dessa problemática tem feito grande confusão entre as expressões Sistema PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 37 Agroindustrial, Complexo Agroindustrial e Cadeia de Produção Agroindustrial. Sendo que segundo os autores, cada uma reflete um nível de análise do Sistema Agroindustrial, Partindo de outras bases teóricas, com influência da Economia Política, trabalhos recentes têm adotado o conceito de Sistemas Agroalimentares para o estudo dos processos de produção, distribuição e consumo dos alimentos. Essa abordagem se caracteriza, em suas abordagens analíticas, pela menor centralidade do papel do consumidor dentro dos sistemas, pondo em evidência o papel dos agricultores, o que permite a perspectiva territorial ganhe relevância dentro desta abordagem. Deste modo, o conceito de Sistemas Agroalimentares incorpora a perspectiva territorial e abarca as diferentes relações que se estabelecem a partir da interferência antrópica, com vistas à produção e processamento de alimentos, em um meio específico. Os meios, os sistemas agrícolas, os produtos, os processos, os atores, suas instituições, seu conhecimento, seus comportamentos alimentares e suas redes de relações se combinam em um território que apresenta uma forma de organização específica (CIRAD- SAR, 1996). Uma característica determinante dos sistemas agroalimentares é a sua relação com as dinâmicas naturais e sua dependência dos ciclos biológicos, ou seja, há um elemento de permanente instabilidade do processo, o qual está relacionado à reduzida capacidade de controlar as condições ambientais determinantes para a produção do alimento (SOLER, 2009). Por sistema agroalimentar entende-se o conjunto de atividades que se integram visando o cumprimento da função da alimentação humana. O sistema agroalimentar propõe uma perspectiva analítica articulada que observe as interconexões entre os diferentes setores que o estrutura. Nesse sentido, não é possível isolar ou desagregar uma etapa da outra para compreender como se dá o processo alimentar, mas é necessário observar as inter-relações que se dão desde a etapa básica da produção agropecuária até a comercialização e distribuição dos produtos (SOLER, 2009). Ferramentas de gestão modernas muitas vezes não são aplicadas, ou são de difícil implantação, nos sistemas agroindustriais. Isso porque existem algumas particularidades nesses sistemas que dificultam o processo, tais como: aspectos culturais, baixo acesso à tecnologia, baixa organização social, a sazonalidade, qualidade e perecibilidade das matérias-primas; a sazonalidade do consumo; e a perecibilidade do produto final. Além disso, questões sanitárias, governamentais, fundiárias, tecnológicas e econômicas também afetam a gestão dos negócios agroindustriais. O sistema agroindustrial (SAI) pode ser visto como um conjunto de grupos de atores econômicos diferentes, que são: 1) agricultura, agropecuária e pesca; 2) indústria de bens de capital; 3) indústria de PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 38 processamento de alimentos; 4) distribuição agrícola e alimentar 5) setor de serviços e de apoio; 6) comércio (atacado e varejo) nacional e internacional e 7) consumidor final. Para PAULILLO (2001), os sistemas agroindustriais operam com grande complementaridade entre os segmentos que os compõem, como a agricultura, a indústria de bens de capital, a indústria de alimentos, as atividades de pesquisa e inovação tecnológica, etc. Os segmentos econômicos e determinadas atividades são complementares quando o desempenho de uma influi positivamente sobre o desempenho da outra. O efeito de encadeamento (linkage) é o melhor exemplo, pois o crescimento de um setor gera demandas por insumos e prestação de serviços de outros setores. Há exemplos de complementaridade que afetam as decisões de investimento e a tecnologia. A viabilidade ou o sucesso da decisão de investimento ou de inovação tecnológica de um setor (ou empresa) pode depender de investimentos em outros setores (ou empresas). No caso agroindustrial, o processo envolve a fabricação de insumos, produção rural, processamento industrial, distribuição e consumo dos produtos finais (elaborados ou semielaborados). Os fluxos tecnológicos e produtivos incorporam todos os serviços de apoio, desde a pesquisa (P&D) e assistência técnica, transporte, comercialização, crédito, tradings, bolsas, órgãos de exportação, serviços portuários etc. (PAULILLO, 1994). Neste caso, o envolvimento de um conjunto de cadeias produtivas associadas a um produto ou família de produtos originadas a partir de uma determinada matéria-prima básica permitirá a caracterização de um complexo agroindustrial (BATALHA, 1997). A visão sistêmica amplia a percepção sobre o desenvolvimento da agricultura, seja familiar ou não familiar, e auxilia a formação e a atuação do profissional de administração de empresas (públicas e privadas). As características estruturais da agroindústria lhe conferem alguns atributos que ajudaram, e tendem a continuar ajudando, a amortizar as bruscas variações que a economia brasileira sofre. Ao contrário do que muitos pensam, 97,5% do total das agroindústrias nacionais são constituídas de micro e pequenas empresas com até 99 empregados (BATALHA, 1990). É evidente que quando se analisa o valor da produção industrial, este número altera-se substancialmente. Neste caso, as grandes e médias empresas são responsáveis por 63% do valor da produção industrial. Em relação ao número de empregados, a situação praticamente equilibra-se: 50,4% dos empregos do setor são gerados pelas micro e pequenas empresas agroindustriais. Esta característica do setor agroindustrial torna-se relevante na medida em que são conhecidas as deficiências administrativas das pequenas e micro empresas nacionais, ao mesmo PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 39 tempo em que se reconhece sua existência como extremamente importante para o bom desempenho econômico e social do país (BATALHA, 1990). Apesar do enorme potencial do mercado alimentar nacional em produção e em consumo, o Brasil ainda ocupa uma posição relativamente modesta no comércio alimentar mundial. Em 1999 ele era responsável por 3% do valor gerado pala agricultura mundial. Alguns autores estimam que este valor sobe para 9% caso seja considerado somente os produtos agrícolas que já tenham sofrido uma primeira transformação industrial (JANK, 1990). No entanto, essa produção é suficiente para colocar o Brasil entre os principais produtores mundiais de vários produtos agrícolas (café, suco de laranja, cana de açúcar, banana, mandioca, soja, cacau etc.) e entre os oito primeiros países exportadores de alimentos. A importância estratégica dos sistemas agroindustriais e agroalimentares para o Brasil pode ser visualizada segundo dois enfoques diferentes. O primeiro deles é a garantia de um nível de abastecimento alimentar adequado à população brasileira. Para isto, não é suficiente somente uma agricultura forte, mas é também necessária a existência de um setor agroindustrial eficiente e dinâmico. No Brasil, tal como em outras partes do mundo, existe uma tendência de consumo que se distancia cada vez mais dos produtos in natura para se aproximar dos produtos agroindustriais. Estudos têm mostrado que processos agroindustriais adequados permitem diminuir o desperdício, regularizar os picos de produção e consumo e oferecer produtos de maior qualidade para a população. Aliado a este fator de abastecimento interno, o setor agroindustrial sempre desempenhou, e deve continuar desempenhando, um papel de destaque no equilíbrio do comércio exterior brasileiro. A integração crescente da produção de insumos, da produção agropecuária, da agroindústria e da distribuição/armazenamento, bem como as constantes mudanças nos hábitos dos consumidores, traz complexidade para as gestões das unidades de produção agroindustriais. A situação no mercado externo, submetido a uma concorrência feroz, não é menos complexa. Ao mesmo tempo em que a oferta se multiplica em vários dos mercados onde o Brasil mantém uma posição privilegiada, os países ditos desenvolvidos levantam barreiras à importação, como forma de preservar o seu mercado interno. De qualquer maneira, o Brasil não pode ficar alheio à tendência de internacionalização cada vez maior da economia mundial e de todas as consequências que ela acarreta. Nas duas últimas décadas, consolidou-se a relevância do desenvolvimento sustentável na produção de alimentos, de fibras, energia e de produtos da flora e fauna, além da multifuncionalidade do setor primário mediante a agregação das atividades de lazer, turismo rural e preservação ambiental. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 40 Pode-se ainda observar um movimento crescente de diversificação e especialização dos produtores e a organização e reestruturação das cadeias produtivas, gerando produtos para o abastecimento interno e para exportação como mercados complementares. Busca-se a agregação de valor aos produtos e sua diferenciação. Este novo ambiente exige dos empreendimentos agroindustriais uma capacidade de adaptação rápida, que demanda o desenvolvimento de novas habilidades e atitudes. Para Oliveira (2002), as vantagens obtidas pela adoção de tecnologia podem ser facilmente copiadas ou aprimoradas, pois podem estar disponíveis a todos, permitindo aos concorrentes reproduzirem rapidamente produtos e serviços, preço e qualidade. Entretanto, a capacidade intelectual é um ativo que não pode ser copiado ou transferido facilmente. É dentro deste contexto que a formação de pessoas competentes no campo da administração para abordar a problemática sistêmica agroindustrial resgata toda a sua importância. Vencer os desafios impostos pela necessidade de ser competitivo em nível internacional, não só pela exportação de commodities, mas também, e principalmente, pela exportação de produtos com maior valor agregado, bem como garantir o abastecimento interno segundo as necessidades nutricionais e os anseios do consumidor brasileiro e avançar para a melhora do quadro da segurança alimentar ampla nacional (que abarque os eixos de solidariedade, autenticidade, meio ambiente, higiene e saúde – conforme coloca Paulillo e Pessanha, 2009), passa, necessariamente, pela formação de um corpo gerencial bem treinado e sintonizado com as peculiaridades da produção da agricultura e dos demais elos a jusante. 2.3.2 Segurança Alimentar e Nutricional A segurança alimentar se desenvolve ao redor de novos valores socialmente construídos e compartidos, como a nutrição e a saúde das pessoas, a sustentabilidade do meio ambiente, a autenticidade da produção do alimento etc. O objetivo dessa construção é alcançar a funcionalidade e a adaptação de um padrão alimentar com equidade para a população. Isso significa introduzir valores solidários nas esferas do consumo e da produção alimentar. Assim, a noção de segurança alimentar é ampla e abrange todos os segmentos que produzem e distribuem alimentos (agricultura, indústria, serviços e comércio), sendo determinada por cinco eixos (PAULILLO e PESSANHA, 2009). O primeiro é o da noção de saúde, com suas dimensões dietética e farmacêutica, ambas ligadas à composição nutricional dos alimentos (o conteúdo protéico, de fibras, colesterol etc.). O segundo eixo é o PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 41 da higiene dos alimentos, com a ausência dos elementos tóxicos e nocivos às pessoas. Essas noções estão indissociavelmente ligadas à necessidade de informação, de garantias e controles sobre as condições de produção e distribuição dos alimentos, e sobre as normas de embalagem. Enfim, as normas, fiscalizações e certificações dos produtos alimentares são cruciais (PAULILLO e PESSANHA, 2009). O terceiro eixo é o ecológico, que corresponde à produção de alimentos sem riscos tóxicos e a reivindicação do respeito ao meio ambiente. O quarto eixo é o da autenticidade e dos ideais do saber fazer, que se refere aos valores tradicionais da produção alimentar, a valorização da origem dos produtos e as especificações dos processos produtivos da agricultura e da indústria alimentar (PAULILLO e PESSANHA, 2009). O quinto eixo é o da solidariedade, no qual os valores morais e ideológicos impulsionam as participações da população bem nutrida e dos governantes em ações humanitárias no processo de consumo, através da compra de um produto socialmente correto em vez de outro. Nestes casos, o preço a ser pago para o produto pode até ser mais elevado porque privilegia a inclusão social e a redução do impacto ambiental - como o exemplo do comércio justo internacional ou dos mercados institucionais municipais (PAULILLO e PESSANHA, 2009). As ações do tipo food security (qualidade do alimento) e food safety (qualidade alimentar) estão contempladas em todos esses eixos. São diversas acepções de segurança alimentar que associam, em graus diversos, a qualidade substancial ou física dos produtos (composição nutricional, grau de toxidade, quantidade de calorias, propriedades gustativas etc.) e sua qualidade institucional (levando em conta os efeitos provocados pelos processos de produção e de comercialização alimentar no meio ambiente e no contexto social). Assim, existe um componente da demanda que abarca a qualidade externa e que se refere, portanto, às dimensões política, cultural e social da qualidade alimentar. No cerne do distanciamento entre as pessoas nutridas e desnutridas está o processo de reestruturação agroalimentar global, cuja sofisticação dos hábitos alimentares dos nutridos é apenas uma das faces. Friedman (2000, p. 19) observou que o modelo liberal-produtivista cultivou o gosto pelo alimento industrializado entre os consumidores urbanos e organizou as matérias-primas e os mercados em escala cada vez maior, ao mesmo tempo em que ocorreu o abalo do poder de regulação dos Estados Nacionais. Este abalo, que não deixou ―espaços vazios‖ para renascer as forças invisíveis do mercado (BONANNO, MARSDEM e SILVA, 1999, p. 357), permitiu que as grandes empresas agroindustriais assumissem a coordenação dos setores alimentares oligopolizados. Tal procedimento desencadeou um novo ritmo para o processo de concorrência agroindustrial porque as grandes cadeias produtivas de PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 42 alimentos avançaram no mundo através da intensificação dos processos de integração vertical e de quase- integração das grandes empresas de processamento, de flexibilização da produção, do aprimoramento dos modos de distribuição e consumo, da marginalização de produtores e trabalhadores rurais etc. Neste contexto, a obsessão das políticas econômicas nacionais pela estabilização monetária faz com que a segurança alimentar da população seja vista de maneira muito conservadora. Não basta elevar a oferta de alimentos e conter a inflação como não basta garantir uma renda mínima individual. Os Sistemas Agroindustriais já tem o potencial de eliminar a fome mundial, pois a produção de alimentos supera o consumo. A existência de políticas de não produzir na agricultura (tipo set-aside) é o melhor exemplo da suficiente oferta de alimentos nos países desenvolvidos. Entretanto, o problema da fome persiste em boa parte do globo. Enquanto Europa, Oceania e América do Norte reduziram fortemente suas escalas de miséria, concentradas atualmente nos grupos de imigrantes clandestinos e nas minorias (tipo as tribos aborígines na Austrália), África (com 21,7%) e Ásia (com 63%) concentram 84,7% da população de desnutridos do mundo. Nos continentes asiático e africano a fome é resultado da ausência de alimentos. Mas existem países em que a fome é o resultado da extrema desigualdade social (faltam renda mínima, educação mínima, informação mínima e empregos dignos para uma parte da população). O Brasil enquadra-se no segundo grupo. A segurança alimentar vai além do acesso à renda porque deve ser reconhecida como um recurso fundamental de inclusão social. Isso significa fazer com que as camadas sociais marginalizadas tenham acesso a recursos básicos da vida em sociedade (como emprego, educação, saúde, informação etc.) e possam participar das decisões que afetam suas vidas. Este último aspecto é muito importante porque, com o avanço da globalização e a fragmentação do Estado, as agendas de decisões relevantes (em setores produtivos ou não produtivos) estão cada vez mais distantes e fechadas para grande parte dos empreendedores e trabalhadores. Em algumas redes de orquestração de interesses estão fechadas até mesmo para os governantes. Exemplos significativos existem nos setores do agronegócio brasileiro (as grandes cadeias de produção agroindustrial), em que a grande parte dos agricultores, empresários industriais, prestadores de serviços e trabalhadores estão cada vez mais distantes das agendas de decisões que afetam suas vidas. Entretanto, muitas dessas decisões podem se dar em nível local, mesmo que sejam em redes de poder que operam no interior dos fluxos agroalimentares globalizados. Ou seja, é possível a operação de redes de inclusão social nos territórios pelos quais as grandes redes agroindustriais passam. Sabe-se que, PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 43 no Brasil, esses fluxos agroalimentares globalizados que atravessam o país criaram complexos agroindustriais e redes políticas que causaram a marginalização de boa parte das pessoas produtivas (no campo, na indústria, no setor de serviços etc.), ao mesmo tempo em que se acentuou a integração dos capitais financeiro, industrial, comercial e agrário. Alguns exemplos de movimentos locais orquestrados para a formação dessas redes de poder de inclusão social podem ser citados, como: 1) associações de agricultores para venda de produtos no comércio justo internacional (redes fair trade); 2) grupos de agricultores familiares para venda no mercado institucional nacional (merendas das escolas municipais e estaduais, hospitais, creches, penitenciárias etc.); 3) governos municipais com gestão participativa em áreas rurais e urbanas; 4) cooperativas ou consórcios de produtores e trabalhadores rurais visando melhorias das administrações e comercializações das produções rurais e garantias dos direitos trabalhistas; 5) câmaras setoriais pluralistas e comitês de bacias hidrográficas com participação elevada de atores sociais etc. A construção social de baixo para cima com o foco na inclusão social é o processo mais importante e inovador de tais redes organizadas localmente. Esses aspectos assumem especial importância quando se pretende focar lugares (municípios ou regiões) que possam alcançar a segurança alimentar e, ao mesmo tempo, se adaptar ao intenso processo competitivo dos fluxos agroindustriais globalizados sem abandonar o foco da equidade social. A inclusão social pode atingir esses ambientes de produção agrícola e alimentar e se tornar um dos eixos fundamentais de um programa de segurança alimentar, pois é nos municípios agrícolas e agroindustriais que existe a possibilidade do envolvimento de pequenos agricultores em situações de marginalização dos mercados tradicionais e de trabalhadores em situações de precarização profissional e social. Assim, a prioridade da segurança alimentar não recai apenas na demanda (com a alimentação adequada para a criança, o idoso, os doentes etc.), devendo alcançar também a oferta (com as novas possibilidades de venda dos alimentos de pequenos agricultores e fabricantes de alimentos do município ou região). Assim, um programa de segurança alimentar pode potencializar o desenvolvimento local com inclusão social. A presença das grandes cadeias agroalimentares em uma região não garante a eliminação da fome (muitas vezes ocorre o contrário) e muito menos o início do processo de construção da segurança alimentar ampla (que envolve ações de solidariedade e de redução dos impactos ambientais nas produções agroindustriais, e não apenas ações e políticas para o desenvolvimento da saúde das pessoas, a higiene e a autenticidade de alimentos). Para isso é necessário que cada indivíduo possa encontrar trabalho, educação, renda, informação mínima etc., e também participar das agendas de decisões sobre PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 44 tais temas. Além do mais, os distintos setores que geram renda não podem aprofundar ainda mais as desigualdades econômicas que ameaçam a estabilidade social - especialmente as cadeias agroindustriais, que geram renda e produzem alimentos. Trata-se, portanto, de um conceito de inserção social que deve permear a constituição de redes locais de segurança alimentar, onde a complexidade da reestruturação agroindustrial nos países, com seus impactos na insegurança alimentar das pessoas, é um grande problema. Assim, reestruturação agroindustrial global e segurança alimentar local estão imbricadas. Para o Brasil, o presente problema deve ser analisado sob uma particularidade relevante. Celso Furtado mostrou que a formação econômica brasileira foi heterogênea em termos estruturais, tecnológicos e regionais. Com os complexos agroindustriais constituídos no Brasil este problema foi acentuado. Sabe-se que a reestruturação agroalimentar no Brasil não é homogênea porque cada complexo agroindustrial do país revela uma dinâmica específica. Isso é acentuado com as particularidades das regiões. Na história de cada lugar não está apenas o desenvolvimento de produções agrícolas e agroindustriais locais, está a cultura regional e o hábito alimentar local. Assim, nos lugares convivem simultaneamente instituições eminentemente locais e instituições específicas de cada complexo agroindustrial que pelo lugar atravessa (com regras, normas, convenções e relações de poder agroindustriais específicas). Isso tudo faz com que a operação de políticas agroindustriais e agrícolas requeira soluções diferenciadas, desde que não sejam eminentemente setoriais e que incluam, em sua maior parte, elementos territoriais. 2.3.3. Governanças A governança é definida como ―a ação ou a forma de governar‖, segundo o dicionário Oxford (2001, p. 391). Nos estudos organizacionais, a governança é definida como o modo de uma organização lidar com os seus relacionamentos externos e internos (PAULILLO et. alli., 2015). Com as transformações econômicas dos ambientes institucionais ocorridas a partir da segunda metade do século XX, as organizações acusaram a necessidade de maiores entendimentos de seus ambientes externos, das agendas mais complexas de informações relativas a este ambiente e do efeito das decisões empresariais nos processos de competição. Devido ao incremento da concorrência global e da concentração em vários segmentos, a simples transferência dos custos para o preço final se torna cada vez mais delicada. De todo modo, com a expansão da capacidade de processamento de informações e as mudanças tecnológicas, o PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 45 enfoque da gestão teve que necessariamente ser modificado para se adequar às novas exigências das competições (PAULILLO et. alli., 2015). Com os mecanismos de governança desenvolvidos após os anos 80 do Século XX, fenômenos caracterizados por relacionamentos cooperativos indutores de interdependências entre os agentes ganharam importância no capitalismo, gerando a necessidade de formas de coordenação coletiva das atividades. Apresentam-se novas possibilidades de atuação empresarial, dentre as quais, a operação através de redes de cooperação, esquemas de autoridade de arbitragem, com seus integrantes atuando de forma independente, mas coordenada (por vezes temporária), e também formas de quase integração empresariais que podem explorar complementaridades mútuas e compartilhamentos de informações, riscos, recursos e produção. Estas possibilidades abriram uma nova frente da competitividade e que refletiu nos ajustes empresariais de administração e conduta em relação às parcerias e as formas de produção e de negócios compartilhados. Assim, as governanças representam uma nova agenda de transformação do campo da administração e que clama para estudos e reconhecimentos de novos casos de inovações organizacionais, institucionais e tecnológicas. A governança é um campo aberto de gestão, onde as empresas podem optar com modelos mais restritos de gestão, como as empresas de capital fechado ou modelos mais abrangentes de governança como as empresas de capital aberto - ou até empresas estatais que possuem um leque mais abrangente de interesses. Assim, pela expansão e pela diversidade de seus impactos, a governança possui muitas definições. O mesmo ocorre com os modelos que podem ser adotados em sua operacionalização. Tantos modelos como conceitos de governança (incluindo o de governança corporativa) estão ligadas nas amplitudes de seus processos e os seus impactos. Dentro da diversidade conceitual que abrange a governança e vários mecanismos de regulação, princípios, modelos e práticas ganharam destaques, entre eles: a) Direitos dos acionistas (shareholders) e outros parceiros; b) Direitos de outras partes interessadas (stakeholders); c) Conflito de agência; d) Sistema de relações; e) Sistema de governo; f) Estrutura de poder; PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 46 g) Estrutura de regulação; h) Padrões de comportamento. As diversas expressões de governança estão separadas em concepções institucionais regulatórias, normativas e cognitivas, com uma diversidade relevante de ênfases, como as focam os direitos e sistemas de relações, os que destacam sistemas de governo e estruturas de poder, os que chamam a atenção para os sistemas de valores e padrões de comportamento, os focados em sistemas normativos etc. (PAULILLO et. alli., 2015). Como o próprio nome sugere, o conceito de governança caracteriza-se como a forma de governar a organização (privada e pública), tornando seus processos internos e externos mais aceitáveis e eficientes. A adoção de práticas de governança tem por objetivo principal a melhoria no desempenho organizacional e, por conseguinte, garantir que os ganhos obtidos sejam usufruídos por todos os grupos envolvidos. Trata-se de tornar a gestão da organização mais aceitável para um número maior de pessoas, com o objetivo de instituir um ambiente de controle e/ou cooperação que pode pender para um campo organizacional com menores assimetrias de informação, de ação, de poder, etc. 2.3.4. Pós-Fordismo Global e Novos Mecanismos de Administração A partir dos anos 80 do Século XX, e ao longo do processo de crise do fordismo no mundo empresarial e o surgimento de fenômenos que começaram a caracterizar o paradigma pós-fordista de produção e acumulação do capital, o toyotismo foi um gatilho transformador. As características básicas do fordismo (1. defeitos no produto só eram identificados no final da linha de produção; 2. a empresa fabricava muitas das peças que compunham o seu produto; 3. para não faltar peças ocorria produção em excesso que gerava estoques; 4. o operário modelo era aquele que melhor obedecia as diretrizes de seus superiores; 5. o funcionário se preocupava apenas com suas funções imediatas; 6. a empresa devia executar os projetos feitos pelos seus engenheiros, etc.) entraram em xeque. O pós-fordismo surgiu com inovações organizacionais, sendo que as principais eram: 1) os operários interrompem a produção a qualquer momento para consertar falhas; 2) a maioria das peças é feita por outras companhias; 3) o estoque é mínimo e os fornecedores entregam as peças quando a companhia as solicita; 4) o operário modelo é aquele que identifica problemas e propõe soluções; 5) o funcionário deve se preocupar com a aplicação que o produto terá depois de vendido; 6) a empresa deve planejar a produção de modo a atender aos desejos de seus clientes. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 47 Nesta contraposição, o verticalizar e governar da empresa fordista foi perdendo espaço para o horizontalizar e a governança da empresa pós-fordista que, entre tantas transformações, expeliu relacionamentos e transações econômicas de seu interior, reduziu tamanho e reordenou comportamentos organizacionais. A governança tornou-se, assim, uma das grandes novidades com o início da crise do paradigma fordista no mundo fabril e o surgimento de fenômenos pós-fordistas na produção (como o toyotismo) e na acumulação de capital. Novos mecanismos de administração foram desenvolvidos e contribuíram para a consolidação da governança nos ambientes empresariais. O sistema pós-fordista de produção acentua-se em várias formas de flexibilidade, tanto em termos tecnológicos como na organização da produção. Os pequenos e médios produtores são especializados, ocasionando a subcontratação e a dependência. Tais processos corroboram a desintegração vertical. A desintegração vertical reflete-se na descentralização das etapas de produção que passam a ser executadas fora da empresa, ou seja, empresas menores são contratadas. As principais razões para o fenômeno são as incertezas inerentes do mercado, que causam problemas na estrutura vertical da empresa e a possibilidade de maiores lucros com as economias externas e com as mudanças tecnológicas pressionadoras da competitividade. Há, contudo, uma reorganização dos espaços industriais e de competição e novos modos de gestão avançam. O principal é o Just In Time, onde sistemas de informação permitem trabalhar com estoques mínimos, devido ao fluxo permanente de entrega de componentes e matéria-prima, rápidos ajustes sobre alterações de pedidos, etc. Além do Just In Time, a inovação tecnológica abrange o Celular Quality Control (CRQ). Na pesquisa e no desenho, na comercialização e na administração, ocorre a tecnologia do Computer Aided Design (CAM) e Computer Integrated Global Manufacturing Systems (CIGMS), entre outras. Todas as inovações tecnológicas e organizacionais direcionam a formação de um administrador com visão sistêmica ou mais ampla que a tradicional. Nos casos agroindustriais, trata-se de formar administradores com uma visão abrangente sobre todos os segmentos das cadeias produtivas e dotados de conhecimentos e técnicas capazes de solucionar problemas e enfrentamentos nos segmentos agrícola, pecuário, agroindustrial, serviços, distribuidor e de comercialização de produtos alimentares. 2.3.5. Empreendedorismo & Agricultura Familiar A agricultura familiar é, segundo CARMO (1999), uma forma de organização produtiva em que os critérios adotados para orientar as decisões relativas à exploração agrícola não se subordinam PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 48 unicamente pelo ângulo da produção- rentabilidade econômica, mas levam em consideração também as necessidades e objetivos da família rural. Contrariando o modelo convencional, no qual há completa separação entre gestão e trabalho, no modelo familiar estes fatores estão intimamente relacionados. As capacidades empreendedoras, que começaram estudadas no campo da administração de serviços e de pequenas atividades fabris, tomaram a direção do meio rural por causa da necessária articulação dos conceitos e ferramentas administrativas e a agricultura familiar, na perspectiva da sobrevivência de um ator rural fundamental para a produção e oferta de alimentos. Historicamente, no Brasil, as políticas públicas para o setor rural foram direcionadas para beneficiar o grande latifúndio monocultor dedicado à produção de produtos para exportação, relegando a agricultura familiar a um lugar secundário e subalterno (LAMARCHE, 1998). O que levou Wanderley (1995) a afirmar que a agricultura familiar brasileira, quando comparada a de outros países, se conformou como um ―setor bloqueado‖, impossibilitado para desenvolver suas potencialidades. Neste sentido, os estímulos recebidos por parte do Estado asseguraram a modernização e a reprodução da grande propriedade monocultora, fazendo com que a agricultura familiar ocupasse um lugar subalterno na sociedade. A partir dos anos 1990 a agricultura familiar no Brasil passou a ser reconhecida como um importante segmento social e produtivo, merecedor de políticas públicas específicas que permitissem o seu desenvolvimento. Como apontado por Bergamasco; Borsatto e Souza-Esquerdo (2013) percebe-se que ao longo dos últimos anos, consistentes transformações nas políticas públicas agrícolas concebidas pelo Estado brasileiro vêm se efetivando, as quais passam a considerar a heterogeneidade do rural brasileiro e a reconhecer a agricultura familiar como um público de relevância nesse cenário. Segundo o Censo Agropecuário realizado em 2006, foram identificados 5.175.489 de estabelecimentos agropecuários no Brasil, ocupando área de 329,941 milhões de hectares. Destes, 4.367.902 eram estabelecimentos familiares, representando 84,4% dos estabelecimentos agropecuários, ocupando área de 80,25 milhões de hectares, o que corresponde a 24,3% da área total, com média de 18,37 hectares (BRASIL, 2009). A agricultura familiar também se conforma enquanto principal fonte de ocupação da força de trabalho no meio rural brasileiro, o Censo Agropecuário de 2006 registrou 12,3 milhões de pessoas vinculadas à agricultura familiar, o que representa 74,4% do pessoal ocupado, enquanto os estabelecimentos não familiares ocupavam 4,2 milhões de pessoas, correspondendo a 25,6% da mão de obra ocupada (BRASIL, 2009). PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 49 Aponta-se ainda a importância da agricultura familiar na geração de riqueza no campo brasileiro, pois mesmo dispondo de apenas 24,3% da área total dos estabelecimentos agropecuários, esta categoria da agricultura foi responsável por 38% do valor bruto da produção em 2006 (BRASIL, 2009). Guanziroli e Cardim (2000) definem, como agricultores familiares, aqueles que atendem às seguintes condições: a direção dos trabalhos no estabelecimento é exercida pelo produtor e família; a mão de obra familiar é superior ao trabalho contratado, a área da propriedade está dentro de um limite estabelecido para cada região do país (no caso da região sudeste, a área máxima por estabelecimento familiar foi de 384 ha). Assim, a maioria das definições de agricultura familiar adotadas em trabalhos recentes sobre o tema, baseia-se na mão de obra utilizada, no tamanho da propriedade, na direção dos trabalhos e na renda gerada pela atividade agrícola. Em todas há um ponto em comum: ao mesmo tempo em que é proprietária dos meios de produção, a família assume o trabalho no estabelecimento. Entende-se que a viabilidade e a sustentabilidade da agricultura familiar estão intrinsecamente relacionadas ao desenvolvimento do entorno, relevando sua diversidade e complexidade social, cultural, econômica, ambiental, tecnológica, energética, dentre outras, materializadas nas relações antrópicas produtivas, de transformação e comercialização (SCHLINDWEIN et alli. 2007). Diante das mudanças ocorridas no meio rural brasileiro a partir dos anos 90 do Século XX (com a consolidação dos complexos agroindustriais, o fortalecimento da pluriatividade no campo para empresários rurais, camponeses e trabalhadores agrícolas, a chegada de profissões tipicamente urbanas no rural, as novas tecnologias de produção que pressionam não apenas a produção de larga escala, etc.), os desafios da agricultura familiar passam pelo desenvolvimento da capacidade empreendedora do agricultor familiar . Mesmo compreendendo que o empreendedorismo é uma imposição aos protagonistas de qualquer atividade econômica, inclusive na agricultura familiar, ressalta-se que a ideia de empreendedorismo aqui destacada não é se restringe à subordinação de imposições produtivas e mercantis colocadas pelas cadeias agroindustriais, visto as características de multifuncionalidade e pluriatividade da agricultura familiar. Ao tratar o tema do empreendedorismo para a agricultura familiar, deve-se fomentar o rompimento com visões meramente setoriais, atribuindo à dimensão territorial um papel importante nas estratégias empreendedoras desse segmento social. Assim o empreendedorismo deve envolver diferentes dimensões da vida rural, passando por aspectos meramente econômicos, mas abarcando também dimensões relacionadas à sociabilidade, organização social, educação, saúde, entre outras. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 50 Dentro deste contexto, cabe ao agricultor familiar diferenciar/inovar. Trabalhando com poucos recursos, é necessário intensificá-los, agregando valor pela diferenciação do trabalho e da produção, já que o espaço é reduzido para buscar escalas competitivas semelhantes aos dos grandes produtores. Sem dúvida, o empreendedorismo rural passa pela exploração de nichos comerciais, adaptação às tendências do mercado alimentar e a busca constante de agregação de valor aos produtos, mas pauta-se também pela construção de redes sociais, elaboração de novas estratégias de relacionamento com mercados, organização em associações ou cooperativas, busca de outras oportunidades de geração de renda dentro do próprio território (inclusive de oportunidades de emprego fora da unidade de produção), mas todas com o objetivo de permitir, a esse segmento social, a sua reprodução social digna enquanto agricultores. Neste caminho há espaço para as iniciativas privadas (com o aprendizado e a utilização de ferramentas administrativas atualizadas) e públicas (com formação e capacitação dos agricultores). Além dos níveis público e privado, o desenvolvimento do empreendedorismo rural deve estar no campo das organizações sociais e nas redes de apoio que estão surgindo para aprimoramento do agricultor familiar. Redes de apoio para o empreendedorismo na agricultura familiar privilegiam relacionamentos mais horizontais que verticais (este últimos mais vinculados aos modernos complexos agroindustriais), em que o ambiente institucional assumiu importância bem maior no entendimento das decisões organizacionais dos atores rurais. A agricultura familiar, importante tanto por sua capacidade de geração de postos de trabalho como por sua capacidade de produção (especialmente de alimentos básicos), deve receber conteúdos e ferramentas de administração para a sua sobrevivência. Um dos principais objetivos dos cursos do campus Lagoa do Sino da UFSCar é contribuir na construção de práticas produtivas sustentáveis na agricultura, formando profissionais que discutam a ordenação da paisagem da produção voltada aos pequenos produtores, estando presente a pluriatividade das famílias, as tecnologias organizacionais ou novos modos de organização da produção. Ou seja, que a Universidade tenha atividades de ensino que tragam questões ligadas ao papel da agricultura familiar na segurança alimentar, e que estejam associadas à coesão social local, a preservação ambiental, à conservação da biodiversidade e ao manejo sustentável das paisagens naturais e o respeito das heranças culturais. Nesta direção, o campo interdisciplinar do empreendedorismo parece fundamental. 2.3.6. Desenvolvimento Rural & Sustentabilidade PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 51 Ao criar uma proposta para o Campus Lagoa do Sino, a UFSCar teve como base o PDI (Plano de Desenvolvimento Institucional) e uma orientação geral voltada para o desenvolvimento sustentável. O eixo voltado a Sustentabilidade é o primeiro a ser abordado na proposta, que tem como intenção formar pessoas para atuar na elaboração de novos conceitos relacionados às interações agrícola, ecológicas e ao manejo de ecossistemas produtivos dentro de novos conceitos. De acordo com a proposta (PAULILLO et. alli., 2011), há um século eram poucos indivíduos previdentes e preocupados com a sustentabilidade do uso dos recursos naturais presentes em um sistema ambiental que providencia bens e serviços dos quais todos os humanos dependem. A grande maioria das florestas ainda permanecia pouco alterada, o mar era considerado inexplorado e subutilizado. No último século, as populações humanas, envolvidas com suas necessidades de espaço, comodidades e serviços ambientais dos ecossistemas, aumentaram cerca de cinco vezes. Concomitantemente, foi acumulada uma série de evidências de que existem limites para os quais esses sistemas podem suportar estresses e ainda permanecer viáveis. No Brasil, já estamos vivenciando discrepâncias entre algumas regiões como o avanço da desertificação no Rio Grande do Sul e as grandes perdas de solos nos estados do Paraná e de São Paulo, os graves problemas trazidos pelas enchentes periódicas que assolam os estados do sudeste a cada ano, na época das cheias, as secas prolongadas, etc. Assim, todos esses problemas carregam forte componente ambiental que, na maioria das vezes, não é considerado. Apesar da dependência dos homens de ecossistemas altamente manejados, como sistemas agrícolas e pecuários para a produção de bens (grãos, madeira, minério, carne, fibras, resinas etc.), a sustentabilidade desses sistemas depende de uma série de outros sistemas não manejados (naturais ou seminaturais) que se encontram próximos ou dentro dos primeiros. A mais de uma década vêm-se falando em sustentabilidade em vários setores da sociedade, órgãos de gestão ambiental têm abordado o tema em diversas leis, resoluções e metas. No entanto, na prática, as estratégias e táticas de manejo de recursos naturais continuam a maximizar a produção e o ganho econômico em curto prazo. Segundo Paulillo et. alli. (2011) vários fatores contribuem para essa defasagem entre a teoria e a prática, entre eles: a) a falta de conhecimento e amostragem da maioria dos ecossistemas e a consequente falta de informação a respeito de sua diversidade biológica e da importância da mesma; b) a nossa ignorância, e da grande maioria das pessoas, a respeito do funcionamento e dinâmica dos ecossistemas; PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 52 c) a amplidão e interconectividade dos ecossistemas em escala espacial e temporal, que excede em muito as fronteiras artificiais daqueles que administram recursos naturais; d) a percepção pública prevalecente de que a exploração de recursos supostamente ou tidos como renováveis têm valores econômicos e sociais imediatos suficientes para superar os riscos de danos para os futuros serviços dos ecossistemas ou para qualquer meta alternativa de manejo. Apesar do manejo utilitarista de como o ecossistema tem sido conduzido, a utilização de uma abordagem ecossistêmica para o manejo ambiental, na perspectiva de um desenvolvimento que assegure sustentabilidade à saúde dos ecossistemas e à economia, vem sendo adotada como forma de reconhecimento de que a gestão tradicional dos recursos naturais é orientada muito mais à produção e ao desenvolvimento econômico, não integrando nem os recursos humanos nem os ecossistemas, como parte importante de planejamento e de implementações de ações (UFSCar, 2011). Esta forma de abordagem implica na definição de estratégias de proteção e de recuperação dos sistemas responsáveis pela manutenção dos serviços ecológicos fundamentais à sustentabilidade ecológica, econômica e social de uma paisagem, incluindo as áreas naturais, consideradas como sistemas suporte de vida. No curso de Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais do campus Lagoa do Sino da UFSCar, é possível desenvolver conteúdos relacionados às interações ecológicas e ao manejo de ecossistemas produtivos dentro das próprias cadeias produtivas, como também fora delas – seja em redes de apoio seja em circuitos comerciais da agricultura familiar. Trata-se da possibilidade de que existam cursos, como o aqui proposto, que possam desenvolver na agricultura e na agroindústria profissionais com .... habilidades para a análise, o teste e o uso simultâneo de diferentes indicadores de sustentabilidade, em diferentes escalas de tempo e espaço. Esses profissionais devem ser preparados para o planejamento, gerenciamento, definições de alternativas de manejo ambiental e também para simulações de cenários para conservações dos recursos naturais e manutenções das funções ecológicas, incluindo a restauração e manutenção da diversidade de ecossistemas e espécies (PAULILLO, et. alli. 2011, p.22). 2.3.7. Território Desde o início do século XXI, quando a crise abalou o domínio macroeconômico dos Estados Nacionais e quando a emergência das novas tecnologias e as instabilidades dos mercados PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 53 desestabilizaram os modos de gestão bem rodados nas grandes empresas, grande parte dos estudos das localizações bem sucedidas voltou a focar as economias de aglomeração e seus distritos industriais (PAULILLO, 2002). As regiões que ganham atualmente são aquelas que melhor trabalham seus mecanismos de governança, isto é, que possuam a melhor condução de uma organização humana mais complexa do que o governo (a velha estrutura política territorial) ou o mercado (a velha organização de trocas mercantis). Enfim é a melhor regulação das relações locais de poder e de coordenação, sobre tudo não mercantis, na qual importam igualmente as instituições, a orquestração de interesses e os recursos de poder (tecnológicos, financeiros, políticos, organizacionais, jurídicos e constitucionais), conquistados pelas organizações lucrativas e não lucrativas e os homens em ação (PAULILLO, 2002). Há um cenário contextual, resultante de um processo de abertura externa impelido pela globalização e há um processo de abertura interna, impulsionado pela força da descentralização política. O outro cenário é estratégico, construído a partir da interseção entre novas modalidades de configuração territorial e de gestão regional e finalmente o novo cenário político, obtido pela modernização do Estado e criação de novos espaços de gestão. A aglomeração é inicialmente importante do ponto de vista da proximidade física de clientes e fornecedores, o que favorece a intensificação das relações comerciais entre as firmas. Outro aspecto importante é a possibilidade de compartilhar os benefícios da infraestrutura física disponível, embora seja fato histórico que esta estrutura visa atender prioritariamente aos interesses das empresas centrais. Em relação às características da mão de obra local, fatores subjetivos como a flexibilidade e a criatividade são bem mais valorizados do que a escolaridade formal, que não parece representar um fator de grande relevância para as empresas. Quanto à contribuição dos agentes associativos, de maneira geral, é avaliada como pouco importante pela maioria das empresas. O território pode ser considerado um espaço geograficamente definido e não necessariamente contínuo, caracterizado pelo ambiente, a economia, a sociedade, a cultura, a política e as instituições. Representa em si uma trama de relações com raízes históricas, configurações políticas e identidades que desempenham um papel ainda pouco conhecido no próprio desenvolvimento econômico. É o fenômeno da proximidade social que permite uma forma de coordenação entre os atores capazes de valorizar o conjunto do ambiente em que atuam e, portanto, de convertê-lo em base para empreendimentos inovadores. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 54 O conceito de território não deve ser confundido com o de espaço ou de lugar, estando muito ligado à ideia de domínio ou de gestão de uma determinada área. Deste modo, o território está associado à ideia de poder, de controle, quer se faça referência ao poder público, estatal, quer ao poder das grandes empresas que estendem os seus tentáculos por grandes áreas territoriais, ignorando as fronteiras políticas (ANDRADE, 1995). Para Raffestin (1993), o território é objetivado de relações sociais, de poder e dominação. Isso delimita campos de ações sobre o espaço, fragmentos que constituem o território como materialidade e que revelam como os agentes e as práticas sociais produzem os recortes mais ou menos delimitáveis que se inscrevem nas dinâmicas políticas, econômicas e ideológicas. Ao utilizar uma linguagem geográfica, SANTOS (1999) para defender a tese de que lugares, regiões, territórios e espaço não podem ser pensados como compartimentos mutuamente excludentes, peças sobrepostas de um quebra-cabeça conceitual, no qual cada um assume um nível pré-estabelecido de importância. O território é entendido ―como produto da apropriação feita através do imaginário e/ou da identidade social sobre o espaço‖ (HAESBAERT, 1997: 39) e é tratado não apenas como território, mas também como lugar. Exigência essa que varia de acordo com o potencial de recursos naturais existentes no território. Haesbaert, (2002; 2004) propõe identificar múltiplos territórios, através das seguintes modalidades: a) Territórios mais ―fechados‖ ou quase ―uniterritoriais‖, no sentido de imporem a correspondência entre poder político e identidade cultural, ligadas ao fenômeno do territorialismo, como nos territórios defendidos por grupos étnicos que se pretendem culturalmente homogêneos, não admitindo a pluralidade territorial de poderes e identidades. b) Territórios político funcionais, mais tradicionais, como o do Estado - nação que, mesmo admitindo certa pluralidade cultural sob a bandeira de uma mesma ―nação, não admite a pluralidade de poderes. c) Territórios mais flexíveis, que admitem a sobreposição territorial, seja sucessiva (como nos territórios periódicos ou espaços multifuncionais na área central das grandes cidades) ou concomitantemente (como na sobreposição ―encaixada‖ de territorialidades político-administrativas). d) Territórios efetivamente múltiplos – uma ―multiterritorialidade‖ em sentido estrito, construídas por grupos ou indivíduos que constroem seus territórios na conexão flexível de territórios multifuncionais. As múltiplas abordagens sobre a concepção de território sugere a existência de uma diversidade de enfoques. Não obstante, em qualquer acepção, o território tem haver com poder, mas não apenas ao PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 55 tradicional ―poder político‖. Ele diz respeito ao poder no sentido mais explicito, de dominação, quanto ao poder no sentido mais implícito ou simbólico de apropriação. Trata-se, assim, de estruturas localizadas de oportunidades determinadas pela intensidade das relações de troca de recursos de poder e de distribuição de interesses entre os agentes. A potencialidade do território é formada por esse mecanismo de governança, um mecanismo de mobilização do capital social local (PAULILLO, 2000). A mobilização do capital social local refere-se à capacidade de estabelecer a organização do território ou comunidade através de normas e de confiabilidade entre os agentes, de forma que se possa melhorar a condição da sociedade por meio de ações coordenadas em rede (PUTNAM, 1993, p.167). Os fatores que permitem a mobilização do capital social local são os seguintes: a) estabelecimento de normas; b) estoque de capital social (ou recursos de poder); c) cooperação voluntária; d) confiança; e) reciprocidade. Paulillo (2002) mostra que este é o sentido pelo qual se atribui uma combinação estrutural particular para cada localidade constituída. A articulação entre atividade e território, o fluxo tecnológico e produtivo e a rede de recursos são os aspectos modeladores. Assim, articulações de atores e as formações variadas de capital social podem ser proporcionadas pela inter-relação das esferas tecnológica, organizacional e territorial. Segundo Paulillo (2012), baseado em Storper (1997) a economia regional pode ser revolucionada ao integrar a perspicácia da tecnologia, os estudos de organização e a especificidade territorial. E a interação dinâmica dessas esferas explica a conformação de economias locais. É o surgimento de novas localidades por intermédio da globalização, do espaço uno e, nos estudos de casos de Storper (1997), das indústrias de alta tecnologia. A Figura 14 identifica essa inter-relação. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 56 Figura 14 Tríade tecnologia/organização/território Fonte: Paulillo (2002), adaptado de Storper (1997, p. 27). As experiências recentes de construções dos complexos agroindustriais no Brasil, além de acentuar as heterogeneidades regionais, estruturais e tecnológicas tradicionais da economia brasileira, mostram que o território é um objeto que não deve ser desprezado. Contrariamente, o território deve ser ressaltado porque a heterogeneidade organizacional entre os complexos agroindustriais brasileiros ocorre a partir das relações que os setores industriais de processamento alimentar e de bens de capital agroindustrial constroem com a agricultura de cada localidade - considerando, portanto, a história da agropecuária do lugar e os modos de produção e de acumulação dos agricultores e criadores no território (PAULILLO, 2000). 2.4. Objetivo do curso Com duração de 04 (quatro) anos, o Curso de Bacharelado em Administração com linha de formação Sistemas Agroindustriais, do Campus Lagoa do Sino da UFSCar, tem por objetivo formar profissionais que possam contribuir nas áreas tradicionais de atuação do administrador no Brasil, seguindo a orientação da Resolução CNE/CES nº 4/2005, nos artigos 3º e 4º, além de incorporar um conjunto relevante de habilidades e conhecimentos para os egressos e de outros aspectos do ensino e aprendizagem que destacam especificidades organizacionais, institucionais e tecnológicas dos sistemas agroindustriais pelo mundo e suas diversificadas produções de alimentos. De modo mais específico, trata-se de um curso para formar o Administrador com: elevado padrão moral e ético, capacidade de tomar iniciativa; resolver problemas; trabalhar em grupo com flexibilidade, PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 57 adaptabilidade, comunicação persuasiva e habilidade de negociação; capacidade de desenvolver liderança, estimular e praticar criatividade; capacidade de lidar com falhas, stress e rejeições; capacidade de falar de modo claro e conciso sobre informações técnicas; expressar ideias de forma oral e escrita e escrever relatórios técnicos e memorandos; dominar conteúdos nos campos da administração de operações agroindustriais, das finanças, da comercialização, da economia e do desenvolvimento territorial sustentável, com capacidade analítica e crítica; ter visão ética e humanística para compreender as mudanças de paradigmas empresariais e seus impactos nos campos sociais, culturais, econômicos, tecnológicos, gerenciais, e políticos do exercício do administrador profissional, com a finalidade de atuar na promoção do desenvolvimento agroindustrial sustentável. O egresso do Curso de Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais do Campus Lagoa do Sino (UFSCar) está amparado na somatória de conhecimento, informação, propriedade intelectual e experiência administrativa. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 58 III – DEFINIÇÃO DO PERFIL DO EGRESSO A UFSCar, campus Lagoa do Sino, cumpre uma importante função social e educativa, voltada para as exigências atuais do mercado de trabalho e da sociedade, garantindo o cumprimento das Diretrizes Curriculares (cf. Resolução CNE/CES nº 4/2005, art. 3º). No curso de Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais, a UFSCar terá o objetivo de formar um profissional capaz de: a) Administrar organizações públicas e privadas, com capacidade de gestão e aplicação das ferramentas de administração, usando raciocínio lógico e analítico, adaptada às peculiaridades e heterogeneidades dos sistemas agroindustriais (sejam baseados na agricultura familiar ou na agricultura empresarial) no Brasil e no Mundo, que contribuirá para superar os desafios impostos às produções de alimentos, a superação da fome mundial e ao desenvolvimento dos novos padrões de regulação, produção, distribuição e consumo de alimentos; b) Atuar no âmbito de diferentes modelos de produção, articulando conhecimentos científicos ao desenvolvimento sustentável, à prática profissional e ao progresso social, de modo a permitir a atuação crítica e criativa na identificação e resolução dos problemas produtivos alimentares e a busca pela segurança alimentar e nutricional; c) Avaliar impactos econômicos, políticos, sociais e ambientais em qualquer sistema produtivo, pautado numa visão estratégica que relacione os ambientes externo e interno da empresa; d) Integrar diferentes tipos de saberes e áreas do conhecimento com vistas a desenvolver habilidades administrativas, notadamente quanto à tomada de decisões em ambientes de incerteza e risco na gestão; e) Atuar de forma participativa e interativa nos sistemas agroalimentares e agroindustriais globais e locais, por meio do desenvolvimento de formas de pensar, atitudes, valores e habilidades pautados nos princípios de respeito às diferentes formas de produção, à flora e à fauna; de conservação e/ou recuperação da qualidade do solo, do ar e da água; do uso tecnológico racional, integrado e sustentável do ambiente; do emprego de raciocínio reflexivo, crítico e criativo que lhe possibilite a compreensão e tradução das necessidades dos indivíduos, grupos sociais e atores políticos; f) Desenvolver conhecimento, liderança e estratégias específicas para a administração de operações agroindustriais, organização social, comercialização de alimentos, aprimoramentos das finanças em sistemas agroindustriais e produções alimentares, capacidade de previsões de ambientes PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 59 macroeconômicos e microeconômicos, além da capacidade de desenvolvimento de políticas públicas e agroindustriais para regiões heterogêneas; g) Administrar com motivação e capacidade de pensar de forma independente (aprender a aprender), com sólida compreensão dos fundamentos da área administrativa e capacidade de comunicação; h) Administrar empreendimentos em geral e de forma específica, projetos agroindustriais, agrícolas, de desenvolvimento territorial, de políticas públicas, prospecção e desenvolvimento de mercados agroindustriais e de sistemas agroalimentares localizados; i) Realizar atividades de extensão rural, adensamento de cadeias produtivas e redes de cooperação agroindustriais e agroalimentares; j) Possuir visão global e gerir a diversidade cultural, sobretudo a partir de uma perspectiva sistêmica; k) Desenvolver capacidade de liderança e gerenciamento de conflitos; l) Adquirir expertise no gerenciamento de projetos considerando, prioritariamente, as variáveis tempo, custo, atividades e recursos necessários. Para a concretude do perfil do egresso definido para o Curso de Bacharelado em Administração na linha de formação Sistemas Agroindustriais, do campus Lagoa do Sino da UFSCar, será possibilitada aos estudantes, ao longo do curso, a apropriação de conhecimentos gerais e específicos do curso de Administração quando do desenvolvimento de cada um dos quatro eixos temáticos para linha de formação em Sistemas Agroindustriais, bem como o desenvolvimento oportuno de conhecimentos e habilidades que envolvam qualidades pessoais, comunicação & expressão, economia e gestão, tecnologias de produção, métodos quantitativos e sistema de informação. 3.1. Conhecimentos e Habilidades Os conhecimentos e habilidades que serão desenvolvidos ao longo do curso de Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais estão distribuídos em cinco tópicos, conforme pesquisas de Batalha et. alli. (2000 e 2005), que são os seguintes: Qualidades Pessoais; Comunicação e Expressão; Economia e Gestão; Tecnologias de Produção; Métodos quantitativos e sistemas de informação. No tópico de qualidades pessoais, os conhecimentos e habilidades objetivados durante o curso são os seguintes: alto padrão moral e ético, respeito à diversidade, capacidade de tomar iniciativa, resolução de problemas, trabalho em grupo, flexibilidade e adaptabilidade, comunicação persuasiva, habilidade de PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 60 negociação, desenvolver liderança, estimular e praticar criatividade, capacidade de lidar com falhas, estresse e rejeições. No tópico de comunicação e expressão, os conhecimentos e habilidades objetivados durante o curso são os seguintes: capacidade de falar de modo claro e conciso sobre informações técnicas, expressar ideias de forma oral e escrita e escrever relatórios técnicos e memorandos. No campo da economia e gestão, os conhecimentos e habilidades objetivados durante o curso são os seguintes: planejamento estratégico e de implementação de suas ações, implementação, análise e controle de custos de produção, realização de ações de marketing, cálculos e planejamentos financeiros, compreensão e desenho de políticas agroindustriais e agrícolas, compreensão de problemas microeconômicos e elaborações de estratégias de competitividade, gestão de pessoas e organização empresarial, organização social, planejamento e controle da produção, análise e desenvolvimento de novos empreendimentos, análise de investimentos, aplicação de melhorias e projetos de logística, compreensão de programas de gestão ambiental, compreensão de fenômenos macroeconômicas e de elaboração de políticas econômicas, fundamentos de contabilidade e de tecnologia de informação, desenvolver e aplicar métodos de administração de estoques, conhecer princípios e ferramentas de administração contábil, compreensão e análise das dinâmicas das cadeias agroindustriais, desenvolvimento de produtos e layout, conhecimento de problemas e de práticas de comércio internacional e procedimentos de exportação. No campo da tecnologia de produção, os conhecimentos e habilidades objetivados durante o curso são os seguintes: compreender e desenvolver fatores de produção agrícola e de produção animal, compreender e administrar processos agroindustriais de transformação e de distribuição, conhecer elementos básicos da tecnologia de produção de alimentos. Finalmente, no campo dos métodos quantitativos, conhecimentos e habilidades para utilização de softwares e adaptações a sistemas de informação em constante mudança. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 61 IV – ESTRUTURA CURRICULAR 4.1. Princípios pedagógicos No Curso de Bacharelado em Administração na linha de formação Sistemas Agroindustriais, do campus Lagoa do Sino da UFSCar, a estrutura e organização curriculares serão desenvolvidas com base nos seguintes princípios pedagógicos: - Organização curricular em períodos anuais. - Distribuição dos conteúdos nos seguintes eixos temáticos: 1) Desenvolvimento Territorial Sustentável e Políticas Públicas; 2) Finanças e Economia, 3) Comercialização e 4) Administração de Operações Agroindustriais; - Conteúdos não fragmentados: os eixos temáticos serão tratados de forma integral, não sendo desmembrados em disciplinas; - Conteúdos básicos continuamente retomados e aprofundados nos eixos temáticos ao longo dos perfis, de acordo com as necessidades postas pelos conhecimentos trabalhados em cada eixo/perfil; - Formação profissional e básica conjugadas desde o início do curso; - As aulas serão presenciais distribuídas ao longo da semana e seguirão o calendário acadêmico da Universidade. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 62 4.2. Detalhamento dos conhecimentos nos Eixos Temáticos Definidos esses princípios, foram selecionados os conhecimentos amplos que farão parte de cada um dos eixos temáticos, conforme os quadros 1 a 4. Quadro 1 Distribuição dos conhecimentos nos eixos temáticos: Primeiro perfil Perfil Desenvolvimento Territorial Sustentável e Políticas Públicas 1 Finanças e Economia 1 Comercialização 1 Administração de Operações Agroindustriais 1 1 - Abordagens da Sustentabilidade e paradigmas empresariais; - Gestão da Sustentabilidade: inovação, operações relacionamento e responsabilidade socioambiental; - Pesquisa e Extensão Rural; - Introdução aos Sistemas Agroindustriais; - Sociologia Aplicada à Administração - Introdução ao Pensamento Econômico - Macroeconomia Clássica - Macroeconomia Keynesiana e Neokeynesiana. - Economia Política - Matemática aplicada à Administração I - Nivelamento - Introdução ao Marketing - Comércio Internacional e Políticas de Exportação - Direito Comercial - Fundamentos da Administração - Teoria das Organizações - Fatores de Produção Agropecuária - Psicologia das Organizações Quadro 2 Distribuição dos conhecimentos nos eixos temáticos: Segundo perfil Perfil Desenvolvimento Territorial Sustentável e Políticas Públicas 2 Finanças e Economia 2 Comercialização 2 Administração de Operações Agroindustriais 2 2 - Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar - Políticas Agrícolas - Gestão Ambiental - Sociologia Rural - Organização Industrial - Estatística - Microeconomia - Matemática aplicada à Administração II - Fundamentos Cálculo Diferencial - Comportamento do Consumidor - Marketing na Agricultura e Agroindústria - Gestão de Pessoas - Administração de Cargos, Remuneração e Carreiras - Tecnologias de Processos Agroindustriais - Administração da Produção - Metodologia Científica I PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 63 Quadro 3 Distribuição dos conhecimentos nos eixos temáticos: Terceiro perfil Perfil Desenvolvimento Territorial Sustentável e Políticas Públicas 3 Finanças e Economia 3 Comercialização 3 Administração de Operações Agroindustriais 3 3 - Legislação e Direito Ambiental - Associativismo e Cooperativismo - Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos - Matemática Financeira e Análise de Investimentos - Contabilidade Gerencial - Custos Agroindustriais - Comercialização de Produtos Agroindustriais - Canais de Distribuição - Gestão da Qualidade - Gestão da Empresa Rural - Gestão da Cadeia de Suprimentos - Gestão de Projetos - Metodologia Científica II Quadro 4 Distribuição dos conhecimentos nos eixos temáticos: Quarto perfil Perfil Desenvolvimento Territorial Sustentável e Políticas Públicas 4 Finanças e Economia 4 Comercialização 4 Administração de Operações Agroindustriais 4 4 - Desenvolvimento Regional e Segurança Alimentar - Gestão de Recursos Energéticos - Administração Financeira - Planejamento e Orçamento - Direito de Empresas - Desenvolvimento de Novos Negócios - Teoria dos Jogos e Políticas de Negócios - Mercados Futuros e Opções Agropecuárias - Direito Tributário e Trabalhista - Sistemas de Informação Gerenciais - Planejamento Estratégico e Empresarial - Projeto de Empresas - Pesquisa Operacional 4.3. Correspondência entre os componentes curriculares do curso e as DCN A resolução n. 4 de 5/7/2005 da DCN Administração - Artigo 5º, orienta que o curso de deverá atender a quatro (04) conteúdos, que são os seguintes: 1) Formação Básica: relacionados com estudos antropológicos, sociológicos, filosóficos, psicológicos, ético-profissionais, políticos, comportamentais, econômicos e contábeis, bem como os relacionados com as tecnologias da informação e das ciências jurídicas; 2) Formação Profissional: relacionados com áreas específicas envolvendo teorias da administração e das organizações e a gestão de pessoas, de mercado e marketing, de produção PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 64 e logística, financeira e orçamentária, sistemas de informações, planejamento estratégico e serviços; 3) Estudos Quantitativos e suas Tecnologias: abrangendo pesquisa operacional, teoria dos jogos, modelos matemáticos e estatísticos e aplicação de tecnologias que contribuam para a definição e utilização de estratégias e procedimentos inerentes à administração; 4) Formação Complementar: estudos opcionais de caráter transversal e interdisciplinar. No PPC do curso de Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais da UFSCar, campus Lagoa do Sino, a correspondência entre o disposto na DCN e os conteúdos propostos nos diferentes eixos temáticos, com suas respectivas cargas horárias, está representada nos quadros 5, 6, 7 e 8. Quadro 5 Conteúdo de Formação Básica do curso de Administração Conteúdo Básico (créditos) Eixo Carga Horária Sociologia Aplicada à Administração (2) DTSPP 1 30 Introdução ao Pensamento Econômico (3) FE 1 45 Macroeconomia Clássica (2) FE 1 30 Macroeconomia Keynesiana e Neokeynesiana (2) FE 1 30 Economia Política (2) FE 1 30 Direito Comercial (2) COM 1 30 Pesquisa e Extensão Rural (4) DTSPP 1 60 Psicologia das Organizações (4) AOA 1 60 Introdução aos Sistemas Agroindustriais (4); DTSPP 1 60 Sociologia Rural (2) DTSPP 2 30 Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (4) DTSPP 2 60 Comportamento do Consumidor (4) COM 2 60 Organização Industrial (3) FE 2 45 Microeconomia (3) FE 2 45 Metodologia Científica I (2) AOA 2 30 Metodologia Científica II (2) AOA 3 30 Legislação e Direito Ambiental (2) DTSPP 3 30 PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 65 Direito de Empresas (2) FE 4 30 Direito Tributário e Trabalhista (2) COM 4 30 Desenvolvimento Regional e Segurança Alimentar (2) DTSPP 4 30 TOTAL 795 Quadro 6 Conteúdo de Formação Profissional do curso de Administração Conteúdo Profissionalizante (créditos) Eixo Carga Horária Introdução ao Marketing (4) COM 1 60 Comércio Internacional e Políticas de Exportação (4) COM 1 60 Fundamentos da Administração (4) AOA 1 60 Teoria das Organizações (4) AOA 1 60 Gestão da Sustentabilidade (2) DTSPP 1 30 Gestão Ambiental (4) DTSPP 2 60 Marketing na Agricultura e Agroindústria (4) COM 2 60 Administração da Produção (4) AOA 2 60 Gestão de Pessoas (4) AOA 2 60 Administração de Cargos, Remuneração e Carreiras (2) AOA 2 30 Gestão da Empresa Rural (4) AOA 3 60 Contabilidade Gerencial (4) FE 3 60 Comercialização de Produtos Agroindustriais (4) COM 3 60 Custos Agroindustriais (4) FE 3 60 Canais de Distribuição (4) COM 3 60 Gestão da Qualidade (2) AOA 3 30 Gestão da Cadeia de Suprimentos (4) AOA 3 60 Gestão de Projetos (2) AOA 3 30 Administração Financeira (4) FE 4 60 Planejamento e Orçamento (2) FE 4 30 PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 66 Sistemas de Informação Gerenciais (4) AOA 4 60 Planejamento Estratégico e Empresarial (4) AOA 4 60 Mercados Futuros e Opções Agropecuárias (2) COM 4 30 TOTAL 1200 Quadro 7 Conteúdo estudos quantitativos e suas tecnologias do curso de Administração Conteúdo Específico (créditos) Eixo Carga Horária Matemática Aplicada à Administração I - Nivelamento (1) FE 1 15 Matemática Aplicada à Administração II - Fundamentos Cálculo Diferencial (2) FE 2 30 Estatística (4) FE 2 60 Matemática Financeira e Análise de Investimentos (4) FE 3 60 Fatores de Produção Agropecuária (4) AOA 1 60 Tecnologias de Processos Agroindustriais (4) AOA 2 60 Pesquisa Operacional (4) AOA 4 60 Teoria dos Jogos e Política de Negócios (4) FE 4 60 TOTAL 405 Quadro 8 Conteúdo de Formação Complementar do curso de Administração Conteúdo Específico (créditos) Eixo Carga Horária Abordagens da Sustentabilidade e paradigmas empresariais (2) DTSPP 1 30 Políticas Agrícolas (4) DTSPP 2 60 Associativismo e Cooperativismo (4) DTSPP 3 60 Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos (2) DTSPP 3 30 Gestão de Recursos Energéticos (2) DTSPP 4 30 Desenvolvimento de Novos Negócios (2) FE 4 30 Projeto de Empresas (4) AOA 4 60 TOTAL 300 PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 67 V - REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PERFIL DE FORMAÇÃO PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 69 VI – TRATAMENTO METODOLÓGICO No Curso de Bacharelado em Administração na linha de formação Sistemas Agroindustriais, do Centro de Ciências da Natureza (CCN/UFSCar), o tratamento metodológico será desenvolvido com base nos seguintes princípios: ▪ Professor como mediador da relação professor-estudante-conhecimento; ▪ Maximização da autonomia dos estudantes na busca do conhecimento; ▪ Validade do ensino provada por meio de sua justificação na aprendizagem, de modo a se entender que não terá havido ensino se não houver aprendizagem. ▪ Integração vertical proporcionada pelo aprofundamento e retomada, quando necessária, dos principais conteúdos em cada eixo temático ao longo dos quatro perfis. ▪ Integração horizontal entre os conteúdos de cada eixo/perfil, possibilitando a visão integrada dos conteúdos dos diferentes eixos temáticos. ▪ Integração dos conteúdos nos planos horizontal e vertical promovida/orientada pelos professores, e não sob as responsabilidades exclusivas dos discentes; ▪ Tratamento metodológico diferenciado, segundo tratamento de conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais (ZABALA, 1998). ▪ Trabalho colaborativo dos docentes de modo a desenvolver conjuntamente o planejamento didático anual, integrando os conteúdos em cada um dos eixos temáticos, bem como entre os diferentes eixos temáticos. O desenvolvimento da integração vertical e horizontal se dará por meio dos conteúdos e, para tal, será indispensável o trabalho dos docentes como uma equipe coesa, sob a orientação e acompanhamento da coordenação pedagógica proposta no projeto original do campus. Esta integração será feita a partir de temas, questões ou problemas referentes aos conteúdos oriundos dos próprios eixos temáticos, os quais serão definidos pelo corpo docente responsável pelos conteúdos dos eixos temáticos em cada ano, inclusive nos momentos da avaliação integradora. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 70 VII – AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM O Curso de Bacharelado em Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais pautar-se-à pelas normas que regem a sistemática de avaliação do desempenho dos estudantes e procedimentos correspondentes, dispostos no Regimento Geral dos Cursos de Graduação da UFSCar. Serão desenvolvidos nos eixos temáticos dos cursos, portanto, dois tipos de avaliação: formativa e somativa. A avaliação formativa se dará ao longo do ano, por meio de instrumentos variados, no sentido de acompanhar o ensino e a aprendizagem em cada eixo temático e promover a recuperação paralela dos conteúdos ainda não aprendidos. Estes instrumentos/procedimentos de avaliação serão definidos e elaborados pelos docentes de cada curso quando da elaboração do planejamento anual, observando as especificidades de cada eixo temático, e adequando-se às funções atribuídas à avaliação nos diferentes momentos do processo ensino-aprendizagem, como previsto no Regimento Geral dos Cursos de Graduação da UFSCar. A avaliação somativa, dentro de um eixo temático, configura-se nos momentos conclusivos do processo de avaliação formativa e dar-se-á de duas formas: Avaliação por Eixo Temático (AE) e Avaliação Integradora (AI). A Avaliação por Eixo Temático (AE) tem por finalidade verificar a aprendizagem adquirida dentro do eixo e deverá ser composta por no mínimo 04 (quatro) avaliações que contemplem os conteúdos trabalhados no eixo temático no decorrer do ano letivo. O tipo de instrumento e a atribuição do peso de cada uma destas avaliações deverão ser definido(s) pelo(s) docente(s) responsável(is) e deverão constar no plano de ensino do eixo temático. A Avaliação Integradora (AI) tem por finalidade propiciar ao discente a integração dos conteúdos dos eixos temáticos de cada perfil do curso e deverá ocorrer em no mínimo dois momentos do ano letivo. Será elaborada em conjunto pelos professores dos diferentes eixos de cada perfil em um determinado ano, a partir de temas, questões ou problemas disparadores de integração, envolvendo conteúdos cognitivos e as habilidades gerais e atitudinais. O discente deverá realizar a Avaliação Integradora (AI) do seu perfil. O discente, após o término do primeiro ano letivo do curso, poderá inscrever-se em qualquer atividade curricular de qualquer perfil do curso, desde que atenda aos requisitos da atividade, haja oferta de vagas e não haja sobreposição de horários entre as atividades a serem cursadas. Para realização da PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 71 avaliação integradora, o discente se enquadrará no perfil de maior carga horária quando consolidada sua inscrição em atividades curriculares. Caso o total de horas a serem cursadas seja igual para diferentes perfis, prevalecerá o perfil mais avançado do curso com eixos temáticos inscritos. De acordo com normas estabelecidas pela UFSCar, a carga horária máxima anual ao qual o discente poderá se inscrever em cada período letivo do curso será de 1160 horas. Composição da Nota Final de Eixos Temáticos Ao final do ano letivo, a nota final de cada eixo temático de caráter obrigatório será calculada como a média ponderada das AE e AI, sendo que o peso para AE será de 70% e o peso para a AI será de 30%, ou seja: NFE= 0,7*AE + 0,3*AI, em que: NFE: Nota Final do Eixo Temático AE: Valor da Avaliação do Eixo Temático AI: Valor da Avaliação Integradora Os Projetos Pedagógicos dos cursos de graduação do campus Lagoa do Sino preveem conteúdos optativos que podem, ou não, estar organizados em eixos temáticos. Estes conteúdos constituem-se em uma possibilidade de flexibilização curricular, uma vez que são de livre escolha de cada estudante, considerando o seu perfil de formação. Os conteúdos optativos, organizados ou não em eixos temáticos, não serão avaliados por meio das Avaliações por Eixo Temático (AE) e das Avaliações Integradoras (AI). Assim sendo, o processo de avaliação da aprendizagem a ser adotado para os conteúdos optativos deverá observar o estabelecido no Regimento Geral dos Cursos de Graduação da UFSCar. Os Projetos Pedagógicos que contemplem outras atividades curriculares que não estejam organizadas em eixos temáticos, também não serão avaliados por meio das Avaliações por Eixos Temáticos (AE) e das Avaliações Integradoras (AI), mas deverão seguir o estabelecido no Regimento Geral dos Cursos de Graduação da UFSCar. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 72 Processo de Avaliação Complementar (PAC) O Processo de Avaliação Complementar (PAC) é uma oportunidade de recuperação dos discentes em uma determinada atividade curricular cursada, sendo requisito para sua realização: a atividade curricular cursada comportar PAC; o estudante obter no período letivo regular nota final maior ou igual a 5 (cinco) e menor que 6 (seis); e frequência igual ou superior a 75%. O Processo de Avaliação Complementar (PAC) deverá ser realizado em período subsequente ao término do período regular e ser finalizado no limite de 70 (setenta) dias letivos. As definições para realização do PAC deverão constar do Plano de Ensino de cada atividade curricular prevista no curso que comporte PAC e como previsto no Regimento Geral dos Cursos de Graduação da UFSCar. O discente que se encontrar no Processo de Avaliação Complementar em uma atividade curricular poderá inscrever-se nesta mesma atividade no período regular subsequente, desde que haja disponibilidade de vagas e compatibilidade de horário. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 73 VIII – AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO O sistema de avaliação dos cursos de graduação da UFSCar, implantado em 2011, foi concebido pela Pró-Reitoria de Graduação (ProGrad) em colaboração com a Comissão Própria de Avaliação (CPA) com base nas seguintes experiências institucionais anteriores: Programa de Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras (PAIUB) e Programa de Consolidação das Licenciaturas (PRODOCÊNCIA). O PAIUB, iniciado em 1994, realizou uma ampla avaliação de todos os cursos de graduação da UFSCar existentes até aquele momento, enquanto o projeto PRODOCÊNCIA/UFSCar, desenvolvido entre os anos de 2007 e 2008, realizou uma avaliação dos cursos de licenciaturas dos campi da UFSCar . A avaliação dos cursos de graduação é feita atualmente por meio de formulários de avaliação, os quais são respondidos pelos docentes da área majoritária de cada curso, pelos discentes e, eventualmente, pelos técnico-administrativos e egressos. Esses formulários abordam questões sobre as dimensões do Perfil do Profissional a ser formado na UFSCar; da formação recebida nos cursos; do estágio supervisionado; da participação em pesquisa, extensão e outras atividades; das condições didático- pedagógicas dos professores; do trabalho das coordenações de curso; do grau de satisfação com o curso realizado; das condições e serviços proporcionados pela UFSCar; e das condições de trabalho para docentes e técnico-administrativos. A ProGrad, juntamente com a CPA, é responsável pela concepção dos instrumentos de avaliação, bem como pela seleção anual dos cursos a serem avaliados, pela aplicação do instrumento, pela compilação dos dados e encaminhamento dos resultados às respectivas coordenações de curso. A operacionalização desse processo ocorre por meio da plataforma eletrônica Sistema de Avaliação On- Line (SAO), desenvolvida pelo Centro de Estudos de Risco (CER) do Departamento de Estatística. Cada Conselho de Coordenação de Curso, bem como seu Núcleo Docente Estruturante (NDE), após o recebimento dos resultados da avaliação deverão analisar esses resultados para o planejamento de ações necessárias, visando à melhoria do curso. Além da avaliação dos cursos como unidades organizacionais, a ProGrad tem realizado, em cada período letivo, o processo de avaliação das disciplinas/atividades curriculares. Essa avaliação é realizada, tendo em vista os planos de ensino das disciplinas/atividades curriculares disponibilizados no Programa SIGA. Esses planos de ensino são elaborados pelos docentes para cada turma das disciplinas/atividades curriculares, a cada período letivo, e são aprovados pelos colegiados do Departamento responsável e da (s) Coordenação (ões) do (s) Curso (s). Essa aprovação é realizada no mesmo programa pelo qual são disponibilizados os planos de ensino para a avaliação dos estudantes. Os resultados dessa avaliação são PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 74 complementares ao processo de avaliação dos cursos. Além da avaliação de cursos desenvolvida pela ProGrad, juntamente com a CPA, e do processo de avaliação das disciplinas/atividades curriculares, o Conselho de Coordenação de Curso, subsidiado pelo Núcleo Docente Estruturante do Curso (NDE) poderá, ainda, elaborar outros instrumentos de avaliação específicos para serem desenvolvidos no âmbito do Curso que possam subsidiar a tomada de decisões no sentido da realização de eventuais alterações ou reformulações curriculares, obedecendo ao disposto na Regimento Geral dos Cursos de Graduação da UFSCar. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 75 IX - ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA DO CURSO Em consonância com o Regimento Geral dos Cursos de Graduação da UFSCar, este item contém a matriz curricular do curso; o quadro de Integralização Curricular; as ementas de cada eixo, bem como o detalhamento de seus respectivos componentes curriculares; e as Atividades de Consolidação da Formação (Estágio Curricular, Trabalho de Conclusão de Curso, Atividades Complementares e Conteúdos Optativos). 9.1. Matriz curricular A matriz curricular do Curso de Bacharelado em Administração, linha de formação Sistemas Agroindustriais, (Campus Lagoa do Sino/UFSCar) está organizado conforme o estabelecido na Resolução CNE/CES nº 11/2002, de 11 de março de 2002, que institui Diretrizes para a área de Administração, de acordo com a Resolução CNE/CES nº 4 de 13 de julho de 2005. Para a obtenção do grau de Bacharel em Administração os estudantes do Curso, ao longo de 04 (quatro) anos, cumprirão obrigatoriamente 3.120 horas de componentes curriculares necessárias para a integralização curricular. A distribuição desta carga horária na matriz curricular do curso está apresentada no quadro a seguir, por perfil, por Eixo Temático, por caráter – obrigatório (obr), optativo (opt) e eletivo (el) e por natureza dos créditos – teórico (T), prático (P) e estágio (E). O detalhamento da matriz curricular dos 04 (quatro) eixos temáticos que compõem o curso de Administração, distribuídos em seus 4 (quatro) anos de duração está no quadro 9. Além dos créditos apresentados nos 4 (quatro) eixos ao longo dos 4 perfis do curso de Administração (2700 horas), considera-se também, a necessidade de conclusão dos 8 (oito) créditos (120 horas) de estágio obrigatório, 8 (oito) créditos de atividades complementares (120 horas), 8 (oito) créditos (120 horas) de apresentação e aprovação do obrigatório Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e 4 (quatro) créditos (60 horas) de conteúdos optativos. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 76 Quadro 9 Matriz curricular Perfi l Sigla Eixo temático Caráter (Obr/Opt) Natureza dos Créditos Carga Horária T P E TOTAL 1 DTSPP 1 Desenvolvimento Territorial Sustentável e Políticas Públicas 1 Obr. 14 0 0 14 210 FE 1 Finanças e Economia 1 10 0 0 10 150 COM 1 Comercialização 1 8 2 0 10 150 AOA 1 Administração de Operações Agroindustriais 1 16 0 0 16 240 Subtotal 50 750 2 DTSPP 2 Desenvolvimento Territorial Sustentável e Políticas Públicas 2 Obr. 14 0 0 14 210 FE 2 Finanças e Economia 2 12 0 0 12 180 COM 2 Comercialização 2 6 2 0 8 120 AOA 2 Administração de Operações Agroindustriais 2 16 0 0 16 240 Subtotal 50 750 3 DTSPP 3 Desenvolvimento Territorial Sustentável e Políticas Públicas 3 Obr. 8 0 0 8 120 FE 3 Finanças e Economia 3 12 0 0 12 180 COM 3 Comercialização 3 6 2 0 8 120 AOA 3 Administração de Operações Agroindustriais 3 14 0 0 14 210 Subtotal 42 630 4 DTSPP 4 Desenvolvimento Territorial Sustentável e Políticas Públicas 4 Obr. 4 0 0 4 60 FE 4 Finanças e Economia 4 14 0 0 14 210 COM 4 Comercialização 4 4 0 0 4 60 AOA 4 Administração de Operações Agroindustriais 4 20 0 0 20 240 Subtotal 38 570 Atividades Complementares Obr. 8 - - 8 120 PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 77 Conteúdos Optativos 4 - - 4 60 Estágio Obrigatório 8 8 120 Trabalho de Conclusão de Curso 8 8 120 Total 208 3.120 PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 78 9.2. Integralização Curricular Para que o estudante do curso de administração com linha de formação em sistemas agroindustriais seja considerado apto a colar grau, será necessário o cumprimento do total de créditos apresentados no quadro 9, sendo que cada crédito corresponde a 15 horas-aula. Quadro 10 Quadro de integralização curricular Atividades Curriculares Carga Horária Eixos Temáticos 2700 Conteúdos Optativos 60 Trabalho de Conclusão de Curso 120 Estágio Curricular Obrigatório 120 Atividades Complementares 120 Total 3120 9.3. Ementas e Conteúdos desenvolvidos nos 04 (quatro) Eixos Temáticos 9.3.1. Eixos do Perfil 1 Desenvolvimento Territorial Sustentável e Políticas Públicas 1 (210 horas) Ementa: No primeiro ano serão apresentadas as abordagens e os vieses teóricos e metodológicos dos estudos encadeados pela agroindústria brasileira. Essa apresentação estará articulada, entre outros, ao estudo das abordagens de sustentabilidade e dos paradigmas empresarias recentes, na perspectiva de fornecer as bases para o aprendizado dos princípios que sustentam as práticas e métodos de gestão da sustentabilidade, enfocando inovação, operações, relacionamentos e a responsabilidade empresarial no ambiente empreendedor do Brasil. Assim, os estudantes poderão compreender a formação das estruturas produtivas agrícolas e agroindustriais, das questões agrárias, da arquitetura organizacional das empresas, cadeias e redes, das tendências dos sistemas de comercialização e das realidades e as perspectivas regionais e internacionais dentro de um contexto de sustentabilidade, segurança alimentar e de práticas pós-fordistas de produção. De modo complementar, serão apresentados e debatidos os novos modelos de desenvolvimento rural no mundo e as políticas públicas com recorte territorial para dar suporte aos dilemas da administração de empreendimentos agroindustriais e rurais no Brasil. A partir do estudo da gênese e desenvolvimento dos paradigmas administrativos no Brasil, seguem como objetivos específicos o desenvolvimento da capacidade analítica e visão crítica de raciocínios logicamente consistentes, que compreenderá os estudos dos conceitos analíticos dos fluxos agroindustriais, do processo de modernização empresarial e a atual conformação da governança dos sistemas agroindustriais no Brasil, passando pelas formas sociais de produção agropecuária, os novos modelos de governança empresariais e o papel do Estado neste contexto reestruturador do empreendedor no país. No final deste ano serão discutidas as abordagens analíticas de sistemas agroindustriais, pesquisa e extensão rural, e também as PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 79 tendências dos sistemas agroindustriais e agroalimentares brasileiros nas distintas perspectivas gerenciais, econômicas, sociais e ambientais. Bibliografia básica: ARAÚJO, M. J. Fundamentos de Agronegócios. 4ª edição. São Paulo: Atlas, 2013. BATALHA M.O. Gestão de Agronegócio. São Carlos: EduFSCar. 2014. BORDENAVE, J. E. D. O que é participação. São Paulo: Brasiliense, 1998. BORSATTO, R. S. O papel da extensão rural no fortalecimento da agricultura familiar e de agronegócios: textos introdutórios. São Carlos: EdUFSCar. 2017. CASTRO, A. P. Sociologia aplicada à administração. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2003. PORTO, M.S.G.; DWYER, T. Sociologia em transformação: pesquisa social do século XXI. Porto Alegre. Tomo editorial. 2006. MAY, P. H. Economia do meio ambiente: teoria e prática. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2010. MARTES A.C.B. Redes e sociologia econômica. São Carlos. EdUFSCar.2009PEREIRA, A. et al. Sustentabilidade, Responsabilidade Social e Meio Ambiente. São Paulo: Saraiva, 2016. PAULILLO, L.F.; ALVES, F. Reestruturação agroindustrial: políticas públicas e segurança alimentar regional. São Carlos: EduFSCar.2009. PHILIPPI Jr, A. Indicadores de Sustentabilidade e Gestão Ambiental. Barueri: Manole. 2013. SACHS, I. Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável. Rio de Janeiro: Garamond 2009. SCHMITZ, H. Agricultura Familiar: extensão rural e pesquisa participativa. São Paulo: Annablume. 2010. THOMAS, J. M.; CALLAN, S. J. Economia ambiental. São Paulo: Cengage Learning, 2010. VAN BELLEN, H. M. Indicadores de sustentabilidade: uma análise comparativa. FGV Editora, 2005. VEIGA, J.E. Desenvolvimento Sustentável: O desafio do século XXI. Rio de Janeiro: Garamond. 2010. Bibliografia complementar: BARBIERI, J.C. Desenvolvimento e Meio Ambiente: as estratégias de mudanças da Agenda 21. Petrópolis.Vozes, 2011. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 80 BATALHA, M. O. Gestão Agroindustrial. v.1., 3ª ed. São Paulo, Atlas. 2013. BERGAMASSO, S. M.P.P. Assentamentos rurais do século XXI: temas recorrentes. Campinas: FEARGRI/UNICAMPI. 2011. CALLADO, A.A.C.; CALLADO, A.L.C. SOARES, A.P.A; OLIVEIRA, C.V; SILVA, C.R. Extensão rural. São Paulo: Érica, Saraiva. 2014 CALLADO, A. A. C. Agronegócio. São Paulo: Editora Atlas. 3ª ed. 2011. CARNEIRO, M. J. Ruralidades Contemporâneas: modos de viver e pensar o rural na sociedade brasileira: modos de viver e pensar o rural na sociedade brasileira. Rio de Janeiro. FAPERJ. 2012. DIAS, R. Gestão Ambiental: responsabilidade social e sustentabilidade. 2.ed.São Paulo. Atlas. 2011. DIAZ, B.J. O que é participação. 8 ed. São Paulo: Brasiliense. 1998. ELKINGTON, J. Sustentabilidade: Canibais com garfo e faca. M Books. 2011. MAZIN, A.D. Questão Agrária, cooperação e agroecologia. São Paulo: Outras expressões.2016. MENDES, J.T.G.; JUNIOR, J.B.P. Agronegócio: uma abordagem econômica. São Paulo: Pearson. 2007. NETO, J.A. Sustentabilidade e produção: teoria e prática para uma gestão sustentável. São Paulo: Atlas. 2011. LIMA, J.C. Outras sociologias do trabalho: flexibilidades, emoções e mobilidades. São Carlos: EdUFSCar.2013. PEREIRA A.C.; SILVA, G.Z.; CARBONARI, M.E.E. Sustentabilidade, responsabilidade social e meio ambiente. São Paulo. Saraiva. 2016. PORTO,M.S.G.; DWYER, T. Sociologia em transformação: pesquisa social do século XXI. Porto Alegre: Tomo Editorial. 2006. RANGEL, I. Questão Agrária, industrialização e crise urbana no Brasil. 2.ed. Porto Alegre, RS. 2004. SCHNEIDER,S. A pluriatividade na agricultura familiar. 2.ed. Porto Alegre: UFRGS. 2009. SOUZA FILHO, H.M. Comercialização de produtos agroindustriais. São Carlos, SP. EdUFSCar.2012. SOUZA, R.M. Redes de monitoramento socioambiental e tramas de sustentabilidade. São Paulo: Geoplan, Annablume. 2007. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 81 TACHIZAWA, T. Gestão Socioambiental: estratégias na nova era da sustentabilidade. Rio de Janeiro: Campus. 2012. THEODORO, S.H.; DUARTE, L.G.; NILDO. V.J. Agroecologia: um novo caminho para a extensão rural sustentável. Rio de Janeiro: Garamond 2009. THOMAS, J.M. Economia ambiental: aplicações políticas e teoria. São Paulo: Cengage Learning.2017. VEIGA, J. E. Meio Ambiente & Desenvolvimento. São Paulo. Editora SENAC. 3ª ed. 2009. VEIGA, J.E. O desenvolvimento agrícola: uma visão histórica. 2 ed. São Paulo: EdUSP.2012. WEBER, M. Economia e sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. Brasília: UNB,1999. Conteúdos Programáticos: 1) Abordagens da Sustentabilidade e paradigmas empresariais (30) Economia e Paradigmas da Sustentabilidade nas empresas; Abordagens de Sustentabilidade, Comportamento e Ações do Administrador como Agente de Mudança ao Novo Paradigma da Sustentabilidade. 2) Gestão da Sustentabilidade: inovação, operações relacionamento e responsabilidade socioambiental (30) Gestão Estratégica da Sustentabilidade, Inovação e Mudança Organizacional para a Sustentabilidade; Operações de Sustentabilidade, Gestão do Relacionamento com Stakeholders, Responsabilidade Socioambiental, Gestão Socioambiental na Empresa, Gestão por Indicadores de Desempenho e Introdução aos conceitos de modelagem técnica organizacional, de modelos e arquiteturas de referência como meios para a sistematização de conhecimento base para a inovação. 3) Pesquisa e Extensão Rural (60) Possibilidades do envolvimento do estudante com as práticas administrativas agropecuárias e agroindustriais. Conscientizar o estudante sobre seu papel como modificador do meio ambiente para produção e comercialização de alimentos. Abordagem dos sistemas produtivos com exploração racional e sustentável dos recursos energéticos. Definição do perfil do administrador, suas responsabilidades e direitos e campos de atuação. Abordagem das carreiras organizacionais, acadêmica, empreendedora e de consultoria. Evolução do perfil profissional. Atividades profissionais: pesquisa, ensino, produção, extensão e administração. 4) Introdução aos Sistemas Agroindustriais (60) PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 82 Desenvolvimento histórico agrícola, agrário e agroindustrial brasileiro. A integração agricultura-indústria: interpretações recentes do desenvolvimento agrícola e agrário brasileiro: modernização capitalista da agricultura brasileira e formação dos complexos agroindustriais. Principais correntes teóricas e abordagens metodológicas sistêmicas (agricultura camponesa, agronegócio, filiére, cadeias agroindustriais, sistemas agroindustriais, sistemas agroalimentares, complexos agroindustriais, economia de redes, redes agroindustriais, dentre outras). Dimensões da agricultura brasileira, agricultura camponesa, agricultura familiar e patronal, agronegócio. Análises e discussões sobre as cadeias e redes agroindustriais territoriais e a inserção da agricultura familiar. 5) Sociologia Aplicada à Administração (30) Sociologia enquanto disciplina científica, seu objeto de estudo e os componentes básicos da vida social humana, e sua importância na formação e atuação do administrador. Fundamentos das Ciências Sociais e introdução à Sociologia Clássica. A Constituição da sociedade capitalista e a emergência do pensamento sociológico. Análise da Sociedade, Grupos Sociais, Estrutura de Classes e Processos de Mudança. Cultura, Ideologia, Participação e Poder nas Organizações. Industrialização e urbanização. O trabalho na sociedade capitalista: Processo e organização do trabalho. Organização e Relação interativa com o Meio Ambiente. Finanças e Economia 1 (150 horas) Ementa: No primeiro ano, o estudante receberá a formação inicial sobre economia e finanças para o processo de aprendizagem de administração. Serão apresentadas as principais teorias econômicas sobre a natureza e o funcionamento da economia capitalista, articulando Teoria e História, a relação entre Estado e Economia, bem como os entraves e estímulos macroeconômicos para os mercados agregados. Nessa perspectiva, em delimitação macro, o estudante do curso de administração poderá compreender e aprimorar suas análises sobre o modo como as políticas governamentais afetam o nível de atividade econômica e os preços. A formação inicial do estudante neste eixo possibilitará o aprendizado das abordagens macroeconômicas clássicas, keynesianas e póskeynesianas e a aplicação dessas abordagens na economia associando-as com as particularidades da realidadade brasileira. O estudo das noções sobre Economia Política despertará o senso crítico facilitando as definições estratégicas do futuro administrador levando em conta a multiplicidade de situações presentes na realidade concreta. De modo complementar, para a análise e aplicação da elaboração de cenários macroeconômicos e estratégias microeconômicas, o estudante receberá um nivelamento introdutório em matemática aplicada à administração. Bibliografia Básica: BLANCHARD, Olivier. Macroeconomia. 5. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2013 BRUE, S. L. História do pensamento econômico. São Paulo: Cengage Learning 2017. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 83 CARVALHO, Fernando J. Cardim de et al. Economia monetária e financeira: teoria e política.3. ed. São Paulo: Elsevier, 2015. CATANI, Afrânio M. O que é capitalismo. 35. ed. rev. ampl. São Paulo: Brasiliense, 2011. GREMAUD, Amaury Patrick; VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de; TONETO JUNIOR, Rudinei. Economia brasileira contemporânea. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2017. KEYNES, John Maynard. A teoria geral do emprego, do juro e da moeda. São Paulo: Saraiva, 2016. LAPA, N. Matemática Aplicada: uma Abordagem Introdutória. São Paulo: Saraiva, 2014. LOPES, L. M.; VASCONCELLOS, M. A. S. de (Orgs.). Manual de macroeconomia: nível básico e nível intermediário. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2008. Caps. 1, 2 e 3. MARX, K. O Capital. São Paulo: Boitempo Editorial, 2014. MUROLO, Afrânio Carlos; BONETTO, Giácomo Augusto. Matemática aplicada a administração, economia e contabilidade. 2. ed. rev. ampl. São Paulo: Cengage Learning, 2012 VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de; ENRIQUEZ GARCIA, Manuel. Fundamentos de economia. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2014 Bibliografia complementar: ARAÚJO, Carlos Roberto Vieira. História do pensamento econômico: uma abordagem introdutória. São Paulo: Atlas, 2015. BIELSCHOWSKY, R. Pensamento econômico brasileiro: o ciclo ideológico do desenvolvimentismo. Rio de Janeiro: Contraponto, 2004. STRANG, Gilbert. Álgebra linear e suas aplicações. 4. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2010 LEITHOLD, L. Matemática Aplicada à Economia e Administração. São Paulo: Harbra, 2001. MARX, Karl. O capital: crítica da economia política. 34. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014 PORTER, M. Vantagem Competitiva. Rio de Janeiro: Campus, 1990. SMITH, Adam. A riqueza das nações. v.1. 3. ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2016 SMITH, Adam. A riqueza das nações. v.2. 4. ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2016 STEWART, James. Cálculo. 7. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2013. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 84 Conteúdos Programáticos: 1) Introdução ao Pensamento Econômico (30) Conceitos Básicos de Ciência Econômica. Introdução ao Pensamento Econômico e suas contradições básicas: a visão clássica de Adam Smith e as bases do pensamento marxista. Geração de valor e mais- valia. Noções de funcionamento básico do sistema econômico capitalista e uma introdução ao processo de formação de preços em mercados competitivos. Características de oferta e demanda em mercados de concorrência perfeita e imperfeita. 2) Macroeconomia Clássica (30) Introdução à Macroeconomia: Agregados Macroeconômicos; Determinação da Renda de Equilíbrio e Política Fiscal; Política Monetária; O Setor Externo e a Política Cambial; Macroeconomia no Longo-Prazo e o Crescimento Econômico 3) Macroeconomia Keynesiana e Neokeynesiana (30) Crítica à Lei de Say e à Teoria Macroeconômica Clássica; Princípio da Demanda Agregada; Teoria Keynesiana do Multiplicador de Renda; Regulação de Mercados. Macroeconomia aplicada ao Brasil. 4) Economia Política (30) Acumulação primitiva. As classes sociais na revolução industrial. Manufatura, cooperação e grande indústria. Mais valor absoluto e mais valor relativo. Valor e Dinheiro. A Lei do valor. Salário e trabalho alienado. O fetichismo da mercadoria. A evolução do capitalismo. 5) Matemática aplicada à Administração I - Nivelamento (30) Equações de 1º e 2º Grau; Produtos Notáveis e Fatoração; Funções; Álgebra Matricial, Sistemas de Equações Lineares, Matrizes Inversas e Determinantes, Autovalores e Autovetores. Comercialização 1 (150 horas) Ementa: Apresentar os principais conceitos e técnicas utilizados pelo Marketing, possibilitando uma visão das inter-relações sistêmicas entre o Marketing e as demais funções da organização. Os estudantes, ao término do eixo, deverão estar aptos a identificar os elementos envolvidos no Processo de Marketing, bem como os principais conceitos a ele relacionados. Bibliografia básica: CARVALHO, E. B. S.; SILVA, P. A. B. Internacionalização do Brasil – Dinâmica do comércio e da política internacional. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2013. COELHO, F. U. Curso de Direito Comercial. São Paulo: Saraiva. 1998. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 85 KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Princípios de marketing. 12 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008. KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de marketing. 14 ed. São Paulo: Pearson Education Brasil, 2012. MALUF, S. N. Administrando o comércio exterior. São Paulo: Aduaneiras, 2003. MARINHO, H. Teorias do comércio internacional e política comercial. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2011. PACHECO, J. S. Processo de Falência e Concordata. Rio de Janeiro: Forense. 1999. PORTER, M. Estratégia Competitiva: Técnicas para análises de indústrias e da concorrência. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2005. RAINELLI, M. Nova teoria do comércio internacional. São Paulo: EDUSC, 1998. REQUIÃO, R. Curso de Direito Comercial. São Paulo: Saraiva. 2003. URDAN, F. T.; URDAN, A. T. Gestão do composto de marketing. São Paulo: Atlas, 2013. VAZQUEZ, J. L. Comércio exterior brasileiro. 9. ed. São Paulo: Atlas, 1999. ZENONE, L. C.; DIAS, R. Marketing sustentável: valor social, econômico e mercadológico. São Paulo: Atlas, 2015. Bibliografia Complementar: BAKER, M. J. et al. Administração de marketing. 5. ed. Rio de Janeiro: Campus Elsevier, 2005. BRASIL. Ministério das Relações Exteriores. Divisão de Programas de Promoção Comercial. Exportação Passo a Passo / Ministério das Relações Exteriores: Brasília: MRE, 2004. Disponível em < http://www.mdic.gov.br> CAPUCIO, C. Comércio internacional e integração regional: a OMC e o Regionalismo. Belo Horizonte-MG: Arraes Editora, 2012. DEMO. G. Marketing de relacionamento & comportamento do consumidor. São Paulo: Atlas, 2015. GUEDES, J. M. M.; PINHEIRO, S. M. Anti-dumping, subsídios e medidas compensatórias. 2. ed. São Paulo: Aduaneiras, 1996. HOOLEY, G. J.; SAUNDERS, J. A.; PIERCY, N. F. Estratégia de marketing e posicionamento competitivo. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.MINADEO, R. Gestão de marketing: fundamentos e aplicações. São Paulo, Atlas, 2008. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 86 MARTINS, F. Curso de Direito Comercial. Rio de Janeiro: Forense. 1997. MURTA, R. O. Incoterms. 3. São Paulo: STS, 1998. NUNES NETO. F. L. SISCOMEX sem mistério importação e despacho. São Paulo: Aduaneiras, 1999. ROCHA, A.; FERREIRA, J. B.; SILVA, J. F. Administração de Marketing: conceitos, estratégias, aplicações. São Paulo: Atlas, 2012. SISCOMEX importação. Normas gerais. Disponível em http://www.mdic.gov.br TARTUCE, F. Manual de Direito Civil. 3. ed. São Paulo: Método, 2013. ULHOA COELHO, F. Manual de Direito Comercial: direito da empresa. 25. ed. São Paulo: Saraiva, 2013. VILHENA, P. E. R. Direito Público e Direito Privado: sob o prisma das relações jurídicas. 2. ed. Belo Horizonte, Del Rey, 1996. ZYLBERSTAJN, D.; STAJN, R. Direito e Economia: Análise Econômica do Direito. São Paulo: Elsevier, 2010. Conteúdos Programáticos: 1) Introdução ao Marketing (60) Pressupostos e conceitos básicos de Marketing. As inter-relações sistêmicas do marketing e as demais funções da organização. Os principais elementos que envolvem o Processo de Marketing. Os mercados em que uma organização opera e seus elementos: mercado consumidor, produtor, revendedor e governamental. Tipos de orientações empresariais. Componentes do sistema de informações de marketing. Análise do Ambiente de Marketing. Segmentação de Mercado, Mercado- Alvo e Posicionamento. Análise da Concorrência. Processo de Planejamento e Plano de Marketing. 2) Comércio Internacional e Políticas de Exportação (60) Introdução ao comércio exterior internacional; Estruturas brasileiras para o comércio exterior (Decex/ Órgãos anuente; Autoridade Portuária; Sistema fiscal); Processo de Exportação (Parametrização em canais; Averbação de embarque; Comprovante da exportação; Negociação com o comprador; Análise de risco nas operações de exportação; PROEX – Programa de Financiamento às exportações brasileiras; Despacho; Averbação); Legislação Brasileira para exportações e importações (Aspectos PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 87 fiscais; Tributação na exportação e classificação; IPI, ICMS, PIS e COFINS; Regimes Aduaneiros Especiais; Drawback; Depósito Alfandegado Certificado – DAC; Exportações Temporárias; Exemplo na formação de preço na exportação); Legislação Brasileira para Importações (Aspectos fiscais; Classificação fiscal de mercadorias; Tributação na importação; IPI; ICMS; AFRMM; ATAERO; Exigibilidade, isenções, reduções; Regime de tributação simplificada; Trânsito aduaneiro; Entreposto aduaneiro; Entreposto industrial; Admissão temporária; Exemplo de cálculo de custos); Aspectos cambiais (Normas do Banco Central do Brasil na exportação; Contratação de Câmbio; Adiantamentos sobre Contratos de Câmbio – ACC: Liquidação; Cancelamento; Penalidades); Aspectos Administrativos (SISCOMEX – Sistema Integrado de Comércio Exterior; Registro de Exportação – RE; Declaração de Despacho de Exportação – DDE; SISCOMEX – Funções do sistema; Exportações sem cobertura cambial; Exportação simplificada, Incoterms e Formas de pagamento; Antecipado; a vista; a prazo; Fontes de financiamento externo); Desembaraço aduaneiro (Parametrização de canais; Instrução do despacho; Valoração aduaneira; Comprovante de Importação CI). 3) Direito Comercial (30) A evolução do direito comercial (A história e a economia, As primeiras normas econômico – jurídicas, o direito Romano, o direito comparativo, o mercantilismo, o capitalismo); a posição do direito comercial (os novos rumos da doutrina, o direito econômico, a matéria comercial, um conceito de autonomia, unificação do direito, a comercialização do direito civil) o domínio do direito comercial (a teoria objetiva e a teoria subjetiva); a reconstrução do direito comercial (os novos rumos da doutrina, o Direito Econômico e o objetivo do direito comercial); o direito comercial como direito das empresas (a empresa e o empresário, a empresa e o fundo de comércio, as dimensões da empresa, o conceito jurídico de empresa); contrato mercantis (visão dos contratos, prova dos contratos, capacidade para contratar, requisitos, nulidades dos contratos. Extinção das obrigações). Administração de Operações Agroindustriais 1 (240 horas) Ementa: No primeiro ano o estudante compreenderá os paradigmas principais e os fundamentos da administração, a fim de estabelecer as diretrizes do processo de organização empresarial e suas dinâmicas básicas. Junto a isso, o aprendizado sobre a importância e valorização dos fatores de produção agropecuários que, compreendidos sob uma visão sistêmica da administração da produção e de operações, facilitará o preparo do estudante para os futuros conteúdos de formação básica, complementar, de estudos quantitativos e suas tecnologias. Bibliografia básica: PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 88 ACCARINI, J. H. Economia rural e desenvolvimento: reflexões sobre o caso brasileiro. Petrópolis: Vozes, 1987. ALBUQUERQUE, M. C. C.; NICHOLS, R. Economia agrícola: o setor primário e a evolução da economia brasileira. São Paulo: McGraw-Hill, 1987. AZAMBUJA, J. M. V. O solo e o clima na produtividade agrícola. Editora Agropecuária, 1996. BERGAMINI, C. W. Psicologia aplicada à administração de empresas. Psicologia do comportamento organizacional. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2015. DAFT, R. L. Administração. Tradução da 2ª edição norte-americana. São Paulo: Cengage Learning, 2010. DIEHL, R. Agricultura geral. Clássica Editora, 1989. KAY, R. D.; EDWARDS, W. M. Gestão de propriedades rurais. 7.ed. São Paulo: McGraw Hill, 2014. MARTINELLI, D. P.; VENTURA, C. A. A. Visão sistêmica e administração: conceitos, metodologias e aplicações. São Paulo: Saraiva, 2014. MAXIMIANO, A. C. A. Introdução à Administração. 8 ed. São Paulo: Atlas, 2011. MAXIMIANO, A. C. A. Teoria Geral da Administração: da revolução urbana à revolução digital. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2012. MINICUCCI, A. Relações Humanas: Psicologia das Relações Interpessoais. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008. MORGAN, G. Imagens da organização. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2007. MOTTA, F. C. P.; VASCONCELOS, L. F. G. Teoria Geral da Administração. 3. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2006. PAULA, A. P. P. Teoria crítica nas organizações. São Paulo: Thomson, 2008. Bibliografia complementar: ARONSON, E.; WILSON, T. D.; AKERT, R. M. Psicologia social. 8. ed. São Paulo: LTC, 2015. BATALHA, M. O. (Org.) Gestão Agroindustrial. São Paulo: Atlas, 2007. BATEMAN, T. S.; SNELL, S. A. Administração: liderança e colaboração no mundo competitivo. 7. ed. São Paulo: McGraw-Hill, 2007. DAFT, R. L. Organizações: teoria e projetos. 3. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2015 FLEURY, M. T.; FISCHER, R. Cultura e poder nas organizações. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2007. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 89 GUIAR, M. A. F. Psicologia aplicada à administração: uma abordagem multidisciplinar. São Paulo: Saraiva, 2014. HAMPTON, D. R. Administração Contemporânea. 3. ed. São Paulo: Pearson Makron Books, 2005. SCHULTZ, D. P.; SCHULTZ, S. E. História da psicologia moderna. São Paulo: Pioneira Thompson Learning, 2004. SENGE, P. A revolução decisiva: como indivíduos e organizações trabalham em parceria para criar um mundo sustentável. Rio de Janeiro: Elsevier Campus, 2008. WEBER, M. Economia e sociedade. Brasília: UnB, 1999. vol. I (cap. I, p.139-160). Conteúdos Programáticos: 1) Fundamentos da Administração (60) Conceito de Administração; Papel e Importância da Administração. Áreas funcionais da organização. História do pensamento administrativo; Funções da Administração: planejamento, organização, direção e controle; Modelos de organização: mecanicista e orgânico; Estrutura Organizacional: tipos e definições; Ética na administração; Enfoque sistêmico; Administração participativa; Novos modelos de administração; Tendências da administração no Brasil e no mundo. 2) Teoria das Organizações (60) Teoria das organizações: conceitos relacionados e antecedentes históricos (Taylor, Fayol, Relações Humanas). Comparação Escola Clássica versus Escola das Relações Humanas. Modelo Burocrático. Enfoque sistêmico. Principais perspectivas teóricas sobre as organizações (as diferentes visões da organização). Teoria da Dependência de Recursos. Teoria dos Custos de Transação. Teoria Institucional e Neoinstitucional. Isomorfismo. Abordagens contemporâneas a partir da visão de teoria das organizações. 3) Fatores de Produção Agropecuária (60) A importância do Clima como Fator de Produção Agrícola; Solo como Fator de Produção Agrícola; A questão dos ciclos biológicos e sua influência na produção agrícola; Diferentes atividades inerentes a produção agropecuária (Preparo e Conservação do Solo, Irrigação e Drenagem, Manejo de Plantas Invasoras, Tratos Culturais, Colheita); Aspectos da Produção Animal; Importância das Plantas e da Agricultura; Estrutura das Plantas Superiores; Crescimento e Desenvolvimento Vegetativo e Reprodutivo; Propagação de Plantas; Fisiologia Vegetal; Doenças das Culturas; Pragas das Culturas; Melhoramento Vegetal; Principais Culturas Agroindustriais PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 90 4) Psicologia das Organizações (60) A psicologia como ciência. Estudo das relações interpessoais, em uma perspectiva psicossocial. Percepção, motivação e comunicação: grupos, papéis e relações interpessoais. Psicologia do trabalho: alienação e humanização do trabalho. Processos de grupo. Estilos de liderança. Processos grupais nas organizações e instituições. Introdução e origens históricas do conceito de motivação. O status teórico dos conceitos motivacionais. Psicologia social: a dimensão social da condição humana – subjetividade e intersubjetividade. 9.3.2. Eixos do Perfil 2 Desenvolvimento Territorial Sustentável e Políticas Públicas 2 (210 horas) Ementa: No segundo ano será constituído um espaço de reflexão crítica para o estudante de Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais, oferecendo oportunidade de reflexões sobre o desenvolvimento rural, tanto espaço de produção agropecuária como espaço social constituído por múltiplos e diferentes agentes sociais que, muitas vezes, tecem relações de conflito e contradição. Nessa perspectiva, objetiva-se preparar o futuro profissional que atuará em estreita relação com o exercício da administração de estratégias das empresas rurais e agroindustriais e também de relacionamentos entre empresas e entre empresas e governos, onde a cooperação e o conflito podem coexistir na busca de novos caminhos de crescimento econômico e social. Em especial, se enfatizará que esses múltiplos interesses correspondem às diferentes políticas agrícolas e agroindustriais estabelecidas em cadeias e redes de produção e também à busca de novos meios de gestão ambiental, demandando assim diferentes formas de ação por parte do profissional para posterior discussão dos desafios, limites e possibilidades de construção do ―desenvolvimento empresarial‖ nas esferas rurais e agroindustriais. Assim, a partir do estudo dos aspectos conceituais de desenvolvimento rural sustentável, de rural, de ruralidades e dos seus atores, seguem como objetivos específicos: 1) Apresentar as faces históricas do desenvolvimento rural no Brasil e das desigualdades regionais do desenvolvimento; 2) Discutir sobre as perspectivas teóricas e práticas do desenvolvimento rural brasileiro apresentando seus atores, com perspectivas para o desenvolvimento rural apontando para modelos tecnológicos e de gestão para agricultura familiar no Brasil e; 3) Analisar no contexto sócio, político, jurídico e econômico brasileiro, as tipologias e as relações de trabalho no campo e na agroindústria brasileira; 4) compreender o que é gestão ambiental e quais os métodos e ferramentas já utilizadas pelos administradores rurais e agroindustriais. Bibliografia básica: DIAS, Reinaldo. Gestão ambiental: responsabilidade social e sustentabilidade. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2011. BACHA, C. J. C. Economia e política agrícola no Brasil. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2012. BATALHA, Mario Otavio (Coord.). Gestão agroindustrial: GEPAI: Grupo de Estudos e Pesquisas Agroindustriais. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2013. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 91 CARNEIRO, M. J. Ruralidades Contemporâneas: modos de viver e pensar o rural na sociedade brasileira: Rio de Janeiro. FAPERJ. 2012. KAGEYAMA, Ângela Antônia. Desenvolvimento rural: conceitos e aplicação ao caso brasileiro. Porto Alegre, RS: UFRGS, 2008. MAZOYER, M.; ROUDART, L. História das agriculturas no mundo: Do neolítico à crise contemporânea. São Paulo. São Paulo: Ed. UNESP, 2010. PEREIRA, A. et al. Sustentabilidade, responsabilidade social e meio ambiente. São Paulo: Saraiva, 2016. PHILIPPI Jr. A.; ROMÉRO, M. A.; BRUNA, G. C. (Ed.). Curso de gestão ambiental. 2. ed. atual. ampl. Barueri: Manole, 2014. ROMÉRO, M. A.; BRUNA, G. C.; PHILIPPI Jr. A. Curso de gestão ambiental. Barueri: Manole, 2014. VILELA JÚNIOR, A.; DEMAJOROVIC, J. (Orgs.). Modelos e ferramentas de gestão ambiental: desafios e perspectivas para as organizações. São Paulo: Editora Senac, 2013. Bibliografia complementar: BRUMER, A.; PINEIRO, D. Agricultura latino-americana: novos arranjos e velhas questões. Porto Alegre-RS, Editora da UFRGS, 2005. FURTADO, C. Formação econômica do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2007. NEVES, D. P. (Org.). Desenvolvimento social e mediadores políticos. Porto Alegre: Ed. UFRGS/Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural, 2008 PAULILLO, L. F. Reestruturação Agroindustrial, Políticas Públicas e Segurança Alimentar Regional. São Carlos: EdUFSCar, 2009. PEREIRA, A. et al. Sustentabilidade, Responsabilidade Social e Meio Ambiente. São Paulo: Saraiva, 2016. PRADO JÚNIOR, Caio da Silva. História econômica do Brasil. 43. ed. São Paulo: Brasiliense, 2012. SOUZA FILHO H.M.; BUAINAIM A.M. Economia Agrícola. São Carlos: EdUFSCar. 2011. VEIGA, J. E. Desenvolvimento sustentável: o desafio do século XXI. Rio de Janeiro: Garamond, 2010. WANDERLEY, M. N. B. Um saber necessário: os estudos rurais no Brasil. Campinas: Unicamp, 2011. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 92 Conteúdos programáticos: 1) Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (60) Estrutura agrária, agrícola e agroindustrial no Brasil. Interpretações clássicas do desenvolvimento agrícola e agrário brasileiro. A modernização capitalista dolorosa da agropecuária brasileira. Conformação do chamado ―novo rural brasileiro‖. Dilemas e Geografia da Fome no Brasil. História e modelos das agriculturas mundial e brasileira: Especificidades e planejamento da agropecuária brasileira. Formas sociais de produção da agropecuária e agroindustrial brasileira. Modelo de produção produtivista na agropecuária brasileira e os atores sociais individuais e coletivos. A dicotomia economicista do modelo produtivista agropecuária com as perspectivas do desenvolvimento rural sustentável. Construção teórica e metodológica do desenvolvimento rural sustentável. Aspectos conceituais do modelo de desenvolvimento rural. Aspectos históricos do desenvolvimento territorial do Brasil e as desigualdades territoriais do desenvolvimento. Evolução histórica e dimensões sociais, econômicas, políticas e ecológicas do desenvolvimento rural sustentável. 2) Política Agrícola (60) Evolução histórica e legislação do crédito rural no Brasil. Os mercados financeiros e seu Funcionamento; Classificação dos financiamentos; Modalidades de crédito rural; Crédito rural e preços mínimos; Seguros Agrícolas; Programas especiais e setoriais de aplicação do crédito rural; A política de crédito rural e o desenvolvimento da agricultura; A prioridade agrícola e as mudanças na política nacional de crédito rural. Panorama agrícola atual e as mudanças para a última safra. 3) Gestão Ambiental (60) Conceito de gestão ambiental; Gestão ambiental corporativa; Mapeamento do processo produtivo; método de avaliação dos indicadores de sustentabilidade organizacional: funções econômicas do meio ambiente; aspectos e impactos ambientais: conceito, principais impactos ambientais; diagnóstico ambiental para EIA-RIMA; mensuração de impactos ambientais associados às atividades produtivas; medidas mitigadoras; determinação de matriz de prioridade e severidade; ISO 14001 Rotulagem ambiental. Sistemas de Gestão Ambiental. 4) Sociologia Rural (30) Reconstrução histórica do processo de gênese e transformação do espaço agrário e agrícola brasileiro; Debates da questão agrária no Brasil e, particularmente, na contemporaneidade; Fatores de competitividade da agricultura brasileira e características da produção agrícola e agroindustrial; PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 93 Introdução a Sociologia Rural: objeto científico da Sociologia Rural e questões metodológicas emergentes; O Rural como campo multidisciplinar do conhecimento científico; Diagnóstico do quadro crítico e abrangente da realidade agrária, agrícola e agroindustrial brasileira em seus aspectos econômicos, sociais e ambientais; Dimensão sociopolítica dos processos de produção, difusão e consumo da tecnologia; Inovação tecnológica na agricultura e as contradições ambientais e sociais. Finanças e Economia 2 (180 horas) Ementa: Neste eixo o estudante terá contato com abordagens microeconômicas clássica e de economia industrial para aprender sobre os processos produtivos, concorrências em oligopólios, monopólios, concorrências monopolísticas e cartéis, ao mesmo tempo em que receberá e desenvolverá o ferramental básico de estatística para apoiar as atividades de estudos de mercados, planejamento produtivo e elaboração de estratégias diversificadas para a administração de empresas (públicas e privadas). Bibliografia básica: FIANI, R. Teoria dos Custos de Transação. In: KUPFER, D. E HAZENCLEVER, L. (Orgs.) Economia Industrial. Rio de Janeiro, Editora Campus, 2002 (cap. 12). ANDERSON, D. R.; SWEENEY, D. J.; WILLIAMS, T. A. Estatística aplicada à administração e economia. 2. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2008. BANZATTO, D. A.; KRONKA, S. N. Experimentação agrícola. FUNEP, Jaboticabal, 1989. 247p. LAPA, N. Matemática Aplicada: uma Abordagem Introdutória. São Paulo: Saraiva, 2012. MUROLO, A.; BONETTO, G. Matemática Aplicada à Administração, Economia e Contabilidade. São Paulo: Thomson Learning, 2004. PINDYCK, R. S.; RUBINFELD, D. L. Microeconomia. 5. ed.. São Paulo: Prentice Hal, 2002. Bibliografia complementar: BUSSAB, W.O; MORETTIN, P. A.; Estatística Básica. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. HASENCLEVAR, L.; TIGRE, P. Estratégias de Inovação In: KUPFER, D. E HAZENCLEVER, L. (Orgs.) Economia Industrial. Rio de Janeiro, Editora Campus, 2002 (cap. 18). LAY, D. C. Álgebra Linear e suas aplicações. 2ª ed. Editora LTC, 1999. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 94 LEITHOLD, L. Matemática Aplicada à Economia e Administração. São Paulo: Harbra, 2001. POSSAS, M. L. Concorrência Schumpeteriana. In: KUPFER, D. E HAZENCLEVER, L. (Orgs.) Economia Industrial. Rio de Janeiro, Editora Campus, 2002 (cap. 17). STEWART, J. Cálculo. vol. 1. São Paulo: Thomson Learning, 2008. VASCONCELLOS, M.; GARCIA, M. E. Fundamentos de Economia. São Paulo: Saraiva, 2008. Conteúdos programáticos: 1) Microeconomia (45) Evolução do Pensamento Econômico: o que herdamos das escolas de pensamento econômico para estudar a disciplina de microeconomia neoclássica; Comportamento do Consumidor: Oferta X Demanda; A Produção e a Firma: rendimentos, escalas e custos; A Empresa como Unidade de Transformação Tecnológica e as Estruturas de Mercado; 2) Organização Industrial (45) Princípio do Custo Total; Economia dos Custos de Transação: A empresa unidade de negociação; Barreiras à Entrada de novas empresas em concorrência imperfeita; Estratégias de Diversificação da Produção em concorrência imperfeita; Inovação, concorrência e limites da firma. 3) Estatística (60) Princípios básicos da experimentação. Testes de hipóteses. Análise de variância. Testes F e t. Contrastes. Procedimentos para comparações múltiplas: testes de Tukey, Duncan, Scheffé e t. Delineamentos experimentais: inteiramente ao acaso, blocos ao acaso. Experimentos fatoriais e em parcelas subdivididas. Experimentos em reversão e quadrado latino. Regressão linear. Covariância. Correlação. 4) Matemática aplicada à Administração I - Fundamentos Cálculo Diferencial (30) Conceitos e desenvolvimentos de aplicações práticas de derivadas e de integrais. Aplicar conceitos de cálculo e análise matemática em problemas de administração de empresas. Noções de limite. Derivada. Regras de derivação. Derivação da função composta. Derivadas sucessivas. Noções de Integração indefinida. Técnicas de integração. Integração definida. Comercialização 2 (120 horas) Ementa: Neste eixo, o estudante já terá uma formação básica para poder aprender e desenvolver ferramentas de estudos do comportamento do consumidor e de desenvolvimento de atividades de marketing pelas empresas. Encaixa-se, portanto, novos conhecimentos para a formação do administrador PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 95 no contexto da comercialização de produtos e serviços, análise e posicionamento avançado no processo de concorrência capitalista e da prospecção de novos mercados. Bibliografia básica: SOLOMON, M. R. O Comportamento do Consumidor: comprando, possuindo e sendo. 9. ed. Porto Alegre: Bookman, 2010. BLACKWELL, R. D.; MINIARD, P. W.; ENGEL, J. F. Comportamento do consumidor. 9. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2009. SAMARA, B. S.; MORSCH, M. A. Comportamento do Consumidor: conceitos e casos. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. ALTIERI, M. Agroecologia: a dinâmica produtiva da agriculura sustentável. 4 ed., Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2004. NEVES, M. F.; THOME, C. L. Marketing e estratégia em agronegócios e alimentos. São Paulo: Atlas, 2003. TEJON, J. L.; XAVIER, C. Marketing & Agronegócio: a nova geração – diálogo com a sociedade. São Paulo: Pearson, 2009. ZENONE, L. C.; DIAS, R. Marketing sustentável: valor social, econômico e mercadológico. São Paulo: Atlas, 2015. Bibliografia Complementar: BAKER, M. J. et. al. Administração de marketing. 5. ed. Rio de Janeiro: Campus Elsevier, 2005. CÔNSOLI, M. A. (Org.). Agrodistribuidor: o futuro da distribuição de insumos no Brasil. São Paulo: Atlas, 2011. HOOLEY, G. J.; SAUNDERS, J. A.; PIERCY, N. F. Estratégia de marketing e posicionamento competitivo. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005 KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Princípios de marketing. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008. KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de marketing. 14 ed. São Paulo: Pearson Education Brasil, 2012. KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de marketing. 14 ed. São Paulo: Pearson Education Brasil, 2012. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 96 MALHOTRA, N. Pesquisa de marketing: uma orientação aplicada. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. MINADEO, R. Gestão de marketing: fundamentos e aplicações. São Paulo, Atlas, 2008. MOWEN, J. C.; MINOR, M. S. Comportamento do Consumidor. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2003. ROCHA, A.; FERREIRA, J. B.; SILVA, J. F. Administração de Marketing: conceitos, estratégias, aplicações. São Paulo: Atlas, 2012. SAMARA, B. S.; BARROS, J. C. Pesquisa de marketing: conceitos e metodologia. 4. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. URDAN, F. T.; URDAN, A. T. Gestão do Composto de Marketing. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2013. YASUDA, A. Pesquisa de marketing: guia para a prática de pesquisa de mercado. São Paulo: Cengage learning, 2012. Conteúdos programáticos: 1) Comportamento do Consumidor (60) Apresentação da teoria do comportamento em marketing e seus principais modelos. Apresentação e análise dos principais fatores influenciadores do processo de compra/consumo. Análise das principais variáveis do Comportamento do Consumidor individual e empresarial. Análise dos papéis do comprador e do processo de compra. Análise da dinâmica do sistema de informações de marketing. A importância da Pesquisa de Marketing para geração de informações e tomada de decisões. Processo de pesquisa de marketing. Apresentação das principais fases, métodos, técnicas e instrumentos de pesquisa de marketing. 2) Marketing na Agricultura e na Agroindústria (60) Marketing, Networks, Agronegócios e Agricultura Familiar. Pesquisa de Marketing em Alimentos. Comportamento do Consumidor e Novo Consumidor de Alimentos. Comportamento de Compra Organizacional. Análise do Macroambiente com o enfoque de Redes. Decisões de Produtos, de Marcas e Marcas Próprias. Embalagens para Alimentos com enfoque em Marketing. Serviços e Marketing em Empresas de Alimentação. Comunicação no Setor Agroalimentar. Mudanças no Ambiente de Venda de Insumos Agropecuários. Canais de Distribuição no Agronegócio: Atacado e Varejo. Marketing e Meio ambiente. Administração de Operações Agroindustriais 2 (240 horas) PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 97 Ementa: A formação do estudante, nesta fase, compreenderá o estudo e a formação de uma visão geral da Administração da Produção e Operações, num contexto de Competitividade Monopolista para elaboração de e estratégia de produção e comercialização. Junte a isso o aprendizado do processo de evolução dos conceitos e tipologias sobre planejamento de recursos humanos e as perspectivas racionais, normativas e cognitivas de gestão de pessoas, articulado ao processo cada vez mais indispensável do mundo organizacional de administrar de carreiras, processos de remunerações e cargos. Bibliografia Básica: ARAÚJO, L. C. G. Gestão de Pessoas: estratégias e integração organizacional. São Paulo: Atlas, 2014. BATALHA, M. O. (Coord.). Gestão agroindustrial: GEPAI grupo de estudos e pesquisas agroindustriais. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. 419 p. v.2. BINOTTO, E. Tecnologia e Processos Agroindustriais. Passo Fundo: Editora UPF, 2007. CHASE, R.N.; JACOBS, E.R.; AQUILANO, N.J. Administração da produção para a vantagem competitiva. 10 ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. FISCHER, A. L.; DUTRA, J. S.; AMORIM, W. A. C. Gestão de pessoas: práticas modernas e transformação nas organizações. São Paulo: Atlas, 2010. GIL, A. C. Gestão de pessoas: enfoque nos papéis profissionais. São Paulo: Atlas, 2001. GUERRINI, F. M. et al. Modelagem da organização: uma visão integrada. Porto Alegre: Bookman, 2014. HANASHIRO, D. M. M.; TEIXEIRA, M. L. M.; ZACCARELLI, L. M. (Orgs.). Gestão do fator humano: uma visão baseada em stakeholders. São Paulo: Saraiva. 2008. HIPOLITO, J. A. M.; DUTRA, J. S. Remuneração e recompensas. São Paulo: Atlas, 2012. LACOMBE, F. S. J. M. Recursos Humanos: Princípios e Tendências. São Paulo: Saraiva, 2008. LOPES, C. H.; BORGES, M. T. Introdução a Tecnologia Agroindustrial. São Carlos: EdUFSCar, 2009. MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de Pesquisa. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2011. SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da produção. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2007. SOUZA, M. Z. A.; BITTENCOURT, F. R.; PEREIRA FILHO, J. L.; BISPO, M. M. Cargos, Carreiras e Remuneração. São Paulo: FGV, 2005. VERGARA, S. C. Métodos de Pesquisa em Administração. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2015. YIN, R. Estudo de caso: planejamento e métodos. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2015. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 98 Bibliografia Complementar: BATALHA, M. O. Gestão Agroindustrial. v. 1, 3. ed. São Paulo, Atlas. 2007. BRUNI, A. L.; FAMA, R. Gestão de custos e formação de preços. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2012. CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A.; DA SILVA, R. Metodologia Científica. 6 ed. São Paulo: Pearson, 2011. CORRÊA, H. L. et al. Planejamento, programação e controle da produção: MRP II / ERP. São Paulo: Atlas, 1999. DEMO, P. Metodologia do Conhecimento Científico. São Paulo: Atlas, 2000. FARIAS FILHO, M. C.; ARRUDA FILHO, E. J. M. Planejamento da Pesquisa Científica. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2015. GONZALEZ, C. C.; PÊGO, L. S.; MASTRANTONIO, S. S., Custos gerenciais: teoria e prática na agroindústria. São Carlos, 2011. (Coleção UAB-UFSCar). MANKIW, N. G. Introdução à Economia. Tradução da 3ª edição americana. São Paulo: Pioneira Thomson, 2014. MARQUES, P. V.; P. C. DE MELLO & J.G. MARTINES F., Mercados Futuros Agropecuários. São Paulo, Editora Elsevier, 2008. PASSOS, A. E. V. M.; MENDONÇA, M. C. F.; FAISSAL R.; VERGARA S. C., Almeida, W. M. C. Atração e seleção de pessoas. São Paulo: FGV, 2006. PONTES, B. R. Administração de cargos e salários. 12. ed. São Paulo: LTR, 2006. SCOFANO, A. C.; MOREIRA, I., PACHECO, L. S.; BECKERT, M. C. P.; VERGARA S. C.; SOUZA, V. Capacitação e desenvolvimento de pessoas. São Paulo: FGV, 2009. VIEIRA, M. M. F.; ZOUAIN, D. M. Pesquisa Qualitativa em Administração. 2. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2012. Conteúdos programáticos: 1) Gestão de Pessoas (60) Contexto histórico da Gestão de Pessoas. Conceitos, objetivos e políticas e estratégias. Principais problemas e tendências. Planejamento de recursos humanos. Funções Básicas: recrutamento e seleção, treinamento e desenvolvimento, cargos, salários e benefícios, avaliação de desempenho e PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 99 planejamento de carreira. Tendências. O Planejamento de RH e sua vinculação com o Planejamento Estratégico da Empresa. 2) Administração de Cargos, Remuneração e Carreiras (30) Sistema de Compensação. Impacto no desempenho da organização. Componentes e um sistema de compensação. Remuneração. Remuneração Funcional. Curva de maturidade. Remuneração por habilidade. Remuneração Variável. Pesquisa Salarial. Elaboração de um Plano Salarial. Participação nos lucros e resultados. Aspectos legais da Remuneração. Benefícios. Política de Benefícios. Carreiras. Planejamento de Carreira. Formulação de políticas e estratégias de Gestão de Pessoas. 3) Tecnologias de Processos Agroindustriais (60) Tecnologias no contexto organizacional agroindustriais: máquinas, computadores, comunicações, robótica, processos, modelagem técnica de processos, ergonomia, dentre outros. Tecnologia imersa nos agronegócios, promoção da inovação constante em processos e produtos com vistas a atender às necessidades da sociedade. 4) Administração da Produção (60) Visão geral da Administração da Produção e Operações; Competitividade e Estratégia de Produção; Processos em manufatura e serviços; Análise e Mensuração de Processos (Modelagem técnica para elaboração de modelos/arqutietturas de referência dentro dos conceitos de diagnóstico para os staus de As-Is, Need-for-Change e To-Be para a sistematização de conhecimento); Administração de Projetos; Projeto de ambiente operacional; Mensuração do desempenho no trabalho; Sistema MRP, MRP II e ERP; Planejamento Programação e Controle da Produção (PPCP); Gerenciamento de Compras. 5) Metodologia Científica I (30) Histórico das concepções de ciência e dos seus métodos. Metodologias de pesquisa científica. A definição do foco do estudo científico. Elaboração de revisão de literatura. Diferença entre artigo científico e não científico. Instrumentos de coleta de dados. Estrutura de um projeto de pesquisa científica. Técnicas para elaboração de relatórios de pesquisa científica e trabalhos de graduação. 9.3.3. Eixos do Perfil 3 Desenvolvimento Territorial Sustentável e Políticas Públicas 3 (120 horas) Ementa: Nesta etapa do curso, o eixo de desenvolvimento territorial sustentável e políticas públicas enfoca o entendimento do estudante para conceitos básicos do associativismo e cooperativismo e as PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 100 diferentes formas de gestão, com princípios, modelos organizacionais e os procedimentos para constituição e legalização de cooperativas e o planejamento e gestão de recursos hídricos. Bibliografia Básica: ABRANTES, J. Associativismo e Cooperativismo. São Paulo: Interciência, 2010. FIORILLO, C. A. P. Curso de direito ambiental brasileiro. São Paulo: Saraiva, 2015. MILARÉ, E. Direito do ambiente: doutrina, prática, jurisprudência e glossário. 2.ed. rev. atual. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2001. OLIVEIRA, D. P. R. Manual de gestão das cooperativas: uma abordagem prática. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2015. RIOS, G. S. O que é cooperativismo. Rio de Janeiro: Brasiliense, 2007. ROMÉRO, M. A.; BRUNA, G. C.; PHILIPPI Jr., A. Curso de gestão ambiental. Barueri: Manole, 2004. TUNDISI, J. G. Água no século XXI: enfrentando a escassez. 2. ed. São Carlos: RiMA, IIE, 2005. Bibliografia Complementar: BIALOSKORSKI NETO, S. Gestão do agribusiness cooperativo. In: BATALHA, M.O. (Coord.). Gestão Agroindustrial. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2001. p. 515-543. BORDENAVE, J. E. D. O que é participação. São Paulo: Brasiliense, 6. ed., 1983. BRASIL Lei no 5.764, de 16 de dezembro de 1971. Define a política nacional de cooperativismo, institui o regime jurídico das sociedades cooperativas, e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L5764.htm>. CANOTILHO, J. J. G.; LEITE, J. R. M. (Org.). Direito constitucional ambiental brasileiro. São Paulo: Saraiva, 2007, FELICIDADE, N.; MARTINS, R. C.; LEME, A. A. Uso e gestão dos recursos hídricos no Brasil: velhos e novos desafios para a cidadania. 2. ed. São Carlos: RiMA, 2004. HOLZMANN, Lorena. Operários sem patrão: gestão cooperativa e dilemas da democracia. São Carlos, SP: EdUFSCar, 2001. 171 p. ISBN 85-85173-60-2. FIORILLO, C. A. P.; CONTE, C. P. Crimes ambientais. São Paulo: Saraiva, 2012. MACHADO, P. A. L. Direito ambiental brasileiro. 18. ed. São Paulo: Malheiros, 2010. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 101 MAZIN, Ângelo Diogo (Org.) et al. Questão agrária, cooperação e agroecologia. São Paulo: Outras Expressoes, 2016. 496 p. NETO, J. A. (Org.). Sustentabilidade e produção: teoria e prática para uma gestão sustentável. São Paulo: Atlas, 2011. PIRES, M. L. L. S. O cooperativismo em questão: a trama das relações entre projeto e prática em cooperativas do Nordeste do Brasil e Leste (Quebec) do Canadá. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, 2004. 318p. (estudos e pesquisas, 122). SILVA, J. A. Direito ambiental constitucional. 6. ed. São Paulo: Malheiros, 2007. Conteúdos programáticos: 1) Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos (30) Introdução; avaliação de disponibilidades hídricas; estimativas de demanda por tipo de uso; conflitos de usos; experiência internacional na gestão de recursos hídricos; sistema nacional e estadual; instrumentos de gestão; inserção do gerenciamento dos recursos hídricos no desenvolvimento regional integrado sob a legislação ambiental constituída para as organizações se adaptarem. 2) Legislação e Direito Ambiental (30) Política nacional do meio ambiente e seus instrumentos de proteção ambiental; proteção ambiental na Constituição Federal Brasileira; princípios do direito ambiental; constituições estaduais e leis ambientais municipais. 3) Associativismo e Cooperativismo (60) Organização Social; o processo de participação; as razões para constituição do associativismo, seus objetivos, processos de formação, importância, normas e atribuições diretivas, administração e análise de desempenho econômico e financeiro da organização. Analise e entendimento de conceitos básicos do associativismo e cooperativismo, a história do cooperativismo, as diferentes formas de cooperativismo, modelos organizacionais das cooperativas; as vantagens do cooperativismo; Princípios do cooperativismo, os procedimentos para constituição e legalização de cooperativas e a legislação cooperativista. Finanças e Economia 3 (180 horas) Ementa: Formação quantitativa do em finanças e investimentos e as tecnologias de administração de empresas, envolvendo o avanço da matemática para análises empresariais de investimentos e elaboração PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 102 de sistemas de custos, em paralelo ao conhecimento que será adquirido sobre modelos de contabilidade gerencial. Bibliografia básica: ASSAF NETO, Alexandre. Mercado financeiro. 12. ed. São Paulo: Atlas, 2014 BRUNI, A. L.; FAMÁ, R. Gestão de custos e formação de preços: com aplicações na calculadora HP- 12C e Excel. São Paulo: Atlas, 2012. BRUNI, A. L.; FAMÁ, R. Matemática financeira com HP12C e Excel. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2008. GITMAN, Lawrence Jeffrey. Princípios de administração financeira. 12. ed. São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2010 MARION, José Carlos. Análise das demonstrações contábeis: contabilidade empresarial. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2012 YAMAMOTO, Marina Mitiyo; PACCEZ, João Domiraci; MALACRIDA, Mara Jane Contrera. Fundamentos da contabilidade: a nova contabilidade no contexto global. São Paulo: Saraiva, 2013 MARTINS, E. Contabilidade de custos. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010. SANTOS, G.J.; MARION, J.C.; SEGATTI, S. Administração de custos na agropecuária. 4 ed. São Paulo, Atlas, 2009. Bibliografia complementar: ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e análise de balanços: um enfoque econômico-financeiro: comércio e serviços, indústrias, bancos comerciais e múltiplos: livro de exercícios. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2012 SAMANEZ, C. P. Matemática Financeira. 5. ed. São Paulo: Prentice Hall Brasil, 2012. HORNGREN, C. T.; DATAR, S. M.; FOSTER, G. Contabilidade de custos. 2 volumes. São Paulo, 2004. MARION, José Carlos. Contabilidade empresarial: a contabilidade como instrumento de análise, gerência e decisão, as demonstrações contábeis: origens e finalidades, os aspectos fiscais e contábeis das leis em vigor. 17. ed. São Paulo: Atlas, 2015 MATARAZZO, Dante Carmine. Análise financeira de balanços: abordagem gerencial. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2017 PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 103 Conteúdos programáticos: 1) Matemática Financeira e Análise de Investimentos (60) Juros e Regimes de Capitalização Simples e Composta. Equivalência de Capitais e Equivalência de Taxas; Operações de Desconto; Séries de Pagamento Uniformes; Fluxos de Caixa; Métodos de Avaliação de Fluxos de Caixa; Sistemas de Amortização; Uso do Excel para cálculos financeiros; Gestão do Capital de Giro; Financiamento de Curto Prazo; Análise Financeira; Medidas de Criação de Valor; Orçamento de Caixa; Relação Risco e Retorno; Alavancagem Financeira. 2) Contabilidade Gerencial (60) A Contabilidade e seus usuários. Balanço Patrimonial. Estática patrimonial. Procedimentos contábeis básicos. As variações do Patrimônio Líquido. Demonstração do Resultado do Exercício. Demonstração do Fluxo de Caixa. Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido. Demonstração do Valor Adicionado. 3) Custos Agroindustriais (60) Avaliação de Estoques. Sistemas de Custeio. Custo-Padrão. Ponto de Equilíbrio. Alavancagem Operacional. Formação do Preço de Venda. Gestão Estratégica de Custos. Comercialização 3 (120 horas) Ementa: Neste ano o estudante receberá a formação de métodos e formas de comercialização de produtos, dentro da visão sistêmica ou de encadeamentos agroindustriais, ao mesmo tempo em que desenvolverá conhecimentos referentes aos relacionamentos estratégicos de criação de Valor para os Clientes, seleção e administração de canais de distribuição e administração de conflitos e cooperação dentro do canal, assim como métodos de administração do segmento do varejo e seu mix de marketing. Bibliografia Básica: AZEVEDO. P. F. Comercialização de Produtos Agroindustriais. In: BATALHA, M. O. (org.) Gestão Agroindustrial. São Paulo: Atlas: 2011. CALLADO, A. A. C. Agronegócio. São Paulo: Editora Atlas. 3. ed. 2011. DORNIER, P. P.; ERNST, R.; FENDER, M.; KOUVELIS P. Logística e operações globais. São Paulo: Editora Atlas, 2000. KOTLER, P. Administração de Marketing: Análise, Planejamento e Controle. Editora Atlas, 1992. Bibliografia Complementar: BALLOU, R. H. Business Logistics / Supply Chain Management. Prentice Hall, 2003; PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 104 CHOPRA, S.; MEINDL, P. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. São Paulo, Prentice Hall, 2003. MENDES, J. T. G.; JUNIOR, J. B. P. Agronegócio: uma abordagem econômica. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. SIMCHI-LEVI, D.; KAMINSKY, P.; SIMCHI-LEVI, E. Cadeia de Suprimentos – Projeto e Gestão, Porto Alegre: Bookman, 2003. SOUZA FILHO, H. M. Comercialização de produtos agroindustriais. São Carlos, 2012. (Coleção UAB-UFSCar). Conteúdos programáticos: 1) Comercialização de Produtos Agroindustriais (60) Formas de comercialização. Contratos intercadeias agroindustriais. Cooperativas. Mercados de produtos e commodities. Mercado futuro. Comércio exterior. 2) Canais de Distribuição (60) Construindo Relacionamentos e Criando Valor para os Clientes; Sistemas e canais de distribuição. Seleção e administração de canais; Conflitos e cooperação de canal; Custos de distribuição. Administração do varejo e sistemas varejistas; Varejo e comportamento do consumidor; Varejo e o marketing mix. Administração de Operações Agroindustriais 3 (210 horas) Ementa: Neste ano o estudante receberá ensinamentos de gestão da qualidade e de projetos, articulados aos modelos e técnicas de gestão em canais de distribuição e desenvolvimento logístico (enfatizando os tipos de relacionamento na cadeia de suprimento, as estruturas para integração interempresariais e processos de logística reversa, sistemas de armazenagem, sistema de embalagem e manuseio de materiais etc.). O aprendizado envolverá a sistematização de redes de cooperação e de transações custosas, aliados a conceitos específicos de administração de empresas rurais. Bibliografia básica: ACCARINI, J. H. Economia rural e desenvolvimento: reflexões sobre o caso brasileiro. Petrópolis: Vozes, 1987. ALBUQUERQUE, M. C. C.; NICHOLS, R. Economia agrícola: o setor primário e a evolução da economia brasileira. São Paulo: McGraw-Hill, 1987. BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos/logística empresarial. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. BOWERSOX, D. J.; CLOSS, D. J.; COOPER, M. B. Gestão logística de cadeias de suprimentos. Porto Alegre: Bookman, 2007. CARVALHO, M. M.; PALADINI, E. P. (Coord.) Gestão da qualidade: teoria e casos. Rio de Janeiro: Campus, 2012. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 105 CHASE, R.N.; JACOBS, E.R.; AQUILANO, N.J. Administração da produção para a vantagem competitiva. 10 ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. CHOPRA, S.; MEINDL, P. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: estratégia, planejamento e operação. 6. ed. São Paulo: Person, 2016 GUIA PMBOK: Um Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK®). — Quinta edição, Project Management Institute, Inc. 14 Campus Boulevard Newtown Square, Pennsylvania 19073-3299 USA, ISBN: 978-1-62825-007-7, 2013 (JURAN, J.M. A qualidade desde o projeto: Os novos passos para o planejamento da qualidade em produtos e serviços 1ª edição 7ª reimpressão São Paulo: Cengage, 2009) KAY, R. D.; EDWARDS, W. M.; DUFFY, P. A. Gestão de propriedades rurais. 7. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014. KERZNER, H. Gestão de Projeto: as melhores práticas. 2. ed. São Paulo: Bookman,2006. MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de Pesquisa. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2011. PIRES, S. R. I. Gestão da cadeia de suprimentos (supply chain management): conceitos, estratégias, práticas e casos. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2016. SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da produção. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2007. SILVA, R. A. G. Administração rural: teoria e prática. 3. ed. Curitiba-PR: Juruá, 2013. TOLEDO, J. C. et al. Qualidade: gestão e métodos. Rio de Janeiro: LTC, 2014. VALLE, A.; SOARES, C. A.; FINOCCHIO, J.; SILVA, L. Fundamentos do Gerenciamento de Projetos. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2010. VERGARA, S. C. Métodos de Pesquisa em Administração. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2015 VOLLMANN, T.; BERRY, W.; WHYBARK, D.; JACOBS, F. Sistemas de planejamento e controle da produção para o gerenciamento da cadeia de suprimentos. Porto Alegre: Bookman, 2006. YIN, R. Estudo de caso: planejamento e métodos. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2015. ZYLBERSZTAJN, D.; NEVES, N.F.; CALEMAN, S.M.Q. (Orgs.). Gestão de Sistemas Agronegócios. São Paulo, Atlas, 2015. Bibliografia complementar: PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 106 BALLOU, R. H. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição física. São Paulo: Atlas, 2014.) BOWERSOX, D. J.; CLOSS, D J. Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de suprimento. São Paulo: Atlas, 2004. CARPINETTI, L. C. R. Gestão da Qualidade - conceitos e técnicas. São Paulo: Atlas, 2010. CARVALHO, M. M.; RABCHINI, R. Construindo competências para gerenciar projetos – teoria e casos. São Paulo: Ed. Atlas, 2006. CERQUEIRA, J. P. Sistemas de gestão integrados: ISO 9001, ISO 14001, OHSAS 18001, AS 8000 e NBR 16001: conceitos e aplicações. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2012. CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A.; DA SILVA, R. Metodologia Científica. 6 ed. São Paulo: Pearson, 2011. CORRÊA, H. L.; CORRÊA, C. A. Administração da Produção e Operações: manufatura e serviços: uma abordagem estratégica. Edição compacta. São Paulo: Atlas, 2011. DEMO, P. Metodologia do Conhecimento Científico. São Paulo: Atlas, 2000. DINSMORE, P. C. A., CAVALIERI, A. Como se tornar um profissional de gerenciamento de projetos. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2012. FARIAS FILHO, M. C.; ARRUDA FILHO, E. J. M. Planejamento da Pesquisa Científica. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2015. LIMA, A. J. P. de Administração da unidade de produção familiar: modalidades de trabalho com agricultores. ljuí: Editora UNIJUI 1995. REYDON, B. P. A política de crédito rural e a subordinação da agricultura ao capital no Brasil, no período de 1970-75. Piracicaba: ESALQ, 1984. Dissertação (Mestrado) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, 1984. SAYAD, J. A. Crédito rural no Brasil: avaliação das críticas e das propostas de reforma. São Paulo: Pioneira/Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, 1984. SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL – SENAR. Administração da empresa rural: ambiente externo. Brasília-DF: SENAR, 2009. Disponível em: < http://www.caprilvirtual.com.br/Artigos/senar_empresa_rural.pdf>. Acesso em 07 dez. 2015. VARGAS, R. V. Manual Prático do Plano de Projeto – Utilizando o PMBOK Guide. 4. ed. São Paulo:Brasport 2009. VIEIRA, M. M. F.; ZOUAIN, D. M. Pesquisa Qualitativa em Administração. 2. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2012. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 107 Conteúdos programáticos: 1) Gestão da Qualidade (30) Conceitos de Qualidade de produto. Conceituação da Gestão da Qualidade. Perspectiva estratégica da Qualidade. Gestão da Qualidade Total (TQM) e modelos de excelência. Custos da qualidade/custos da má qualidade. Ferramentas de suporte, controle e melhoria da gestão da qualidade. Qualidade em serviços. Modelos normatizados de sistemas de gestão. 2) Gestão da Cadeia de Suprimentos (60) Logística empresarial: conceitos, atividades primarias e atividades apoio. Logística e criação de valor. Nível de serviço logístico; Sistemas de Informação e troca eletrônica de dados para Controle; Decisões de Transporte; Planejamento de Rede logística; Visão sistêmica. Fluxos de informações e de produtos. Mecanismos para coordenação. Tipos de relacionamento na cadeia de suprimento. Estrutura para integração. Logística reversa. Projeto de cadeia de suprimentos. Sistemas de armazenagem. Embalagem e manuseio de materiais. 3) Gestão da Empresa Rural (60) Administração rural: Principais teorias e funções administrativas. Diagnóstico e análise de ambientes; Clientes, mercados e vantagens competitivas; Planejamento da empresa agropecuária: Conceitos, norteadores estratégicos, definição e tipologias estratégias, etapas da construção do planejamento. 4) Gestão de Projetos (30) Importância da gestão de projetos, definições, PMI, PMBOK; O que é projeto? O que é Gerenciamento de Projetos? O que é programa? Análise de stakeholders; Ciclo de vida de projetos; Áreas do conhecimento segundo PMBOK; Habilidades de um gerente de projetos; Estrutura Organizacional de projetos; Concepção e Planejamento do Projeto; Termo de Abertura de Projeto; Declaração do escopo do projeto; O uso da EAP-WBS; Definição das atividades do projeto; Sequenciamento das atividades; Estimativas de prazos do projeto; Estimativa de custos de projeto; Planejamento dos recursos (team work); Desenvolvimento do cronograma do projeto; Plano de qualidade do projeto; Plano de resposta ao risco do projeto; Plano de Comunicação do Projeto; Plano de Aquisições do projeto; Execução do plano do projeto; Gerenciamento da execução; Gerenciamento de mudanças; Monitoramento e controle de projetos; Controle integrado de mudanças; Técnica do valor agregado (EVM); Relato de Desempenho do Projeto; Controle de custos, cronogramas e qualidade do projeto; Fechamento do Projeto. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 108 5) Metodologia Científica II (30) Instrumentos de coleta de dados. Estrutura de um projeto de pesquisa científica. Técnicas para elaboração de relatórios de pesquisa científica e trabalhos de graduação. 9.3.4. Eixos do Perfil 4 Desenvolvimento Territorial Sustentável e Políticas Públicas 4 (60 horas) Ementa: No último ano, o estudante receberá conhecimento geral mais voltado às problemáticas recentes da administração de empresas e do mundo organizacional, com maior ênfase para planejamento e orçamento, finanças avançadas, políticas de negócios e jogos empresariais, empreendedorismo e planejamento estratégicos e projetos de empresas. Os conhecimentos adquiridos com técnicas e ferramentas mais complexas para o aprimoramento da administração financeira e de mercados (entre eles, o de futuros e opções) e da administração de operações agroindustriais terá, em paralelo, novas apreensões críticas sobre conceitos e debates que focam no desenvolvimento regional e a segurança alimentar e os desafios da gestão de recursos energéticos no Brasil e no mundo; são debates teóricos desenvolvidos sobre a agricultura familiar, as novas ruralidades e as perspectivas teóricas e práticas da segurança alimentar para o desenvolvimento rural brasileiro. Bibliografia básica: KAGEYAMA, A. Desenvolvimento rural conceitos e aplicação ao caso brasileiro. Rio Grande do Sul, UFRGS Editora, 2008. PAULILLO, L. F. et al. Reestruturação Agroindustrial, Políticas Públicas e Segurança Alimentar Regional. São Carlos: EdUFSCar, 2009. SCHNEIDER, S. (Org.). A diversidade da Agricultura Familiar. Porto Alegre. Editora da UFRGS, 2. ed. 2009. GOLDEMBERG, J. Energia, meio ambiente e desenvolvimento. São Paulo: EDUSP, 1998. PALZ, W. Energia solar e fontes energéticas. São Paulo: Editora Hemus, 1995. Bibliografia complementar: ETGES, V. E. (org.). Desenvolvimento Rural: potencialidades em questão. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2001. FERREIRA, A. D. D.; BRANDENBURG, A. (Orgs.). Para pensar outra Agricultura. Curitiba: Ed. UFPR, 1998. MAY, P. H. Economia do meio ambiente: teoria e prática. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2010. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 109 PLOEG, J. D. Camponeses e Impérios Alimentares. Porto Alegre: Ed. Universidade, 2009. SCHNEIDER, S. A. Pluriatividade na agricultura familiar. Porto Alegre, Editora da UFRGS, 2003. VEIGA, J. E. O desenvolvimento agrícola: uma visão histórica. São Paulo, EDUSP/HUCITEC, 1991. Conteúdos programáticos: 1) Desenvolvimento Regional e Segurança Alimentar (30) Discussão do Rural, Ruralidades e Desenvolvimento Rural: noções gerais, definições e tipologias; Contemporâneas: modos de viver e pensar o rural na sociedade brasileira; Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente: contornos teóricos e metodológicos; Agricultura Familiar e Patronal em suas diversas formas; Transformações tecnológicas na agropecuária brasileira e os impactos na Agricultura Familiar; A diversidade da Agricultura Familiar no Brasil; Debates teóricos sobre a agricultura familiar e as sociedades camponesas; Sociedades camponesas: relações sociais, cultura, inserção no mercado; Agricultura familiar: conceitos, abordagens teóricas e construção social de uma categoria sócio profissional; Novas Ruralidades, desenvolvimento rural e seus atores; Desenvolvimento Rural: Conceitos e Aplicação ao caso Brasileiro; Desenvolvimento Rural no Território Lagoa do Sino: entraves e potencialidades. As perspectivas teóricas e práticas da segurança alimentar para o desenvolvimento rural brasileiro e as novas perspectivas para a gestão de recursos energéticos para o futuro no contexto rural e agroindustrrial. 2) Gestão de Recursos Energéticos (30) Problemática energética. História da Energia. Fundamentos físicos da energia. Processos de conversão da energia. Fontes convencionais de energia: tecnologias e impactos ambientais (petróleo, gás natural, carvão, álcool, nuclear, hidráulica e outras). Fontes alternativas de energia: tecnologias e impactos ambientais (solar, eólica, biomassa, ondas do mar, hidrogênio e outras). Conservação da energia. Energia e Sociedade. Balanço energético mundial, nacional, regional e estadual. Energia e políticas públicas. Marco regulatório dos setores energéticos brasileiros (petróleo, gás natural e eletricidade). Finanças e Economia 4 (210 horas) Ementa: No último ano de graduação em administração, o estudante estudará os modelos teóricos de empreendedorismo no Brasil e no mundo, articulado à elaboração de planos de negócios, juntamente com o aprofundamento de métodos de avaliação econômica de investimentos de capital, das políticas de PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 110 financiamento no país, da análise do risco do investimento e da determinação do custo de capital e de taxas de desconto, planejamento de empresas por períodos e demonstrativos de resultados. Bibliografia básica: ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e análise de balanços: um enfoque econômico-financeiro: comércio e serviços, indústrias, bancos comerciais e múltiplos: livro de exercícios. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2012. BIERMAN, H. S.; FERNANDEZ, L. Teoria dos Jogos. 2. ed. São Paulo: Pearson, 2011. COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de direito comercial: direito de empresa: empresa e estabelecimento, títulos de crédito. 2 volumes. 20. ed. rev. atual. ampl. São Paulo: Saraiva, 2016 DRUCKER, Peter Ferdinand. Inovação e espírito empreendedor (entrepreneurship): prática e princípios. São Paulo: Cengage Learning, 2014. GITMAN, L. J. Princípios de administração financeira. 12. ed. São Paulo: Pearson, 2010. GRAMIGNA, Maria Rita Miranda. Jogos de empresa e técnicas vivenciais. 2. ed. São Paulo: Pearson, 2010. Bibliografia complementar: CARVALHO, Fernando J. Cardim de et al. Economia monetária e financeira: teoria e política. 3. ed. São Paulo: Elsevier, 2015 DOLABELA, Fernando. Oficina do empreendedor/ a metodologia de ensino que ajuda a transformar conhecimento em riqueza. Rio de Janeiro: Sextante, 2008 MARIANO, Sandra Regina Holanda; MAYER, Verônica Feder. Empreendedorismo: fundamentos e técnicas para criatividade. Rio de Janeiro: LTC, 2012 KHOURI, P. R. R. A. Direito do Consumidor: Contratos, Responsabilidade Civil e Defesa do Consumidor em Juízo. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2012. MARION, J. C. Análise das Demonstrações Contábeis. São Paulo: Atlas, 2012. MARION, José Carlos. Contabilidade empresarial: a contabilidade como instrumento de análise, gerência e decisão, as demonstrações contábeis: origens e finalidades, os aspectos fiscais e contábeis das leis em vigor. 17. ed. São Paulo: Atlas, 2015 MATARAZZO, D. C. Análise Financeira de Balanços: abordagem gerencial. São Paulo: Atlas, 2017. YOZO, R. Y. K. 100 Jogos para grupos: uma abordagem psicodramática para empresas. São Paulo: Agora, 1996. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 111 Conteúdos programáticos: 1) Desenvolvimento de Novos Negócios (30) Conceito de Empreendedorismo. Intraempreendedorismo. Fontes e tipos de ideias para novos negócios. O plano de negócio. Análise da indústria e do mercado. Planejamento da produção. Planejamento de marketing. Planejamento financeiro. Plano da estrutura organizacional e dos sistemas administrativos. 2) Administração Financeira (60) Avaliação Econômica de Investimentos de Capital. Estrutura de Capital e Política de Financiamento. Dividendos. Análise do Risco do Investimento. Determinação do Custo de Capital e da Taxa de Desconto. Finanças Internacionais. 3) Planejamento e Orçamento (30) Análise das demonstrações financeiras: Balanço Patrimonial; Demonstração do Resultado do Exercício; Demonstração do Fluxo de Caixa; Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido; Demonstração do Valor Adicionado. 4) Direito de Empresas (30) Noções Gerais de Direito Civil. Teoria Geral do Direito de Empresa: Teoria da Empresa. Elementos das Empresas: empresário, estabelecimento e sociedade. Institutos complementares do direito de empresa. Direito Societário: Sociedades Personalizadas e não personalizadas. Sociedades típicas: simples, limitada, por ações, entre outras. Contrato Social e Estatuto. Dissolução e liquidação das sociedades. Modificação das sociedades. Direito Falimentar: Falência: caracterização, procedimentos e efeitos. Recuperação de Empresas: judicial e extrajudicial. Plano de Recuperação de Empresas. Direito da Concorrência: Livre concorrência e livre iniciativa. Estruturas de mercado. Poder econômico de mercado, análise de condutas, estruturas e regulação. Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência. Títulos de Créditos: conceito e classificação. Principais Títulos e requisitos legais. Contratos Empresariais: principais tipos. Propriedade Industrial: proteção ao nome, marcas e patentes. Responsabilidade Civil. Código de Defesa do Consumidor: diretos básicos e proteção contratual. Responsabilidade Civil Ambiental. 5) Teoria dos jogos e políticas de negócios (60) Jogos Estáticos com Informação Completa; Equilíbrio de Nash; Oligopólio e Política Estratégica de Comércio; Direitos de Propriedade e Eficiência; Jogos de Votação; Jogos Dinâmicos com Informação Completa; Equilíbrio Perfeito em Subjogo; Barganha; Jogos Repetidos e Competição Dinâmica; PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 112 Jogos com Resultados Incertos; Jogos estáticos com informação incompleta; Equilíbrio Bayesiano de Nash; Jogos dinâmicos com informação incompleta; Política de negócios como campo de estudo; Funções e responsabilidades da alta administração; Ambiente empresarial e oportunidades de recursos. Política de Negócios e estratégia empresarial. Simulação da atividade empresarial através de Jogo de Empresas. Usos dos Jogos de Empresas no desenvolvimento de habilidades empresariais. Comercialização 4 (60 horas): Ementa: Aprimoramento do aprendizado de mercados para as empresas, especialmente do funcionamento de mercados futuros e opções agropecuárias, fundamental para um administrador agroindustrial, e de direitos tributários e trabalhistas no contexto da administração da empresa. Bibliografia Básica: FABRETTI, L. C.; FABRETTI, D. R. Direito Tributário para os cursos de Administração e Ciências Contábeis. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2013. HULL, J. Introdução aos mercados futuros e de opções. São Paulo: BM & F/Editores Associados, 1994. MANUAL DE COMMODITIES. Chicago Board of trade/PROMERC, 1985. MARQUES, P. V.; MELLO P. C.; MARTINES, J. G. Mercados Futuros e de Opções Agropecuárias. Piracicaba, S. P., Departamento de Economia, Administração e Sociologia da Esalq/USP, 2006, Série Didática nº D-129. MARTINS, S. P. Direito do Trabalho. 29. ed. São Paulo: Atlas, 2013. NASCIMENTO, A. M. Curso de Direito do Trabalho. 28. ed. São Paulo: Saraiva, 2013. Bibliografia Complementar: BRAGANÇA. K. H. Manual de Direito Previdenciário. 8. ed. São Paulo: Método/ Forense, 2012. BRANCATO, R. T. Instituições de direito público e de direito privado. 14. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. JARDIM, E. M. F. Manual de direito financeiro e tributário. 10. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. KOBORI, J. Análise fundamentalista. Rio de Janeiro: Campus. 2011. MARQUES, P. V.; MELLO, P. C.; MARTINES, J. G. Mercado futuros agropecuários: exemplos e aplicações para o mercado brasileiro. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 113 PAZ, L.; BASTOS, M. Mercados futuros: como vencer operando mercados futuros. São Paulo: Elsevier. 2012. PURCELL, W. D. Agricultural futures and options - principles and strategies. New York: MacMillan, 1991. REZENDE, A. J.; PEREIRA, C. A.; ALENCAR, R. C. Contabilidade tributária: entendendo a lógica e os reflexos dos tributos no patrimônio das empresas. São Paulo: Atlas, 2010. SARAIVA, R. Direito do Trabalho. 15. ed. São Paulo: Método, 2013. SOFTWARE HedgenSim 3.0. Futures market simulator. Urbana: Office for futures and Options Research - University of Illinois at Urbana-Champaign, 1997. Conteúdos programáticos: 1) Mercados Futuros e Opções Agropecuárias (30) Introdução aos mercados futuros e de opções; História dos mercados futuros; Tipos de contratos; Principais participantes; Mecânica operacional dos mercados; Bolsas; Margens; Ajuste diário; Relações entre preços à vista e futuro; Produtos estocáveis; Produtos não-estocáveis; Hedging e gerenciamento de risco; Princípios básicos; Hedging usando 'commodities' agrícolas; Exemplos de hedging; Teoria do portfólio, hedge ótimo e efetividade; Mercado de opções; Precificação de opções; Estratégias de especulação com opções; Estratégias de hedging com opções. 2) Direito tributário e trabalhista (30) Introdução e princípios gerais do Direito. Direito Público e Privado. Direito Tributário: Princípios e Teoria Geral do Direito Tributário. Tributo: conceito e espécies. Obrigação Tributária. Imunidade Tributária. Lançamento Tributário. Crédito Tributário: Suspensão, Extinção e Exclusão. Responsabilidade Tributária. Visão geral sobre os principais tributos federais, estaduais e municipais. Direito do Trabalho: Visão Geral do Direito do Trabalho. Contrato individual de trabalho: requisitos, modalidades, suspensão, interrupção e cessação. Conteúdo normativo do contrato de trabalho. Direito da Seguridade Social: seguridade, previdência e assistência social - noções. Administração de Operações Agroindustriais 4 (240 horas) Ementa: Eixo estruturante para formar o administrador em consolidação de estratégias empresariais: conceito, conteúdo e estratégias elementares típicas. Avanço da compreensão de processos de análise e implementação da estratégia, amparados pelo conhecimento dos fundamentos e componentes de sistemas de informação, os negócios na era digital e as tendências em tecnologia da informação. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 114 Bibliografia básica: ANDRADE, E. L. Introdução à Pesquisa Operacional Métodos e Modelos para Análise de decisão. Editora LTC, 2004. ARENALES, M.; ARMENTANO, V. A. MORABITO, R.; YANASSE, H. H. Pesquisa Operacional, Editora Elsevier, 2007. CAIXETA-FILHO, José Vicente. Pesquisa operacional: técnicas de otimização aplicadas a sistemas agroindustriais. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2010. BARNEY, J. B.; HESTERLY, W. S. Administração Estratégica e Vantagem Competitiva. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. FISHMANN, A.; ALMEIDA, M. I. R. Planejamento estratégico na prática. São Paulo: Atlas, 1991. GITMAN, L. Princípios de Administração Financeira. 12. ed. São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2010. HEIN, N.; LOESCH, C. Pesquisa operacional: fundamentos e modelos. São Paulo: Saraiva, 2008. HITT, M. A., IRELAND, R. D.; HOSKISSON, R. E. Administração Estratégica: competitividade e globalização. 2. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2008. IUDÍCIBUS, S. (Coord.). Contabilidade introdutória. Equipe de professores da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo. 9 ed. São Paulo: Atlas, 1998. LACHTERMACHER, G. Pesquisa operacional na tomada de decisões: Editora Prentice Hall, 2009. LAUDON, K. C.; LAUDON, J. P. Sistemas de Informação Gerenciais. 11. ed. São Paulo: Pearson, 2014. LONGARAY, A. A. Introdução à pesquisa operacional. São Paulo: Saraiva, 2013. MINTZBERG, H.; QUINN; LAMPEL, J.; GHOSHAL. O processo da estratégia: conceitos, contextos e casos selecionados. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. REZENDE, D. A. Sistemas de informações organizacionais: guia prático para projetos em cursos de Administração, Contabilidade e Informática. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2013. TURBAN, E.; LEIDNER, D.; McLEAN, E.; WETHERBE, J. Tecnologia da informação para gestão: transformando os negócios na economia digital. 6. ed. Porto Alegre: Bookman, 2010. Bibliografia Complementar: PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 115 ANSOFF, H. I.; MCDONNELL, E. J. Implantando a administração estratégica. São Paulo: Atlas, 2009. CAIXETA FILHO, J. V.; GAMEIRO H. A. Transporte e Logística em Sistemas Agroindustriais. Editora Atlas, São Paulo. 2001. CAIXETA FILHO, J. V.; GAMEIRO, H. A. Sistemas de Gerenciamento de Transportes – Modelagem Matemática. Editora Atlas, São Paulo. 2001. CORRÊA, H. L.; CORRÊA, C. A. Administração de Produção e Operações: manufatura e serviços: uma abordagem estratégica. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2008. CORTES, P. L. Administração de Sistemas de Informação São Paulo: Saraiva, 2014. FREITAS, L. M. S.; WHITAKER, M. C.; SACCHI, M. G. Ética e internet: uma contribuição para as empresas. São Paulo: DVS Editora, 2006. HILLIER, F. S., LIEBERMAN, G. J. Introdução à pesquisa operacional. 9. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013. KAPLAN, R. S.; NORTON, D. Organização orientada para a estratégia: como as empresas que adotaram o balanced scorecard prosperam no novo ambiente de negócios. Rio de Janeiro: Campus, 2001. MATTOS, A. C. M. Sistemas de Informação: uma visão executiva. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2014. MINTZBERG, H.; AHLSTRAND, B.; LAMPEL, J. Safári de estratégia: um roteiro pela selva do planejamento estratégico. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2015. OLIVEIRA, D. P. R. Planejamento estratégico: conceitos, metodologias e práticas. São Paulo: Atlas, 1987. SCHARMER, C. O. Teoria U: como liderar pela percepção e realização do futuro emergente. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da produção. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2007. WAGNER, H. M. Pesquisa Operacional, 2a Ed., Prentice-Hall: Rio de Janeiro, 1996. WINSTON, W. L. Operations Research – Applications and Algorithms, 4rd ed., Thomson, 2004. Conteúdos programáticos: 1) Sistemas de Informação Gerenciais (60) Conceituação e classificação de sistemas de informação em Administração; Fundamentos e componentes de sistemas de informação; Alinhamento estratégico de negócios e sistemas; Sistemas PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 116 de Processamento de Transações. Sistemas Integrados de Gestão ERP e os sistemas satélites e implicações em negócios., Sistemas de Apoio à Decisão, DataWarehouse, DataMining e Business Intelligence; Aplicações de Sistemas de Informação na Administração; os negócios na era digital e as tendências em Tecnologia da Informação; Aspectos Éticos e Sociais em Tecnologia da Informação. 2) Planejamento Estratégico e Empresarial (60) Estratégia empresarial: conceito, conteúdo e estratégias elementares típicas. Processos de análise, concepção, implementação e avaliação da estratégia. Processo de direção: harmonização do sistema de objetivos, políticas e planos de ação com sistemas de indicadores. Modelos formais e conceituais de planejamento estratégico: aspectos essenciais e características. Balanced Scorecard. 3) Projeto de Empresas (60) A natureza dos sistemas de controle gerencial; compreendendo as estratégias; comportamento nas organizações; centros de responsabilidade; centros de lucro; preços de transferência; mensuração e controle de ativos utilizados; planejamento estratégico; orçamento; relatórios de desempenho financeiro; mensuração de desempenho; remuneração dos gerentes; controles para estratégias diferenciadas; organizações de serviços; organizações multinacionais. 4) Pesquisa Operacional (60) Introdução à Pesquisa Operacional; Problemas de decisão, de otimização, simulação e outros a considerar; Otimização Matemática; Programação Linear (PL); Algoritmo Simplex; Dualidade; Problema de Mistura; Solução por softwares; Análise de Sensibilidade; Problemas de Transportes; Redes; Problema de Fluxo Máximo; Problema de Caminho Mínimo; Problema de Transbordo; Problema de Escalonamento de Produção. Entendimento do processo de aplicação da ciência; ter o conhecimento de investimentos para: resolver problemas reais, tomar decisões com base em dados e correlações quantitativos, conceber, planejar e operar sistemas fazendo uso de tecnologia e métodos de outras esferas do conhecimento. Trabalho De Conclusão De Curso (TCC) (120 horas) Descrição: O TCC é uma atividade curricular constituída de um trabalho acadêmico de produção orientada, que sintetiza e integra conhecimentos, competências e habilidades adquiridos durante o curso. Essa atividade deverá propiciar aos estudantes de graduação a oportunidade de reflexão, análise e crítica, articulando a teoria e a prática, resguardando o nível adequado de autonomia intelectual dos estudantes. A realização dessa atividade deverá versar sobre qualquer área da competência do profissional. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 117 Bibliografia Básica: SEVERINO, Antônio J. Metodologia do Trabalho Científico. 22. ed. rev. e ampl. De acordo com a ABNT. São Paulo: Cortez, 2002. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007. MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2002. Bibliografia Complementar: TAKESHY, T.; MENDES, G. Como fazer monografia na prática. 6. ed. Revisada e ampliada. Rio de Janeiro: Getúlio Vargas, 2001. FERRARI, A. T. Metodologia da pesquisa científica. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1982. FRANÇA, J. L. Manual para normalização de publicações técnico-científicas. 8. ed. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2007. TRIPP, D. Pesquisa-ação: uma introdução metodológica. Educação e Pesquisa, 31: 443-466, 2005. SPECTOR, N., Manual para Redação de Teses, Projetos de Pesquisa e Artigos Científicos, 2ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002. Atividades Complementares (120 horas) Descrição: As Atividades Curriculares Complementares são todas e quaisquer atividades de caráter acadêmico, científico e cultural realizadas pelo estudante ao longo de seu curso de graduação, que contribuem para o enriquecimento científico, profissional e cultural e para o desenvolvimento de valores e hábitos de colaboração e de trabalho em equipe. São exemplos dessas atividades: participação em congressos, simpósios, projetos e/ou cursos de extensão, iniciação científica, entre outros. Bibliografia Básica: ZAPAROLI, Witembergue Gomes (org.). Caminhos e Encontros na educação de Indígenas. Imperatriz: Ethos, 2017. 395 p. Disponível em: <https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=sites&srcid=ZGVmYXVsdGRvbWFpbnxmYXJlamFuZG9h cnRlfGd4OjIxNzc1MzIxZTRmZTY5MGI> Acesso em: 19 jun. 2018 RELAÇOES étnico-raciais: um percurso para educadores. São Carlos, SP: EdUFSCar, 2013. 320 p. (Coleção Especialização). ISBN 978-85-7600-311-3. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 118 Ramos, Marise Nogueira; Adão, Jorge Manoel; BARROS, Graciete Maria Nascimento (coord.). Diversidade na educação: reflexões e experiências. Brasília: Secretaria de Educação Média e Tecnológica, 2003. 170p. Disponível em: <http://etnicoracial.mec.gov.br/images/pdf/publicacoes/diversidade_universidade.pdf> Acesso em: 19 jun. 2018 Bibliografia Complementar: OLIVEIRA, Bruno Pacheco de. Quebra a cabaça e espalha a semente: desafios para um protagonismo indígena. Rio de Janeiro: E-Papers, 2015. Disponível em: <http://laced.etc.br/site/arquivos/quebra_cabaca.pdf> Acesso em: 19 jun. 2018 VERDUM, Ricardo. Povos indígenas, meio ambiente e políticas públicas: uma visão a partir do orçamento indigenista federal. Rio de Janeiro: E-papers, 1. ed, 2017. Disponível em: <http://laced.etc.br/site/pdfs/LPIMAPPU001.pdf> Acesso em: 19 jun. 2018 PEREIRA, Amilcar Araujo (Org.). Educação das relações étnico-raciais no Brasil: trabalhando com histórias e culturas africanas e afro-brasileiras nas salas de aula. Brasília: Fundação Vale, 2014. 88 p. Disponível em: <http://unesdoc.unesco.org/images/0023/002321/232103POR.pdf> Acesso em: 19 jun. 2018 SANTOS, Boaventura de Sousa; CHAUÍ, Marilena de Souza. Direitos humanos, democracia e desenvolvimento. São Paulo: Cortez, 2013. 133 p. ISBN 9788524921377. SANTOS, Sales Augusto dos (Org.) Ações Afirmativas e Combate ao Racismo nas Américas. Brasília: Ministério da Educação: UNESCO, 2005. Disponível em: <http://etnicoracial.mec.gov.br/images/pdf/publicacoes/acoes_afirm_combate_racismo_americas.pdf> Acesso em: 19 jun. 2018 Estágio Obrigatório (120 horas) Descrição: Exercício e aplicação dos conhecimentos construídos durante a vida acadêmica no ambiente de atuação profissional. Desenvolvimento e treinamento de habilidades específicas. Aquisição de uma visão mais ampla das possibilidades de trabalho na área e das relações e interações que ocorrem no mundo do trabalho. Bibliografia Básica: SEVERINO, Antônio J. Metodologia do Trabalho Científico. 22. ed. rev. e ampl. De acordo com a ABNT. São Paulo: Cortez, 2002. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 119 MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2002. Bibliografia Complementar: TAKESHY, T.; MENDES, G. Como fazer monografia na prática. 6. ed. Revisada e ampliada. Rio de Janeiro: Getúlio Vargas, 2001. FERRARI, A. T. Metodologia da pesquisa científica. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1982. FRANÇA, J. L. Manual para normalização de publicações técnico-científicas. 8. ed. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2007. TRIPP, D. Pesquisa-ação: uma introdução metodológica. Educação e Pesquisa, 31: 443-466, 2005. SPECTOR, N., Manual para Redação de Teses, Projetos de Pesquisa e Artigos Científicos, 2ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002. 9.4. Ementas e descrição dos conteúdos optativos Compõe-se, inicialmente, os conteúdos optativos para o curso de Bacharelado em Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais, 1) Introdução À Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS (30 h); 2) Tópicos Especiais em Administração - Ênfase no Desenvolvimento Territorial Sustentável e Políticas Públicas; 3) Tópicos Especiais em Administração - Ênfase em Finanças e Economia; 4) Tópicos Especiais em Administração - Ênfase em Comercialização; 5) Tópicos Especiais em Administração - Ênfase em Administração de Operações Agroindustriais. Os estudantes também poderão cursar, de acordo com interesse deles, os conteúdos optativos dos demais cursos do campus, considerando a interface entre eles. Introdução À Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS (30 horas) Conteúdo Programático: Propiciar a aproximação dos falantes do português de uma língua viso-gestual usada pelas comunidades surdas (libras) e uma melhor comunicação entre surdos e ouvintes em todos os âmbitos da sociedade, e especialmente nos espações educacionais, favorecendo ações de inclusão social oferecendo possibilidades para a quebra de barreiras linguísticas. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 120 Bibliografia básica: VIEIRA, Claudia Regina. Bilinguismo e inclusão: problematizando a questão. Curitiba: Appris, 2014. 122p. QUADROS, Ronice Müller. Letras Libras: ontem, hoje e amanhã. Florianápolis: Ed. da UFSC, 2015. 523 p. PACHOCO, Jonas; ESTRUC, Ricardo. Curso Básico e LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais). Instituto surdo, v.11, 2011. Disponível em: <https://drive.google.com/file/d/10q-DA0JPtaDK6HDYUG- qdUB4QezzifFP/view> Acesso em: 19 jun. 2018 Bibliografia complementar: CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE SANTA CATARINA – CEFET/SC. Aprendendo LIBRAS como segunda língua. Núcleo de estudos e pesquisas em educação de surdos – NEPES. Santa Catarina, 2007. Disponível em: <https://drive.google.com/file/d/17IYnVUjwfsUgbrQzVJJWGb6fG5XlUl88/view> Acesso: 14 jun 2018 MOURA, Débora Rodrigues. Libras e leitura de língua portuguesa para surdos. Curitiba: Appris, 2015. 148p. FREITAS, Maly Magalhães. Reflexões sobre o ensino de língua portuguesa para alunos surdos. Curitiba: Appris, 2014. 101 p. FALCÃO, Luiz Albérico. Surdez, cognição visual e LIBRAS: estabelecendo novos diálogos. Recife: Ed. do Autor, 2010. 420 p. QUADROS, Ronice Müller de; KARNOPP, Lodenir Becker. Língua de sinais brasileira: estudos lingüísticos. Porto Alegre, RS: Artmed, 2004. 221 p. Tópicos Especiais em Administração - Ênfase no Desenvolvimento Territorial Sustentável e Políticas Públicas (30 horas) Conteúdo Programático: Ministrar a compilação de resultados do processo intelectual e do amadurecimento da pesquisa, do ensino e da extensão no eixo temático de aplicação Desenvolvimento Territorial Sustentável e Políticas Públicas (DTSPP). Esse conteúdo optativo visa situar os alunos na fronteira do conhecimento, disponível mediante a construção de massa crítica oriunda da intersecção do saber desenvolvido pelo do corpo PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 121 docente, pela comunidade acadêmica no ensino e na pesquisa, pelo corpo discente e pela sociedade via projetos de extensão. Bibliografia básica: BATALHA, M. O. (Org.) Gestão Agroindustrial. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2013. CALLADO, A. A. C. Agronegócio. São Paulo: Editora Atlas. 3ª ed. 2011. CASTRO, A. P. Sociologia aplicada à administração. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2003. MAY, P. H. Economia do meio ambiente: teoria e prática. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2010. Bibliografia complementar: CARNEIRO, M. J. Ruralidades Contemporâneas: modos de viver e pensar o rural na sociedade brasileira: modos de viver e pensar o rural na sociedade brasileira. Rio de Janeiro. FAPERJ. 2012. MARX, K..Manuscritos Econômicos Filosóficos. São Paulo: Ed. Boitempo, 2010. PEREIRA, A. et al. Sustentabilidade, Responsabilidade Social e Meio Ambiente. São Paulo: Saraiva, 2016. THOMAS, J. M.; CALLAN, S. J. Economia ambiental: aplicações, políticas e teoria. São Paulo: Cengage Learning, 2017. VEIGA, J. E. Desenvolvimento sustentável: o desafio do século XXI. Rio de Janeiro: Garamond, 2010. WEBER, M. Economia e sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. v.1. 4. ed. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1999. Tópicos Especiais em Administração - Ênfase em Finanças e Economia (30 horas) Conteúdo Programático: Ministrar a compilação de resultados do processo intelectual e do amadurecimento da pesquisa, do ensino e da extensão no eixo temático de aplicação Finanças e Economia (FE). Esse conteúdo optativo visa PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 122 situar os alunos na fronteira do conhecimento disponível mediante a construção de massa crítica oriunda da intersecção do saber desenvolvido pelo do corpo docente, pela comunidade acadêmica no ensino e na pesquisa, pelo corpo discente e pela sociedade via projetos de extensão. Bibliografia básica: BLANCHARD, Olivier. Macroeconomia. 5. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2013 GITMAN, Lawrence Jeffrey. Princípios de administração financeira. 12. ed. São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2010 PINDYCK, R. S.; RUBINFELD, D. L. Microeconomia. 5. ed.. São Paulo: Prentice Hal, 2002 Bibliografia complementar: ARAÚJO, Carlos Roberto Vieira. História do pensamento econômico: uma abordagem introdutória. São Paulo: Atlas, 2015. ASSAF NETO, Alexandre. Mercado financeiro. 12. ed. São Paulo: Atlas, 2014 BIELSCHOWSKY, R. Pensamento econômico brasileiro: o ciclo ideológico do desenvolvimentismo. Rio de Janeiro: Contraponto, 2004. BRUE, Stanley L.; GRANT, Randy R. História do pensamento econômico. São Paulo: Cengage Learning, 2017. MARION, José Carlos. Análise das demonstrações contábeis: contabilidade empresarial. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2012 MARX, K. O Capital. Livro I. São Paulo: Boitempo, 2014. RUBIN, I. I. História do Pensamento Econômico. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2014. SMITH, A. A Riqueza das Nações: Investigação sobre sua natureza e causas. 3. ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2016. Tópicos Especiais em Administração - Ênfase em Comercialização (30 horas) Conteúdo Programático: Ministrar a compilação de resultados do processo intelectual e do amadurecimento da pesquisa, do ensino e da extensão no eixo temático de aplicação Comercialização (COM). Esse conteúdo optativo visa situar os alunos na fronteira do conhecimento disponível mediante a construção de massa crítica oriunda da PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 123 intersecção do saber desenvolvido pelo do corpo docente, pela comunidade acadêmica no ensino e na pesquisa, pelo corpo discente e pela sociedade via projetos de extensão. Bibliografia Básica: KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de marketing. 14 ed. São Paulo: Pearson Education Brasil, 2012. PORTER, M. Estratégia Competitiva: Técnicas para análises de indústrias e da concorrência. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2004. Bibliografia Complementar: BRASIL. Ministério das Relações Exteriores. Divisão de Programas de Promoção Comercial. Exportação Passo a Passo / Ministério das Relações Exteriores: Brasília: MRE, 2004. Disponível em < http://www.mdic.gov.br> NUNES NETO. F. L. SISCOMEX sem mistério importação e despacho. São Paulo: Aduaneiras, 1999 ROCHA, A.; FERREIRA, J. B.; SILVA, J. F. Administração de Marketing: conceitos, estratégias, aplicações. São Paulo: Atlas, 2012. ULHOA COELHO, F. Manual de Direito Comercial: direito da empresa. 25. ed. São Paulo: Saraiva, 2013. Tópicos Especiais em Administração - Ênfase em Administração de Operações Agroindustriais (30 horas) Conteúdo Programático: Ministrar a compilação de resultados do processo intelectual e do amadurecimento da pesquisa, do ensino e da extensão no eixo temático de aplicação Administração de Operações Agroindustriais (AOA). Esse conteúdo optativo visa situar os alunos na fronteira do conhecimento disponível mediante a construção de massa crítica oriunda da intersecção do saber desenvolvido pelo do corpo docente, pela comunidade acadêmica no ensino e na pesquisa, pelo corpo discente e pela sociedade via projetos de extensão. Bibliografia Básica: BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos/logística empresarial. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. BATALHA, M. O. (Org.) Gestão Agroindustrial. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2013. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 124 BRUNI, A. L.; FAMA, R. Gestão de custos e formação de preços. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2012. GITMAN, L. Princípios de Administração Financeira. 12. ed. São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2010. KAY, R. D.; EDWARDS, W. M.; DUFFY, P. A. Gestão de propriedades rurais. 7. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014. MAXIMIANO, A. C. A. Teoria Geral da Administração: da revolução urbana à revolução digital. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2012. SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da produção. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2007. PIRES, S. R. I. Gestão da cadeia de suprimentos (supply chain management): conceitos, estratégias, práticas e casos 3. ed. São Paulo: Atlas, 2016. Bibliografia Complementar: CAIXETA FILHO, J. V.; GAMEIRO H. A. Transporte e Logística em Sistemas Agroindustriais. Editora Atlas, São Paulo. 2001. HILLIER, F. S., LIEBERMAN, G. J. Introdução à pesquisa operacional. 9. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013. MATTOS, A. C. M. Sistemas de Informação: uma visão executiva. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2014. NETO, J. A. (Org.). Sustentabilidade e produção: teoria e prática para uma gestão sustentável. São Paulo: Atlas, 2011. VOLLMANN, T.; BERRY, W.; WHYBARK, D.; JACOBS, F. Sistemas de planejamento e controle da produção para o gerenciamento da cadeia de suprimentos. Porto Alegre: Bookman, 2006. 9.5. Atividades de Consolidação da Formação O Currículo do Curso de Bacharelado em Administração, linha de formação Sistemas Agroindustriais, (Campus Lagoa do Sino/UFSCar) está organizado conforme o estabelecido na resolução número 4 de 5 de julho de 2005 da Diretriz Curricular Nacional de Administração, Artigo 5º. Dessa forma, para a obtenção do grau de Bacharel em Administração os estudantes deverão ao longo dos 4 (quatro) perfis do curso adquirir/construir conhecimentos que lhes possibilitem desenvolver o que no presente projeto dispõe sobre: a) os elementos estruturais do Projeto Pedagógico; b) o perfil do graduando em Administração; c) as competências e habilidades dos formandos; d) os conteúdos de PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 125 formação básica, profissional, quantitativa e complementar; e) as condições efetivas de conclusão e integralização do curso; f) os critérios de operacionalização e gestão acadêmica do Estágio Curricular Supervisionado; g) os critérios para as Atividades Complementares; e h) os critérios do Trabalho de Conclusão de Curso. A realização do Estágio Curricular obrigatório e do Trabalho de Conclusão de Curso possibilitará ao estudante vivenciar a o planejamento e/ou a execução de um projeto empresarial privado ou público, ou parte deste; e a partir desta vivência elaborar um trabalho acadêmico. As Atividades Complementares e os Conteúdos Optativos possibilitarão ao estudante, ao longo do Curso, participar de um conjunto de atividades de ensino, pesquisa e extensão, de sua livre escolha, em consonância com o previsto na regulamentação desta atividade, de modo a diversificar sua formação. As Atividades de Consolidação da Formação serão desenvolvidas de forma integrada, para além de suas especificidades, e ao realizá-las os estudantes poderão aprofundar os conteúdos trabalhados ao longo dos 4 (quatro) perfis do curso nos eixos temáticos, individualizar seu percurso formativo, bem como vivenciar experiências no campo de atuação profissional do Administrador. Para a realização destas Atividades de Consolidação da Formação está prevista carga horária específica na matriz curricular do Curso. Os docentes serão responsáveis pela orientação dos estudantes no processo de elaboração, desenvolvimento, conclusão e apresentação destas atividades. É importante destacar que a apresentação e discussão dos Trabalhos de Conclusão de Curso e dos relatórios de Estágio Curricular obrigatório serão realizadas em eventos acadêmicos do campus, congregando os estudantes e docentes do curso. Os regulamentos do Trabalho de Conclusão de Curso, do Estágio curricular obrigatório e não obrigatório e das Atividades Complementares serão apresentadas a seguir. 9.5.1. Regulamento do Estágio Curricular Obrigatório e Não Obrigatório 9.5.1.1 Da Organização O estágio curricular é um componente obrigatório para a obtenção do diploma do curso de Bacharelado em Administração com linha de formação Sistemas Agroindustriais, sendo composto por uma carga horária de 120 horas, totalizando 8 créditos. As diretrizes para realização do estágio curricular obrigatório e não obrigatório no âmbito do curso de Bacharelado em Administração com linha de formação Sistemas Agroindustriais, estão em consonância com a Lei n° 11.788, de 25 de setembro de PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 126 2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes e, de acordo com o Regimento Geral dos Cursos de Graduação da Universidade Federal de São Carlos. Os estágios curriculares obrigatório e não-obrigatório deverão ser desenvolvidos na área da Administração, de forma que o estudante exercite e aplique os conhecimentos construídos durante a vida acadêmica no ambiente de atuação profissional, possibilitando o desenvolvimento de habilidades específicas. Com isso, espera-se que o aluno adquira uma visão mais ampla das possibilidades de trabalho na área e das relações e interações que ocorrem no mundo do trabalho. De modo a possibilitar a integração das atividades de consolidação da formação, o estudante poderá tratar, com caráter monográfico ou de pesquisa, no Trabalho de Conclusão do Curso (TCC) as situações-problema que porventura vivencie no campo de estágio. O estágio curricular obrigatório poderá ser cursado pelos estudantes a partir do momento que estes tiverem cursado e sido aprovados em no mínimo 34 créditos ou 510 horas-aula, uma vez que esta atividade curricular visa permitir aos estudantes uma troca de experiências vivenciadas durante a realização de seus estágios e o conteúdo aprendido nas demais atividades acadêmicas. O estágio não-obrigatório não apresenta pré ou co-requisitos podendo ser realizado a partir do ingresso no curso. A carga horária do estágio não-obrigatório poderá ser computada como atividade curricular complementar. 9.5.1.2. Dos Objetivos Participar do funcionamento de um projeto empresarial em uma instituição pública ou privada, integrando os conteúdos trabalhados nos quatro eixos temáticos ao longo do curso. Desenvolver habilidades específicas por meio do exercício e aplicação do conhecimento construído durante a vida acadêmica no ambiente de atuação profissional. Trazer novas experiências à sala de aula e possibilitar uma visão mais ampla das possibilidades de trabalho na área. Promover a integração Universidade-Comunidade, estreitando os laços de cooperação. Possibilitar reflexão e análise crítica das situações vivenciadas no ambiente do estágio. Possibilitar oportunidades de interação dos estudantes com institutos de pesquisa, laboratórios e empresas que atuam nas diversas áreas da Administração; Consolidar o processo de formação do profissional bacharel em Administração para o exercício da atividade profissional de forma integrada e autônoma; PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 127 9.5.1.3. Dos requisitos para a realização do estágio: Para a realização do estágio, o estudante deverá estar regularmente matriculado no curso, sendo condições legais e necessárias: a) Celebração do termo de compromisso entre o discente e a parte concedente, com indicação da área de conhecimento, do nível e da modalidade de ensino e o caráter obrigatório ou não obrigatório do estágio. b) Elaboração de Plano de Atividades a serem desenvolvidas no estágio, compatíveis com o Projeto Pedagógico do Curso, o horário e o calendário escolar, de modo a contribuir para a efetiva formação profissional do(a) estudante. c) Indicação para o acompanhamento efetivo do estágio de: um professor orientador da UFSCar e um supervisor da parte concedente. 9.5.1.3.1. Do Termo de Compromisso: O termo de compromisso de estágio a ser celebrado entre o estudante, a parte concedente do estágio e a UFSCar, deverá estabelecer: a) O plano das atividades a serem realizadas, que figurará em anexo ao respectivo termo de compromisso. b) As condições de realização do estágio, em especial, a duração e a jornada de atividades, respeitada a legislação vigente. c) As obrigações do estagiário, da concedente e da UFSCar. d) O valor da bolsa ou outra forma de contraprestação devida ao Estagiário, e o auxílio-transporte, a cargo da Concedente, quando for o caso. e) O direito do estagiário ao recesso das atividades na forma da legislação vigente. f) A contratação de seguro de acidentes pessoais em favor do estagiário, a cargo da Concedente ou da instituição. g) Outras cláusulas e condições que sejam necessárias. Caso haja necessidade de celebração de acordo de cooperação para realização de estágios, a Coordenação de Curso encaminhará a proposta devidamente justificada à Pró-Reitoria de Graduação que a submeterá à aprovação do Conselho de Graduação. Após aprovação a proposta será encaminhada à Procuradoria Jurídica para as providências de formalização, competindo ao Pró-Reitor de Graduação assinar o respectivo termo de acordo de cooperação, por delegação do Magnífico Reitor. O termo de PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 128 acordo de cooperação para realização de estágio será elaborado de conformidade com o modelo o qual poderá ser acessado pelo site: http://www.prograd.ufscar.br/normas.php. 9.5.1.4. Do acompanhamento do Estágio curricular obrigatório e não obrigatório O acompanhamento das atividades do Estágio curricular obrigatório e não obrigatório serão de responsabilidade da Coordenação de Curso ou Coordenação de Estágio, dos professores orientadores e dos supervisores vinculados às partes concedentes e será desenvolvido obedecendo às seguintes etapas: a) Planejamento o qual se efetivará com a elaboração do plano de trabalho e formalização do termo de compromisso. b) Supervisão e Acompanhamento se efetivarão em três níveis: Profissional, Didático-pedagógico e Administrativo, desenvolvidos pelo supervisor local de estágio e professor orientador juntamente com a Coordenação de Curso, respectivamente. c) Avaliação se efetivará em dois níveis: profissional e didático, desenvolvidos pelo supervisor local de estágio e professor orientador, respectivamente. 9.5.1.5. Documentos de Acompanhamento das Atividades de Estágio O acompanhamento e dados relativos a este serão sistematizados em Fichas com objetivos específicos, conforme descrito a seguir: a) Ficha de Cadastramento – Possibilitará a coleta de informações relativas à Instituição concedente ou proponente do estágio, e deverá ser entregue pelo estudante junto com o Plano de Estágio. Possibilitará, também, a identificação de instituições que poderão alimentar um banco de dados para procura de estágios futuros pelos estudantes do Curso de Bacharelado em Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais. b) Ficha de Avaliação do Estagiário pelo Supervisor – Possibilitará acompanhar o desempenho do estagiário no ambiente de estágio. 9.5.1.6. Do Desenvolvimento do Estágio curricular obrigatório e não obrigatório O desenvolvimento do estágio deverá estar pautado nos seguintes pressupostos: a) O estágio não poderá ultrapassar seis horas diárias e trinta horas semanais. Caso não estejam programadas aulas presenciais, o estágio poderá ocorrer em jornada de até 40 (quarenta) horas semanais. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 129 b) O pagamento de bolsa e auxílio-transporte é obrigatório no caso de estágio não obrigatório e opcional no caso de estágio obrigatório. c) O estagiário tem direito a um recesso de 30 dias, após um ano de estágio. As mesmas condições de pagamento do período normal de estágio devem ser aplicadas no período de recesso. 9.5.1.6.1. Das Atribuições do Estagiário Caberá ao estudante estagiário do curso de Bacharelado em Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais: a) Apresentar os documentos exigidos pela Instituição UFSCar e pela instituição concedente. b) Seguir as determinações do Termo de Compromisso de Estágio c) Cumprir integralmente o horário estabelecido pela Instituição, observando assiduidade e pontualidade. c) Manter sigilo sobre conteúdo de documentos e de informações confidenciais referentes ao local de estágio d) Seguir as orientações e decisões do supervisor local do estágio, quanto às normas internas da concedente. e) Efetuar registro diário da frequência no estágio. f) Elaborar e entregar relatório e outros documentos nas datas estabelecidas. g) Respeitar as orientações e sugestões do supervisor de estágio. h) Manter contato com o professor orientador de estágio, sempre que julgar necessário. i) Assumir o estágio com responsabilidade, zelando pelo nome da Instituição do Estágio e do curso a UFSCar. 9.5.1.6.2. Das atribuições da Coordenação de Curso ou Coordenação de Estágio Caberá à Coordenação do curso de Bacharelado em Administração ou à Coordenação de Estágio: a) Coordenar as atividades relativas ao cumprimento dos programas do estágio. b) Apreciar e decidir sobre propostas de estágios apresentadas pelos estudantes. c) Coordenar as indicações de professores orientadores por parte dos alunos, procurando otimizar a relação aluno-professor. d) Promover convênios e termos de compromissos entre a UFSCar e as partes concedentes interessadas em abrir vagas para Estágio na área do curso, avaliando as instalações da parte concedente de forma a verificar a sua adequação à formação profissional esperada para o egresso do curso. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 130 e) Divulgar as vagas de estágio no âmbito do curso. f) Coordenar a tramitação de todos os instrumentos jurídicos (convênios, termos de compromisso, requerimentos, cartas de apresentação, cartas de autorização etc) para que o estágio seja oficializado, bem como a guarda destes. 9.5.1.6.3. Das atribuições dos professores orientadores Caberá aos professores orientadores de estágio: a) Orientar os estudantes no desenvolvimento do plano de atividades e na elaboração dos relatórios periódicos e final pelo estagiário. b) Indicar bibliografia de pesquisa e dar suporte ao desenvolvimento das atividades de estágios. c) Acompanhar o desenvolvimento do plano de atividades, observando o controle de frequência, bem como a necessidade da proposição de melhorias para que o resultado esteja de acordo com a proposta inicial. d) Analisar e aprovar os relatórios periódicos e final, juntamente com o supervisor do estágio. 9.5.1.6.4. Das atribuições dos supervisores Caberá aos profissionais supervisores de estágio: a) Orientar e supervisionar até 10 (dez) estagiários simultaneamente; c) Supervisionar o desenvolvimento do estágio, controlar frequências, analisar relatórios, interpretar informações e propor melhorias para que o resultado esteja de acordo com a proposta inicial; d) Enviar à Coordenação de Curso, com periodicidade mínima de 6 (seis) meses, relatório de atividades desenvolvidas pelos estagiários. 9.5.1.7. Da avaliação A avaliação do estágio curricular obrigatório e não obrigatório será feita pelo orientador e supervisor, respeitando o Regimento Geral dos Cursos de Graduação da UFSCar, em três momentos, com a utilização dos seguintes instrumentos: a) Avaliação do supervisor b) Relatório de Estágio c) Socialização e discussão do relatório de estágio, cuja avaliação se dará por meio da apresentação do Relatório a ser definida pelo Conselho de Coordenação de Curso. A nota final do estágio resultará da seguinte fórmula: PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 131 NF = (NS+2RE+Ap)/4, sendo: NF a nota final, NS a nota do supervisor, RE o relatório de estágio e Ap nota referente à apresentação do Relatório. 9.5.2. Regulamento do Trabalho de Conclusão de Curso 9.5.2.1. Da Organização O Trabalho de Conclusão Curso é um componente curricular obrigatório para a obtenção do diploma do curso de Bacharelado em Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais, composto por uma carga horária de 120 horas, totalizando 8 créditos. O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) será um trabalho acadêmico de produção orientada, o qual poderá ter tema inédito ou advir de pesquisa realizada pelo discente, no âmbito de sua Iniciação Científica. De modo a possibilitar a integração das atividades de consolidação da formação, o estudante poderá, ainda, elaborar uma monografia a partir de situações-problema que porventura vivencie na instituição na qual esteja realizando seu Estágio Curricular. 9.5.2.2. Do objetivo O objetivo do TCC é integrar os conteúdos trabalhados nos quatro eixos temáticos ao longo do curso, por meio da elaboração de um trabalho acadêmico, que poderá ter caráter monográfico ou de pesquisa. 9.5.2.3. Da elaboração ou desenvolvimento do TCC O TCC deverá ser desenvolvido individualmente e, por ser um trabalho acadêmico, fundamentado em referencial teórico pertinente. O TCC que tenha por objeto uma instituição em funcionamento deverá apresentar autorização dessa instituição para sua realização e esta deverá receber cópia do trabalho final. Caso o trabalho envolva pesquisa com seres humanos, organismos geneticamente modificados ou uso de animais, deverá ser submetido e aprovado por comitê de ética específico. 9.5.2.4. Do acompanhamento do desenvolvimento do Projeto PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 132 O TCC deverá ser desenvolvido sob a orientação de um(a) docente da UFSCar, preferencialmente com título de Doutor(a) e reconhecida experiência profissional, sendo permitida a co-orientação de um profissional da UFSCar ou de outra instituição. 9.5.2.5. Da avaliação Respeitando o Regimento Geral dos Cursos de Graduação da UFSCar, a avaliação do TCC será realizada em três momentos, com utilização dos seguintes instrumentos, com ponderações a critério dos conselhos de coordenação de curso: a) Projeto do TCC; b) Redação do TCC; c) Apresentação do TCC, perante uma banca examinadora. Para a apresentação do TCC serão admitidas 02 (duas) possibilidades: - Apresentação oral do trabalho pelo candidato, perante a banca examinadora, dentro das datas estabelecidas previamente no início de cada período letivo. - Apresentação não presencial mediante parecer escrito de cada um dos membros de banca. A banca deve ser composta por três membros, sendo o orientador membro natural da banca examinadora. A dinâmica das atividades a serem desenvolvidas e o peso de cada instrumento de avaliação deverá ser definido no plano de ensino. Uma versão digital (formato pdf) do texto final do TCC deverá ser entregue na secretaria de curso até 30 dias após a avaliação. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 133 9.5.3. Regulamento das Atividades Complementares As atividades complementares serão realizadas de acordo com Regimento Geral dos Cursos de Graduação da UFSCar, que dispõe sobre normas de definição e gerenciamento das atividades complementares nos cursos de graduação e procedimentos correspondentes, definindo que tais normas deverão ser definidas no âmbito do PPC de cada curso, podendo ser alteradas pelo Conselho de Coordenação de Curso. A realização desse componente curricular será viabilizada por meio da efetiva participação do estudante em um conjunto de atividades de ensino, pesquisa e extensão, perfazendo no mínimo 120 horas, equivalente a 8 créditos. A título de Atividades Complementares, o estudante poderá desenvolver atividades acadêmicas, científicas ou culturais permitidas pelo citado Regimento, em cada uma das quais a carga horária máxima é a seguinte: ● Congresso de Iniciação Científica da UFSCar e outros eventos científicos = 10 horas; ● Apresentação de trabalhos em Congressos, Simpósios e Reuniões Científicas = 20 horas; ● Participação em atividades de extensão e ACIEPEs devidamente homologadas por órgão competente da UFSCar, supervisionados por docente = 60 horas; ● Participação certificada em projetos de pesquisa nos moldes de Iniciação Científica = 80 horas; ● Participação em cursos realizados em instituições outras que não de ensino, em cursos ministrados no âmbito do campus Lagoa do Sino por professores visitantes; em cursos oferecidos na UFSCar, ou mesmo de outras instituições de ensino superior, públicas ou privadas, devidamente reconhecidas pelo MEC = 60 horas; ● Realização de estágio curricular não obrigatório em instituição que desenvolva projeto empresarial = 80 horas. A Coordenação de Curso manterá em arquivo o dossiê dos estudantes com os documentos comprobatórios. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 134 X – REFERÊNCIAS ANDRADE, M. C. A questão do território no Brasil. São Paulo: Hucitec, 1995. ALTIERI, M. A.; NICHOLLS, C. Agroecologia: teoría y práctica para una agricultura sustentable. México: PNUMA y Red de formación ambiental para América Latina y el Caribe, 2000. ANDRADEC, R. M.; ZAIAT, M. Engenharia, natureza e recursos naturais. p:3-14 In: CALIJURI, M. C.; BATALHA, M. O. A pequena e média indústria em Santa Catarina. Ed. Da UFSC, Florianópolis SC, 1990. BATALHA, M. O. La notion de filière comme outil d'analyse stratégique: le cas des matières grasses à tartiner au Brésil. Tese de doutorado, INPL, 1993, Nancy, França. BATALHA M. O. et. alli. Recursos humanos para o agronegócio brasileiro. Brasília: CNPq, 2000. BATALHA, M. O. et. alli. 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Reestruturação agroindustrial, políticas públicas e segurança alimentar regional. 1. ed. São Carlos: Edufscar, 2002. v. 2000. 350p. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 136 PAULILLO, L. F.; VIEIRA, A. C.; & ALMEIDA, L. M. A organização Agroindustrial Citrícola Brasileira. In: L.F. Paulillo. coord. Agroindústria e citricultura no Brasil. Rio de Janeiro: E-papers, 2006. 481p. PAULILLO, L. F. Sobre o desenvolvimento da agricultura brasileira: concepções clássicas e recentes. In: Batalha, M. O. (org.). Gestão Agroindustrial. Vol 1., 3 ed. São Paulo: Editora Atlas, 2007. 770p. PAULILLO, LF. Et. alli. Estudo inicial do desenvolvimento econômico da região do campus Lagoa do Sino da UFSCar. São Carlos: UFSCar, 2011. PAULILLO, LF. Et. alli. Análise dos dados secundários sobre desenvolvimento econômico da região do novo campus da UFSCar lagoa do sino. São Carlos: UFSCar, 2014. PAULILLO, L. F.; SACOMANO, M.; GARCIA, L. 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Infraestrutura necessária ao funcionamento do curso 1.1 Salas de aula e laboratórios. O CCN conta com 11 salas de aula com capacidade para 60 alunos (Porém, já está em fase final de construção um novo prédio com mais 10 salas com capacidade para 60 alunos de aula e um auditório para 80 pessoas para os próximos anos de funcionamento do centro); e 02 laboratórios de informática, com 37 computadores e 28 computadores respectivamente; 08 laboratórios didáticos especializados, além da fazenda em que se encontra o campus, com produção de milho, trigo e soja e outras plantações que começam a ocorrer para atender o ensino, a pesquisa e a extensão dos 5 cursos de graduação do Centro de Ciências da Natureza da UFSCar. 1.2 Biblioteca A Biblioteca Lagoa do Sino (B-LS) ocupa um espaço provisório de 153,96 m² localizada provisoriamente no bloco 3, tem em andamento o projeto para sua construção, contemplando todas as necessidades informacionais do campus. O acervo é de livre acesso e composto por 4.716 exemplares com perspectivas de crescimento para subsidiar ainda mais os estudos e as pesquisas da comunidade acadêmica. A B-LS oferece os seguintes serviços: Consulta do acervo online; Empréstimo domiciliar; Renovação e reserva dos materiais presencial ou online; Empréstimo entre Bibliotecas (EEB) em que, os nossos alunos solicitam livros das outras bibliotecas do SIBi; Capacitação dos usuários na utilização dos serviços; Orientação às pesquisas bibliográficas em bases de dados nacionais e internacionais; Orientação para a normalização e apresentação de trabalhos acadêmicos e publicações científicas. Além disso a UFSCar conta com o Sistema Integrado de Bibliotecas da UFSCar (SIBi-UFSCar) criado em 2015 e que ainda está em fase de implantação, tendo por finalidade de desenvolver de maneira articulada, as políticas de gestão administrativa e informacional das bibliotecas da instituição. Estão PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 138 vinculadas ao SIBi as quatro bibliotecas do campi da UFSCar: Biblioteca Comunitária Campus São Carlos (BCo), Biblioteca Campus Sorocaba (B-So), Biblioteca Campus Araras (B-Ar) e Biblioteca Campus Lagoa do Sino (B-LS). O SIBi utiliza o software Pergamum (http://www.pergamum.ufscar.br) para gerenciar seus acervos e serviços de maneira integrada. Diante das tendências tecnológicas o SIBi oferece acesso remoto a fontes de informação eletrônicas tais como: Portal de Periódicos Capes: disponibiliza mais de 126 bases de dados referenciais e 11 bases de dados de patentes, 37 mil periódicos; Biblioteca Digital de Teses e Dissertações: aproximadamente 6.500 dissertações e teses defendidas na UFSCar; Coleções de E-books: são disponibilizados acesso a e-books assinados pela UFSCar, via Portal de Periódicos. 1.3 Infra-estrutura complementar Espaço de trabalho destinado à coordenação do curso e serviços acadêmicos A coordenação do curso está instalada em uma sala de 13,20 m2 no prédio Ciclo Básico 1 equipada com a seguinte estação de trabalho: cadeira giratória, computador de mesa, dois armários, 1 arquivo em aço para armazenamento de documentação dos discentes. 1.4 Gabinetes de trabalho destinados aos docentes que atuam no curso Atualmente contamos com um bloco para locação de docentes dos cinco cursos do campus, abrigando 37 gabinetes para docentes, cada gabinete contendo 13,20 m2, totalizando uma área de 488,40 m2. 2. Corpo docente e técnico-administrativo 2.1 Corpo Docente atuante no curso de Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais Nome Titulação Vínculo/Dedicação Eixos ministrados Alice Miguel de Paula Peres Doutor Efetivo/40h DE FE-1; FE-2; AOA- PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 139 3;DTSPP-1 Fábio Gricoletto Doutor Efetivo/40h DE COM-1; AOA-1; COM-3; AOA-3; TEA-AOA. Edenis Cesar de Oliveira Doutor Efetivo/40h DE AOA-1; AOA-2; COM-1; COM-2; AOA-4. Heber Lombardi de Carvalho Doutor Efetivo/40h DE AOA-2; AOA-3; AOA-4. Henrique Carmona Duval Doutor Efetivo/40h DE DTSPP-1; DTSPP-2; Ilka de Oliveira Mota Doutor Efetivo/40h DE DTSPP-1; AOA-2; AOA-3. Iuri Emmanuel de Paula Ferreira Doutor Efetivo/40h DE FE-2 Leandro de Lima Santos Doutor Efetivo/40h DE FE-1; FE-2; FE-3; DTSPP-3. Luiz Manoel de Moraes Camargo Almeida Doutor Efetivo/40h DE DTSPP-1; DTSPP-2; DTSPP-4. Naja Brandão Santana Doutor Efetivo/40h DE COM-1; COM-2. Nilton Cezar Carraro Doutor Efetivo/40h DE FE-3; FE-4; COM-4; TEA-FE. Ricardo Serra Borsatto Doutor Efetivo/40h DE DTSPP-2; COM-3; DTSPP-3. Rodrigo Neves Marques Doutor Efetivo/40h DE AOA-1; AOA-2. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 140 Ubaldo Martins das Neves Doutor Efetivo/40h DE FE-1; FE-2 Waldir Cintra de Jesus Junior Doutor Efetivo/40h DE AOA-1; AOA-2 Yovana María Barrera Saavedra Doutor Efetivo/40h DE DTSPP-1; DTSPP-2; DTSPP-4. OBS: Existe ainda previsão de contratação de mais 03 (três) professores-doutores a atender as demandas do curso, sendo 01 (um) para início das atividades no segundo semestre de 2018 e 02 (dois) para atuação no ano de 2019. 2.2 Corpo técnico administrativo atuante no curso de Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais O curso de Administração conta uma secretaria, Larissa Dias de Souza, e o apoio de 08 técnicos ligados aos laboratórios especializados do Centro de Ciências da Natureza e 42 técnico-administrativos em diversas áreas da gestão administrativa do campus Lagoa do Sino.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CENTRO DE CIÊNCIAS DA NATUREZA (CCN) CAMPUS LAGOA DO SINO PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS BURI 2016 Atualizado em 2018 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CENTRO DE CIÊNCIAS DA NATUREZA (CCN) CAMPUS LAGOA DO SINO PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Reitora Prof.ª Dr.ª Wanda Aparecida Machado Hoffmann Vice-Reitor Prof. Dr. Walter Libardi Pró-Reitora de Graduação Prof. Dr. Ademir Donizeti Caldeira Diretor do Centro de Ciências da Natureza (CCN) Prof. Dr. Luiz Manoel de Moraes Camargo Almeida Vice-diretor do Centro de Ciências da Natureza (CCN) Prof. Dr. Alberto Luciano Carmassi Coordenação da Comissão de Elaboração do Projeto do Curso de Administração Prof. Dr. Luiz Fernando Paulillo Coordenador Curso de Bacharelado em Administração Prof. Dr. Leandro de Lima Santos Vice-coordenadora Curso de Bacharelado em Administração Prof.ª Dr.ª Yovana Maria Barrera Saavedra SUMÁRIO I - DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO CURSO 01 II – ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS: A PROFISSÃO E O CURSO NO CAMPUS LAGOA DO SINO DA UFSCar 03 2.1. Descrição da profissão e da área de atuação profissional, a partir da identificação das características e necessidades atuais e prospectivas da sociedade. 03 2.2. Justificativa da criação do curso na UFSCar 15 2.3. Conceitos-chave que fundamentam a proposta do curso e a articulação com os eixos programáticos de ensino. 29 2.3.1. Sistemas Agroindustriais 32 2.3.2. Segurança Alimentar e Nutricional 40 2.3.3. Governanças 44 2.3.4. Pós-Fordismo Global e novos Mecanismos de Administração 46 2.3.5. Empreendedorismo & Agricultura Familiar 47 2.3.6. Desenvolvimento Rural & Sustentabilidade 50 2.3.7. Território 52 2.4. Objetivo do curso 56 III – DEFINIÇÃO DO PERFIL DO EGRESSO 57 3.1. Conhecimentos e Habilidades 58 IV – ESTRUTURA CURRICULAR 4.1. Princípios pedagógicos 4.2. Detalhamento dos conhecimentos nos Eixos Temáticos 4.3. Correspondência entre os componentes curriculares do curso e as DCN 61 61 62 63 V – REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PERFIL DE FORMAÇAO 67 VI – TRATAMENTO METODOLÓGICO 68 VII – AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM 70 VIII – AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGIO DO CURSO 73 IX – ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA DO CURSO 75 9.1. Matriz Curricular 75 9.2. Integralização Curricular 77 9.3. Ementas e conteúdos a serem desenvolvidos nos quatro eixos temáticos 77 9.3.1. Eixos do perfil 1 77 9.3.2. Eixos do perfil 2 90 9.3.3. Eixos do perfil 3 101 9.3.4. Eixos do perfil 4 109 9.4. Ementas e descrição dos conteúdos optativos 119 9.5. Atividades de Consolidação da Formação 124 9.5.1. Regulamento do Estágio Curricular Obrigatório e Não Obrigatório 125 9.5.2. Regulamento do Trabalho de Conclusão de Curso 130 9.5.3. Regulamento de atividades complementares 133 X – REFERÊNCIAS 134 XI - PLANO DE IMPLANTAÇÃO DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO 137 PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 1 I - DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO CURSO Campus Lagoa do Sino da UFSCar Centro: Centro de Ciências da Natureza (CCN) Denominação do curso: Bacharelado em Administração Título: Bacharel em Administração Linha de formação: Sistemas Agroindustriais Modalidade: Presencial Número de vagas: 50 Turno de funcionamento: integral (manhã e tarde) Carga horária total: 3120 horas Tempo de duração do curso: 04 anos Ato legal de criação do curso: Resolução ConsUni nº 797 de 19/12/2014. Legislação considerada para a elaboração do Projeto Pedagógico do Curso: a) Nacional: Diretrizes para a área de Administração que, de acordo com a Orientação da DCN Administração na resolução n. 4 de 13/7/2005, Artigo 5º, em que o curso deve contemplar em seus projetos pedagógicos e em sua organização curricular, conteúdos que revelem inter-relações com a realidade nacional e internacional, segundo uma perspectiva histórica e contextualizada de sua aplicabilidade no âmbito das organizações e do meio através da utilização de tecnologias inovadoras e que atendam aos seguintes campos interligados: Conteúdo de Formação Básica; Conteúdo de Formação Profissional; Conteúdo de Estudos Quantitativos e suas Tecnologias; Conteúdo de Formação Complementar. Seguindo a Resolução CNE/CES nº 4 de 13 de julho de 2005, que dispõe sobre: a) os elementos estruturais do Projeto Pedagógico; b) o perfil do graduando em Administração; c) as competências e habilidades dos formandos; d) os conteúdos de formação básica, profissional, quantitativa e complementar; e) as condições efetivas de conclusão e integralização do curso. b) Da UFSCar: PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 2 ● Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI). São Carlos: UFSCar. ● Regimento Geral dos Cursos de Graduação da UFSCar de setembro de 2016, que dispõe sobre a propositura, aprovação, oferta, funcionamento e demais ordenamentos pertinentes aos cursos de Graduação no âmbito da UFSCar, em conformidade com o estabelecido pelo Estatuto e Regimento Geral da UFSCar. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 3 II – ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS: A PROFISSÃO E O CURSO NO CAMPUS LAGOA DO SINO DA UFSCar 2.1. Descrição da profissão e da área de atuação profissional, a partir da identificação das características e necessidades atuais e prospectivas da sociedade. O projeto pedagógico do Curso de Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais para o campus Lagoa do Sino da UFSCar está desenvolvido para formar profissionais que possam contribuir nas áreas tradicionais de atuação do administrador no Brasil, seguindo a orientação da Resolução CNE/CES nº 4/2005, nos artigos 3º e 4º, que instrui: Art. 3º O Curso de Graduação em Administração deve ensejar, como perfil desejado do formando, capacitação e aptidão para compreender as questões científicas, técnicas, sociais e econômicas da produção e de seu gerenciamento, observados níveis graduais do processo de tomada de decisão, bem como para desenvolver gerenciamento qualitativo e adequado, revelando a assimilação de novas informações e apresentando flexibilidade intelectual e adaptabilidade contextualizada no trato de situações diversas, presentes ou emergentes, nos vários segmentos do campo de atuação do administrador. Art. 4º O Curso de Graduação em Administração deve possibilitar a formação profissional que revele, pelo menos, as seguintes competências e habilidades: I - reconhecer e definir problemas, equacionar soluções, pensar estrategicamente, introduzir modificações no processo produtivo, atuar preventivamente, transferir e generalizar conhecimentos e exercer, em diferentes graus de complexidade, o processo da tomada de decisão; II - desenvolver expressão e comunicação compatíveis com o exercício profissional, inclusive nos processos de negociação e nas comunicações interpessoais ou intergrupais; III - refletir e atuar criticamente sobre a esfera da produção, compreendendo sua posição e função na estrutura produtiva sob seu controle e gerenciamento; IV - desenvolver raciocínio lógico, crítico e analítico para operar com valores e formulações matemáticas presentes nas relações formais e causais entre fenômenos produtivos, administrativos e de controle, bem assim expressando-se de modo crítico e criativo diante dos diferentes contextos organizacionais e sociais; V - ter iniciativa, criatividade, determinação, vontade política e administrativa, vontade de aprender, abertura às mudanças e consciência da qualidade e das implicações éticas do seu exercício profissional; VI - desenvolver capacidade de transferir conhecimentos da vida e da experiência cotidianas para o ambiente de trabalho e do seu campo de atuação profissional, em diferentes modelos organizacionais, revelando-se profissional adaptável; VII - desenvolver capacidade para elaborar, implementar e consolidar projetos em organizações; e VIII - desenvolver capacidade para realizar consultoria em gestão e administração, pareceres e perícias administrativas, gerenciais, organizacionais, estratégicos e operacionais. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 4 No projeto ora proposto, Sistemas Agroindustriais podem ser considerados como um conjunto de atividades que tem como objetivo a produção de produtos agroindustriais, desde a fabricação dos insumos até a chegada do produto ao consumidor final. Essa proposta de linha de formação não está associada a nenhuma matéria-prima agropecuária ou produto final específico, mas busca compreender toda a diversidade de estratégias socioeconômicas empreendidas para a consecução de um produto que, em sua origem, remonte a produção agropecuária, podendo ser ele alimentar ou não. O estímulo para a criação do curso de Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais no campus Lagoa do Sino partiu da identificação da necessidade de se formar um profissional qualificado e que atenda às demandas nacionais e regionais. Em relação às especificidades regionais, destaca-se que a UFSCar, ciente de sua competência em Ensino, Pesquisa e Extensão, vem investindo esforços na construção e consolidação de seu novo campus denominado Lagoa do Sino, localizado na região sudoeste do Estado de São Paulo, a qual se caracteriza pelos seus baixos índices de desenvolvimento socioeconômico, bem como por possuir a maior parte de suas relações econômicas baseadas em sistemas agroindustriais de diferentes portes e estruturas (sejam originadas em comunidades quilombolas e assentamentos de reforma agrária, ou em grandes fazendas monocultoras). Para melhor compreensão do espaço geográfico no qual o campus está inserido, definiu-se o Território Lagoa do Sino (TLS), formado por um conjunto de 40 municípios circundantes a um raio de 100 km do campus. O TLS está localizado nas Regiões Administrativas (RA) de Sorocaba e de Itapeva e possui uma área de 23.673,8 km2. O conjunto de municípios pertencentes ao TLS apresenta os menores índices de desenvolvimento do Estado de São Paulo, tanto pela metodologia do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) 2013 quanto pela metodologia do Índice Paulista de Responsabilidade Social (IPRS) 2013. Destaca-se ainda a carência de instituições de Ensino Superior evidenciado pelo baixo acesso da população deste Território à educação superior (0,6%), muito inferior aos 3,36% da média da população do Estado de São Paulo (FUNDAÇÃO SEADE, 2009). O TLS se diferencia por ser uma região caracterizada por seus paradoxos; apresenta uma ampla e diversificada riqueza natural com diversos problemas sociais; valiosos remanescentes de Cerrado e Mata Atlântica com crescentes níveis de degradação ambiental e, ainda, apresenta-se subdesenvolvida apesar de sua expressiva produção agropecuária e do seu potencial econômico. Outra característica marcante é sua heterogeneidade ambiental e socioeconômica, marcada pela presença de uma variedade de sistemas PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 5 agroindustriais de produção, que variam desde os originados na agricultura de comunidades tradicionais, até os vinculados às grandes cadeias agroexportadoras. Este cenário justifica a importância da criação de um curso de graduação em Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais, capaz de formar profissionais com capacidade para identificar e propor soluções para estes desafios intrinsecamente complexos, multidimensionais e inter- relacionados desse território. Aponta-se que o projeto de implantação do campus Lagoa do Sino se alicerça nas concepções teóricas e metodológicas de Desenvolvimento Territorial, Sustentabilidade, Sistemas Agroalimentares e Segurança Alimentar, os quais são considerados como eixos norteadores do campus, deste modo esse Projeto Pedagógico se encontra em consonância com a concepção do campus. Ciente também da importância de formar profissionais que atendam demandas além das regionais e, com capacidade de atuar na administração de sistemas agroindustriais em qualquer localidade de um mundo cada vez mais globalizado, a busca e o reconhecimento das especificidades organizacionais, institucionais e tecnológicas dos sistemas agroindustriais teve como ponto de partida, uma pesquisa em nível nacional (Brasil) realizada pelo Grupo de Estudos e Pesquisas Agroindustriais (GEPAI) do Departamento de Engenharia de Produção da Universidade Federal de São Carlos (DEP-UFSCar) em duas ocasiões, em 2000 e em 2005. Essas pesquisas buscaram elencar as principais habilidades e conhecimentos que um administrador agroindustrial ou agrícola necessita possuir, segundo as principais empresas e entidades agroindustriais e agrícolas do país, bem como segundo os coordenadores de cursos de graduação ligados à temática agroindustrial, entrevistadas por Batalha et. alli. (2005). A Tabela 1 mostra a pontuação média atribuída pelas empresas entrevistadas aos itens do tópico gestão e economia. Tabela 1 Pontuação média atribuída pelas empresas aos itens do tópico gestão e economia Habilidade ou Conhecimento Média Planejamento estratégico e de implementações de suas ações 8,05 Implementação, análise e controle de custos de produção 7,78 Marketing 7,69 Finanças 7,64 Gestão da qualidade 7,63 Políticas agrícolas nacionais 7,59 Organização empresarial 7,48 Microeconomia 7,48 Gestão de recursos humanos 7,42 Planejamento e controle de produção 7,41 Análise e desenvolvimento de novos empreendimentos 7,37 Legislação 7,28 PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 6 Organização e Métodos 7,23 Análise de investimentos 7,16 Logística 7,15 Gestão ambiental 7,13 Macroeconomia 7,10 Tecnologia da informação 7,10 Cadeias agroindustriais 6,90 Administração de estoques 6,82 Contabilidade 6,79 Economia internacional 6,17 Políticas agrícolas internacionais 6,00 Desenvolvimento de produtos e layout 5,96 Comércio internacional e procedimentos de exportação 5,95 Fonte: Batalha et. alli. (2005, p. 51). As habilidades e conhecimentos com pontuações médias superiores a sete ganharam destaque na reflexão inicial sobre os conceitos-chave deste projeto pedagógico e também para influenciar as decisões referentes aos eixos programáticos de ensino do curso. Isso não significa que as outras habilidades apontadas na referida pesquisa foram desconsideradas. Habilidades e conhecimentos com pontuações médias inferiores a sete também foram analisadas e, em alguma medida, consideradas para a formação do profissional em administração com linha de formação em sistemas agroindustriais da UFSCar (Campus Lagoa do Sino). A Tabela 2 mostra a pontuação média atribuída pelas empresas entrevistadas em Batalha et. alli. (2005) aos itens dos tópicos de qualidades pessoais e de comunicação & expressão do profissional graduado esperado. Ética, capacidade de tomar iniciativa, de decidir sobre problemas, trabalhar em grupo e ser flexível foram as qualidades pessoais mais valorizados pelas empresas entrevistadas. Em comunicação & expressão, a capacidade de falar claramente e de modo conciso e expressar-se bem (oral e escrita) foram os mais destacados. Tabela 2 Pontuações médias atribuídas pelas empresas aos itens dos tópicos de Qualidades Pessoais e de Comunicação & Expressão Habilidade ou Conhecimento Média Qualidades Pessoais Alto padrão moral/ético 9,24 Iniciativa 9,18 Tomada de decisões e resolução de problemas 9,05 Trabalhar em grupo 8,99 Flexibilidade/Adaptabilidade 8,86 Comunicação persuasiva e habilidade de negociação 8,83 Liderança 8,72 Criatividade 8,62 Lidar com stress/falha/rejeição 8,46 PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 7 Comunicação & Expressão Falar clara e concisamente sobre informações técnicas 8,36 Expressar ideias oralmente 8,33 Expressar ideias de forma escrita 8,14 Escrever relatórios técnicos e memorandos 7,78 Línguas Estrangeiras 5,83 Fonte: Batalha et. al. (2005, p. 52-53). A Tabela 3 mostra as demais pontuações médias esperadas pelas empresas entrevistadas sobre as características dos egressos, agora referente aos itens de tecnologias de produção, métodos quantitativos e sistemas de informação. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 8 Tabela 3 Pontuações médias atribuídas pelas empresas aos itens dos tópicos métodos quantitativos e sistemas de informação e tecnologias de produção. Habilidade ou Conhecimento Média Métodos Quantitativos Computacionais Utilização de softwares gerais 8,10 Utilização de softwares específicos 7,17 Desenvolvimento de sistemas de informação 4,72 Programação computacional 4,62 Tecnologias de Produção Fatores de produção agrícola 7,19 Processos agroindustriais de transformação e distribuição 5,90 Ciências dos alimentos e tecnologia 5,55 Fatores de produção animal 5,31 Fonte: BATALHA et. alli. (2005, p. 51-52) As habilidades e conhecimentos específicos em comunicação & expressão, qualidades pessoais e em tecnologias de produção que o administrador necessita possuir, segundo as empresas agroindustriais entrevistadas por Batalha et. alli. (2005), também se tornaram uma das referências importantes da comissão de constituição do curso de Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais para incorporar aspectos de ensino e aprendizagem que enfatizem as maiores especificidades institucionais, organizacionais e tecnológicas dos sistemas agroindustriais. Fatores de produção agrícola e agroindustriais e processos de transformação e de distribuição de alimentos se destacaram no tópico de tecnologias de produção, enquanto a utilização de softwares gerais e específicos se destacou no tópico de métodos quantitativos computacionais. As habilidades e conhecimentos que o administrador necessita possuir, segundo as empresas agroindustriais brasileiras entrevistadas por Batalha et. alli. (2005, p. 51), foram confrontados para a realização deste projeto pedagógico com as habilidades e conhecimentos que o administrador agroindustrial necessita possuir segundo os coordenadores dos cursos brasileiros de graduação na temática agroindustrial (em administração, economia, engenharia de produção, gestão agroindustrial, etc.), também citados em Batalha et. alli. (2005, p. 105). As Tabelas 4 e 5 mostram as pontuações médias obtidas, nos mesmos itens, com as sistematizações das entrevistas realizadas com os coordenadores de curso de graduação em Batalha et. alli. (2005). No tópico economia e gestão, os itens ligados aos conteúdos mais tradicionais dos cursos de economia receberam destaque, como microeconomia, macroeconomia, organização empresarial e análise de investimentos, além do marketing, da gestão de recursos humanos, do desenvolvimento de PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 9 empreendimentos, do planejamento estratégico e da logística - estes cinco últimos itens ou conteúdos mais tradicionalmente ligados aos cursos de administração plena e também de gestão agroindustrial. Tabela 4 Pontuação média atribuída pelos coordenadores dos cursos de graduação na temática agroindustrial aos itens do tópico gestão e economia. Habilidade ou Conhecimento Média Microeconomia 7,88 Organização empresarial 7,60 Marketing 7,49 Macroeconomia 7,44 Análise e desenvolvimento de novos empreendimentos 7,37 Análise de investimentos 7,33 Gestão de recursos humanos 7,26 Planejamento estratégico e de implementações de suas ações 7,23 Logística 7,16 Finanças 7,07 Planejamento e controle de produção 7,00 Implementação, análise e controle de custos de produção 6,84 Cadeias agroindustriais 6,77 Políticas agrícolas nacionais 6,77 Organizações e métodos 6,74 Contabilidade 6,65 Gestão ambiental 6,60 Economia internacional 6,60 Gestão da qualidade 6,58 Administração de estoques 6,56 Tecnologia da informação 6,53 Legislação 6,40 Comércio internacional e procedimentos de exportação 6,02 Políticas agrícolas internacionais 5,67 Desenvolvimento de produtos e layout 5,26 Fonte: BATALHA et. alli. (2005, p, 105) A Tabela 5 mostra a pontuação média atribuída pelos coordenadores dos cursos de graduação na temática agroindustrial aos itens de qualidades pessoais e comunicação & expressão, nas quais os destaques foram para trabalho em grupo, alto padrão ético, criatividade e liderança, aliados à capacidade de falar claramente e expressar otimamente ideias de forma oral e escrita. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 10 Tabela 5 Pontuação média atribuída pelos coordenadores dos cursos de graduação na temática agroindustrial aos itens de qualidades pessoais e comunicação & expressão. Habilidade ou Conhecimento Média Qualidades Pessoais Trabalhar em grupo 7,95 Alto padrão moral/ético 7,81 Iniciativa 7,60 Flexibilidade/Adaptabilidade 7,58 Tomada de decisões e resolução de problemas 7,42 Criatividade 7,23 Liderança 7,21 Comunicação persuasiva e habilidade de negociação 7,09 Lidar com stress/falha/rejeição 6,33 Comunicação & Expressão Falar clara e concisamente sobre informações técnicas 6,88 Expressar ideias oralmente 6,88 Expressar ideias de forma escrita 6,86 Escrever relatórios técnicos e memorandos 6,81 Línguas Estrangeiras 2,84 Fonte: BATALHA et. alli. (2005, p. 106-107) A Tabela 6 mostra a pontuação média atribuída pelos coordenadores dos cursos de graduação na temática agroindustrial aos itens de tecnologias de produção, métodos quantitativos e sistemas de informação. O destaque foi a utilização de softwares gerais. Tabela 6 Pontuações médias atribuídas pelos coordenadores dos cursos aos itens dos tópicos: métodos quantitativos e sistemas de informação e tecnologias de produção. Habilidade ou Conhecimento Média Métodos Quantitativos Computacionais Utilização de softwares gerais 6,72 Utilização de softwares específicos 5,88 Desenvolvimento de sistemas de informação 4,19 Programação computacional 3,14 Tecnologia de Produção Fatores de produção agrícola 4,33 Processos agroindustriais de transformação e distribuição 4,28 Ciências dos alimentos e tecnologia 3,88 Fatores de produção animal 3,35 Fonte: BATALHA et. alli. (2005, p. 106) As diferenças de pontuação para os itens e conteúdos entre os dois conjuntos de respondentes (empresas agroindustriais e coordenadores dos cursos de graduação) não foram suficientes para PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 11 desconsiderar totalmente alguma habilidade ou conhecimento classificado em ambos para projetar o novo curso de Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais na UFSCar. Assim, para a construção do projeto pedagógico do curso de Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais para o campus Lagoa do Sino (UFSCar) foram consideradas as habilidades e os conhecimentos classificados na pesquisa de Batalha et. alli. (2005) tanto pelas empresas agroindustriais e agrícolas quanto pelos coordenadores dos cursos de administração, economia, gestão agroindustrial, engenharia de produção agroindustrial, entre outros. Tomando como referência as identificações de Batalha et. alli. (2005) das principais habilidades e conhecimentos esperados em variados campos (de economia e gestão, comunicação e expressão, qualidades pessoais, tecnologias de produção, métodos quantitativos e sistemas de informação) para a formação do administrador com linha de atuação em sistemas agroindustriais, este projeto pedagógico definiu sete (7) conceitos chaves (sistemas agroindustriais, segurança alimentar e nutricional, governanças, pós-fordismo global e novos mecanismos de administração, empreendedorismo & agricultura familiar, desenvolvimento rural & sustentabilidade e território) para iniciar uma etapa fundamental. Estes sete conceitos serviram de bases de distribuição dos conteúdos do referido curso de administração entre quatro (4) eixos de ensino, a saber: 1) administração em operações agroindustriais; 2) comercialização; 3) economia e finanças; e 4) desenvolvimento territorial e políticas públicas. O curso de Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais da UFSCar será desenvolvido para formar um profissional capaz de proporcionar às organizações públicas e privadas uma capacidade de gestão adaptada às peculiaridades e heterogeneidades organizacionais, institucionais e tecnológicas dos sistemas agroindustriais no Brasil e no mundo e que contribuirá para superar os desafios impostos à produção, distribuição e consumo de alimentos. Assim, trata-se de formar um profissional capaz de compreender, aplicar e aprimorar mecanismos de gestão que possam contribuir para a superação da fome brasileira e mundial e para os surgimentos e críticas dos novos padrões de regulação, de acumulação, de produção e de consumo de alimentos. O Administrador formado no referido curso de graduação poderá atuar em variados processos de gestão das cadeias produtivas agroindustriais brasileiras, bem como contribuindo em processos administrativos dos diversos modelos de sistemas agroalimentares existentes (sejam eles baseados na agricultura familiar ou empresarial), já que dotado de conhecimento e técnicas de avaliação de impactos PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 12 econômicos, políticos, sociais e ambientais nas produções de alimentos e nas construções de processos de conservação da biodiversidade em sistemas agroindustriais. O egresso deve ter capacidades de abstração, raciocínio sistêmico, flexibilidade, adaptação rápida, autoconfiança e aprendizagem ágil. Este profissional deve desenvolver a capacidade de aprender a aprender (pensar de forma independente), uma formação rígida em fundamentos e ferramentas do campo profissional da administração e uma elevada capacidade de trabalhar em projetos múltiplos e em equipe, construir relacionamentos, focar o cliente, negociar e reconhecer oportunidades. Em termos de conhecimento, o egresso deverá apresentar fundamentos teóricos e técnicos especializados em administração, conhecimentos operacionais industriais e agroindustriais, capacidade de conduzir processos de organização social (associativismo, cooperativismo, economia solidária) e entendimento amplo das mudanças dos ambientes institucionais, organizacionais e tecnológicos para negócios, conforme sintetiza a Figura 1. Figura 1 Modelos de competências requeridas pelas organizações na ―nova‖ economia. Fonte: McGregor, Tweed e Pech (2004). In: Batalha (2005, p. 35). PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 13 De modo geral, o capital intelectual pretendido para o egresso do Curso de Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais do Campus Lagoa do Sino (UFSCar) está amparado na somatória de conhecimento, informação, propriedade intelectual e experiência administrativa, colocada para ser usada como criação de margem competitiva, reprodução social digna ou riqueza. Adaptado de Luthans et. alli. (2004), é o que Batalha (2005) representou pela somatória do capital econômico tradicional, do capital humano e do capital social, conforme a Figura 2. Figura 2 Modelos de expansão do capital para criação de riquezas Fonte: Batalha (2005, p. 31), adaptado de Luthans et. alli. (2004). De modo geral, os egressos do Curso de Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais do Campus Lagoa do Sino terão a formação tradicional do administrador, disposto ao entendimento das principais mudanças das organizações no mundo contemporâneo, adoção de visão e planejamento estratégico e operacional nos campos organizacionais públicos e privados, capacidade de compreensão e empreendimento de inovações organizacionais e institucionais em distintos ambientes profissionais, cadeias produtivas, sistemas agroalimentares localizados e mercados, além da valorização do ser humano como ator construtor de conhecimentos multivariados para o mundo da administração pública e privada. De modo diferencial, com a linha de formação em sistemas agroindustriais, o egresso do curso de administração do campus Lagoa do Sino da UFSCar deverá desenvolver conhecimento, liderança e estratégias específicas para a administração de operações agroindustriais, de sistemas agroalimentares localizados ou globalizados, comercialização de alimentos e demais produtos agroindustriais (seja em PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 14 cadeias curtas ou longas), aprimoramentos das finanças em sistemas agroindustriais e produções alimentares, capacidade de previsões de ambientes macroeconômicos e microeconômicos, habilidade para organização social de empreendimentos como associações e cooperativas e capacidade de desenvolvimento de políticas públicas e agroindustriais para regiões heterogêneas. Assim, além das áreas tradicionais do bacharel em administração, o profissional formado no referido curso poderá atuar como: a) Administrador em empresas agroindustriais, empresas de produção agrícola e empresas de atacado e varejo de alimentos, bem como em associações e cooperativas de agricultores familiares; b) Administrador, nas diferentes etapas, em sistemas agroalimentares localizados ou globalizados; c) Administrador público envolvido com formulações e implantações de políticas públicas de desenvolvimento territorial, de desenvolvimento rural, de segurança alimentar e nutricional e de impactos ambientais; d) Construtor, gestor e aplicador de projetos agrícolas e agroindustriais e de prospecção de mercados de produtos agroindustriais; e) Gestor de políticas agrárias, agrícolas e agroindustriais; f) Gestor de empreendimentos e processos de comercialização de alimentos para mercado interno e externo; g) Especialista em novos mecanismos de gestão para o desenvolvimento rural; h) Pesquisador de sistemas agroindustriais e de políticas públicas de segurança alimentar e nutricional. O desafio de formar um curso superior passa também e principalmente, pelo compromisso de se pensar sobre as transformações tecnológicas atuais, a visão de ciência, de sociedade e de mundo. Assim, aqui se propõe a construção de um Curso de Administração, que sem perder suas características e especificidades historicamente vinculadas a esta área do saber, possa atender as demandas atuais da sociedade brasileira. Nossa proposta tem por princípios o desenvolvimento de um profissional com formação tradicional e eclética, comprometido com uma perspectiva de desenvolvimento que respeite a diversidade de sistemas agroindustriais existentes na sociedade brasileira. Tais elementos são considerados essenciais na PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 15 caracterização do perfil do Administrador focado não apenas na produção e no atendimento das demandas do mercado, mas também com formação humanística e cidadã. 2.2. Justificativa da criação do curso na UFSCar A justificativa inicial para a criação de um curso de bacharelado em Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais no campus Lagoa do Sino da UFSCar é a importância econômica, social e ambiental da agroindústria no Brasil em geral, com um olhar especial para a região do novo campus. A agroindústria brasileira (considerando a agricultura e todos os setores a montante e a jusante da produção alimentar de primeira transformação) sempre representou mais de 23% do PIB brasileiro (ou cerca de R$ 1 trilhão em 2013), conforme a Tabela 8 baseada nos dados do CEPEA/Esalq-USP. Isso corresponde a um mercado de trabalho que demanda profissionais da área de administração, já que o sistema agroindustrial brasileiro responde por mais de 30% do total de empregos formais do Brasil. Em 2004, por exemplo, o sistema agroindustrial brasileiro respondeu por 37% dos empregos formais do país. A Tabela 8 mostra a evolução recente do Produto Interno Bruto (PIB) do sistema agroindustrial brasileiro (que abarca todos os complexos agroindustriais da nação) em relação ao do PIB brasileiro entre os anos de 2000 e 2013. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 16 Tabela 8 Produto Interno Bruto do Brasil e Agroindústria Brasileira (milhões de reais). Agroindústria e Total 2000 2005 2008 2013 Insumos 74.460 91.006 117.882 127.847 Agropecuária 178.382 208.890 262.995 317.159 Indústria 248.151 281.983 310.425 306.807 Distribuição 248.878 282.889 321.260 340.424 PIB Agro 749.870 864.767 1.012.561 1.092.238 Participação (%) 23, 48% 23,61% 23,83% 22,54% PIB Brasil 3.193.236 3.663.335 4.249.221 4.844.815 Fonte: CEPEA – ESALQ-USP. Disponível em: http://cepea.esalq.usp.br/pib/. Ressalta-se ainda que o projeto pedagógico do curso de Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais está coerente e articulado com os eixos norteadores da construção do campus Lagoa do Sino da UFSCar – que são o desenvolvimento territorial, a sustentabilidade, a segurança alimentar e a agricultura familiar (PAULILLO et. alli., 2011), além de poder destacar, em sua concepção original, um conjunto de temas próprios do campo científico da administração e que são transversais a estes eixos construtores do referido campus. Essas temáticas da administração, cada vez mais diversificadas, e o crescimento vertiginoso do campo profissional em administração no Brasil ajudam a explicar a procura relevante de estudantes interessados pelo curso de administração do campus de Sorocaba nos vestibulares da UFSCar - o segundo curso de graduação mais procurado em 2012 conforme a Tabela 9, o que já é outra justificativa inicial para a instalação de um novo curso em administração na UFSCar, só que agora com linha de formação em Sistemas Agroindustriais. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 17 Tabela 9 Comparação dos candidatos inscritos por opção de cursos da UFSCar - vestibular 2012 Cursos Candidato/Vaga – Opções 1 e 2 Administração (Sorocaba) 115,85 Medicina 210,9 Engenharia Agronômica (Araras) 27,4 Engenharia Civil (São Carlos) 82,61 Engenharia de Computação (São Carlos) 31,30 Engenharia de Materiais (São Carlos) 20,66 Engenharia de Produção (São Carlos) 45,69 Engenharia Elétrica (São Carlos) 43,35 Engenharia Física (São Carlos) 17,05 Engenharia Mecânica (São Carlos) 69,66 Engenharia Química (São Carlos) 38,92 Engenharia de Produção (Sorocaba) 57,10 Engenharia Florestal (Sorocaba) 41 Total Engenharias (UFSCar) 43,15 Total (UFSCar) 37,91 Fonte: UFSCar (2012). O desenvolvimento do projeto pedagógico do curso de administração com linha de formação em sistemas agroindustriais da UFSCar começou também sob uma preocupação semelhante ao do curso de Engenharia Agronômica do campus Lagoa do Sino, isto é, a de apresentar uma aderência à realidade das regiões paulistas de Itapetininga, Avaré e Itapeva (sem desconsiderar também o nordeste do estado do Paraná), possibilitando um diálogo com os atores e demandas de um território com predomínio da agricultura familiar, presença marcante de assentamentos rurais e comunidades tradicionais, elevada produção agroindustrial e índices de desenvolvimento econômico e humano inferiores às demais regiões paulistas. Nasce, portanto, de uma grande possibilidade de diálogo entre os eixos norteadores dos cursos que já estão em funcionamento no campus Lagoa do Sino da UFSCar (Engenharia Agronômica, Engenharia de Alimentos e Engenharia Ambiental) e os do novo curso proposto (Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais) visando, inclusive, ao melhor aproveitamento dos PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 18 docentes contratados anteriormente (para os três primeiros cursos), o que é considerado positivo, diante da limitação de vagas docentes destinadas pelo MEC. Construir um curso de graduação em Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais deve favorecer também a consolidação de uma proposta teórica e metodológica comum para a estrutura e a organização de atividades de ensino, pesquisa e extensão do referido campus. Nessa direção, vale destacar que o presente projeto pedagógico teve, desde o início, a busca da originalidade em relação aos cursos de gestão e administração já oferecidos pela UFSCar – como engenharia de produção, administração, economia, etc. Salienta-se que, embora esteja proposto outro curso de Administração na UFSCar, a linha de formação é em Sistemas Agroindustriais, o que difere do oferecido no campus da UFSCar de Sorocaba, além de facilitar o diálogo de um novo curso com os projetos de pesquisas e de extensão de um campus instalado em uma fazenda produtiva em soja, trigo e milho a partir de 2011, e que necessita de estudos e orientações em administração agroindustrial, agrícola e agrária. Neste sentido, ao agregar a perspectiva da gestão agroindustrial com a do rural (o agrícola e o agrário), carrega em si a concepção moderna do novo rural brasileiro ou do fenômeno ―rurbano‖, conforme Graziano da Silva (1999), em que as disposições econômicas, sociais e políticas específicas ou isoladas do meio rural tendem a desaparecer com a pluriatividade do trabalho e o crescimento da multifuncionalidade do homem rural (empresário e trabalhador do campo) e a diversificação crescente do processo de geração de renda rural a partir dos anos 1990, que já estavam estimuladas pelo processo anterior de interpenetração de capitais (financeiro, industrial, comercial e agrário) ocorrida primeiramente na agroindústria e na agricultura de larga escala nos anos 1980 com as constituições dos complexos agroindustriais (DELGADO, 1985). A instituição de um curso de Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais também deverá contribuir decisivamente para o processo de criação e desenvolvimento de um primeiro programa de pós-graduação do novo campus Lagoa do Sino. De caráter interdisciplinar, também baseado nos eixos condutores do projeto original de construção do Campus Lagoa do Sino, conforme Paulillo et alli (2011), o primeiro programa de pós-graduação deste campus poderá ser um polo importante de atração e de fixação dos novos docentes, sabendo tratar-se de uma região tradicionalmente esquecida e à margem do desenvolvimento econômico e social mais amplo ocorrido no restante do estado. Um curso de administração no campus Lagoa do Sino da UFSCar também representaria um ponto de atratividade em relação aos estudantes que demandam a Universidade. A suposição é a de que o curso de Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais seria bem aceito na região e pelos PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 19 diversos atores produtores de alimentos do Brasil e da América Latina, além de muito atraente para os futuros alunos por conta do lugar dominado pela agricultura familiar e pelas operações crescentes de cadeias agroindustriais, conforme mostra Paulillo et alli (2011). Enfim, revelada a atratividade de formar administradores com habilidades e conhecimentos gerais da administração, mas também específicos para gestões em sistemas agroindustriais, o novo curso e a sua localização devem potencializar a atratividade de alunos e docentes por conta do perfil agroindustrial do território do campus Lagoa do Sino, ampliando e diversificando as opções de pesquisa e extensão. A região apresenta uma grande diversidade de sistemas agroindustriais, sejam caracterizados pelas suas especificidades, como no caso das produções de uvas finas e rústicas (muitas delas prontas para o consumo em novembro e não em dezembro, o que proporciona um preço mais elevado pago pelo mercado da grande São Paulo); ou ainda pelo domínio da produção do eucalipto no estado de São Paulo, ou então por novas tendências como o recente avanço da soja no estado de São Paulo, além de ser a nova fronteira de expansão da laranja paulista (por causa da tentativa de fuga citrícola das pragas dos pomares que dominam as regiões tradicionais de laranja). O perfil produtor de alimentos da região ganhou destaque no estudo apresentado por Paulillo et. alli. (2014), que aponta para uma grande representatividade da produção diversificada de alimentos e de derivados madeireiros desde 2009, o que reflete a base agropecuária da região do campus Lagoa do Sino. A produção de alimentos, além de diversificada, é concentrada em pequenas propriedades de base familiar, conforme mostra Paulillo et. alli. (2014), apresentando grande participação na produção estadual alimentar, com destaques também para o algodão herbáceo, trigo, maçã e feijão - conforme a Tabela 10. O algodão e o feijão são produtos tradicionais da região desde o começo do século XX e criaram seus encadeamentos produtivos e comerciais. Encontra-se também no território circundante ao campus Lagoa do Sino uma área significativa ocupada por assentamentos de reforma agrária e comunidades de agricultores tradicionais, em grande parte com elevada carência de conhecimentos relacionados ao campo da administração e um potencial inexplorado de agregação de valor à sua produção. No caso do algodão, ele foi um produto agrícola impulsionador da industrialização da macrorregião de Sorocaba porque a indústria têxtil do estado de São Paulo começou na região em 1882. O algodão da região representa 86% do total produzido no estado de São Paulo (SEADE,2009). O feijão é historicamente representativo por causa das produções das regiões de Itapeva e de Itararé e a proximidade com a região metropolitana de São Paulo - grande consumidora e também PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 20 formadora do preço do produto semanalmente através da dinâmica especulativa da chamada bolsinha de preços do feijão na região do CEAGESP na capital paulista. Outras produções agrícolas da região têm representatividade produtiva semelhante no estado de São Paulo, como a maçã, o pêssego, o trigo e o triticale, conforme a Tabela 10. Independente de seus graus de adensamento tecnológico e organizacional, essas culturas agrícolas possuem encadeamentos econômicos importantes no estado de São Paulo e que justificam a UFSCar desenvolver um curso de Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais, porque essa produção alimentar diversificada permitirá agregar mais conteúdos nas atividades de ensino do campus, além de adensar as atividades de pesquisa e extensão que começaram com as engenharias (agronômica, de alimentos e ambiental) e que, com este novo curso, pode avançar para outras temáticas (como comercialização de produtos, planejamento financeiro, planejamento de controle da produção, administração de estoques, marketing, gestão da qualidade, organização e métodos, logística, prospecção de mercados, desenvolvimento de novos empreendimentos etc.). Tabela 10 Principais culturas das regiões de Itapetininga, Avaré e Itapeva – 2009. Fonte: SEADE, 2009 PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 21 Paulillo et. alli. (2014, p. 22) destacaram que o percentual de domicílios rurais na região do campus Lagoa do Sino é de 17,95% do total de domicílios, conforme a Tabela 11, que é um valor aproximadamente cinco vezes superior ao registrado para domicílios rurais no estado de São Paulo (3,76% do total). Domicílios rurais são indicativos de produção agrícola familiar na região. Percebe-se a necessidade de formar profissionais que atuarão no setor produtivo da agricultura familiar sustentável. Tabela 11 Tipo de moradia nas regiões de Itapeva, Itapetininga e Avaré. Tipo de moradia Território Lagoa do Sino Estado de São Paulo absoluto % do total absoluto % do total Domícilios particulares permanentes 275.013 100,00 12.827.153 100,00 Urbanos 225.637 82,05 12.334.236 96,16 Rurais 49.376 17,95 482.917 3,76 Habitantes por moradia 3,31 NA 3,21 NA Urbanos 3,26 NA 3,20 NA Rurais 3,43 NA 3,47 NA Fonte: SEADE,2010 Os agricultores familiares demandam um profissional capaz de compreender as especificidades de seus sistemas produtivos e que assim consiga apoiar sua reprodução social e econômica. Esse profissional deve conhecer e aprimorar tanto as dinâmicas dos complexos agroindustriais como as estratégias diferenciadas adotadas pelos agricultores familiares, visto que mais do que um lugar de produção, a unidade de produção familiar é um espaço de sociabilidade, no qual moram, casam, produzem seus alimentos, trabalham e no qual pretendem criar seus descendentes. Aponta-se ainda que a agricultura familiar é responsável por garantir parte importante da segurança alimentar do país, como importante fornecedora de alimentos para o mercado interno. Conforme será mostrado, a segurança alimentar nutricional se apresenta, em articulação aos conceitos de sistemas agroindustriais e do empreendedorismo na agricultura familiar, como um conceito-chave na construção do projeto pedagógico do curso de Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais da UFSCar. Outro dado revelador de Paulillo et alli. (2014, p. 22) são as taxas de urbanização na região do campus Lagoa do Sino, que chegam a menos de 30% em muitos municípios (sendo que o município com menor taxa de urbanização da região tem apenas 25% da população no meio urbano). São dados que mostram como a ruralidade é muito significativa na região do campus Lagoa do Sino da UFSCar e que PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 22 um curso de administração que tenha foco nas questões agroindustriais e do novo rural (rurbano) pode proporcionar novas contribuições no ensino, pesquisa e extensão sobre a região (Tabela 12). Tabela 12 Comparação do perfil populacional: estado de São Paulo e região da Lagoa do Sino. População Dados Gerais Estado de São Paulo % Região da Lagoa do Sino % Máxima TLS Mínima TLS População Residente 41.223.683 NA 911.174 NA 144.209 3.113 Urbana 39.548.206 95,94% 739.809 81,19% 130.898 827 Rural 1.675.477 4,06% 171.365 18,81% 13.790 857 Densidade demográfica (hab./Km²) 166,08 NA 46,27 NA 309,33 3,71 % de urbanização 95,94 NA 81,19 NA 95,28 25,60 População Economicamente Ativa 35.693.829 6,75% 775.249 2,17% NA NA PEA/população total 0,805 NA 0,794 NA NA NA Razão de dependência 0,25 NA 0,26 NA NA NA Fonte: Paulillo et. alli. (2014, p. 22), a partir de dados da SEADE (2010) Paulillo et. alli. (2014) também mostram que a taxa de crescimento da população rural do TLS tem menor retração que o estado de São Paulo, reforçando que a região tem população rural mais representativa que outras regiões, conforme a Tabela 13. Isso reforça a vocação rural e agrícola da região do novo campus da UFSCar. Tabela 13 Estatísticas vitais da população – Estado de São Paulo e região do campus Lagoa do Sino. População - Estatísticas Vitais Estado de São Paulo Região Lagoa do Sino Maxima TLS Município Mínima TLS Município Taxa geométrica de crescimento anual da população 1,09 NA 0,81 NA 3,77 (1,54) Taxa geométrica de crescimento anual da população urbana 1,36 NA 1,44 NA 4,14 (2,11) Taxa geométrica de crescimento anual da população rural (3,67) NA (0,48) NA 11,21 (4,51) PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 23 Fonte: Paulillo et. alli. (2014, p. 24), a partir de dados da SEADE (2010) O percentual de participação das moradias rurais (18%) em relação ao total é muito superior à média estadual (3,7%). Este dado, apresentado por PAULILLO et. alli. (2014), reforça também o perfil rural e agropecuário da região do novo curso de administração proposto, não somente pela representatividade da produção rural e dos empregos agrícolas, mas também em termos das presenças de moradias e moradores rurais, conforme a Tabela 11. As três microrregiões mais próximas do campus Lagoa do Sino da UFSCar apresentam cerca de 22.000 estabelecimentos agropecuários (PAULILLO et. alli., 2014). Destes, segundo PAULILLO et. alli. (2014), 71% é unidade agropecuária familiar, um valor superior à média do estado de São Paulo (que é de 65%), embora inferior à média brasileira (88%). Além da produção diversificada de alimentos nessas propriedades, conforme foi mostrado, há também predomínio da mão de obra familiar e com a moradia na propriedade rural, corroborando os dados da base demográfica dessa região. A representatividade do setor primário nas regiões de Itapeva, Itapetininga e Avaré (com cerca de 40 municípios) é mais significativa que a região mais expandida de 79 municípios das macrorregiões de Sorocaba e Itapeva. A Tabela 14 mostra que, na região mais aproximada do campus Lagoa do Sino da UFSCar (as regiões de Itapeva, Itapetininga e Avaré), o setor primário responde por 24,7% do total de empregos formais, enquanto que essa representatividade cai para 6,6% do total de empregos formais quando se compara com os demais 39 municípios do total da macrorregião de Sorocaba (municípios do eixo da Rodovia Castello Branco). Tabela 14 Participação dos setores econômicos no total de empregos formais das sub-regiões da RA de Sorocaba. Setores 39 municípios do eixo da Rodovia Castello Branco 40 municípios do sul e sudoeste da RA Sorocaba Setor Primário 6,6% 24,7% Indústria Extrativa 0,2% 0,7% Indústria Transformação 32,6% 15,6% Construção Civil 3,8% 1,4% Comércio 20,20% 19,8% Serviço Utilidade Pública 0,6% 1,10% Administração Pública 9,2% 20,20% Serviços 26,8% 16,60% Total 100% 100% PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 24 Fonte: Secretaria de Planejamento do Governo do Estado de São Paulo (2012), a partir de MTE/RAIS 2008. O mesmo acontece quando se toma os dados de 2008 sobre as participações dos setores de atividades econômicas no total dos estabelecimentos formais das sub-regiões de Sorocaba (40 municípios do sul e sudoeste do estado diante dos 39 municípios mais próximos da rodovia Castello Branco), conforme a Tabela 15. O setor primário tem grande representatividade em estabelecimentos agropecuários nos municípios do sul e sudoeste do estado (31,4% do total de estabelecimentos em 2008) quando comparado com os demais 39 municípios da macrorregião de Sorocaba (que respondem por 12% do total), segundo os dados da RAIS de 2008 que foram utilizados pela Secretaria de Planejamento do Governo do Estado de São Paulo (2012). Tabela 15 Participação dos setores econômicos no total dos estabelecimentos formais das sub- regiões da RA de Sorocaba. Setores 39 municípios do eixo da Rodovia Castello Branco 40 municípios do sul e sudoeste da RA Sorocaba Setor Primário 12% 31,4% Indústria Extrativa 0,2% 0,5% Indústria Transformação 9,6% 5,4% Construção Civil 3,7% 2,3% Comércio 43% 39,0% Serviço Utilidade Pública 0,3% 0,8% Administração Pública 0,3% 0,7% Serviços 30,9% 19,80% Total 100% 100% Fonte: Secretaria de Planejamento do Governo do Estado de São Paulo (2012), a partir de MTE/RAIS 2008. Paulillo et. alli. (2014) mostraram que essa região contribui com percentual ínfimo no valor adicionado total do estado de São Paulo (1,53%). No entanto, para o setor agropecuário não ocorre o mesmo, pois a representatividade para o total do estado de São Paulo está em torno de 12,78%. Isso reforça o perfil agrícola e rural entre os municípios da região do campus Lagoa do Sino da UFSCar. Mesmo que prevaleçam os setores de serviços e da indústria no total do PIB do Território Lagoa do Sino (TLS) - com mais de 86% do PIB totalizado (PAULILLO et. alli., 2014). Os maiores contribuintes do PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 25 PIB do TLS são os empreendedores do setor de serviços, que representam um valor adicionado de 53% (dados de 2009), seguido da indústria (com 34%) e da Agropecuária (com 13%), conforme a Figura 8. Figura 8 Composição do PIB das regiões de Avaré, Itapeva e Itapetininga.Fonte: Paulillo et. alli. (2014, p. 28), a partir de dados da Fundação Seade (2007) e IBGE em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus – SUFRAMA (2007). O perfil agroindustrial está diversificado na atualidade, o que significa que muitas cadeias de produção agroindustrial atravessam a região. Este perfil da região começou a ser montado ainda no final do século XIX quando a produção do algodão cresceu por causa do aparecimento da exportação para os EUA a partir de 1860 (em guerra da secessão no período). A produção de algodão começou a influenciar as primeiras fábricas têxteis na mesma década. A industrialização têxtil ganhou maior ímpeto a partir de 1882 e trouxe consigo pequenas agroindústrias para as cidades da região como fábricas de alimentos, bebidas, chapéus e calçados. Até 1920, a agroindústria definiu-se também para laticínios e pequenos frigoríficos, acompanhando o perfil agropecuário da região com os aumentos dos rebanhos bovinos de corte e misto (leite e corte). A produção do café também estava presente neste período (do auge cafeeiro, que durou até a crise internacional de 1929), embora a região sempre estivesse marcada pelo perfil agropecuário diversificado - e que não perdeu até hoje. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 26 Um grande salto diferenciador para a agroindústria dessa região veio nos anos 70 do Século XX com a política governamental estadual de descentralização do desenvolvimento econômico. As florestas naturais da região atraíram a indústria de extração da madeira, sendo que os programas de reflorestamento estimulados pela política governamental facilitaram a agroindustrialização da madeira na região. Este movimento foi a base do crescimento da indústria de papel e celulose, de resinas, móveis e outros produtos madeireiros. Segundo a Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional do Governo do Estado de São Paulo, a partir dos dados da RAIS de 2008, a região respondeu por 48,6% dos empregos da produção florestal estadual e agregou 35% dos estabelecimentos da atividade florestal paulista no referido ano (RAIS, 2008). Considerando as principais atividades industriais da macrorregião de Sorocaba do governo do estado de São Paulo (que envolve as regiões de Itapeva, Itapetininga, Avaré, Sorocaba e Botucatu)1, a agroindústria se destaca pelas atividades extrativas de minerais não-metálicos (extração de calcário para produção de cal e cimento, areia, argila, rocha carbonática, brita ornamental, filito, água mineral e minerais industriais), bebidas (água mineral), madeira, papel e celulose e têxteis. A Tabela 16 mostra as participações destes setores industriais em relação ao total produzido no estado de São Paulo, o que permite compreender melhor a representatividade agroindustrial da região do campus lagoa do sino da UFSCar. O perfil agroindustrial da região do campus Lagoa do Sino também é revelado quando se considera as participações dos setores de atividades econômicas da região no total do Valor Adicional Fiscal (VAF) de 2008. Nela, a indústria da madeira da região representa 49,2% do VAF total do setor madeireiro do estado de São Paulo de 2008 (PAULILLO, 2014). A indústria de bebidas da região (principalmente de água minerais) representa 10,3% do VAF total de transformação de bebidas do estado de São Paulo, sendo minerais não-metálicos (com 10,5% do total) e o papel e celulose (6,2%) outras atividades de destaque em termo de valor adicionado fiscal estadual, segundo a Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional do Estado de São Paulo. 1No dia 11 de fevereiro de 2014 foi criada por decreto do governo do Estado de São Paulo a Região Administrativa (RA) de Itapeva, sendo está composta por 32 municípios que pertenciam à RA de Sorocaba, sendo eles: Angatuba, Apiaí, Arandu, Barão de Antonina, Barra do Chapéu, Bom Sucesso de Itararé, Buri, Campina do Monte Alegre, Capão Bonito, Coronel Macedo, Fartura, Guapiara, Iporanga, Itaberá, Itaí, Itaoca, Itapeva, Itapirapuã Paulista, Itaporanga, Itararé, Nova Campina, Paranapanema, Piraju, Ribeira, Ribeirão Branco, Ribeirão Grande, Riversul, Sarutaiá, Taguaí, Taquarituba, Taquarivaí e Tejupá. Dados socioeconômicos consolidados dessa nova RA ainda nãoestão disponibilizados. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 27 Tabela 16 Principais Atividades da Região Administrativa de Sorocaba, RAIS 2008. Atividade % no total do estado SP Indústria Extrativa Minerais Metálicos 12,1% Minerais Não-Metálicos 12,1% Indústria de Transformação Alimentos 5,3% Bebidas 20,1% Têxteis 7,6% Confecção de Vestuários 9,6% Produtos de Madeira 30,3% Celulose e Papel 5,4% Produtos Químicos 5,2% Produtos de Borracha e Material Plástico 7,3% Produtos de Minerais Não- Metálicos 10,2% Metalurgia 11,7% Produtos de Metal 6,6% Equipamentos de Informática e Eletrônicos 13% Máquinas e Aparelhos Elétricos 7,9% Máquinas e Equipamentos 6,7% Veículos e Carrocerias 7,8% Outros eq. de transporte 7,3% Móveis 5,5% Diversos 8,5% Fonte: Secretaria de Planejamento do Governo do Estado de São Paulo (2012), a partir de MTE/RAIS 2008. As atividades agroindustriais e agrícolas são muito responsáveis pelo desempenho econômico da macrorregião de Sorocaba, em especial nos municípios mais ao centro e sudoeste – mais próximos do campus Lagoa do Sino. Em termos de geração do desempenho do PIB (Produto Interno Bruto) entre 1996 e 2008, a região alcançou crescimento médio de 5%, sendo que 44% dos municípios da macrorregião de Sorocaba cresceram e 23,7% ficaram estagnados (PAULILLO et. alli., 2014). Isso revela uma heterogeneidade relevante, como mostra a Figura 10, em que alguns municípios sequer acompanharam o aproveitamento econômico da maioria no período - seja na indústria, na agroindústria ou na agricultura. Comparado ao total do estado de São Paulo, 73% dos municípios da macrorregião de Sorocaba tiveram taxas superiores à taxa média de crescimento anual do PIB do conjunto do estado de São Paulo (que foi de 3,58 ao ano), segundo a Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional do Estado de São Paulo (PAULILLO et. alli., 2014). PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 28 Figura 10 Heterogeneidade entre as taxas geométricas de crescimento do PIB ao ano (em %) na macrorregião de Sorocaba e no estado de São Paulo – 1996 a 2008 A localização do campus Lagoa do Sino em uma região de forte perfil agrícola e agroindustrial é, portanto, um fator que justifica a criação de um curso de Bacharelado em Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais. A instalação do novo campus da UFSCar em uma fazenda que se encontra em produção alimentar (de milho, trigo e soja, além de outras plantações que começam a ocorrer para atender o ensino e a pesquisa de docentes e discentes do curso de engenharia agronômica) também é outro fator que, juntamente com a aderência à realidade intensamente agrícola e agroindustrial da região, facilitará o diálogo dos eixos do novo curso de administração com os eixos propostos no projeto original de Paulillo et. alli. (2011) de construção do campus Lagoa do Sino. Outra justificativa é a baixa concentração de cursos de graduação na macrorregião de Sorocaba, sendo mais agravante para as microrregiões de Itapeva, Itapetininga e Avaré. Paulillo et. alli. (2011) também mostraram que há uma baixa concentração de cursos de graduação no ensino superior na região – que em 2009 representava apenas 10% do total do estado de São Paulo. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 29 2.3. Conceitos-chave que fundamentam a proposta do curso e a articulação com os eixos programáticos de ensino A partir do processo de identificação das principais habilidades e conhecimentos gerais do campo de formação do administrador e também do discernimento de conhecimentos mais específicos que devem ser agregados para o egresso do curso de administração com linha de atuação em sistemas agroindustriais, foram definidos sete (7) conceitos-chave para pautar as construções dos eixos e conteúdos programáticos de ensino. Os sete conceitos-chave são os seguintes: 1) Sistemas Agroindustriais; 2) Segurança Alimentar e Nutricional; 3) Governanças; 4) Pós-Fordismo Global e Novos Mecanismos de Administração; 5) Empreendedorismo & Agricultura Familiar; 6) Desenvolvimento Rural & Sustentabilidade; 7) Território. Os sete conceitos-chave serão apresentados nos próximos itens. Eles embasam as construções dos quatro eixos programáticos do curso de Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais do campus Lagoa do Sino da UFSCar. Os quatro eixos, por sua vez, abrigam os mesoconteúdos e conteúdos de ensino. Os quatro eixos programáticos são os seguintes: 1) Desenvolvimento Territorial e Políticas Públicas; 2) Economia e Finanças; 3) Comercialização; 4) Administração de Operações Agroindustriais. Após as apresentações dos fundamentos centrais dos sete conceitos-chave do projeto pedagógico do curso, o presente projeto tratará da distribuição dos mesoconteúdos ao longo dos quatro eixos de ensino. Eixos que estarão presentes ao longo dos quatro anos de realização do curso de administração com linha de formação em sistemas agroindustriais. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 30 Três eixos (Economia e Finanças, Comercialização e Administração de Operações Agroindustriais) são mais representativos porque estão vinculados a mais conceitos-chave, como mostra a Tabela 17. O eixo Economia e Finanças está vinculado a seis conceitos-chave e os eixos de Comercialização e de Administração de Operações Agroindustriais estão vinculados a cinco conceitos. São os eixos dominantes do curso. Tabela 17 Eixos & Conceitos-Chave do Curso de Administração. Eixos No. Conceitos-Chave Economia e Finanças 6 Administração de Operações Agroindustriais 5 Comercialização 5 Desenvolvimento Territorial e Políticas Públicas 4 Fonte: elaboração própria. O outro eixo, Desenvolvimento Territorial e Políticas Públicas, está vinculado a quatro conceitos- chave. Isso ocorre por se tratar de um curso de administração que já tem a inovação de focar uma linha de formação em sistemas agroindustriais e, além disso, enfatizar o aspecto do desenvolvimento territorial. Assim, a questão do desenvolvimento local recebe uma conotação especial neste curso de administração por três razões principais: 1) A necessidade de considerar que os sistemas e complexos agroindustriais apresentam heterogeneidades estruturais, tecnológicas, institucionais, organizacionais e regionais que não podem ser negligenciadas (PAULILLO, 1994); 2) A heterogeneidade organizacional entre complexos agroindustriais ocorre a partir das relações que os setores industriais de processamento alimentar e de bens de capital agroindustrial constroem com a agricultura de cada localidade - considerando, portanto, a história da agropecuária do lugar e os modos de produção e de acumulação dos agricultores e criadores no território (PAULILLO, 2000); e 3) Considerar que as mudanças administrativas contemporâneas estão inseridas no bojo das transformações estruturais globais, na qual quanto mais a globalização avança, o local se reorganiza, tornando-se singular (SANTOS, 1996, op. cit. PAULILLO, 2000). PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 31 Assim, as experiências administrativas agroindustriais locais devem ser ressaltadas no processo de ensino e aprendizagem sobre qualquer mudança conceitual no campo da administração em geral. Ou seja, os casos administrativos revelam especificidades importantes e a delimitação e o entendimento do lugar faz a diferença nos processos de ensino, pesquisa & extensão no campo da administração. Isto é, os casos localizados da administração devem ser compreendidos e refletidos para permitir ampliar o espectro sobre os desafios do planejamento, execução e desenvolvimento de programas e políticas administrativas. Trata-se da impossibilidade de desconsiderar as localidades para a compreensão da dinâmica empresarial atual nas economias capitalistas porque se o espaço global avança, o local se torna específico ou singular ao mesmo tempo (PAULILLO, 2000). Se o espaço se torna uno para atender às necessidades de uma produção globalizada, as regiões aparecem como as distintas versões da mundialização. Esta não garante a homogeneidade, mas, ao contrário, instiga diferenças, reforça-as e até mesmo depende delas. Quanto mais os lugares se mundializam, mais se tornam singulares e específicos, isto é, únicos. (...) se para a compreensão de qualquer fração do Planeta, a totalidade do processo que a molda há de estar presente, assim também, para a compreensão da realidade global, é indispensável o entendimento do que é a vida nas diferentes regiões; de seus funcionamentos específicos, de suas especializações, de suas relações, enfim, de seu arranjo em particular, sempre em movimento (SANTOS, 1996, p. 46-47). A Figura 11 mostra as respectivas vinculações dos conceitos-chave deste projeto com os eixos programáticos do curso de administração com linha de formação em sistemas agroindustriais. Nota-se que cada eixo também está articulado às habilidades e conhecimentos principais esperados dos futuros egressos e que foram apontados pelas empresas agroindustriais brasileiras e pelos coordenadores dos cursos de graduação na temática agroindustrial entrevistados em BATALHA et. alli. (2005). PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 32 Figura 11 Vinculações entre habilidades ou conhecimentos pessoais, conceitos-chave e os eixos do curso de administração com linha de formação em sistemas agroindustriais. Fonte: elaboração própria. 2.3.1. Sistemas Agroindustriais A noção de Sistemas Agroindustriais remete a percepção que existe um encadeamento entre diferentes agentes para o cumprimento de uma função ou o exercício de uma atividade, que nesse caso PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 33 esteja vinculado a um produto de origem agrícola. Os sistemas são dotados de uma estrutura que se modifica no tempo, apresentando deslocamento de fronteiras, mudanças no meio ambiente ou ainda rearranjos internos. A definição de seus contornos depende do tema, do problema e do objetivo a ser abordado. A partir de uma perspectiva neoclássica, Davis e Goldberg na Universidade de Harvard em 1957, desenvolveram uma agenda de trabalho com o objetivo inicial de descrever as crescentes interações e interdependências entre a agricultura e os setores industriais e de serviços a montante e a jusante do rural. O conceito de Commodity System Approach (CSA) foi introduzido em trabalho posterior, quando GOLDBERG (1968) estudou o comportamento dos sistemas de produção do trigo, soja e laranja nos Estados Unidos. O estudo realizou um corte vertical na economia que teve como ponto de partida e principal delimitador do espaço analítico uma matéria-prima agrícola específica (laranja, café e trigo). Alguns pontos se destacaram no estudo, como: a focalização em um produto; a delimitação do campo analítico, no caso o geográfico (por exemplo, a laranja da Florida); o trabalho com o conceito de coordenação; e por fim a diferenciação do sistema agroindustrial dos demais sistemas industriais. Um dos fundamentos da CSA é a análise com base sistêmica, focalizando a sequencia de transformações por que passam os produtos, conforme demonstra a Figura 12. Um CSA engloba todos os atores envolvidos com a produção, processamento e distribuição de um produto. Tal sistema inclui o mercado de insumos agrícolas, a produção agrícola, operações de estocagem, processamento, atacado e varejo, demarcando um fluxo que vai dos insumos até o consumidor final. O conceito engloba todas as instituições que afetam a coordenação dos estágios sucessivos do fluxo de produtos, tais como as instituições (regras, normas), órgãos governamentais, mercados futuros e associações de comércio. A análise de filière foi difundida na década de 1960 pela escola industrial francesa. Primordialmente não foi desenvolvida para a problemática agroindustrial, mas foi nesse campo que mais se disseminou. De acordo com Batalha e Silva (2007), o conceito de cadeia de produção ainda continua vago quanto ao seu enunciado, porém alguns pontos estão implicitamente ligados ao conceito, como a sucessão de operações, a dissociação, o encadeamento técnico e o fluxo de troca. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 34 Figura 12 Enfoque Commodity System Approach (CSA) Fonte: Zylbersztajn (1995). De maneira geral, segundo Batalha e Silva (2007), uma cadeia de produção agroindustrial pode ser segmentada, de jusante a montante, em três macrossegmentos: ● Comercialização: Empresas que estão em contato com o cliente final da cadeia de produção e viabilizam o consumo e o comércio dos produtos finais. Ex: supermercados, mercearias, restaurantes. ● Industrialização: Representa empresas responsáveis pela transformação das matérias- primas em produtos finais destinados ao consumidor. ● Produção de matérias-primas: Firmas que fornecem matérias-primas iniciais para que outras empresas avancem no processo de produção do produto final (agricultura, pecuária, pesca etc.). Nas Cadeias de Produção Agroindustrial, ao contrário do método de Goldberg, o encadeamento das operações como forma de se definir a estrutura da CPA deve se dar de jusante a montante. Ou seja, a PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 35 partir de um produto final, reconhecido pelo consumidor, se traça as varias operações técnicas, comerciais e logísticas necessárias a sua produção. A estrutura de uma Cadeia de Produção Agroindustrial é composta pela sucessão de operações tecnológicas de produção, distintas e dissociáveis, visando a obtenção de um determinado produto, como demonstra a Figura 13. O encadeamento das operações implica num fluxo de troca, que pode ser dentro da firma, ou fora dela. Produtos intermediários e produtos finais são gerados dentro de uma CPA, sendo a comercialização desses produtos determinada pela estabilidade física dos mesmos além de seu valor de mercado. Diante desse fluxo de troca, Batalha e Silva (2007) destacam dentro de uma Cadeia de Produção Agroindustrial quatro mercados com diferentes características: ● Mercado entre os produtores de insumos e os produtores rurais; ● Mercado entre produtores rurais e agroindústria; ● Mercado entre agroindústria e distribuidores; ● Mercado entre distribuidores e consumidores finais. O encadeamento técnico da CPA permite o aparecimento de oportunidades de logística e comercialização, sendo o posicionamento da firma dentro do sistema determinado pelo conjunto de atividades pela qual ela é responsável na produção do produto final. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 36 Figura 13 A Cadeia de Produção Agroindustrial Fonte: Batalha e Silva (2007). De acordo com Paulillo (2007), o desenvolvimento da economia brasileira e as políticas governamentais de agroindustrialização nacional, ocorridas nas décadas de 1960 e 1970, proporcionaram o processo de integração entre agricultura e indústria e alguns trabalhos começaram a surgir tratando dessa relação. Desde então muitas pesquisas vêm sendo publicadas, no entanto, segundo Batalha e Silva (2007), a literatura que trata dessa problemática tem feito grande confusão entre as expressões Sistema PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 37 Agroindustrial, Complexo Agroindustrial e Cadeia de Produção Agroindustrial. Sendo que segundo os autores, cada uma reflete um nível de análise do Sistema Agroindustrial, Partindo de outras bases teóricas, com influência da Economia Política, trabalhos recentes têm adotado o conceito de Sistemas Agroalimentares para o estudo dos processos de produção, distribuição e consumo dos alimentos. Essa abordagem se caracteriza, em suas abordagens analíticas, pela menor centralidade do papel do consumidor dentro dos sistemas, pondo em evidência o papel dos agricultores, o que permite a perspectiva territorial ganhe relevância dentro desta abordagem. Deste modo, o conceito de Sistemas Agroalimentares incorpora a perspectiva territorial e abarca as diferentes relações que se estabelecem a partir da interferência antrópica, com vistas à produção e processamento de alimentos, em um meio específico. Os meios, os sistemas agrícolas, os produtos, os processos, os atores, suas instituições, seu conhecimento, seus comportamentos alimentares e suas redes de relações se combinam em um território que apresenta uma forma de organização específica (CIRAD- SAR, 1996). Uma característica determinante dos sistemas agroalimentares é a sua relação com as dinâmicas naturais e sua dependência dos ciclos biológicos, ou seja, há um elemento de permanente instabilidade do processo, o qual está relacionado à reduzida capacidade de controlar as condições ambientais determinantes para a produção do alimento (SOLER, 2009). Por sistema agroalimentar entende-se o conjunto de atividades que se integram visando o cumprimento da função da alimentação humana. O sistema agroalimentar propõe uma perspectiva analítica articulada que observe as interconexões entre os diferentes setores que o estrutura. Nesse sentido, não é possível isolar ou desagregar uma etapa da outra para compreender como se dá o processo alimentar, mas é necessário observar as inter-relações que se dão desde a etapa básica da produção agropecuária até a comercialização e distribuição dos produtos (SOLER, 2009). Ferramentas de gestão modernas muitas vezes não são aplicadas, ou são de difícil implantação, nos sistemas agroindustriais. Isso porque existem algumas particularidades nesses sistemas que dificultam o processo, tais como: aspectos culturais, baixo acesso à tecnologia, baixa organização social, a sazonalidade, qualidade e perecibilidade das matérias-primas; a sazonalidade do consumo; e a perecibilidade do produto final. Além disso, questões sanitárias, governamentais, fundiárias, tecnológicas e econômicas também afetam a gestão dos negócios agroindustriais. O sistema agroindustrial (SAI) pode ser visto como um conjunto de grupos de atores econômicos diferentes, que são: 1) agricultura, agropecuária e pesca; 2) indústria de bens de capital; 3) indústria de PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 38 processamento de alimentos; 4) distribuição agrícola e alimentar 5) setor de serviços e de apoio; 6) comércio (atacado e varejo) nacional e internacional e 7) consumidor final. Para PAULILLO (2001), os sistemas agroindustriais operam com grande complementaridade entre os segmentos que os compõem, como a agricultura, a indústria de bens de capital, a indústria de alimentos, as atividades de pesquisa e inovação tecnológica, etc. Os segmentos econômicos e determinadas atividades são complementares quando o desempenho de uma influi positivamente sobre o desempenho da outra. O efeito de encadeamento (linkage) é o melhor exemplo, pois o crescimento de um setor gera demandas por insumos e prestação de serviços de outros setores. Há exemplos de complementaridade que afetam as decisões de investimento e a tecnologia. A viabilidade ou o sucesso da decisão de investimento ou de inovação tecnológica de um setor (ou empresa) pode depender de investimentos em outros setores (ou empresas). No caso agroindustrial, o processo envolve a fabricação de insumos, produção rural, processamento industrial, distribuição e consumo dos produtos finais (elaborados ou semielaborados). Os fluxos tecnológicos e produtivos incorporam todos os serviços de apoio, desde a pesquisa (P&D) e assistência técnica, transporte, comercialização, crédito, tradings, bolsas, órgãos de exportação, serviços portuários etc. (PAULILLO, 1994). Neste caso, o envolvimento de um conjunto de cadeias produtivas associadas a um produto ou família de produtos originadas a partir de uma determinada matéria-prima básica permitirá a caracterização de um complexo agroindustrial (BATALHA, 1997). A visão sistêmica amplia a percepção sobre o desenvolvimento da agricultura, seja familiar ou não familiar, e auxilia a formação e a atuação do profissional de administração de empresas (públicas e privadas). As características estruturais da agroindústria lhe conferem alguns atributos que ajudaram, e tendem a continuar ajudando, a amortizar as bruscas variações que a economia brasileira sofre. Ao contrário do que muitos pensam, 97,5% do total das agroindústrias nacionais são constituídas de micro e pequenas empresas com até 99 empregados (BATALHA, 1990). É evidente que quando se analisa o valor da produção industrial, este número altera-se substancialmente. Neste caso, as grandes e médias empresas são responsáveis por 63% do valor da produção industrial. Em relação ao número de empregados, a situação praticamente equilibra-se: 50,4% dos empregos do setor são gerados pelas micro e pequenas empresas agroindustriais. Esta característica do setor agroindustrial torna-se relevante na medida em que são conhecidas as deficiências administrativas das pequenas e micro empresas nacionais, ao mesmo PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 39 tempo em que se reconhece sua existência como extremamente importante para o bom desempenho econômico e social do país (BATALHA, 1990). Apesar do enorme potencial do mercado alimentar nacional em produção e em consumo, o Brasil ainda ocupa uma posição relativamente modesta no comércio alimentar mundial. Em 1999 ele era responsável por 3% do valor gerado pala agricultura mundial. Alguns autores estimam que este valor sobe para 9% caso seja considerado somente os produtos agrícolas que já tenham sofrido uma primeira transformação industrial (JANK, 1990). No entanto, essa produção é suficiente para colocar o Brasil entre os principais produtores mundiais de vários produtos agrícolas (café, suco de laranja, cana de açúcar, banana, mandioca, soja, cacau etc.) e entre os oito primeiros países exportadores de alimentos. A importância estratégica dos sistemas agroindustriais e agroalimentares para o Brasil pode ser visualizada segundo dois enfoques diferentes. O primeiro deles é a garantia de um nível de abastecimento alimentar adequado à população brasileira. Para isto, não é suficiente somente uma agricultura forte, mas é também necessária a existência de um setor agroindustrial eficiente e dinâmico. No Brasil, tal como em outras partes do mundo, existe uma tendência de consumo que se distancia cada vez mais dos produtos in natura para se aproximar dos produtos agroindustriais. Estudos têm mostrado que processos agroindustriais adequados permitem diminuir o desperdício, regularizar os picos de produção e consumo e oferecer produtos de maior qualidade para a população. Aliado a este fator de abastecimento interno, o setor agroindustrial sempre desempenhou, e deve continuar desempenhando, um papel de destaque no equilíbrio do comércio exterior brasileiro. A integração crescente da produção de insumos, da produção agropecuária, da agroindústria e da distribuição/armazenamento, bem como as constantes mudanças nos hábitos dos consumidores, traz complexidade para as gestões das unidades de produção agroindustriais. A situação no mercado externo, submetido a uma concorrência feroz, não é menos complexa. Ao mesmo tempo em que a oferta se multiplica em vários dos mercados onde o Brasil mantém uma posição privilegiada, os países ditos desenvolvidos levantam barreiras à importação, como forma de preservar o seu mercado interno. De qualquer maneira, o Brasil não pode ficar alheio à tendência de internacionalização cada vez maior da economia mundial e de todas as consequências que ela acarreta. Nas duas últimas décadas, consolidou-se a relevância do desenvolvimento sustentável na produção de alimentos, de fibras, energia e de produtos da flora e fauna, além da multifuncionalidade do setor primário mediante a agregação das atividades de lazer, turismo rural e preservação ambiental. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 40 Pode-se ainda observar um movimento crescente de diversificação e especialização dos produtores e a organização e reestruturação das cadeias produtivas, gerando produtos para o abastecimento interno e para exportação como mercados complementares. Busca-se a agregação de valor aos produtos e sua diferenciação. Este novo ambiente exige dos empreendimentos agroindustriais uma capacidade de adaptação rápida, que demanda o desenvolvimento de novas habilidades e atitudes. Para Oliveira (2002), as vantagens obtidas pela adoção de tecnologia podem ser facilmente copiadas ou aprimoradas, pois podem estar disponíveis a todos, permitindo aos concorrentes reproduzirem rapidamente produtos e serviços, preço e qualidade. Entretanto, a capacidade intelectual é um ativo que não pode ser copiado ou transferido facilmente. É dentro deste contexto que a formação de pessoas competentes no campo da administração para abordar a problemática sistêmica agroindustrial resgata toda a sua importância. Vencer os desafios impostos pela necessidade de ser competitivo em nível internacional, não só pela exportação de commodities, mas também, e principalmente, pela exportação de produtos com maior valor agregado, bem como garantir o abastecimento interno segundo as necessidades nutricionais e os anseios do consumidor brasileiro e avançar para a melhora do quadro da segurança alimentar ampla nacional (que abarque os eixos de solidariedade, autenticidade, meio ambiente, higiene e saúde – conforme coloca Paulillo e Pessanha, 2009), passa, necessariamente, pela formação de um corpo gerencial bem treinado e sintonizado com as peculiaridades da produção da agricultura e dos demais elos a jusante. 2.3.2 Segurança Alimentar e Nutricional A segurança alimentar se desenvolve ao redor de novos valores socialmente construídos e compartidos, como a nutrição e a saúde das pessoas, a sustentabilidade do meio ambiente, a autenticidade da produção do alimento etc. O objetivo dessa construção é alcançar a funcionalidade e a adaptação de um padrão alimentar com equidade para a população. Isso significa introduzir valores solidários nas esferas do consumo e da produção alimentar. Assim, a noção de segurança alimentar é ampla e abrange todos os segmentos que produzem e distribuem alimentos (agricultura, indústria, serviços e comércio), sendo determinada por cinco eixos (PAULILLO e PESSANHA, 2009). O primeiro é o da noção de saúde, com suas dimensões dietética e farmacêutica, ambas ligadas à composição nutricional dos alimentos (o conteúdo protéico, de fibras, colesterol etc.). O segundo eixo é o PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 41 da higiene dos alimentos, com a ausência dos elementos tóxicos e nocivos às pessoas. Essas noções estão indissociavelmente ligadas à necessidade de informação, de garantias e controles sobre as condições de produção e distribuição dos alimentos, e sobre as normas de embalagem. Enfim, as normas, fiscalizações e certificações dos produtos alimentares são cruciais (PAULILLO e PESSANHA, 2009). O terceiro eixo é o ecológico, que corresponde à produção de alimentos sem riscos tóxicos e a reivindicação do respeito ao meio ambiente. O quarto eixo é o da autenticidade e dos ideais do saber fazer, que se refere aos valores tradicionais da produção alimentar, a valorização da origem dos produtos e as especificações dos processos produtivos da agricultura e da indústria alimentar (PAULILLO e PESSANHA, 2009). O quinto eixo é o da solidariedade, no qual os valores morais e ideológicos impulsionam as participações da população bem nutrida e dos governantes em ações humanitárias no processo de consumo, através da compra de um produto socialmente correto em vez de outro. Nestes casos, o preço a ser pago para o produto pode até ser mais elevado porque privilegia a inclusão social e a redução do impacto ambiental - como o exemplo do comércio justo internacional ou dos mercados institucionais municipais (PAULILLO e PESSANHA, 2009). As ações do tipo food security (qualidade do alimento) e food safety (qualidade alimentar) estão contempladas em todos esses eixos. São diversas acepções de segurança alimentar que associam, em graus diversos, a qualidade substancial ou física dos produtos (composição nutricional, grau de toxidade, quantidade de calorias, propriedades gustativas etc.) e sua qualidade institucional (levando em conta os efeitos provocados pelos processos de produção e de comercialização alimentar no meio ambiente e no contexto social). Assim, existe um componente da demanda que abarca a qualidade externa e que se refere, portanto, às dimensões política, cultural e social da qualidade alimentar. No cerne do distanciamento entre as pessoas nutridas e desnutridas está o processo de reestruturação agroalimentar global, cuja sofisticação dos hábitos alimentares dos nutridos é apenas uma das faces. Friedman (2000, p. 19) observou que o modelo liberal-produtivista cultivou o gosto pelo alimento industrializado entre os consumidores urbanos e organizou as matérias-primas e os mercados em escala cada vez maior, ao mesmo tempo em que ocorreu o abalo do poder de regulação dos Estados Nacionais. Este abalo, que não deixou ―espaços vazios‖ para renascer as forças invisíveis do mercado (BONANNO, MARSDEM e SILVA, 1999, p. 357), permitiu que as grandes empresas agroindustriais assumissem a coordenação dos setores alimentares oligopolizados. Tal procedimento desencadeou um novo ritmo para o processo de concorrência agroindustrial porque as grandes cadeias produtivas de PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 42 alimentos avançaram no mundo através da intensificação dos processos de integração vertical e de quase- integração das grandes empresas de processamento, de flexibilização da produção, do aprimoramento dos modos de distribuição e consumo, da marginalização de produtores e trabalhadores rurais etc. Neste contexto, a obsessão das políticas econômicas nacionais pela estabilização monetária faz com que a segurança alimentar da população seja vista de maneira muito conservadora. Não basta elevar a oferta de alimentos e conter a inflação como não basta garantir uma renda mínima individual. Os Sistemas Agroindustriais já tem o potencial de eliminar a fome mundial, pois a produção de alimentos supera o consumo. A existência de políticas de não produzir na agricultura (tipo set-aside) é o melhor exemplo da suficiente oferta de alimentos nos países desenvolvidos. Entretanto, o problema da fome persiste em boa parte do globo. Enquanto Europa, Oceania e América do Norte reduziram fortemente suas escalas de miséria, concentradas atualmente nos grupos de imigrantes clandestinos e nas minorias (tipo as tribos aborígines na Austrália), África (com 21,7%) e Ásia (com 63%) concentram 84,7% da população de desnutridos do mundo. Nos continentes asiático e africano a fome é resultado da ausência de alimentos. Mas existem países em que a fome é o resultado da extrema desigualdade social (faltam renda mínima, educação mínima, informação mínima e empregos dignos para uma parte da população). O Brasil enquadra-se no segundo grupo. A segurança alimentar vai além do acesso à renda porque deve ser reconhecida como um recurso fundamental de inclusão social. Isso significa fazer com que as camadas sociais marginalizadas tenham acesso a recursos básicos da vida em sociedade (como emprego, educação, saúde, informação etc.) e possam participar das decisões que afetam suas vidas. Este último aspecto é muito importante porque, com o avanço da globalização e a fragmentação do Estado, as agendas de decisões relevantes (em setores produtivos ou não produtivos) estão cada vez mais distantes e fechadas para grande parte dos empreendedores e trabalhadores. Em algumas redes de orquestração de interesses estão fechadas até mesmo para os governantes. Exemplos significativos existem nos setores do agronegócio brasileiro (as grandes cadeias de produção agroindustrial), em que a grande parte dos agricultores, empresários industriais, prestadores de serviços e trabalhadores estão cada vez mais distantes das agendas de decisões que afetam suas vidas. Entretanto, muitas dessas decisões podem se dar em nível local, mesmo que sejam em redes de poder que operam no interior dos fluxos agroalimentares globalizados. Ou seja, é possível a operação de redes de inclusão social nos territórios pelos quais as grandes redes agroindustriais passam. Sabe-se que, PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 43 no Brasil, esses fluxos agroalimentares globalizados que atravessam o país criaram complexos agroindustriais e redes políticas que causaram a marginalização de boa parte das pessoas produtivas (no campo, na indústria, no setor de serviços etc.), ao mesmo tempo em que se acentuou a integração dos capitais financeiro, industrial, comercial e agrário. Alguns exemplos de movimentos locais orquestrados para a formação dessas redes de poder de inclusão social podem ser citados, como: 1) associações de agricultores para venda de produtos no comércio justo internacional (redes fair trade); 2) grupos de agricultores familiares para venda no mercado institucional nacional (merendas das escolas municipais e estaduais, hospitais, creches, penitenciárias etc.); 3) governos municipais com gestão participativa em áreas rurais e urbanas; 4) cooperativas ou consórcios de produtores e trabalhadores rurais visando melhorias das administrações e comercializações das produções rurais e garantias dos direitos trabalhistas; 5) câmaras setoriais pluralistas e comitês de bacias hidrográficas com participação elevada de atores sociais etc. A construção social de baixo para cima com o foco na inclusão social é o processo mais importante e inovador de tais redes organizadas localmente. Esses aspectos assumem especial importância quando se pretende focar lugares (municípios ou regiões) que possam alcançar a segurança alimentar e, ao mesmo tempo, se adaptar ao intenso processo competitivo dos fluxos agroindustriais globalizados sem abandonar o foco da equidade social. A inclusão social pode atingir esses ambientes de produção agrícola e alimentar e se tornar um dos eixos fundamentais de um programa de segurança alimentar, pois é nos municípios agrícolas e agroindustriais que existe a possibilidade do envolvimento de pequenos agricultores em situações de marginalização dos mercados tradicionais e de trabalhadores em situações de precarização profissional e social. Assim, a prioridade da segurança alimentar não recai apenas na demanda (com a alimentação adequada para a criança, o idoso, os doentes etc.), devendo alcançar também a oferta (com as novas possibilidades de venda dos alimentos de pequenos agricultores e fabricantes de alimentos do município ou região). Assim, um programa de segurança alimentar pode potencializar o desenvolvimento local com inclusão social. A presença das grandes cadeias agroalimentares em uma região não garante a eliminação da fome (muitas vezes ocorre o contrário) e muito menos o início do processo de construção da segurança alimentar ampla (que envolve ações de solidariedade e de redução dos impactos ambientais nas produções agroindustriais, e não apenas ações e políticas para o desenvolvimento da saúde das pessoas, a higiene e a autenticidade de alimentos). Para isso é necessário que cada indivíduo possa encontrar trabalho, educação, renda, informação mínima etc., e também participar das agendas de decisões sobre PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 44 tais temas. Além do mais, os distintos setores que geram renda não podem aprofundar ainda mais as desigualdades econômicas que ameaçam a estabilidade social - especialmente as cadeias agroindustriais, que geram renda e produzem alimentos. Trata-se, portanto, de um conceito de inserção social que deve permear a constituição de redes locais de segurança alimentar, onde a complexidade da reestruturação agroindustrial nos países, com seus impactos na insegurança alimentar das pessoas, é um grande problema. Assim, reestruturação agroindustrial global e segurança alimentar local estão imbricadas. Para o Brasil, o presente problema deve ser analisado sob uma particularidade relevante. Celso Furtado mostrou que a formação econômica brasileira foi heterogênea em termos estruturais, tecnológicos e regionais. Com os complexos agroindustriais constituídos no Brasil este problema foi acentuado. Sabe-se que a reestruturação agroalimentar no Brasil não é homogênea porque cada complexo agroindustrial do país revela uma dinâmica específica. Isso é acentuado com as particularidades das regiões. Na história de cada lugar não está apenas o desenvolvimento de produções agrícolas e agroindustriais locais, está a cultura regional e o hábito alimentar local. Assim, nos lugares convivem simultaneamente instituições eminentemente locais e instituições específicas de cada complexo agroindustrial que pelo lugar atravessa (com regras, normas, convenções e relações de poder agroindustriais específicas). Isso tudo faz com que a operação de políticas agroindustriais e agrícolas requeira soluções diferenciadas, desde que não sejam eminentemente setoriais e que incluam, em sua maior parte, elementos territoriais. 2.3.3. Governanças A governança é definida como ―a ação ou a forma de governar‖, segundo o dicionário Oxford (2001, p. 391). Nos estudos organizacionais, a governança é definida como o modo de uma organização lidar com os seus relacionamentos externos e internos (PAULILLO et. alli., 2015). Com as transformações econômicas dos ambientes institucionais ocorridas a partir da segunda metade do século XX, as organizações acusaram a necessidade de maiores entendimentos de seus ambientes externos, das agendas mais complexas de informações relativas a este ambiente e do efeito das decisões empresariais nos processos de competição. Devido ao incremento da concorrência global e da concentração em vários segmentos, a simples transferência dos custos para o preço final se torna cada vez mais delicada. De todo modo, com a expansão da capacidade de processamento de informações e as mudanças tecnológicas, o PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 45 enfoque da gestão teve que necessariamente ser modificado para se adequar às novas exigências das competições (PAULILLO et. alli., 2015). Com os mecanismos de governança desenvolvidos após os anos 80 do Século XX, fenômenos caracterizados por relacionamentos cooperativos indutores de interdependências entre os agentes ganharam importância no capitalismo, gerando a necessidade de formas de coordenação coletiva das atividades. Apresentam-se novas possibilidades de atuação empresarial, dentre as quais, a operação através de redes de cooperação, esquemas de autoridade de arbitragem, com seus integrantes atuando de forma independente, mas coordenada (por vezes temporária), e também formas de quase integração empresariais que podem explorar complementaridades mútuas e compartilhamentos de informações, riscos, recursos e produção. Estas possibilidades abriram uma nova frente da competitividade e que refletiu nos ajustes empresariais de administração e conduta em relação às parcerias e as formas de produção e de negócios compartilhados. Assim, as governanças representam uma nova agenda de transformação do campo da administração e que clama para estudos e reconhecimentos de novos casos de inovações organizacionais, institucionais e tecnológicas. A governança é um campo aberto de gestão, onde as empresas podem optar com modelos mais restritos de gestão, como as empresas de capital fechado ou modelos mais abrangentes de governança como as empresas de capital aberto - ou até empresas estatais que possuem um leque mais abrangente de interesses. Assim, pela expansão e pela diversidade de seus impactos, a governança possui muitas definições. O mesmo ocorre com os modelos que podem ser adotados em sua operacionalização. Tantos modelos como conceitos de governança (incluindo o de governança corporativa) estão ligadas nas amplitudes de seus processos e os seus impactos. Dentro da diversidade conceitual que abrange a governança e vários mecanismos de regulação, princípios, modelos e práticas ganharam destaques, entre eles: a) Direitos dos acionistas (shareholders) e outros parceiros; b) Direitos de outras partes interessadas (stakeholders); c) Conflito de agência; d) Sistema de relações; e) Sistema de governo; f) Estrutura de poder; PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 46 g) Estrutura de regulação; h) Padrões de comportamento. As diversas expressões de governança estão separadas em concepções institucionais regulatórias, normativas e cognitivas, com uma diversidade relevante de ênfases, como as focam os direitos e sistemas de relações, os que destacam sistemas de governo e estruturas de poder, os que chamam a atenção para os sistemas de valores e padrões de comportamento, os focados em sistemas normativos etc. (PAULILLO et. alli., 2015). Como o próprio nome sugere, o conceito de governança caracteriza-se como a forma de governar a organização (privada e pública), tornando seus processos internos e externos mais aceitáveis e eficientes. A adoção de práticas de governança tem por objetivo principal a melhoria no desempenho organizacional e, por conseguinte, garantir que os ganhos obtidos sejam usufruídos por todos os grupos envolvidos. Trata-se de tornar a gestão da organização mais aceitável para um número maior de pessoas, com o objetivo de instituir um ambiente de controle e/ou cooperação que pode pender para um campo organizacional com menores assimetrias de informação, de ação, de poder, etc. 2.3.4. Pós-Fordismo Global e Novos Mecanismos de Administração A partir dos anos 80 do Século XX, e ao longo do processo de crise do fordismo no mundo empresarial e o surgimento de fenômenos que começaram a caracterizar o paradigma pós-fordista de produção e acumulação do capital, o toyotismo foi um gatilho transformador. As características básicas do fordismo (1. defeitos no produto só eram identificados no final da linha de produção; 2. a empresa fabricava muitas das peças que compunham o seu produto; 3. para não faltar peças ocorria produção em excesso que gerava estoques; 4. o operário modelo era aquele que melhor obedecia as diretrizes de seus superiores; 5. o funcionário se preocupava apenas com suas funções imediatas; 6. a empresa devia executar os projetos feitos pelos seus engenheiros, etc.) entraram em xeque. O pós-fordismo surgiu com inovações organizacionais, sendo que as principais eram: 1) os operários interrompem a produção a qualquer momento para consertar falhas; 2) a maioria das peças é feita por outras companhias; 3) o estoque é mínimo e os fornecedores entregam as peças quando a companhia as solicita; 4) o operário modelo é aquele que identifica problemas e propõe soluções; 5) o funcionário deve se preocupar com a aplicação que o produto terá depois de vendido; 6) a empresa deve planejar a produção de modo a atender aos desejos de seus clientes. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 47 Nesta contraposição, o verticalizar e governar da empresa fordista foi perdendo espaço para o horizontalizar e a governança da empresa pós-fordista que, entre tantas transformações, expeliu relacionamentos e transações econômicas de seu interior, reduziu tamanho e reordenou comportamentos organizacionais. A governança tornou-se, assim, uma das grandes novidades com o início da crise do paradigma fordista no mundo fabril e o surgimento de fenômenos pós-fordistas na produção (como o toyotismo) e na acumulação de capital. Novos mecanismos de administração foram desenvolvidos e contribuíram para a consolidação da governança nos ambientes empresariais. O sistema pós-fordista de produção acentua-se em várias formas de flexibilidade, tanto em termos tecnológicos como na organização da produção. Os pequenos e médios produtores são especializados, ocasionando a subcontratação e a dependência. Tais processos corroboram a desintegração vertical. A desintegração vertical reflete-se na descentralização das etapas de produção que passam a ser executadas fora da empresa, ou seja, empresas menores são contratadas. As principais razões para o fenômeno são as incertezas inerentes do mercado, que causam problemas na estrutura vertical da empresa e a possibilidade de maiores lucros com as economias externas e com as mudanças tecnológicas pressionadoras da competitividade. Há, contudo, uma reorganização dos espaços industriais e de competição e novos modos de gestão avançam. O principal é o Just In Time, onde sistemas de informação permitem trabalhar com estoques mínimos, devido ao fluxo permanente de entrega de componentes e matéria-prima, rápidos ajustes sobre alterações de pedidos, etc. Além do Just In Time, a inovação tecnológica abrange o Celular Quality Control (CRQ). Na pesquisa e no desenho, na comercialização e na administração, ocorre a tecnologia do Computer Aided Design (CAM) e Computer Integrated Global Manufacturing Systems (CIGMS), entre outras. Todas as inovações tecnológicas e organizacionais direcionam a formação de um administrador com visão sistêmica ou mais ampla que a tradicional. Nos casos agroindustriais, trata-se de formar administradores com uma visão abrangente sobre todos os segmentos das cadeias produtivas e dotados de conhecimentos e técnicas capazes de solucionar problemas e enfrentamentos nos segmentos agrícola, pecuário, agroindustrial, serviços, distribuidor e de comercialização de produtos alimentares. 2.3.5. Empreendedorismo & Agricultura Familiar A agricultura familiar é, segundo CARMO (1999), uma forma de organização produtiva em que os critérios adotados para orientar as decisões relativas à exploração agrícola não se subordinam PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 48 unicamente pelo ângulo da produção- rentabilidade econômica, mas levam em consideração também as necessidades e objetivos da família rural. Contrariando o modelo convencional, no qual há completa separação entre gestão e trabalho, no modelo familiar estes fatores estão intimamente relacionados. As capacidades empreendedoras, que começaram estudadas no campo da administração de serviços e de pequenas atividades fabris, tomaram a direção do meio rural por causa da necessária articulação dos conceitos e ferramentas administrativas e a agricultura familiar, na perspectiva da sobrevivência de um ator rural fundamental para a produção e oferta de alimentos. Historicamente, no Brasil, as políticas públicas para o setor rural foram direcionadas para beneficiar o grande latifúndio monocultor dedicado à produção de produtos para exportação, relegando a agricultura familiar a um lugar secundário e subalterno (LAMARCHE, 1998). O que levou Wanderley (1995) a afirmar que a agricultura familiar brasileira, quando comparada a de outros países, se conformou como um ―setor bloqueado‖, impossibilitado para desenvolver suas potencialidades. Neste sentido, os estímulos recebidos por parte do Estado asseguraram a modernização e a reprodução da grande propriedade monocultora, fazendo com que a agricultura familiar ocupasse um lugar subalterno na sociedade. A partir dos anos 1990 a agricultura familiar no Brasil passou a ser reconhecida como um importante segmento social e produtivo, merecedor de políticas públicas específicas que permitissem o seu desenvolvimento. Como apontado por Bergamasco; Borsatto e Souza-Esquerdo (2013) percebe-se que ao longo dos últimos anos, consistentes transformações nas políticas públicas agrícolas concebidas pelo Estado brasileiro vêm se efetivando, as quais passam a considerar a heterogeneidade do rural brasileiro e a reconhecer a agricultura familiar como um público de relevância nesse cenário. Segundo o Censo Agropecuário realizado em 2006, foram identificados 5.175.489 de estabelecimentos agropecuários no Brasil, ocupando área de 329,941 milhões de hectares. Destes, 4.367.902 eram estabelecimentos familiares, representando 84,4% dos estabelecimentos agropecuários, ocupando área de 80,25 milhões de hectares, o que corresponde a 24,3% da área total, com média de 18,37 hectares (BRASIL, 2009). A agricultura familiar também se conforma enquanto principal fonte de ocupação da força de trabalho no meio rural brasileiro, o Censo Agropecuário de 2006 registrou 12,3 milhões de pessoas vinculadas à agricultura familiar, o que representa 74,4% do pessoal ocupado, enquanto os estabelecimentos não familiares ocupavam 4,2 milhões de pessoas, correspondendo a 25,6% da mão de obra ocupada (BRASIL, 2009). PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 49 Aponta-se ainda a importância da agricultura familiar na geração de riqueza no campo brasileiro, pois mesmo dispondo de apenas 24,3% da área total dos estabelecimentos agropecuários, esta categoria da agricultura foi responsável por 38% do valor bruto da produção em 2006 (BRASIL, 2009). Guanziroli e Cardim (2000) definem, como agricultores familiares, aqueles que atendem às seguintes condições: a direção dos trabalhos no estabelecimento é exercida pelo produtor e família; a mão de obra familiar é superior ao trabalho contratado, a área da propriedade está dentro de um limite estabelecido para cada região do país (no caso da região sudeste, a área máxima por estabelecimento familiar foi de 384 ha). Assim, a maioria das definições de agricultura familiar adotadas em trabalhos recentes sobre o tema, baseia-se na mão de obra utilizada, no tamanho da propriedade, na direção dos trabalhos e na renda gerada pela atividade agrícola. Em todas há um ponto em comum: ao mesmo tempo em que é proprietária dos meios de produção, a família assume o trabalho no estabelecimento. Entende-se que a viabilidade e a sustentabilidade da agricultura familiar estão intrinsecamente relacionadas ao desenvolvimento do entorno, relevando sua diversidade e complexidade social, cultural, econômica, ambiental, tecnológica, energética, dentre outras, materializadas nas relações antrópicas produtivas, de transformação e comercialização (SCHLINDWEIN et alli. 2007). Diante das mudanças ocorridas no meio rural brasileiro a partir dos anos 90 do Século XX (com a consolidação dos complexos agroindustriais, o fortalecimento da pluriatividade no campo para empresários rurais, camponeses e trabalhadores agrícolas, a chegada de profissões tipicamente urbanas no rural, as novas tecnologias de produção que pressionam não apenas a produção de larga escala, etc.), os desafios da agricultura familiar passam pelo desenvolvimento da capacidade empreendedora do agricultor familiar . Mesmo compreendendo que o empreendedorismo é uma imposição aos protagonistas de qualquer atividade econômica, inclusive na agricultura familiar, ressalta-se que a ideia de empreendedorismo aqui destacada não é se restringe à subordinação de imposições produtivas e mercantis colocadas pelas cadeias agroindustriais, visto as características de multifuncionalidade e pluriatividade da agricultura familiar. Ao tratar o tema do empreendedorismo para a agricultura familiar, deve-se fomentar o rompimento com visões meramente setoriais, atribuindo à dimensão territorial um papel importante nas estratégias empreendedoras desse segmento social. Assim o empreendedorismo deve envolver diferentes dimensões da vida rural, passando por aspectos meramente econômicos, mas abarcando também dimensões relacionadas à sociabilidade, organização social, educação, saúde, entre outras. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 50 Dentro deste contexto, cabe ao agricultor familiar diferenciar/inovar. Trabalhando com poucos recursos, é necessário intensificá-los, agregando valor pela diferenciação do trabalho e da produção, já que o espaço é reduzido para buscar escalas competitivas semelhantes aos dos grandes produtores. Sem dúvida, o empreendedorismo rural passa pela exploração de nichos comerciais, adaptação às tendências do mercado alimentar e a busca constante de agregação de valor aos produtos, mas pauta-se também pela construção de redes sociais, elaboração de novas estratégias de relacionamento com mercados, organização em associações ou cooperativas, busca de outras oportunidades de geração de renda dentro do próprio território (inclusive de oportunidades de emprego fora da unidade de produção), mas todas com o objetivo de permitir, a esse segmento social, a sua reprodução social digna enquanto agricultores. Neste caminho há espaço para as iniciativas privadas (com o aprendizado e a utilização de ferramentas administrativas atualizadas) e públicas (com formação e capacitação dos agricultores). Além dos níveis público e privado, o desenvolvimento do empreendedorismo rural deve estar no campo das organizações sociais e nas redes de apoio que estão surgindo para aprimoramento do agricultor familiar. Redes de apoio para o empreendedorismo na agricultura familiar privilegiam relacionamentos mais horizontais que verticais (este últimos mais vinculados aos modernos complexos agroindustriais), em que o ambiente institucional assumiu importância bem maior no entendimento das decisões organizacionais dos atores rurais. A agricultura familiar, importante tanto por sua capacidade de geração de postos de trabalho como por sua capacidade de produção (especialmente de alimentos básicos), deve receber conteúdos e ferramentas de administração para a sua sobrevivência. Um dos principais objetivos dos cursos do campus Lagoa do Sino da UFSCar é contribuir na construção de práticas produtivas sustentáveis na agricultura, formando profissionais que discutam a ordenação da paisagem da produção voltada aos pequenos produtores, estando presente a pluriatividade das famílias, as tecnologias organizacionais ou novos modos de organização da produção. Ou seja, que a Universidade tenha atividades de ensino que tragam questões ligadas ao papel da agricultura familiar na segurança alimentar, e que estejam associadas à coesão social local, a preservação ambiental, à conservação da biodiversidade e ao manejo sustentável das paisagens naturais e o respeito das heranças culturais. Nesta direção, o campo interdisciplinar do empreendedorismo parece fundamental. 2.3.6. Desenvolvimento Rural & Sustentabilidade PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 51 Ao criar uma proposta para o Campus Lagoa do Sino, a UFSCar teve como base o PDI (Plano de Desenvolvimento Institucional) e uma orientação geral voltada para o desenvolvimento sustentável. O eixo voltado a Sustentabilidade é o primeiro a ser abordado na proposta, que tem como intenção formar pessoas para atuar na elaboração de novos conceitos relacionados às interações agrícola, ecológicas e ao manejo de ecossistemas produtivos dentro de novos conceitos. De acordo com a proposta (PAULILLO et. alli., 2011), há um século eram poucos indivíduos previdentes e preocupados com a sustentabilidade do uso dos recursos naturais presentes em um sistema ambiental que providencia bens e serviços dos quais todos os humanos dependem. A grande maioria das florestas ainda permanecia pouco alterada, o mar era considerado inexplorado e subutilizado. No último século, as populações humanas, envolvidas com suas necessidades de espaço, comodidades e serviços ambientais dos ecossistemas, aumentaram cerca de cinco vezes. Concomitantemente, foi acumulada uma série de evidências de que existem limites para os quais esses sistemas podem suportar estresses e ainda permanecer viáveis. No Brasil, já estamos vivenciando discrepâncias entre algumas regiões como o avanço da desertificação no Rio Grande do Sul e as grandes perdas de solos nos estados do Paraná e de São Paulo, os graves problemas trazidos pelas enchentes periódicas que assolam os estados do sudeste a cada ano, na época das cheias, as secas prolongadas, etc. Assim, todos esses problemas carregam forte componente ambiental que, na maioria das vezes, não é considerado. Apesar da dependência dos homens de ecossistemas altamente manejados, como sistemas agrícolas e pecuários para a produção de bens (grãos, madeira, minério, carne, fibras, resinas etc.), a sustentabilidade desses sistemas depende de uma série de outros sistemas não manejados (naturais ou seminaturais) que se encontram próximos ou dentro dos primeiros. A mais de uma década vêm-se falando em sustentabilidade em vários setores da sociedade, órgãos de gestão ambiental têm abordado o tema em diversas leis, resoluções e metas. No entanto, na prática, as estratégias e táticas de manejo de recursos naturais continuam a maximizar a produção e o ganho econômico em curto prazo. Segundo Paulillo et. alli. (2011) vários fatores contribuem para essa defasagem entre a teoria e a prática, entre eles: a) a falta de conhecimento e amostragem da maioria dos ecossistemas e a consequente falta de informação a respeito de sua diversidade biológica e da importância da mesma; b) a nossa ignorância, e da grande maioria das pessoas, a respeito do funcionamento e dinâmica dos ecossistemas; PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 52 c) a amplidão e interconectividade dos ecossistemas em escala espacial e temporal, que excede em muito as fronteiras artificiais daqueles que administram recursos naturais; d) a percepção pública prevalecente de que a exploração de recursos supostamente ou tidos como renováveis têm valores econômicos e sociais imediatos suficientes para superar os riscos de danos para os futuros serviços dos ecossistemas ou para qualquer meta alternativa de manejo. Apesar do manejo utilitarista de como o ecossistema tem sido conduzido, a utilização de uma abordagem ecossistêmica para o manejo ambiental, na perspectiva de um desenvolvimento que assegure sustentabilidade à saúde dos ecossistemas e à economia, vem sendo adotada como forma de reconhecimento de que a gestão tradicional dos recursos naturais é orientada muito mais à produção e ao desenvolvimento econômico, não integrando nem os recursos humanos nem os ecossistemas, como parte importante de planejamento e de implementações de ações (UFSCar, 2011). Esta forma de abordagem implica na definição de estratégias de proteção e de recuperação dos sistemas responsáveis pela manutenção dos serviços ecológicos fundamentais à sustentabilidade ecológica, econômica e social de uma paisagem, incluindo as áreas naturais, consideradas como sistemas suporte de vida. No curso de Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais do campus Lagoa do Sino da UFSCar, é possível desenvolver conteúdos relacionados às interações ecológicas e ao manejo de ecossistemas produtivos dentro das próprias cadeias produtivas, como também fora delas – seja em redes de apoio seja em circuitos comerciais da agricultura familiar. Trata-se da possibilidade de que existam cursos, como o aqui proposto, que possam desenvolver na agricultura e na agroindústria profissionais com .... habilidades para a análise, o teste e o uso simultâneo de diferentes indicadores de sustentabilidade, em diferentes escalas de tempo e espaço. Esses profissionais devem ser preparados para o planejamento, gerenciamento, definições de alternativas de manejo ambiental e também para simulações de cenários para conservações dos recursos naturais e manutenções das funções ecológicas, incluindo a restauração e manutenção da diversidade de ecossistemas e espécies (PAULILLO, et. alli. 2011, p.22). 2.3.7. Território Desde o início do século XXI, quando a crise abalou o domínio macroeconômico dos Estados Nacionais e quando a emergência das novas tecnologias e as instabilidades dos mercados PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 53 desestabilizaram os modos de gestão bem rodados nas grandes empresas, grande parte dos estudos das localizações bem sucedidas voltou a focar as economias de aglomeração e seus distritos industriais (PAULILLO, 2002). As regiões que ganham atualmente são aquelas que melhor trabalham seus mecanismos de governança, isto é, que possuam a melhor condução de uma organização humana mais complexa do que o governo (a velha estrutura política territorial) ou o mercado (a velha organização de trocas mercantis). Enfim é a melhor regulação das relações locais de poder e de coordenação, sobre tudo não mercantis, na qual importam igualmente as instituições, a orquestração de interesses e os recursos de poder (tecnológicos, financeiros, políticos, organizacionais, jurídicos e constitucionais), conquistados pelas organizações lucrativas e não lucrativas e os homens em ação (PAULILLO, 2002). Há um cenário contextual, resultante de um processo de abertura externa impelido pela globalização e há um processo de abertura interna, impulsionado pela força da descentralização política. O outro cenário é estratégico, construído a partir da interseção entre novas modalidades de configuração territorial e de gestão regional e finalmente o novo cenário político, obtido pela modernização do Estado e criação de novos espaços de gestão. A aglomeração é inicialmente importante do ponto de vista da proximidade física de clientes e fornecedores, o que favorece a intensificação das relações comerciais entre as firmas. Outro aspecto importante é a possibilidade de compartilhar os benefícios da infraestrutura física disponível, embora seja fato histórico que esta estrutura visa atender prioritariamente aos interesses das empresas centrais. Em relação às características da mão de obra local, fatores subjetivos como a flexibilidade e a criatividade são bem mais valorizados do que a escolaridade formal, que não parece representar um fator de grande relevância para as empresas. Quanto à contribuição dos agentes associativos, de maneira geral, é avaliada como pouco importante pela maioria das empresas. O território pode ser considerado um espaço geograficamente definido e não necessariamente contínuo, caracterizado pelo ambiente, a economia, a sociedade, a cultura, a política e as instituições. Representa em si uma trama de relações com raízes históricas, configurações políticas e identidades que desempenham um papel ainda pouco conhecido no próprio desenvolvimento econômico. É o fenômeno da proximidade social que permite uma forma de coordenação entre os atores capazes de valorizar o conjunto do ambiente em que atuam e, portanto, de convertê-lo em base para empreendimentos inovadores. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 54 O conceito de território não deve ser confundido com o de espaço ou de lugar, estando muito ligado à ideia de domínio ou de gestão de uma determinada área. Deste modo, o território está associado à ideia de poder, de controle, quer se faça referência ao poder público, estatal, quer ao poder das grandes empresas que estendem os seus tentáculos por grandes áreas territoriais, ignorando as fronteiras políticas (ANDRADE, 1995). Para Raffestin (1993), o território é objetivado de relações sociais, de poder e dominação. Isso delimita campos de ações sobre o espaço, fragmentos que constituem o território como materialidade e que revelam como os agentes e as práticas sociais produzem os recortes mais ou menos delimitáveis que se inscrevem nas dinâmicas políticas, econômicas e ideológicas. Ao utilizar uma linguagem geográfica, SANTOS (1999) para defender a tese de que lugares, regiões, territórios e espaço não podem ser pensados como compartimentos mutuamente excludentes, peças sobrepostas de um quebra-cabeça conceitual, no qual cada um assume um nível pré-estabelecido de importância. O território é entendido ―como produto da apropriação feita através do imaginário e/ou da identidade social sobre o espaço‖ (HAESBAERT, 1997: 39) e é tratado não apenas como território, mas também como lugar. Exigência essa que varia de acordo com o potencial de recursos naturais existentes no território. Haesbaert, (2002; 2004) propõe identificar múltiplos territórios, através das seguintes modalidades: a) Territórios mais ―fechados‖ ou quase ―uniterritoriais‖, no sentido de imporem a correspondência entre poder político e identidade cultural, ligadas ao fenômeno do territorialismo, como nos territórios defendidos por grupos étnicos que se pretendem culturalmente homogêneos, não admitindo a pluralidade territorial de poderes e identidades. b) Territórios político funcionais, mais tradicionais, como o do Estado - nação que, mesmo admitindo certa pluralidade cultural sob a bandeira de uma mesma ―nação, não admite a pluralidade de poderes. c) Territórios mais flexíveis, que admitem a sobreposição territorial, seja sucessiva (como nos territórios periódicos ou espaços multifuncionais na área central das grandes cidades) ou concomitantemente (como na sobreposição ―encaixada‖ de territorialidades político-administrativas). d) Territórios efetivamente múltiplos – uma ―multiterritorialidade‖ em sentido estrito, construídas por grupos ou indivíduos que constroem seus territórios na conexão flexível de territórios multifuncionais. As múltiplas abordagens sobre a concepção de território sugere a existência de uma diversidade de enfoques. Não obstante, em qualquer acepção, o território tem haver com poder, mas não apenas ao PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 55 tradicional ―poder político‖. Ele diz respeito ao poder no sentido mais explicito, de dominação, quanto ao poder no sentido mais implícito ou simbólico de apropriação. Trata-se, assim, de estruturas localizadas de oportunidades determinadas pela intensidade das relações de troca de recursos de poder e de distribuição de interesses entre os agentes. A potencialidade do território é formada por esse mecanismo de governança, um mecanismo de mobilização do capital social local (PAULILLO, 2000). A mobilização do capital social local refere-se à capacidade de estabelecer a organização do território ou comunidade através de normas e de confiabilidade entre os agentes, de forma que se possa melhorar a condição da sociedade por meio de ações coordenadas em rede (PUTNAM, 1993, p.167). Os fatores que permitem a mobilização do capital social local são os seguintes: a) estabelecimento de normas; b) estoque de capital social (ou recursos de poder); c) cooperação voluntária; d) confiança; e) reciprocidade. Paulillo (2002) mostra que este é o sentido pelo qual se atribui uma combinação estrutural particular para cada localidade constituída. A articulação entre atividade e território, o fluxo tecnológico e produtivo e a rede de recursos são os aspectos modeladores. Assim, articulações de atores e as formações variadas de capital social podem ser proporcionadas pela inter-relação das esferas tecnológica, organizacional e territorial. Segundo Paulillo (2012), baseado em Storper (1997) a economia regional pode ser revolucionada ao integrar a perspicácia da tecnologia, os estudos de organização e a especificidade territorial. E a interação dinâmica dessas esferas explica a conformação de economias locais. É o surgimento de novas localidades por intermédio da globalização, do espaço uno e, nos estudos de casos de Storper (1997), das indústrias de alta tecnologia. A Figura 14 identifica essa inter-relação. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 56 Figura 14 Tríade tecnologia/organização/território Fonte: Paulillo (2002), adaptado de Storper (1997, p. 27). As experiências recentes de construções dos complexos agroindustriais no Brasil, além de acentuar as heterogeneidades regionais, estruturais e tecnológicas tradicionais da economia brasileira, mostram que o território é um objeto que não deve ser desprezado. Contrariamente, o território deve ser ressaltado porque a heterogeneidade organizacional entre os complexos agroindustriais brasileiros ocorre a partir das relações que os setores industriais de processamento alimentar e de bens de capital agroindustrial constroem com a agricultura de cada localidade - considerando, portanto, a história da agropecuária do lugar e os modos de produção e de acumulação dos agricultores e criadores no território (PAULILLO, 2000). 2.4. Objetivo do curso Com duração de 04 (quatro) anos, o Curso de Bacharelado em Administração com linha de formação Sistemas Agroindustriais, do Campus Lagoa do Sino da UFSCar, tem por objetivo formar profissionais que possam contribuir nas áreas tradicionais de atuação do administrador no Brasil, seguindo a orientação da Resolução CNE/CES nº 4/2005, nos artigos 3º e 4º, além de incorporar um conjunto relevante de habilidades e conhecimentos para os egressos e de outros aspectos do ensino e aprendizagem que destacam especificidades organizacionais, institucionais e tecnológicas dos sistemas agroindustriais pelo mundo e suas diversificadas produções de alimentos. De modo mais específico, trata-se de um curso para formar o Administrador com: elevado padrão moral e ético, capacidade de tomar iniciativa; resolver problemas; trabalhar em grupo com flexibilidade, PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 57 adaptabilidade, comunicação persuasiva e habilidade de negociação; capacidade de desenvolver liderança, estimular e praticar criatividade; capacidade de lidar com falhas, stress e rejeições; capacidade de falar de modo claro e conciso sobre informações técnicas; expressar ideias de forma oral e escrita e escrever relatórios técnicos e memorandos; dominar conteúdos nos campos da administração de operações agroindustriais, das finanças, da comercialização, da economia e do desenvolvimento territorial sustentável, com capacidade analítica e crítica; ter visão ética e humanística para compreender as mudanças de paradigmas empresariais e seus impactos nos campos sociais, culturais, econômicos, tecnológicos, gerenciais, e políticos do exercício do administrador profissional, com a finalidade de atuar na promoção do desenvolvimento agroindustrial sustentável. O egresso do Curso de Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais do Campus Lagoa do Sino (UFSCar) está amparado na somatória de conhecimento, informação, propriedade intelectual e experiência administrativa. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 58 III – DEFINIÇÃO DO PERFIL DO EGRESSO A UFSCar, campus Lagoa do Sino, cumpre uma importante função social e educativa, voltada para as exigências atuais do mercado de trabalho e da sociedade, garantindo o cumprimento das Diretrizes Curriculares (cf. Resolução CNE/CES nº 4/2005, art. 3º). No curso de Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais, a UFSCar terá o objetivo de formar um profissional capaz de: a) Administrar organizações públicas e privadas, com capacidade de gestão e aplicação das ferramentas de administração, usando raciocínio lógico e analítico, adaptada às peculiaridades e heterogeneidades dos sistemas agroindustriais (sejam baseados na agricultura familiar ou na agricultura empresarial) no Brasil e no Mundo, que contribuirá para superar os desafios impostos às produções de alimentos, a superação da fome mundial e ao desenvolvimento dos novos padrões de regulação, produção, distribuição e consumo de alimentos; b) Atuar no âmbito de diferentes modelos de produção, articulando conhecimentos científicos ao desenvolvimento sustentável, à prática profissional e ao progresso social, de modo a permitir a atuação crítica e criativa na identificação e resolução dos problemas produtivos alimentares e a busca pela segurança alimentar e nutricional; c) Avaliar impactos econômicos, políticos, sociais e ambientais em qualquer sistema produtivo, pautado numa visão estratégica que relacione os ambientes externo e interno da empresa; d) Integrar diferentes tipos de saberes e áreas do conhecimento com vistas a desenvolver habilidades administrativas, notadamente quanto à tomada de decisões em ambientes de incerteza e risco na gestão; e) Atuar de forma participativa e interativa nos sistemas agroalimentares e agroindustriais globais e locais, por meio do desenvolvimento de formas de pensar, atitudes, valores e habilidades pautados nos princípios de respeito às diferentes formas de produção, à flora e à fauna; de conservação e/ou recuperação da qualidade do solo, do ar e da água; do uso tecnológico racional, integrado e sustentável do ambiente; do emprego de raciocínio reflexivo, crítico e criativo que lhe possibilite a compreensão e tradução das necessidades dos indivíduos, grupos sociais e atores políticos; f) Desenvolver conhecimento, liderança e estratégias específicas para a administração de operações agroindustriais, organização social, comercialização de alimentos, aprimoramentos das finanças em sistemas agroindustriais e produções alimentares, capacidade de previsões de ambientes PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 59 macroeconômicos e microeconômicos, além da capacidade de desenvolvimento de políticas públicas e agroindustriais para regiões heterogêneas; g) Administrar com motivação e capacidade de pensar de forma independente (aprender a aprender), com sólida compreensão dos fundamentos da área administrativa e capacidade de comunicação; h) Administrar empreendimentos em geral e de forma específica, projetos agroindustriais, agrícolas, de desenvolvimento territorial, de políticas públicas, prospecção e desenvolvimento de mercados agroindustriais e de sistemas agroalimentares localizados; i) Realizar atividades de extensão rural, adensamento de cadeias produtivas e redes de cooperação agroindustriais e agroalimentares; j) Possuir visão global e gerir a diversidade cultural, sobretudo a partir de uma perspectiva sistêmica; k) Desenvolver capacidade de liderança e gerenciamento de conflitos; l) Adquirir expertise no gerenciamento de projetos considerando, prioritariamente, as variáveis tempo, custo, atividades e recursos necessários. Para a concretude do perfil do egresso definido para o Curso de Bacharelado em Administração na linha de formação Sistemas Agroindustriais, do campus Lagoa do Sino da UFSCar, será possibilitada aos estudantes, ao longo do curso, a apropriação de conhecimentos gerais e específicos do curso de Administração quando do desenvolvimento de cada um dos quatro eixos temáticos para linha de formação em Sistemas Agroindustriais, bem como o desenvolvimento oportuno de conhecimentos e habilidades que envolvam qualidades pessoais, comunicação & expressão, economia e gestão, tecnologias de produção, métodos quantitativos e sistema de informação. 3.1. Conhecimentos e Habilidades Os conhecimentos e habilidades que serão desenvolvidos ao longo do curso de Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais estão distribuídos em cinco tópicos, conforme pesquisas de Batalha et. alli. (2000 e 2005), que são os seguintes: Qualidades Pessoais; Comunicação e Expressão; Economia e Gestão; Tecnologias de Produção; Métodos quantitativos e sistemas de informação. No tópico de qualidades pessoais, os conhecimentos e habilidades objetivados durante o curso são os seguintes: alto padrão moral e ético, respeito à diversidade, capacidade de tomar iniciativa, resolução de problemas, trabalho em grupo, flexibilidade e adaptabilidade, comunicação persuasiva, habilidade de PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 60 negociação, desenvolver liderança, estimular e praticar criatividade, capacidade de lidar com falhas, estresse e rejeições. No tópico de comunicação e expressão, os conhecimentos e habilidades objetivados durante o curso são os seguintes: capacidade de falar de modo claro e conciso sobre informações técnicas, expressar ideias de forma oral e escrita e escrever relatórios técnicos e memorandos. No campo da economia e gestão, os conhecimentos e habilidades objetivados durante o curso são os seguintes: planejamento estratégico e de implementação de suas ações, implementação, análise e controle de custos de produção, realização de ações de marketing, cálculos e planejamentos financeiros, compreensão e desenho de políticas agroindustriais e agrícolas, compreensão de problemas microeconômicos e elaborações de estratégias de competitividade, gestão de pessoas e organização empresarial, organização social, planejamento e controle da produção, análise e desenvolvimento de novos empreendimentos, análise de investimentos, aplicação de melhorias e projetos de logística, compreensão de programas de gestão ambiental, compreensão de fenômenos macroeconômicas e de elaboração de políticas econômicas, fundamentos de contabilidade e de tecnologia de informação, desenvolver e aplicar métodos de administração de estoques, conhecer princípios e ferramentas de administração contábil, compreensão e análise das dinâmicas das cadeias agroindustriais, desenvolvimento de produtos e layout, conhecimento de problemas e de práticas de comércio internacional e procedimentos de exportação. No campo da tecnologia de produção, os conhecimentos e habilidades objetivados durante o curso são os seguintes: compreender e desenvolver fatores de produção agrícola e de produção animal, compreender e administrar processos agroindustriais de transformação e de distribuição, conhecer elementos básicos da tecnologia de produção de alimentos. Finalmente, no campo dos métodos quantitativos, conhecimentos e habilidades para utilização de softwares e adaptações a sistemas de informação em constante mudança. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 61 IV – ESTRUTURA CURRICULAR 4.1. Princípios pedagógicos No Curso de Bacharelado em Administração na linha de formação Sistemas Agroindustriais, do campus Lagoa do Sino da UFSCar, a estrutura e organização curriculares serão desenvolvidas com base nos seguintes princípios pedagógicos: - Organização curricular em períodos anuais. - Distribuição dos conteúdos nos seguintes eixos temáticos: 1) Desenvolvimento Territorial Sustentável e Políticas Públicas; 2) Finanças e Economia, 3) Comercialização e 4) Administração de Operações Agroindustriais; - Conteúdos não fragmentados: os eixos temáticos serão tratados de forma integral, não sendo desmembrados em disciplinas; - Conteúdos básicos continuamente retomados e aprofundados nos eixos temáticos ao longo dos perfis, de acordo com as necessidades postas pelos conhecimentos trabalhados em cada eixo/perfil; - Formação profissional e básica conjugadas desde o início do curso; - As aulas serão presenciais distribuídas ao longo da semana e seguirão o calendário acadêmico da Universidade. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 62 4.2. Detalhamento dos conhecimentos nos Eixos Temáticos Definidos esses princípios, foram selecionados os conhecimentos amplos que farão parte de cada um dos eixos temáticos, conforme os quadros 1 a 4. Quadro 1 Distribuição dos conhecimentos nos eixos temáticos: Primeiro perfil Perfil Desenvolvimento Territorial Sustentável e Políticas Públicas 1 Finanças e Economia 1 Comercialização 1 Administração de Operações Agroindustriais 1 1 - Abordagens da Sustentabilidade e paradigmas empresariais; - Gestão da Sustentabilidade: inovação, operações relacionamento e responsabilidade socioambiental; - Pesquisa e Extensão Rural; - Introdução aos Sistemas Agroindustriais; - Sociologia Aplicada à Administração - Introdução ao Pensamento Econômico - Macroeconomia Clássica - Macroeconomia Keynesiana e Neokeynesiana. - Economia Política - Matemática aplicada à Administração I - Nivelamento - Introdução ao Marketing - Comércio Internacional e Políticas de Exportação - Direito Comercial - Fundamentos da Administração - Teoria das Organizações - Fatores de Produção Agropecuária - Psicologia das Organizações Quadro 2 Distribuição dos conhecimentos nos eixos temáticos: Segundo perfil Perfil Desenvolvimento Territorial Sustentável e Políticas Públicas 2 Finanças e Economia 2 Comercialização 2 Administração de Operações Agroindustriais 2 2 - Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar - Políticas Agrícolas - Gestão Ambiental - Sociologia Rural - Organização Industrial - Estatística - Microeconomia - Matemática aplicada à Administração II - Fundamentos Cálculo Diferencial - Comportamento do Consumidor - Marketing na Agricultura e Agroindústria - Gestão de Pessoas - Administração de Cargos, Remuneração e Carreiras - Tecnologias de Processos Agroindustriais - Administração da Produção - Metodologia Científica I PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 63 Quadro 3 Distribuição dos conhecimentos nos eixos temáticos: Terceiro perfil Perfil Desenvolvimento Territorial Sustentável e Políticas Públicas 3 Finanças e Economia 3 Comercialização 3 Administração de Operações Agroindustriais 3 3 - Legislação e Direito Ambiental - Associativismo e Cooperativismo - Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos - Matemática Financeira e Análise de Investimentos - Contabilidade Gerencial - Custos Agroindustriais - Comercialização de Produtos Agroindustriais - Canais de Distribuição - Gestão da Qualidade - Gestão da Empresa Rural - Gestão da Cadeia de Suprimentos - Gestão de Projetos - Metodologia Científica II Quadro 4 Distribuição dos conhecimentos nos eixos temáticos: Quarto perfil Perfil Desenvolvimento Territorial Sustentável e Políticas Públicas 4 Finanças e Economia 4 Comercialização 4 Administração de Operações Agroindustriais 4 4 - Desenvolvimento Regional e Segurança Alimentar - Gestão de Recursos Energéticos - Administração Financeira - Planejamento e Orçamento - Direito de Empresas - Desenvolvimento de Novos Negócios - Teoria dos Jogos e Políticas de Negócios - Mercados Futuros e Opções Agropecuárias - Direito Tributário e Trabalhista - Sistemas de Informação Gerenciais - Planejamento Estratégico e Empresarial - Projeto de Empresas - Pesquisa Operacional 4.3. Correspondência entre os componentes curriculares do curso e as DCN A resolução n. 4 de 5/7/2005 da DCN Administração - Artigo 5º, orienta que o curso de deverá atender a quatro (04) conteúdos, que são os seguintes: 1) Formação Básica: relacionados com estudos antropológicos, sociológicos, filosóficos, psicológicos, ético-profissionais, políticos, comportamentais, econômicos e contábeis, bem como os relacionados com as tecnologias da informação e das ciências jurídicas; 2) Formação Profissional: relacionados com áreas específicas envolvendo teorias da administração e das organizações e a gestão de pessoas, de mercado e marketing, de produção PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 64 e logística, financeira e orçamentária, sistemas de informações, planejamento estratégico e serviços; 3) Estudos Quantitativos e suas Tecnologias: abrangendo pesquisa operacional, teoria dos jogos, modelos matemáticos e estatísticos e aplicação de tecnologias que contribuam para a definição e utilização de estratégias e procedimentos inerentes à administração; 4) Formação Complementar: estudos opcionais de caráter transversal e interdisciplinar. No PPC do curso de Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais da UFSCar, campus Lagoa do Sino, a correspondência entre o disposto na DCN e os conteúdos propostos nos diferentes eixos temáticos, com suas respectivas cargas horárias, está representada nos quadros 5, 6, 7 e 8. Quadro 5 Conteúdo de Formação Básica do curso de Administração Conteúdo Básico (créditos) Eixo Carga Horária Sociologia Aplicada à Administração (2) DTSPP 1 30 Introdução ao Pensamento Econômico (3) FE 1 45 Macroeconomia Clássica (2) FE 1 30 Macroeconomia Keynesiana e Neokeynesiana (2) FE 1 30 Economia Política (2) FE 1 30 Direito Comercial (2) COM 1 30 Pesquisa e Extensão Rural (4) DTSPP 1 60 Psicologia das Organizações (4) AOA 1 60 Introdução aos Sistemas Agroindustriais (4); DTSPP 1 60 Sociologia Rural (2) DTSPP 2 30 Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (4) DTSPP 2 60 Comportamento do Consumidor (4) COM 2 60 Organização Industrial (3) FE 2 45 Microeconomia (3) FE 2 45 Metodologia Científica I (2) AOA 2 30 Metodologia Científica II (2) AOA 3 30 Legislação e Direito Ambiental (2) DTSPP 3 30 PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 65 Direito de Empresas (2) FE 4 30 Direito Tributário e Trabalhista (2) COM 4 30 Desenvolvimento Regional e Segurança Alimentar (2) DTSPP 4 30 TOTAL 795 Quadro 6 Conteúdo de Formação Profissional do curso de Administração Conteúdo Profissionalizante (créditos) Eixo Carga Horária Introdução ao Marketing (4) COM 1 60 Comércio Internacional e Políticas de Exportação (4) COM 1 60 Fundamentos da Administração (4) AOA 1 60 Teoria das Organizações (4) AOA 1 60 Gestão da Sustentabilidade (2) DTSPP 1 30 Gestão Ambiental (4) DTSPP 2 60 Marketing na Agricultura e Agroindústria (4) COM 2 60 Administração da Produção (4) AOA 2 60 Gestão de Pessoas (4) AOA 2 60 Administração de Cargos, Remuneração e Carreiras (2) AOA 2 30 Gestão da Empresa Rural (4) AOA 3 60 Contabilidade Gerencial (4) FE 3 60 Comercialização de Produtos Agroindustriais (4) COM 3 60 Custos Agroindustriais (4) FE 3 60 Canais de Distribuição (4) COM 3 60 Gestão da Qualidade (2) AOA 3 30 Gestão da Cadeia de Suprimentos (4) AOA 3 60 Gestão de Projetos (2) AOA 3 30 Administração Financeira (4) FE 4 60 Planejamento e Orçamento (2) FE 4 30 PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 66 Sistemas de Informação Gerenciais (4) AOA 4 60 Planejamento Estratégico e Empresarial (4) AOA 4 60 Mercados Futuros e Opções Agropecuárias (2) COM 4 30 TOTAL 1200 Quadro 7 Conteúdo estudos quantitativos e suas tecnologias do curso de Administração Conteúdo Específico (créditos) Eixo Carga Horária Matemática Aplicada à Administração I - Nivelamento (1) FE 1 15 Matemática Aplicada à Administração II - Fundamentos Cálculo Diferencial (2) FE 2 30 Estatística (4) FE 2 60 Matemática Financeira e Análise de Investimentos (4) FE 3 60 Fatores de Produção Agropecuária (4) AOA 1 60 Tecnologias de Processos Agroindustriais (4) AOA 2 60 Pesquisa Operacional (4) AOA 4 60 Teoria dos Jogos e Política de Negócios (4) FE 4 60 TOTAL 405 Quadro 8 Conteúdo de Formação Complementar do curso de Administração Conteúdo Específico (créditos) Eixo Carga Horária Abordagens da Sustentabilidade e paradigmas empresariais (2) DTSPP 1 30 Políticas Agrícolas (4) DTSPP 2 60 Associativismo e Cooperativismo (4) DTSPP 3 60 Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos (2) DTSPP 3 30 Gestão de Recursos Energéticos (2) DTSPP 4 30 Desenvolvimento de Novos Negócios (2) FE 4 30 Projeto de Empresas (4) AOA 4 60 TOTAL 300 PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 67 V - REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PERFIL DE FORMAÇÃO PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 69 VI – TRATAMENTO METODOLÓGICO No Curso de Bacharelado em Administração na linha de formação Sistemas Agroindustriais, do Centro de Ciências da Natureza (CCN/UFSCar), o tratamento metodológico será desenvolvido com base nos seguintes princípios: ▪ Professor como mediador da relação professor-estudante-conhecimento; ▪ Maximização da autonomia dos estudantes na busca do conhecimento; ▪ Validade do ensino provada por meio de sua justificação na aprendizagem, de modo a se entender que não terá havido ensino se não houver aprendizagem. ▪ Integração vertical proporcionada pelo aprofundamento e retomada, quando necessária, dos principais conteúdos em cada eixo temático ao longo dos quatro perfis. ▪ Integração horizontal entre os conteúdos de cada eixo/perfil, possibilitando a visão integrada dos conteúdos dos diferentes eixos temáticos. ▪ Integração dos conteúdos nos planos horizontal e vertical promovida/orientada pelos professores, e não sob as responsabilidades exclusivas dos discentes; ▪ Tratamento metodológico diferenciado, segundo tratamento de conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais (ZABALA, 1998). ▪ Trabalho colaborativo dos docentes de modo a desenvolver conjuntamente o planejamento didático anual, integrando os conteúdos em cada um dos eixos temáticos, bem como entre os diferentes eixos temáticos. O desenvolvimento da integração vertical e horizontal se dará por meio dos conteúdos e, para tal, será indispensável o trabalho dos docentes como uma equipe coesa, sob a orientação e acompanhamento da coordenação pedagógica proposta no projeto original do campus. Esta integração será feita a partir de temas, questões ou problemas referentes aos conteúdos oriundos dos próprios eixos temáticos, os quais serão definidos pelo corpo docente responsável pelos conteúdos dos eixos temáticos em cada ano, inclusive nos momentos da avaliação integradora. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 70 VII – AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM O Curso de Bacharelado em Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais pautar-se-à pelas normas que regem a sistemática de avaliação do desempenho dos estudantes e procedimentos correspondentes, dispostos no Regimento Geral dos Cursos de Graduação da UFSCar. Serão desenvolvidos nos eixos temáticos dos cursos, portanto, dois tipos de avaliação: formativa e somativa. A avaliação formativa se dará ao longo do ano, por meio de instrumentos variados, no sentido de acompanhar o ensino e a aprendizagem em cada eixo temático e promover a recuperação paralela dos conteúdos ainda não aprendidos. Estes instrumentos/procedimentos de avaliação serão definidos e elaborados pelos docentes de cada curso quando da elaboração do planejamento anual, observando as especificidades de cada eixo temático, e adequando-se às funções atribuídas à avaliação nos diferentes momentos do processo ensino-aprendizagem, como previsto no Regimento Geral dos Cursos de Graduação da UFSCar. A avaliação somativa, dentro de um eixo temático, configura-se nos momentos conclusivos do processo de avaliação formativa e dar-se-á de duas formas: Avaliação por Eixo Temático (AE) e Avaliação Integradora (AI). A Avaliação por Eixo Temático (AE) tem por finalidade verificar a aprendizagem adquirida dentro do eixo e deverá ser composta por no mínimo 04 (quatro) avaliações que contemplem os conteúdos trabalhados no eixo temático no decorrer do ano letivo. O tipo de instrumento e a atribuição do peso de cada uma destas avaliações deverão ser definido(s) pelo(s) docente(s) responsável(is) e deverão constar no plano de ensino do eixo temático. A Avaliação Integradora (AI) tem por finalidade propiciar ao discente a integração dos conteúdos dos eixos temáticos de cada perfil do curso e deverá ocorrer em no mínimo dois momentos do ano letivo. Será elaborada em conjunto pelos professores dos diferentes eixos de cada perfil em um determinado ano, a partir de temas, questões ou problemas disparadores de integração, envolvendo conteúdos cognitivos e as habilidades gerais e atitudinais. O discente deverá realizar a Avaliação Integradora (AI) do seu perfil. O discente, após o término do primeiro ano letivo do curso, poderá inscrever-se em qualquer atividade curricular de qualquer perfil do curso, desde que atenda aos requisitos da atividade, haja oferta de vagas e não haja sobreposição de horários entre as atividades a serem cursadas. Para realização da PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 71 avaliação integradora, o discente se enquadrará no perfil de maior carga horária quando consolidada sua inscrição em atividades curriculares. Caso o total de horas a serem cursadas seja igual para diferentes perfis, prevalecerá o perfil mais avançado do curso com eixos temáticos inscritos. De acordo com normas estabelecidas pela UFSCar, a carga horária máxima anual ao qual o discente poderá se inscrever em cada período letivo do curso será de 1160 horas. Composição da Nota Final de Eixos Temáticos Ao final do ano letivo, a nota final de cada eixo temático de caráter obrigatório será calculada como a média ponderada das AE e AI, sendo que o peso para AE será de 70% e o peso para a AI será de 30%, ou seja: NFE= 0,7*AE + 0,3*AI, em que: NFE: Nota Final do Eixo Temático AE: Valor da Avaliação do Eixo Temático AI: Valor da Avaliação Integradora Os Projetos Pedagógicos dos cursos de graduação do campus Lagoa do Sino preveem conteúdos optativos que podem, ou não, estar organizados em eixos temáticos. Estes conteúdos constituem-se em uma possibilidade de flexibilização curricular, uma vez que são de livre escolha de cada estudante, considerando o seu perfil de formação. Os conteúdos optativos, organizados ou não em eixos temáticos, não serão avaliados por meio das Avaliações por Eixo Temático (AE) e das Avaliações Integradoras (AI). Assim sendo, o processo de avaliação da aprendizagem a ser adotado para os conteúdos optativos deverá observar o estabelecido no Regimento Geral dos Cursos de Graduação da UFSCar. Os Projetos Pedagógicos que contemplem outras atividades curriculares que não estejam organizadas em eixos temáticos, também não serão avaliados por meio das Avaliações por Eixos Temáticos (AE) e das Avaliações Integradoras (AI), mas deverão seguir o estabelecido no Regimento Geral dos Cursos de Graduação da UFSCar. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 72 Processo de Avaliação Complementar (PAC) O Processo de Avaliação Complementar (PAC) é uma oportunidade de recuperação dos discentes em uma determinada atividade curricular cursada, sendo requisito para sua realização: a atividade curricular cursada comportar PAC; o estudante obter no período letivo regular nota final maior ou igual a 5 (cinco) e menor que 6 (seis); e frequência igual ou superior a 75%. O Processo de Avaliação Complementar (PAC) deverá ser realizado em período subsequente ao término do período regular e ser finalizado no limite de 70 (setenta) dias letivos. As definições para realização do PAC deverão constar do Plano de Ensino de cada atividade curricular prevista no curso que comporte PAC e como previsto no Regimento Geral dos Cursos de Graduação da UFSCar. O discente que se encontrar no Processo de Avaliação Complementar em uma atividade curricular poderá inscrever-se nesta mesma atividade no período regular subsequente, desde que haja disponibilidade de vagas e compatibilidade de horário. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 73 VIII – AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO O sistema de avaliação dos cursos de graduação da UFSCar, implantado em 2011, foi concebido pela Pró-Reitoria de Graduação (ProGrad) em colaboração com a Comissão Própria de Avaliação (CPA) com base nas seguintes experiências institucionais anteriores: Programa de Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras (PAIUB) e Programa de Consolidação das Licenciaturas (PRODOCÊNCIA). O PAIUB, iniciado em 1994, realizou uma ampla avaliação de todos os cursos de graduação da UFSCar existentes até aquele momento, enquanto o projeto PRODOCÊNCIA/UFSCar, desenvolvido entre os anos de 2007 e 2008, realizou uma avaliação dos cursos de licenciaturas dos campi da UFSCar . A avaliação dos cursos de graduação é feita atualmente por meio de formulários de avaliação, os quais são respondidos pelos docentes da área majoritária de cada curso, pelos discentes e, eventualmente, pelos técnico-administrativos e egressos. Esses formulários abordam questões sobre as dimensões do Perfil do Profissional a ser formado na UFSCar; da formação recebida nos cursos; do estágio supervisionado; da participação em pesquisa, extensão e outras atividades; das condições didático- pedagógicas dos professores; do trabalho das coordenações de curso; do grau de satisfação com o curso realizado; das condições e serviços proporcionados pela UFSCar; e das condições de trabalho para docentes e técnico-administrativos. A ProGrad, juntamente com a CPA, é responsável pela concepção dos instrumentos de avaliação, bem como pela seleção anual dos cursos a serem avaliados, pela aplicação do instrumento, pela compilação dos dados e encaminhamento dos resultados às respectivas coordenações de curso. A operacionalização desse processo ocorre por meio da plataforma eletrônica Sistema de Avaliação On- Line (SAO), desenvolvida pelo Centro de Estudos de Risco (CER) do Departamento de Estatística. Cada Conselho de Coordenação de Curso, bem como seu Núcleo Docente Estruturante (NDE), após o recebimento dos resultados da avaliação deverão analisar esses resultados para o planejamento de ações necessárias, visando à melhoria do curso. Além da avaliação dos cursos como unidades organizacionais, a ProGrad tem realizado, em cada período letivo, o processo de avaliação das disciplinas/atividades curriculares. Essa avaliação é realizada, tendo em vista os planos de ensino das disciplinas/atividades curriculares disponibilizados no Programa SIGA. Esses planos de ensino são elaborados pelos docentes para cada turma das disciplinas/atividades curriculares, a cada período letivo, e são aprovados pelos colegiados do Departamento responsável e da (s) Coordenação (ões) do (s) Curso (s). Essa aprovação é realizada no mesmo programa pelo qual são disponibilizados os planos de ensino para a avaliação dos estudantes. Os resultados dessa avaliação são PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 74 complementares ao processo de avaliação dos cursos. Além da avaliação de cursos desenvolvida pela ProGrad, juntamente com a CPA, e do processo de avaliação das disciplinas/atividades curriculares, o Conselho de Coordenação de Curso, subsidiado pelo Núcleo Docente Estruturante do Curso (NDE) poderá, ainda, elaborar outros instrumentos de avaliação específicos para serem desenvolvidos no âmbito do Curso que possam subsidiar a tomada de decisões no sentido da realização de eventuais alterações ou reformulações curriculares, obedecendo ao disposto na Regimento Geral dos Cursos de Graduação da UFSCar. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 75 IX - ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA DO CURSO Em consonância com o Regimento Geral dos Cursos de Graduação da UFSCar, este item contém a matriz curricular do curso; o quadro de Integralização Curricular; as ementas de cada eixo, bem como o detalhamento de seus respectivos componentes curriculares; e as Atividades de Consolidação da Formação (Estágio Curricular, Trabalho de Conclusão de Curso, Atividades Complementares e Conteúdos Optativos). 9.1. Matriz curricular A matriz curricular do Curso de Bacharelado em Administração, linha de formação Sistemas Agroindustriais, (Campus Lagoa do Sino/UFSCar) está organizado conforme o estabelecido na Resolução CNE/CES nº 11/2002, de 11 de março de 2002, que institui Diretrizes para a área de Administração, de acordo com a Resolução CNE/CES nº 4 de 13 de julho de 2005. Para a obtenção do grau de Bacharel em Administração os estudantes do Curso, ao longo de 04 (quatro) anos, cumprirão obrigatoriamente 3.120 horas de componentes curriculares necessárias para a integralização curricular. A distribuição desta carga horária na matriz curricular do curso está apresentada no quadro a seguir, por perfil, por Eixo Temático, por caráter – obrigatório (obr), optativo (opt) e eletivo (el) e por natureza dos créditos – teórico (T), prático (P) e estágio (E). O detalhamento da matriz curricular dos 04 (quatro) eixos temáticos que compõem o curso de Administração, distribuídos em seus 4 (quatro) anos de duração está no quadro 9. Além dos créditos apresentados nos 4 (quatro) eixos ao longo dos 4 perfis do curso de Administração (2700 horas), considera-se também, a necessidade de conclusão dos 8 (oito) créditos (120 horas) de estágio obrigatório, 8 (oito) créditos de atividades complementares (120 horas), 8 (oito) créditos (120 horas) de apresentação e aprovação do obrigatório Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e 4 (quatro) créditos (60 horas) de conteúdos optativos. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 76 Quadro 9 Matriz curricular Perfi l Sigla Eixo temático Caráter (Obr/Opt) Natureza dos Créditos Carga Horária T P E TOTAL 1 DTSPP 1 Desenvolvimento Territorial Sustentável e Políticas Públicas 1 Obr. 14 0 0 14 210 FE 1 Finanças e Economia 1 10 0 0 10 150 COM 1 Comercialização 1 8 2 0 10 150 AOA 1 Administração de Operações Agroindustriais 1 16 0 0 16 240 Subtotal 50 750 2 DTSPP 2 Desenvolvimento Territorial Sustentável e Políticas Públicas 2 Obr. 14 0 0 14 210 FE 2 Finanças e Economia 2 12 0 0 12 180 COM 2 Comercialização 2 6 2 0 8 120 AOA 2 Administração de Operações Agroindustriais 2 16 0 0 16 240 Subtotal 50 750 3 DTSPP 3 Desenvolvimento Territorial Sustentável e Políticas Públicas 3 Obr. 8 0 0 8 120 FE 3 Finanças e Economia 3 12 0 0 12 180 COM 3 Comercialização 3 6 2 0 8 120 AOA 3 Administração de Operações Agroindustriais 3 14 0 0 14 210 Subtotal 42 630 4 DTSPP 4 Desenvolvimento Territorial Sustentável e Políticas Públicas 4 Obr. 4 0 0 4 60 FE 4 Finanças e Economia 4 14 0 0 14 210 COM 4 Comercialização 4 4 0 0 4 60 AOA 4 Administração de Operações Agroindustriais 4 20 0 0 20 240 Subtotal 38 570 Atividades Complementares Obr. 8 - - 8 120 PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 77 Conteúdos Optativos 4 - - 4 60 Estágio Obrigatório 8 8 120 Trabalho de Conclusão de Curso 8 8 120 Total 208 3.120 PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 78 9.2. Integralização Curricular Para que o estudante do curso de administração com linha de formação em sistemas agroindustriais seja considerado apto a colar grau, será necessário o cumprimento do total de créditos apresentados no quadro 9, sendo que cada crédito corresponde a 15 horas-aula. Quadro 10 Quadro de integralização curricular Atividades Curriculares Carga Horária Eixos Temáticos 2700 Conteúdos Optativos 60 Trabalho de Conclusão de Curso 120 Estágio Curricular Obrigatório 120 Atividades Complementares 120 Total 3120 9.3. Ementas e Conteúdos desenvolvidos nos 04 (quatro) Eixos Temáticos 9.3.1. Eixos do Perfil 1 Desenvolvimento Territorial Sustentável e Políticas Públicas 1 (210 horas) Ementa: No primeiro ano serão apresentadas as abordagens e os vieses teóricos e metodológicos dos estudos encadeados pela agroindústria brasileira. Essa apresentação estará articulada, entre outros, ao estudo das abordagens de sustentabilidade e dos paradigmas empresarias recentes, na perspectiva de fornecer as bases para o aprendizado dos princípios que sustentam as práticas e métodos de gestão da sustentabilidade, enfocando inovação, operações, relacionamentos e a responsabilidade empresarial no ambiente empreendedor do Brasil. Assim, os estudantes poderão compreender a formação das estruturas produtivas agrícolas e agroindustriais, das questões agrárias, da arquitetura organizacional das empresas, cadeias e redes, das tendências dos sistemas de comercialização e das realidades e as perspectivas regionais e internacionais dentro de um contexto de sustentabilidade, segurança alimentar e de práticas pós-fordistas de produção. De modo complementar, serão apresentados e debatidos os novos modelos de desenvolvimento rural no mundo e as políticas públicas com recorte territorial para dar suporte aos dilemas da administração de empreendimentos agroindustriais e rurais no Brasil. A partir do estudo da gênese e desenvolvimento dos paradigmas administrativos no Brasil, seguem como objetivos específicos o desenvolvimento da capacidade analítica e visão crítica de raciocínios logicamente consistentes, que compreenderá os estudos dos conceitos analíticos dos fluxos agroindustriais, do processo de modernização empresarial e a atual conformação da governança dos sistemas agroindustriais no Brasil, passando pelas formas sociais de produção agropecuária, os novos modelos de governança empresariais e o papel do Estado neste contexto reestruturador do empreendedor no país. No final deste ano serão discutidas as abordagens analíticas de sistemas agroindustriais, pesquisa e extensão rural, e também as PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 79 tendências dos sistemas agroindustriais e agroalimentares brasileiros nas distintas perspectivas gerenciais, econômicas, sociais e ambientais. Bibliografia básica: ARAÚJO, M. J. Fundamentos de Agronegócios. 4ª edição. São Paulo: Atlas, 2013. BATALHA M.O. Gestão de Agronegócio. São Carlos: EduFSCar. 2014. BORDENAVE, J. E. D. O que é participação. São Paulo: Brasiliense, 1998. BORSATTO, R. S. O papel da extensão rural no fortalecimento da agricultura familiar e de agronegócios: textos introdutórios. São Carlos: EdUFSCar. 2017. CASTRO, A. P. Sociologia aplicada à administração. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2003. PORTO, M.S.G.; DWYER, T. Sociologia em transformação: pesquisa social do século XXI. Porto Alegre. Tomo editorial. 2006. MAY, P. H. Economia do meio ambiente: teoria e prática. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2010. MARTES A.C.B. Redes e sociologia econômica. São Carlos. EdUFSCar.2009PEREIRA, A. et al. Sustentabilidade, Responsabilidade Social e Meio Ambiente. São Paulo: Saraiva, 2016. PAULILLO, L.F.; ALVES, F. Reestruturação agroindustrial: políticas públicas e segurança alimentar regional. São Carlos: EduFSCar.2009. PHILIPPI Jr, A. Indicadores de Sustentabilidade e Gestão Ambiental. Barueri: Manole. 2013. SACHS, I. Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável. Rio de Janeiro: Garamond 2009. SCHMITZ, H. Agricultura Familiar: extensão rural e pesquisa participativa. São Paulo: Annablume. 2010. THOMAS, J. M.; CALLAN, S. J. Economia ambiental. São Paulo: Cengage Learning, 2010. VAN BELLEN, H. M. Indicadores de sustentabilidade: uma análise comparativa. FGV Editora, 2005. VEIGA, J.E. Desenvolvimento Sustentável: O desafio do século XXI. Rio de Janeiro: Garamond. 2010. Bibliografia complementar: BARBIERI, J.C. Desenvolvimento e Meio Ambiente: as estratégias de mudanças da Agenda 21. Petrópolis.Vozes, 2011. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 80 BATALHA, M. O. Gestão Agroindustrial. v.1., 3ª ed. São Paulo, Atlas. 2013. BERGAMASSO, S. M.P.P. Assentamentos rurais do século XXI: temas recorrentes. Campinas: FEARGRI/UNICAMPI. 2011. CALLADO, A.A.C.; CALLADO, A.L.C. SOARES, A.P.A; OLIVEIRA, C.V; SILVA, C.R. Extensão rural. São Paulo: Érica, Saraiva. 2014 CALLADO, A. A. C. Agronegócio. São Paulo: Editora Atlas. 3ª ed. 2011. CARNEIRO, M. J. Ruralidades Contemporâneas: modos de viver e pensar o rural na sociedade brasileira: modos de viver e pensar o rural na sociedade brasileira. Rio de Janeiro. FAPERJ. 2012. DIAS, R. Gestão Ambiental: responsabilidade social e sustentabilidade. 2.ed.São Paulo. Atlas. 2011. DIAZ, B.J. O que é participação. 8 ed. São Paulo: Brasiliense. 1998. ELKINGTON, J. Sustentabilidade: Canibais com garfo e faca. M Books. 2011. MAZIN, A.D. Questão Agrária, cooperação e agroecologia. São Paulo: Outras expressões.2016. MENDES, J.T.G.; JUNIOR, J.B.P. Agronegócio: uma abordagem econômica. São Paulo: Pearson. 2007. NETO, J.A. Sustentabilidade e produção: teoria e prática para uma gestão sustentável. São Paulo: Atlas. 2011. LIMA, J.C. Outras sociologias do trabalho: flexibilidades, emoções e mobilidades. São Carlos: EdUFSCar.2013. PEREIRA A.C.; SILVA, G.Z.; CARBONARI, M.E.E. Sustentabilidade, responsabilidade social e meio ambiente. São Paulo. Saraiva. 2016. PORTO,M.S.G.; DWYER, T. Sociologia em transformação: pesquisa social do século XXI. Porto Alegre: Tomo Editorial. 2006. RANGEL, I. Questão Agrária, industrialização e crise urbana no Brasil. 2.ed. Porto Alegre, RS. 2004. SCHNEIDER,S. A pluriatividade na agricultura familiar. 2.ed. Porto Alegre: UFRGS. 2009. SOUZA FILHO, H.M. Comercialização de produtos agroindustriais. São Carlos, SP. EdUFSCar.2012. SOUZA, R.M. Redes de monitoramento socioambiental e tramas de sustentabilidade. São Paulo: Geoplan, Annablume. 2007. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 81 TACHIZAWA, T. Gestão Socioambiental: estratégias na nova era da sustentabilidade. Rio de Janeiro: Campus. 2012. THEODORO, S.H.; DUARTE, L.G.; NILDO. V.J. Agroecologia: um novo caminho para a extensão rural sustentável. Rio de Janeiro: Garamond 2009. THOMAS, J.M. Economia ambiental: aplicações políticas e teoria. São Paulo: Cengage Learning.2017. VEIGA, J. E. Meio Ambiente & Desenvolvimento. São Paulo. Editora SENAC. 3ª ed. 2009. VEIGA, J.E. O desenvolvimento agrícola: uma visão histórica. 2 ed. São Paulo: EdUSP.2012. WEBER, M. Economia e sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. Brasília: UNB,1999. Conteúdos Programáticos: 1) Abordagens da Sustentabilidade e paradigmas empresariais (30) Economia e Paradigmas da Sustentabilidade nas empresas; Abordagens de Sustentabilidade, Comportamento e Ações do Administrador como Agente de Mudança ao Novo Paradigma da Sustentabilidade. 2) Gestão da Sustentabilidade: inovação, operações relacionamento e responsabilidade socioambiental (30) Gestão Estratégica da Sustentabilidade, Inovação e Mudança Organizacional para a Sustentabilidade; Operações de Sustentabilidade, Gestão do Relacionamento com Stakeholders, Responsabilidade Socioambiental, Gestão Socioambiental na Empresa, Gestão por Indicadores de Desempenho e Introdução aos conceitos de modelagem técnica organizacional, de modelos e arquiteturas de referência como meios para a sistematização de conhecimento base para a inovação. 3) Pesquisa e Extensão Rural (60) Possibilidades do envolvimento do estudante com as práticas administrativas agropecuárias e agroindustriais. Conscientizar o estudante sobre seu papel como modificador do meio ambiente para produção e comercialização de alimentos. Abordagem dos sistemas produtivos com exploração racional e sustentável dos recursos energéticos. Definição do perfil do administrador, suas responsabilidades e direitos e campos de atuação. Abordagem das carreiras organizacionais, acadêmica, empreendedora e de consultoria. Evolução do perfil profissional. Atividades profissionais: pesquisa, ensino, produção, extensão e administração. 4) Introdução aos Sistemas Agroindustriais (60) PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 82 Desenvolvimento histórico agrícola, agrário e agroindustrial brasileiro. A integração agricultura-indústria: interpretações recentes do desenvolvimento agrícola e agrário brasileiro: modernização capitalista da agricultura brasileira e formação dos complexos agroindustriais. Principais correntes teóricas e abordagens metodológicas sistêmicas (agricultura camponesa, agronegócio, filiére, cadeias agroindustriais, sistemas agroindustriais, sistemas agroalimentares, complexos agroindustriais, economia de redes, redes agroindustriais, dentre outras). Dimensões da agricultura brasileira, agricultura camponesa, agricultura familiar e patronal, agronegócio. Análises e discussões sobre as cadeias e redes agroindustriais territoriais e a inserção da agricultura familiar. 5) Sociologia Aplicada à Administração (30) Sociologia enquanto disciplina científica, seu objeto de estudo e os componentes básicos da vida social humana, e sua importância na formação e atuação do administrador. Fundamentos das Ciências Sociais e introdução à Sociologia Clássica. A Constituição da sociedade capitalista e a emergência do pensamento sociológico. Análise da Sociedade, Grupos Sociais, Estrutura de Classes e Processos de Mudança. Cultura, Ideologia, Participação e Poder nas Organizações. Industrialização e urbanização. O trabalho na sociedade capitalista: Processo e organização do trabalho. Organização e Relação interativa com o Meio Ambiente. Finanças e Economia 1 (150 horas) Ementa: No primeiro ano, o estudante receberá a formação inicial sobre economia e finanças para o processo de aprendizagem de administração. Serão apresentadas as principais teorias econômicas sobre a natureza e o funcionamento da economia capitalista, articulando Teoria e História, a relação entre Estado e Economia, bem como os entraves e estímulos macroeconômicos para os mercados agregados. Nessa perspectiva, em delimitação macro, o estudante do curso de administração poderá compreender e aprimorar suas análises sobre o modo como as políticas governamentais afetam o nível de atividade econômica e os preços. A formação inicial do estudante neste eixo possibilitará o aprendizado das abordagens macroeconômicas clássicas, keynesianas e póskeynesianas e a aplicação dessas abordagens na economia associando-as com as particularidades da realidadade brasileira. O estudo das noções sobre Economia Política despertará o senso crítico facilitando as definições estratégicas do futuro administrador levando em conta a multiplicidade de situações presentes na realidade concreta. De modo complementar, para a análise e aplicação da elaboração de cenários macroeconômicos e estratégias microeconômicas, o estudante receberá um nivelamento introdutório em matemática aplicada à administração. Bibliografia Básica: BLANCHARD, Olivier. Macroeconomia. 5. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2013 BRUE, S. L. História do pensamento econômico. São Paulo: Cengage Learning 2017. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 83 CARVALHO, Fernando J. Cardim de et al. Economia monetária e financeira: teoria e política.3. ed. São Paulo: Elsevier, 2015. CATANI, Afrânio M. O que é capitalismo. 35. ed. rev. ampl. São Paulo: Brasiliense, 2011. GREMAUD, Amaury Patrick; VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de; TONETO JUNIOR, Rudinei. Economia brasileira contemporânea. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2017. KEYNES, John Maynard. A teoria geral do emprego, do juro e da moeda. São Paulo: Saraiva, 2016. LAPA, N. Matemática Aplicada: uma Abordagem Introdutória. São Paulo: Saraiva, 2014. LOPES, L. M.; VASCONCELLOS, M. A. S. de (Orgs.). Manual de macroeconomia: nível básico e nível intermediário. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2008. Caps. 1, 2 e 3. MARX, K. O Capital. São Paulo: Boitempo Editorial, 2014. MUROLO, Afrânio Carlos; BONETTO, Giácomo Augusto. Matemática aplicada a administração, economia e contabilidade. 2. ed. rev. ampl. São Paulo: Cengage Learning, 2012 VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de; ENRIQUEZ GARCIA, Manuel. Fundamentos de economia. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2014 Bibliografia complementar: ARAÚJO, Carlos Roberto Vieira. História do pensamento econômico: uma abordagem introdutória. São Paulo: Atlas, 2015. BIELSCHOWSKY, R. Pensamento econômico brasileiro: o ciclo ideológico do desenvolvimentismo. Rio de Janeiro: Contraponto, 2004. STRANG, Gilbert. Álgebra linear e suas aplicações. 4. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2010 LEITHOLD, L. Matemática Aplicada à Economia e Administração. São Paulo: Harbra, 2001. MARX, Karl. O capital: crítica da economia política. 34. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014 PORTER, M. Vantagem Competitiva. Rio de Janeiro: Campus, 1990. SMITH, Adam. A riqueza das nações. v.1. 3. ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2016 SMITH, Adam. A riqueza das nações. v.2. 4. ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2016 STEWART, James. Cálculo. 7. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2013. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 84 Conteúdos Programáticos: 1) Introdução ao Pensamento Econômico (30) Conceitos Básicos de Ciência Econômica. Introdução ao Pensamento Econômico e suas contradições básicas: a visão clássica de Adam Smith e as bases do pensamento marxista. Geração de valor e mais- valia. Noções de funcionamento básico do sistema econômico capitalista e uma introdução ao processo de formação de preços em mercados competitivos. Características de oferta e demanda em mercados de concorrência perfeita e imperfeita. 2) Macroeconomia Clássica (30) Introdução à Macroeconomia: Agregados Macroeconômicos; Determinação da Renda de Equilíbrio e Política Fiscal; Política Monetária; O Setor Externo e a Política Cambial; Macroeconomia no Longo-Prazo e o Crescimento Econômico 3) Macroeconomia Keynesiana e Neokeynesiana (30) Crítica à Lei de Say e à Teoria Macroeconômica Clássica; Princípio da Demanda Agregada; Teoria Keynesiana do Multiplicador de Renda; Regulação de Mercados. Macroeconomia aplicada ao Brasil. 4) Economia Política (30) Acumulação primitiva. As classes sociais na revolução industrial. Manufatura, cooperação e grande indústria. Mais valor absoluto e mais valor relativo. Valor e Dinheiro. A Lei do valor. Salário e trabalho alienado. O fetichismo da mercadoria. A evolução do capitalismo. 5) Matemática aplicada à Administração I - Nivelamento (30) Equações de 1º e 2º Grau; Produtos Notáveis e Fatoração; Funções; Álgebra Matricial, Sistemas de Equações Lineares, Matrizes Inversas e Determinantes, Autovalores e Autovetores. Comercialização 1 (150 horas) Ementa: Apresentar os principais conceitos e técnicas utilizados pelo Marketing, possibilitando uma visão das inter-relações sistêmicas entre o Marketing e as demais funções da organização. Os estudantes, ao término do eixo, deverão estar aptos a identificar os elementos envolvidos no Processo de Marketing, bem como os principais conceitos a ele relacionados. Bibliografia básica: CARVALHO, E. B. S.; SILVA, P. A. B. Internacionalização do Brasil – Dinâmica do comércio e da política internacional. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2013. COELHO, F. U. Curso de Direito Comercial. São Paulo: Saraiva. 1998. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 85 KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Princípios de marketing. 12 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008. KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de marketing. 14 ed. São Paulo: Pearson Education Brasil, 2012. MALUF, S. N. Administrando o comércio exterior. São Paulo: Aduaneiras, 2003. MARINHO, H. Teorias do comércio internacional e política comercial. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2011. PACHECO, J. S. Processo de Falência e Concordata. Rio de Janeiro: Forense. 1999. PORTER, M. Estratégia Competitiva: Técnicas para análises de indústrias e da concorrência. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2005. RAINELLI, M. Nova teoria do comércio internacional. São Paulo: EDUSC, 1998. REQUIÃO, R. Curso de Direito Comercial. São Paulo: Saraiva. 2003. URDAN, F. T.; URDAN, A. T. Gestão do composto de marketing. São Paulo: Atlas, 2013. VAZQUEZ, J. L. Comércio exterior brasileiro. 9. ed. São Paulo: Atlas, 1999. ZENONE, L. C.; DIAS, R. Marketing sustentável: valor social, econômico e mercadológico. São Paulo: Atlas, 2015. Bibliografia Complementar: BAKER, M. J. et al. Administração de marketing. 5. ed. Rio de Janeiro: Campus Elsevier, 2005. BRASIL. Ministério das Relações Exteriores. Divisão de Programas de Promoção Comercial. Exportação Passo a Passo / Ministério das Relações Exteriores: Brasília: MRE, 2004. Disponível em < http://www.mdic.gov.br> CAPUCIO, C. Comércio internacional e integração regional: a OMC e o Regionalismo. Belo Horizonte-MG: Arraes Editora, 2012. DEMO. G. Marketing de relacionamento & comportamento do consumidor. São Paulo: Atlas, 2015. GUEDES, J. M. M.; PINHEIRO, S. M. Anti-dumping, subsídios e medidas compensatórias. 2. ed. São Paulo: Aduaneiras, 1996. HOOLEY, G. J.; SAUNDERS, J. A.; PIERCY, N. F. Estratégia de marketing e posicionamento competitivo. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.MINADEO, R. Gestão de marketing: fundamentos e aplicações. São Paulo, Atlas, 2008. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 86 MARTINS, F. Curso de Direito Comercial. Rio de Janeiro: Forense. 1997. MURTA, R. O. Incoterms. 3. São Paulo: STS, 1998. NUNES NETO. F. L. SISCOMEX sem mistério importação e despacho. São Paulo: Aduaneiras, 1999. ROCHA, A.; FERREIRA, J. B.; SILVA, J. F. Administração de Marketing: conceitos, estratégias, aplicações. São Paulo: Atlas, 2012. SISCOMEX importação. Normas gerais. Disponível em http://www.mdic.gov.br TARTUCE, F. Manual de Direito Civil. 3. ed. São Paulo: Método, 2013. ULHOA COELHO, F. Manual de Direito Comercial: direito da empresa. 25. ed. São Paulo: Saraiva, 2013. VILHENA, P. E. R. Direito Público e Direito Privado: sob o prisma das relações jurídicas. 2. ed. Belo Horizonte, Del Rey, 1996. ZYLBERSTAJN, D.; STAJN, R. Direito e Economia: Análise Econômica do Direito. São Paulo: Elsevier, 2010. Conteúdos Programáticos: 1) Introdução ao Marketing (60) Pressupostos e conceitos básicos de Marketing. As inter-relações sistêmicas do marketing e as demais funções da organização. Os principais elementos que envolvem o Processo de Marketing. Os mercados em que uma organização opera e seus elementos: mercado consumidor, produtor, revendedor e governamental. Tipos de orientações empresariais. Componentes do sistema de informações de marketing. Análise do Ambiente de Marketing. Segmentação de Mercado, Mercado- Alvo e Posicionamento. Análise da Concorrência. Processo de Planejamento e Plano de Marketing. 2) Comércio Internacional e Políticas de Exportação (60) Introdução ao comércio exterior internacional; Estruturas brasileiras para o comércio exterior (Decex/ Órgãos anuente; Autoridade Portuária; Sistema fiscal); Processo de Exportação (Parametrização em canais; Averbação de embarque; Comprovante da exportação; Negociação com o comprador; Análise de risco nas operações de exportação; PROEX – Programa de Financiamento às exportações brasileiras; Despacho; Averbação); Legislação Brasileira para exportações e importações (Aspectos PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 87 fiscais; Tributação na exportação e classificação; IPI, ICMS, PIS e COFINS; Regimes Aduaneiros Especiais; Drawback; Depósito Alfandegado Certificado – DAC; Exportações Temporárias; Exemplo na formação de preço na exportação); Legislação Brasileira para Importações (Aspectos fiscais; Classificação fiscal de mercadorias; Tributação na importação; IPI; ICMS; AFRMM; ATAERO; Exigibilidade, isenções, reduções; Regime de tributação simplificada; Trânsito aduaneiro; Entreposto aduaneiro; Entreposto industrial; Admissão temporária; Exemplo de cálculo de custos); Aspectos cambiais (Normas do Banco Central do Brasil na exportação; Contratação de Câmbio; Adiantamentos sobre Contratos de Câmbio – ACC: Liquidação; Cancelamento; Penalidades); Aspectos Administrativos (SISCOMEX – Sistema Integrado de Comércio Exterior; Registro de Exportação – RE; Declaração de Despacho de Exportação – DDE; SISCOMEX – Funções do sistema; Exportações sem cobertura cambial; Exportação simplificada, Incoterms e Formas de pagamento; Antecipado; a vista; a prazo; Fontes de financiamento externo); Desembaraço aduaneiro (Parametrização de canais; Instrução do despacho; Valoração aduaneira; Comprovante de Importação CI). 3) Direito Comercial (30) A evolução do direito comercial (A história e a economia, As primeiras normas econômico – jurídicas, o direito Romano, o direito comparativo, o mercantilismo, o capitalismo); a posição do direito comercial (os novos rumos da doutrina, o direito econômico, a matéria comercial, um conceito de autonomia, unificação do direito, a comercialização do direito civil) o domínio do direito comercial (a teoria objetiva e a teoria subjetiva); a reconstrução do direito comercial (os novos rumos da doutrina, o Direito Econômico e o objetivo do direito comercial); o direito comercial como direito das empresas (a empresa e o empresário, a empresa e o fundo de comércio, as dimensões da empresa, o conceito jurídico de empresa); contrato mercantis (visão dos contratos, prova dos contratos, capacidade para contratar, requisitos, nulidades dos contratos. Extinção das obrigações). Administração de Operações Agroindustriais 1 (240 horas) Ementa: No primeiro ano o estudante compreenderá os paradigmas principais e os fundamentos da administração, a fim de estabelecer as diretrizes do processo de organização empresarial e suas dinâmicas básicas. Junto a isso, o aprendizado sobre a importância e valorização dos fatores de produção agropecuários que, compreendidos sob uma visão sistêmica da administração da produção e de operações, facilitará o preparo do estudante para os futuros conteúdos de formação básica, complementar, de estudos quantitativos e suas tecnologias. Bibliografia básica: PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 88 ACCARINI, J. H. Economia rural e desenvolvimento: reflexões sobre o caso brasileiro. Petrópolis: Vozes, 1987. ALBUQUERQUE, M. C. C.; NICHOLS, R. Economia agrícola: o setor primário e a evolução da economia brasileira. São Paulo: McGraw-Hill, 1987. AZAMBUJA, J. M. V. O solo e o clima na produtividade agrícola. Editora Agropecuária, 1996. BERGAMINI, C. W. Psicologia aplicada à administração de empresas. Psicologia do comportamento organizacional. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2015. DAFT, R. L. Administração. Tradução da 2ª edição norte-americana. São Paulo: Cengage Learning, 2010. DIEHL, R. Agricultura geral. Clássica Editora, 1989. KAY, R. D.; EDWARDS, W. M. Gestão de propriedades rurais. 7.ed. São Paulo: McGraw Hill, 2014. MARTINELLI, D. P.; VENTURA, C. A. A. Visão sistêmica e administração: conceitos, metodologias e aplicações. São Paulo: Saraiva, 2014. MAXIMIANO, A. C. A. Introdução à Administração. 8 ed. São Paulo: Atlas, 2011. MAXIMIANO, A. C. A. Teoria Geral da Administração: da revolução urbana à revolução digital. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2012. MINICUCCI, A. Relações Humanas: Psicologia das Relações Interpessoais. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008. MORGAN, G. Imagens da organização. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2007. MOTTA, F. C. P.; VASCONCELOS, L. F. G. Teoria Geral da Administração. 3. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2006. PAULA, A. P. P. Teoria crítica nas organizações. São Paulo: Thomson, 2008. Bibliografia complementar: ARONSON, E.; WILSON, T. D.; AKERT, R. M. Psicologia social. 8. ed. São Paulo: LTC, 2015. BATALHA, M. O. (Org.) Gestão Agroindustrial. São Paulo: Atlas, 2007. BATEMAN, T. S.; SNELL, S. A. Administração: liderança e colaboração no mundo competitivo. 7. ed. São Paulo: McGraw-Hill, 2007. DAFT, R. L. Organizações: teoria e projetos. 3. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2015 FLEURY, M. T.; FISCHER, R. Cultura e poder nas organizações. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2007. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 89 GUIAR, M. A. F. Psicologia aplicada à administração: uma abordagem multidisciplinar. São Paulo: Saraiva, 2014. HAMPTON, D. R. Administração Contemporânea. 3. ed. São Paulo: Pearson Makron Books, 2005. SCHULTZ, D. P.; SCHULTZ, S. E. História da psicologia moderna. São Paulo: Pioneira Thompson Learning, 2004. SENGE, P. A revolução decisiva: como indivíduos e organizações trabalham em parceria para criar um mundo sustentável. Rio de Janeiro: Elsevier Campus, 2008. WEBER, M. Economia e sociedade. Brasília: UnB, 1999. vol. I (cap. I, p.139-160). Conteúdos Programáticos: 1) Fundamentos da Administração (60) Conceito de Administração; Papel e Importância da Administração. Áreas funcionais da organização. História do pensamento administrativo; Funções da Administração: planejamento, organização, direção e controle; Modelos de organização: mecanicista e orgânico; Estrutura Organizacional: tipos e definições; Ética na administração; Enfoque sistêmico; Administração participativa; Novos modelos de administração; Tendências da administração no Brasil e no mundo. 2) Teoria das Organizações (60) Teoria das organizações: conceitos relacionados e antecedentes históricos (Taylor, Fayol, Relações Humanas). Comparação Escola Clássica versus Escola das Relações Humanas. Modelo Burocrático. Enfoque sistêmico. Principais perspectivas teóricas sobre as organizações (as diferentes visões da organização). Teoria da Dependência de Recursos. Teoria dos Custos de Transação. Teoria Institucional e Neoinstitucional. Isomorfismo. Abordagens contemporâneas a partir da visão de teoria das organizações. 3) Fatores de Produção Agropecuária (60) A importância do Clima como Fator de Produção Agrícola; Solo como Fator de Produção Agrícola; A questão dos ciclos biológicos e sua influência na produção agrícola; Diferentes atividades inerentes a produção agropecuária (Preparo e Conservação do Solo, Irrigação e Drenagem, Manejo de Plantas Invasoras, Tratos Culturais, Colheita); Aspectos da Produção Animal; Importância das Plantas e da Agricultura; Estrutura das Plantas Superiores; Crescimento e Desenvolvimento Vegetativo e Reprodutivo; Propagação de Plantas; Fisiologia Vegetal; Doenças das Culturas; Pragas das Culturas; Melhoramento Vegetal; Principais Culturas Agroindustriais PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 90 4) Psicologia das Organizações (60) A psicologia como ciência. Estudo das relações interpessoais, em uma perspectiva psicossocial. Percepção, motivação e comunicação: grupos, papéis e relações interpessoais. Psicologia do trabalho: alienação e humanização do trabalho. Processos de grupo. Estilos de liderança. Processos grupais nas organizações e instituições. Introdução e origens históricas do conceito de motivação. O status teórico dos conceitos motivacionais. Psicologia social: a dimensão social da condição humana – subjetividade e intersubjetividade. 9.3.2. Eixos do Perfil 2 Desenvolvimento Territorial Sustentável e Políticas Públicas 2 (210 horas) Ementa: No segundo ano será constituído um espaço de reflexão crítica para o estudante de Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais, oferecendo oportunidade de reflexões sobre o desenvolvimento rural, tanto espaço de produção agropecuária como espaço social constituído por múltiplos e diferentes agentes sociais que, muitas vezes, tecem relações de conflito e contradição. Nessa perspectiva, objetiva-se preparar o futuro profissional que atuará em estreita relação com o exercício da administração de estratégias das empresas rurais e agroindustriais e também de relacionamentos entre empresas e entre empresas e governos, onde a cooperação e o conflito podem coexistir na busca de novos caminhos de crescimento econômico e social. Em especial, se enfatizará que esses múltiplos interesses correspondem às diferentes políticas agrícolas e agroindustriais estabelecidas em cadeias e redes de produção e também à busca de novos meios de gestão ambiental, demandando assim diferentes formas de ação por parte do profissional para posterior discussão dos desafios, limites e possibilidades de construção do ―desenvolvimento empresarial‖ nas esferas rurais e agroindustriais. Assim, a partir do estudo dos aspectos conceituais de desenvolvimento rural sustentável, de rural, de ruralidades e dos seus atores, seguem como objetivos específicos: 1) Apresentar as faces históricas do desenvolvimento rural no Brasil e das desigualdades regionais do desenvolvimento; 2) Discutir sobre as perspectivas teóricas e práticas do desenvolvimento rural brasileiro apresentando seus atores, com perspectivas para o desenvolvimento rural apontando para modelos tecnológicos e de gestão para agricultura familiar no Brasil e; 3) Analisar no contexto sócio, político, jurídico e econômico brasileiro, as tipologias e as relações de trabalho no campo e na agroindústria brasileira; 4) compreender o que é gestão ambiental e quais os métodos e ferramentas já utilizadas pelos administradores rurais e agroindustriais. Bibliografia básica: DIAS, Reinaldo. Gestão ambiental: responsabilidade social e sustentabilidade. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2011. BACHA, C. J. C. Economia e política agrícola no Brasil. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2012. BATALHA, Mario Otavio (Coord.). Gestão agroindustrial: GEPAI: Grupo de Estudos e Pesquisas Agroindustriais. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2013. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 91 CARNEIRO, M. J. Ruralidades Contemporâneas: modos de viver e pensar o rural na sociedade brasileira: Rio de Janeiro. FAPERJ. 2012. KAGEYAMA, Ângela Antônia. Desenvolvimento rural: conceitos e aplicação ao caso brasileiro. Porto Alegre, RS: UFRGS, 2008. MAZOYER, M.; ROUDART, L. História das agriculturas no mundo: Do neolítico à crise contemporânea. São Paulo. São Paulo: Ed. UNESP, 2010. PEREIRA, A. et al. Sustentabilidade, responsabilidade social e meio ambiente. São Paulo: Saraiva, 2016. PHILIPPI Jr. A.; ROMÉRO, M. A.; BRUNA, G. C. (Ed.). Curso de gestão ambiental. 2. ed. atual. ampl. Barueri: Manole, 2014. ROMÉRO, M. A.; BRUNA, G. C.; PHILIPPI Jr. A. Curso de gestão ambiental. Barueri: Manole, 2014. VILELA JÚNIOR, A.; DEMAJOROVIC, J. (Orgs.). Modelos e ferramentas de gestão ambiental: desafios e perspectivas para as organizações. São Paulo: Editora Senac, 2013. Bibliografia complementar: BRUMER, A.; PINEIRO, D. Agricultura latino-americana: novos arranjos e velhas questões. Porto Alegre-RS, Editora da UFRGS, 2005. FURTADO, C. Formação econômica do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2007. NEVES, D. P. (Org.). Desenvolvimento social e mediadores políticos. Porto Alegre: Ed. UFRGS/Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural, 2008 PAULILLO, L. F. Reestruturação Agroindustrial, Políticas Públicas e Segurança Alimentar Regional. São Carlos: EdUFSCar, 2009. PEREIRA, A. et al. Sustentabilidade, Responsabilidade Social e Meio Ambiente. São Paulo: Saraiva, 2016. PRADO JÚNIOR, Caio da Silva. História econômica do Brasil. 43. ed. São Paulo: Brasiliense, 2012. SOUZA FILHO H.M.; BUAINAIM A.M. Economia Agrícola. São Carlos: EdUFSCar. 2011. VEIGA, J. E. Desenvolvimento sustentável: o desafio do século XXI. Rio de Janeiro: Garamond, 2010. WANDERLEY, M. N. B. Um saber necessário: os estudos rurais no Brasil. Campinas: Unicamp, 2011. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 92 Conteúdos programáticos: 1) Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (60) Estrutura agrária, agrícola e agroindustrial no Brasil. Interpretações clássicas do desenvolvimento agrícola e agrário brasileiro. A modernização capitalista dolorosa da agropecuária brasileira. Conformação do chamado ―novo rural brasileiro‖. Dilemas e Geografia da Fome no Brasil. História e modelos das agriculturas mundial e brasileira: Especificidades e planejamento da agropecuária brasileira. Formas sociais de produção da agropecuária e agroindustrial brasileira. Modelo de produção produtivista na agropecuária brasileira e os atores sociais individuais e coletivos. A dicotomia economicista do modelo produtivista agropecuária com as perspectivas do desenvolvimento rural sustentável. Construção teórica e metodológica do desenvolvimento rural sustentável. Aspectos conceituais do modelo de desenvolvimento rural. Aspectos históricos do desenvolvimento territorial do Brasil e as desigualdades territoriais do desenvolvimento. Evolução histórica e dimensões sociais, econômicas, políticas e ecológicas do desenvolvimento rural sustentável. 2) Política Agrícola (60) Evolução histórica e legislação do crédito rural no Brasil. Os mercados financeiros e seu Funcionamento; Classificação dos financiamentos; Modalidades de crédito rural; Crédito rural e preços mínimos; Seguros Agrícolas; Programas especiais e setoriais de aplicação do crédito rural; A política de crédito rural e o desenvolvimento da agricultura; A prioridade agrícola e as mudanças na política nacional de crédito rural. Panorama agrícola atual e as mudanças para a última safra. 3) Gestão Ambiental (60) Conceito de gestão ambiental; Gestão ambiental corporativa; Mapeamento do processo produtivo; método de avaliação dos indicadores de sustentabilidade organizacional: funções econômicas do meio ambiente; aspectos e impactos ambientais: conceito, principais impactos ambientais; diagnóstico ambiental para EIA-RIMA; mensuração de impactos ambientais associados às atividades produtivas; medidas mitigadoras; determinação de matriz de prioridade e severidade; ISO 14001 Rotulagem ambiental. Sistemas de Gestão Ambiental. 4) Sociologia Rural (30) Reconstrução histórica do processo de gênese e transformação do espaço agrário e agrícola brasileiro; Debates da questão agrária no Brasil e, particularmente, na contemporaneidade; Fatores de competitividade da agricultura brasileira e características da produção agrícola e agroindustrial; PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 93 Introdução a Sociologia Rural: objeto científico da Sociologia Rural e questões metodológicas emergentes; O Rural como campo multidisciplinar do conhecimento científico; Diagnóstico do quadro crítico e abrangente da realidade agrária, agrícola e agroindustrial brasileira em seus aspectos econômicos, sociais e ambientais; Dimensão sociopolítica dos processos de produção, difusão e consumo da tecnologia; Inovação tecnológica na agricultura e as contradições ambientais e sociais. Finanças e Economia 2 (180 horas) Ementa: Neste eixo o estudante terá contato com abordagens microeconômicas clássica e de economia industrial para aprender sobre os processos produtivos, concorrências em oligopólios, monopólios, concorrências monopolísticas e cartéis, ao mesmo tempo em que receberá e desenvolverá o ferramental básico de estatística para apoiar as atividades de estudos de mercados, planejamento produtivo e elaboração de estratégias diversificadas para a administração de empresas (públicas e privadas). Bibliografia básica: FIANI, R. Teoria dos Custos de Transação. In: KUPFER, D. E HAZENCLEVER, L. (Orgs.) Economia Industrial. Rio de Janeiro, Editora Campus, 2002 (cap. 12). ANDERSON, D. R.; SWEENEY, D. J.; WILLIAMS, T. A. Estatística aplicada à administração e economia. 2. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2008. BANZATTO, D. A.; KRONKA, S. N. Experimentação agrícola. FUNEP, Jaboticabal, 1989. 247p. LAPA, N. Matemática Aplicada: uma Abordagem Introdutória. São Paulo: Saraiva, 2012. MUROLO, A.; BONETTO, G. Matemática Aplicada à Administração, Economia e Contabilidade. São Paulo: Thomson Learning, 2004. PINDYCK, R. S.; RUBINFELD, D. L. Microeconomia. 5. ed.. São Paulo: Prentice Hal, 2002. Bibliografia complementar: BUSSAB, W.O; MORETTIN, P. A.; Estatística Básica. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. HASENCLEVAR, L.; TIGRE, P. Estratégias de Inovação In: KUPFER, D. E HAZENCLEVER, L. (Orgs.) Economia Industrial. Rio de Janeiro, Editora Campus, 2002 (cap. 18). LAY, D. C. Álgebra Linear e suas aplicações. 2ª ed. Editora LTC, 1999. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 94 LEITHOLD, L. Matemática Aplicada à Economia e Administração. São Paulo: Harbra, 2001. POSSAS, M. L. Concorrência Schumpeteriana. In: KUPFER, D. E HAZENCLEVER, L. (Orgs.) Economia Industrial. Rio de Janeiro, Editora Campus, 2002 (cap. 17). STEWART, J. Cálculo. vol. 1. São Paulo: Thomson Learning, 2008. VASCONCELLOS, M.; GARCIA, M. E. Fundamentos de Economia. São Paulo: Saraiva, 2008. Conteúdos programáticos: 1) Microeconomia (45) Evolução do Pensamento Econômico: o que herdamos das escolas de pensamento econômico para estudar a disciplina de microeconomia neoclássica; Comportamento do Consumidor: Oferta X Demanda; A Produção e a Firma: rendimentos, escalas e custos; A Empresa como Unidade de Transformação Tecnológica e as Estruturas de Mercado; 2) Organização Industrial (45) Princípio do Custo Total; Economia dos Custos de Transação: A empresa unidade de negociação; Barreiras à Entrada de novas empresas em concorrência imperfeita; Estratégias de Diversificação da Produção em concorrência imperfeita; Inovação, concorrência e limites da firma. 3) Estatística (60) Princípios básicos da experimentação. Testes de hipóteses. Análise de variância. Testes F e t. Contrastes. Procedimentos para comparações múltiplas: testes de Tukey, Duncan, Scheffé e t. Delineamentos experimentais: inteiramente ao acaso, blocos ao acaso. Experimentos fatoriais e em parcelas subdivididas. Experimentos em reversão e quadrado latino. Regressão linear. Covariância. Correlação. 4) Matemática aplicada à Administração I - Fundamentos Cálculo Diferencial (30) Conceitos e desenvolvimentos de aplicações práticas de derivadas e de integrais. Aplicar conceitos de cálculo e análise matemática em problemas de administração de empresas. Noções de limite. Derivada. Regras de derivação. Derivação da função composta. Derivadas sucessivas. Noções de Integração indefinida. Técnicas de integração. Integração definida. Comercialização 2 (120 horas) Ementa: Neste eixo, o estudante já terá uma formação básica para poder aprender e desenvolver ferramentas de estudos do comportamento do consumidor e de desenvolvimento de atividades de marketing pelas empresas. Encaixa-se, portanto, novos conhecimentos para a formação do administrador PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 95 no contexto da comercialização de produtos e serviços, análise e posicionamento avançado no processo de concorrência capitalista e da prospecção de novos mercados. Bibliografia básica: SOLOMON, M. R. O Comportamento do Consumidor: comprando, possuindo e sendo. 9. ed. Porto Alegre: Bookman, 2010. BLACKWELL, R. D.; MINIARD, P. W.; ENGEL, J. F. Comportamento do consumidor. 9. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2009. SAMARA, B. S.; MORSCH, M. A. Comportamento do Consumidor: conceitos e casos. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. ALTIERI, M. Agroecologia: a dinâmica produtiva da agriculura sustentável. 4 ed., Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2004. NEVES, M. F.; THOME, C. L. Marketing e estratégia em agronegócios e alimentos. São Paulo: Atlas, 2003. TEJON, J. L.; XAVIER, C. Marketing & Agronegócio: a nova geração – diálogo com a sociedade. São Paulo: Pearson, 2009. ZENONE, L. C.; DIAS, R. Marketing sustentável: valor social, econômico e mercadológico. São Paulo: Atlas, 2015. Bibliografia Complementar: BAKER, M. J. et. al. Administração de marketing. 5. ed. Rio de Janeiro: Campus Elsevier, 2005. CÔNSOLI, M. A. (Org.). Agrodistribuidor: o futuro da distribuição de insumos no Brasil. São Paulo: Atlas, 2011. HOOLEY, G. J.; SAUNDERS, J. A.; PIERCY, N. F. Estratégia de marketing e posicionamento competitivo. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005 KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Princípios de marketing. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008. KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de marketing. 14 ed. São Paulo: Pearson Education Brasil, 2012. KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de marketing. 14 ed. São Paulo: Pearson Education Brasil, 2012. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 96 MALHOTRA, N. Pesquisa de marketing: uma orientação aplicada. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. MINADEO, R. Gestão de marketing: fundamentos e aplicações. São Paulo, Atlas, 2008. MOWEN, J. C.; MINOR, M. S. Comportamento do Consumidor. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2003. ROCHA, A.; FERREIRA, J. B.; SILVA, J. F. Administração de Marketing: conceitos, estratégias, aplicações. São Paulo: Atlas, 2012. SAMARA, B. S.; BARROS, J. C. Pesquisa de marketing: conceitos e metodologia. 4. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. URDAN, F. T.; URDAN, A. T. Gestão do Composto de Marketing. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2013. YASUDA, A. Pesquisa de marketing: guia para a prática de pesquisa de mercado. São Paulo: Cengage learning, 2012. Conteúdos programáticos: 1) Comportamento do Consumidor (60) Apresentação da teoria do comportamento em marketing e seus principais modelos. Apresentação e análise dos principais fatores influenciadores do processo de compra/consumo. Análise das principais variáveis do Comportamento do Consumidor individual e empresarial. Análise dos papéis do comprador e do processo de compra. Análise da dinâmica do sistema de informações de marketing. A importância da Pesquisa de Marketing para geração de informações e tomada de decisões. Processo de pesquisa de marketing. Apresentação das principais fases, métodos, técnicas e instrumentos de pesquisa de marketing. 2) Marketing na Agricultura e na Agroindústria (60) Marketing, Networks, Agronegócios e Agricultura Familiar. Pesquisa de Marketing em Alimentos. Comportamento do Consumidor e Novo Consumidor de Alimentos. Comportamento de Compra Organizacional. Análise do Macroambiente com o enfoque de Redes. Decisões de Produtos, de Marcas e Marcas Próprias. Embalagens para Alimentos com enfoque em Marketing. Serviços e Marketing em Empresas de Alimentação. Comunicação no Setor Agroalimentar. Mudanças no Ambiente de Venda de Insumos Agropecuários. Canais de Distribuição no Agronegócio: Atacado e Varejo. Marketing e Meio ambiente. Administração de Operações Agroindustriais 2 (240 horas) PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 97 Ementa: A formação do estudante, nesta fase, compreenderá o estudo e a formação de uma visão geral da Administração da Produção e Operações, num contexto de Competitividade Monopolista para elaboração de e estratégia de produção e comercialização. Junte a isso o aprendizado do processo de evolução dos conceitos e tipologias sobre planejamento de recursos humanos e as perspectivas racionais, normativas e cognitivas de gestão de pessoas, articulado ao processo cada vez mais indispensável do mundo organizacional de administrar de carreiras, processos de remunerações e cargos. Bibliografia Básica: ARAÚJO, L. C. G. Gestão de Pessoas: estratégias e integração organizacional. São Paulo: Atlas, 2014. BATALHA, M. O. (Coord.). Gestão agroindustrial: GEPAI grupo de estudos e pesquisas agroindustriais. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. 419 p. v.2. BINOTTO, E. Tecnologia e Processos Agroindustriais. Passo Fundo: Editora UPF, 2007. CHASE, R.N.; JACOBS, E.R.; AQUILANO, N.J. Administração da produção para a vantagem competitiva. 10 ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. FISCHER, A. L.; DUTRA, J. S.; AMORIM, W. A. C. Gestão de pessoas: práticas modernas e transformação nas organizações. São Paulo: Atlas, 2010. GIL, A. C. Gestão de pessoas: enfoque nos papéis profissionais. São Paulo: Atlas, 2001. GUERRINI, F. M. et al. Modelagem da organização: uma visão integrada. Porto Alegre: Bookman, 2014. HANASHIRO, D. M. M.; TEIXEIRA, M. L. M.; ZACCARELLI, L. M. (Orgs.). Gestão do fator humano: uma visão baseada em stakeholders. São Paulo: Saraiva. 2008. HIPOLITO, J. A. M.; DUTRA, J. S. Remuneração e recompensas. São Paulo: Atlas, 2012. LACOMBE, F. S. J. M. Recursos Humanos: Princípios e Tendências. São Paulo: Saraiva, 2008. LOPES, C. H.; BORGES, M. T. Introdução a Tecnologia Agroindustrial. São Carlos: EdUFSCar, 2009. MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de Pesquisa. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2011. SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da produção. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2007. SOUZA, M. Z. A.; BITTENCOURT, F. R.; PEREIRA FILHO, J. L.; BISPO, M. M. Cargos, Carreiras e Remuneração. São Paulo: FGV, 2005. VERGARA, S. C. Métodos de Pesquisa em Administração. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2015. YIN, R. Estudo de caso: planejamento e métodos. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2015. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 98 Bibliografia Complementar: BATALHA, M. O. Gestão Agroindustrial. v. 1, 3. ed. São Paulo, Atlas. 2007. BRUNI, A. L.; FAMA, R. Gestão de custos e formação de preços. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2012. CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A.; DA SILVA, R. Metodologia Científica. 6 ed. São Paulo: Pearson, 2011. CORRÊA, H. L. et al. Planejamento, programação e controle da produção: MRP II / ERP. São Paulo: Atlas, 1999. DEMO, P. Metodologia do Conhecimento Científico. São Paulo: Atlas, 2000. FARIAS FILHO, M. C.; ARRUDA FILHO, E. J. M. Planejamento da Pesquisa Científica. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2015. GONZALEZ, C. C.; PÊGO, L. S.; MASTRANTONIO, S. S., Custos gerenciais: teoria e prática na agroindústria. São Carlos, 2011. (Coleção UAB-UFSCar). MANKIW, N. G. Introdução à Economia. Tradução da 3ª edição americana. São Paulo: Pioneira Thomson, 2014. MARQUES, P. V.; P. C. DE MELLO & J.G. MARTINES F., Mercados Futuros Agropecuários. São Paulo, Editora Elsevier, 2008. PASSOS, A. E. V. M.; MENDONÇA, M. C. F.; FAISSAL R.; VERGARA S. C., Almeida, W. M. C. Atração e seleção de pessoas. São Paulo: FGV, 2006. PONTES, B. R. Administração de cargos e salários. 12. ed. São Paulo: LTR, 2006. SCOFANO, A. C.; MOREIRA, I., PACHECO, L. S.; BECKERT, M. C. P.; VERGARA S. C.; SOUZA, V. Capacitação e desenvolvimento de pessoas. São Paulo: FGV, 2009. VIEIRA, M. M. F.; ZOUAIN, D. M. Pesquisa Qualitativa em Administração. 2. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2012. Conteúdos programáticos: 1) Gestão de Pessoas (60) Contexto histórico da Gestão de Pessoas. Conceitos, objetivos e políticas e estratégias. Principais problemas e tendências. Planejamento de recursos humanos. Funções Básicas: recrutamento e seleção, treinamento e desenvolvimento, cargos, salários e benefícios, avaliação de desempenho e PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 99 planejamento de carreira. Tendências. O Planejamento de RH e sua vinculação com o Planejamento Estratégico da Empresa. 2) Administração de Cargos, Remuneração e Carreiras (30) Sistema de Compensação. Impacto no desempenho da organização. Componentes e um sistema de compensação. Remuneração. Remuneração Funcional. Curva de maturidade. Remuneração por habilidade. Remuneração Variável. Pesquisa Salarial. Elaboração de um Plano Salarial. Participação nos lucros e resultados. Aspectos legais da Remuneração. Benefícios. Política de Benefícios. Carreiras. Planejamento de Carreira. Formulação de políticas e estratégias de Gestão de Pessoas. 3) Tecnologias de Processos Agroindustriais (60) Tecnologias no contexto organizacional agroindustriais: máquinas, computadores, comunicações, robótica, processos, modelagem técnica de processos, ergonomia, dentre outros. Tecnologia imersa nos agronegócios, promoção da inovação constante em processos e produtos com vistas a atender às necessidades da sociedade. 4) Administração da Produção (60) Visão geral da Administração da Produção e Operações; Competitividade e Estratégia de Produção; Processos em manufatura e serviços; Análise e Mensuração de Processos (Modelagem técnica para elaboração de modelos/arqutietturas de referência dentro dos conceitos de diagnóstico para os staus de As-Is, Need-for-Change e To-Be para a sistematização de conhecimento); Administração de Projetos; Projeto de ambiente operacional; Mensuração do desempenho no trabalho; Sistema MRP, MRP II e ERP; Planejamento Programação e Controle da Produção (PPCP); Gerenciamento de Compras. 5) Metodologia Científica I (30) Histórico das concepções de ciência e dos seus métodos. Metodologias de pesquisa científica. A definição do foco do estudo científico. Elaboração de revisão de literatura. Diferença entre artigo científico e não científico. Instrumentos de coleta de dados. Estrutura de um projeto de pesquisa científica. Técnicas para elaboração de relatórios de pesquisa científica e trabalhos de graduação. 9.3.3. Eixos do Perfil 3 Desenvolvimento Territorial Sustentável e Políticas Públicas 3 (120 horas) Ementa: Nesta etapa do curso, o eixo de desenvolvimento territorial sustentável e políticas públicas enfoca o entendimento do estudante para conceitos básicos do associativismo e cooperativismo e as PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 100 diferentes formas de gestão, com princípios, modelos organizacionais e os procedimentos para constituição e legalização de cooperativas e o planejamento e gestão de recursos hídricos. Bibliografia Básica: ABRANTES, J. Associativismo e Cooperativismo. São Paulo: Interciência, 2010. FIORILLO, C. A. P. Curso de direito ambiental brasileiro. São Paulo: Saraiva, 2015. MILARÉ, E. Direito do ambiente: doutrina, prática, jurisprudência e glossário. 2.ed. rev. atual. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2001. OLIVEIRA, D. P. R. Manual de gestão das cooperativas: uma abordagem prática. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2015. RIOS, G. S. O que é cooperativismo. Rio de Janeiro: Brasiliense, 2007. ROMÉRO, M. A.; BRUNA, G. C.; PHILIPPI Jr., A. Curso de gestão ambiental. Barueri: Manole, 2004. TUNDISI, J. G. Água no século XXI: enfrentando a escassez. 2. ed. São Carlos: RiMA, IIE, 2005. Bibliografia Complementar: BIALOSKORSKI NETO, S. Gestão do agribusiness cooperativo. In: BATALHA, M.O. (Coord.). Gestão Agroindustrial. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2001. p. 515-543. BORDENAVE, J. E. D. O que é participação. São Paulo: Brasiliense, 6. ed., 1983. BRASIL Lei no 5.764, de 16 de dezembro de 1971. Define a política nacional de cooperativismo, institui o regime jurídico das sociedades cooperativas, e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L5764.htm>. CANOTILHO, J. J. G.; LEITE, J. R. M. (Org.). Direito constitucional ambiental brasileiro. São Paulo: Saraiva, 2007, FELICIDADE, N.; MARTINS, R. C.; LEME, A. A. Uso e gestão dos recursos hídricos no Brasil: velhos e novos desafios para a cidadania. 2. ed. São Carlos: RiMA, 2004. HOLZMANN, Lorena. Operários sem patrão: gestão cooperativa e dilemas da democracia. São Carlos, SP: EdUFSCar, 2001. 171 p. ISBN 85-85173-60-2. FIORILLO, C. A. P.; CONTE, C. P. Crimes ambientais. São Paulo: Saraiva, 2012. MACHADO, P. A. L. Direito ambiental brasileiro. 18. ed. São Paulo: Malheiros, 2010. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 101 MAZIN, Ângelo Diogo (Org.) et al. Questão agrária, cooperação e agroecologia. São Paulo: Outras Expressoes, 2016. 496 p. NETO, J. A. (Org.). Sustentabilidade e produção: teoria e prática para uma gestão sustentável. São Paulo: Atlas, 2011. PIRES, M. L. L. S. O cooperativismo em questão: a trama das relações entre projeto e prática em cooperativas do Nordeste do Brasil e Leste (Quebec) do Canadá. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, 2004. 318p. (estudos e pesquisas, 122). SILVA, J. A. Direito ambiental constitucional. 6. ed. São Paulo: Malheiros, 2007. Conteúdos programáticos: 1) Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos (30) Introdução; avaliação de disponibilidades hídricas; estimativas de demanda por tipo de uso; conflitos de usos; experiência internacional na gestão de recursos hídricos; sistema nacional e estadual; instrumentos de gestão; inserção do gerenciamento dos recursos hídricos no desenvolvimento regional integrado sob a legislação ambiental constituída para as organizações se adaptarem. 2) Legislação e Direito Ambiental (30) Política nacional do meio ambiente e seus instrumentos de proteção ambiental; proteção ambiental na Constituição Federal Brasileira; princípios do direito ambiental; constituições estaduais e leis ambientais municipais. 3) Associativismo e Cooperativismo (60) Organização Social; o processo de participação; as razões para constituição do associativismo, seus objetivos, processos de formação, importância, normas e atribuições diretivas, administração e análise de desempenho econômico e financeiro da organização. Analise e entendimento de conceitos básicos do associativismo e cooperativismo, a história do cooperativismo, as diferentes formas de cooperativismo, modelos organizacionais das cooperativas; as vantagens do cooperativismo; Princípios do cooperativismo, os procedimentos para constituição e legalização de cooperativas e a legislação cooperativista. Finanças e Economia 3 (180 horas) Ementa: Formação quantitativa do em finanças e investimentos e as tecnologias de administração de empresas, envolvendo o avanço da matemática para análises empresariais de investimentos e elaboração PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 102 de sistemas de custos, em paralelo ao conhecimento que será adquirido sobre modelos de contabilidade gerencial. Bibliografia básica: ASSAF NETO, Alexandre. Mercado financeiro. 12. ed. São Paulo: Atlas, 2014 BRUNI, A. L.; FAMÁ, R. Gestão de custos e formação de preços: com aplicações na calculadora HP- 12C e Excel. São Paulo: Atlas, 2012. BRUNI, A. L.; FAMÁ, R. Matemática financeira com HP12C e Excel. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2008. GITMAN, Lawrence Jeffrey. Princípios de administração financeira. 12. ed. São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2010 MARION, José Carlos. Análise das demonstrações contábeis: contabilidade empresarial. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2012 YAMAMOTO, Marina Mitiyo; PACCEZ, João Domiraci; MALACRIDA, Mara Jane Contrera. Fundamentos da contabilidade: a nova contabilidade no contexto global. São Paulo: Saraiva, 2013 MARTINS, E. Contabilidade de custos. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010. SANTOS, G.J.; MARION, J.C.; SEGATTI, S. Administração de custos na agropecuária. 4 ed. São Paulo, Atlas, 2009. Bibliografia complementar: ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e análise de balanços: um enfoque econômico-financeiro: comércio e serviços, indústrias, bancos comerciais e múltiplos: livro de exercícios. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2012 SAMANEZ, C. P. Matemática Financeira. 5. ed. São Paulo: Prentice Hall Brasil, 2012. HORNGREN, C. T.; DATAR, S. M.; FOSTER, G. Contabilidade de custos. 2 volumes. São Paulo, 2004. MARION, José Carlos. Contabilidade empresarial: a contabilidade como instrumento de análise, gerência e decisão, as demonstrações contábeis: origens e finalidades, os aspectos fiscais e contábeis das leis em vigor. 17. ed. São Paulo: Atlas, 2015 MATARAZZO, Dante Carmine. Análise financeira de balanços: abordagem gerencial. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2017 PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 103 Conteúdos programáticos: 1) Matemática Financeira e Análise de Investimentos (60) Juros e Regimes de Capitalização Simples e Composta. Equivalência de Capitais e Equivalência de Taxas; Operações de Desconto; Séries de Pagamento Uniformes; Fluxos de Caixa; Métodos de Avaliação de Fluxos de Caixa; Sistemas de Amortização; Uso do Excel para cálculos financeiros; Gestão do Capital de Giro; Financiamento de Curto Prazo; Análise Financeira; Medidas de Criação de Valor; Orçamento de Caixa; Relação Risco e Retorno; Alavancagem Financeira. 2) Contabilidade Gerencial (60) A Contabilidade e seus usuários. Balanço Patrimonial. Estática patrimonial. Procedimentos contábeis básicos. As variações do Patrimônio Líquido. Demonstração do Resultado do Exercício. Demonstração do Fluxo de Caixa. Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido. Demonstração do Valor Adicionado. 3) Custos Agroindustriais (60) Avaliação de Estoques. Sistemas de Custeio. Custo-Padrão. Ponto de Equilíbrio. Alavancagem Operacional. Formação do Preço de Venda. Gestão Estratégica de Custos. Comercialização 3 (120 horas) Ementa: Neste ano o estudante receberá a formação de métodos e formas de comercialização de produtos, dentro da visão sistêmica ou de encadeamentos agroindustriais, ao mesmo tempo em que desenvolverá conhecimentos referentes aos relacionamentos estratégicos de criação de Valor para os Clientes, seleção e administração de canais de distribuição e administração de conflitos e cooperação dentro do canal, assim como métodos de administração do segmento do varejo e seu mix de marketing. Bibliografia Básica: AZEVEDO. P. F. Comercialização de Produtos Agroindustriais. In: BATALHA, M. O. (org.) Gestão Agroindustrial. São Paulo: Atlas: 2011. CALLADO, A. A. C. Agronegócio. São Paulo: Editora Atlas. 3. ed. 2011. DORNIER, P. P.; ERNST, R.; FENDER, M.; KOUVELIS P. Logística e operações globais. São Paulo: Editora Atlas, 2000. KOTLER, P. Administração de Marketing: Análise, Planejamento e Controle. Editora Atlas, 1992. Bibliografia Complementar: BALLOU, R. H. Business Logistics / Supply Chain Management. Prentice Hall, 2003; PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 104 CHOPRA, S.; MEINDL, P. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. São Paulo, Prentice Hall, 2003. MENDES, J. T. G.; JUNIOR, J. B. P. Agronegócio: uma abordagem econômica. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. SIMCHI-LEVI, D.; KAMINSKY, P.; SIMCHI-LEVI, E. Cadeia de Suprimentos – Projeto e Gestão, Porto Alegre: Bookman, 2003. SOUZA FILHO, H. M. Comercialização de produtos agroindustriais. São Carlos, 2012. (Coleção UAB-UFSCar). Conteúdos programáticos: 1) Comercialização de Produtos Agroindustriais (60) Formas de comercialização. Contratos intercadeias agroindustriais. Cooperativas. Mercados de produtos e commodities. Mercado futuro. Comércio exterior. 2) Canais de Distribuição (60) Construindo Relacionamentos e Criando Valor para os Clientes; Sistemas e canais de distribuição. Seleção e administração de canais; Conflitos e cooperação de canal; Custos de distribuição. Administração do varejo e sistemas varejistas; Varejo e comportamento do consumidor; Varejo e o marketing mix. Administração de Operações Agroindustriais 3 (210 horas) Ementa: Neste ano o estudante receberá ensinamentos de gestão da qualidade e de projetos, articulados aos modelos e técnicas de gestão em canais de distribuição e desenvolvimento logístico (enfatizando os tipos de relacionamento na cadeia de suprimento, as estruturas para integração interempresariais e processos de logística reversa, sistemas de armazenagem, sistema de embalagem e manuseio de materiais etc.). O aprendizado envolverá a sistematização de redes de cooperação e de transações custosas, aliados a conceitos específicos de administração de empresas rurais. Bibliografia básica: ACCARINI, J. H. Economia rural e desenvolvimento: reflexões sobre o caso brasileiro. Petrópolis: Vozes, 1987. ALBUQUERQUE, M. C. C.; NICHOLS, R. Economia agrícola: o setor primário e a evolução da economia brasileira. São Paulo: McGraw-Hill, 1987. BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos/logística empresarial. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. BOWERSOX, D. J.; CLOSS, D. J.; COOPER, M. B. Gestão logística de cadeias de suprimentos. Porto Alegre: Bookman, 2007. CARVALHO, M. M.; PALADINI, E. P. (Coord.) Gestão da qualidade: teoria e casos. Rio de Janeiro: Campus, 2012. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 105 CHASE, R.N.; JACOBS, E.R.; AQUILANO, N.J. Administração da produção para a vantagem competitiva. 10 ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. CHOPRA, S.; MEINDL, P. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: estratégia, planejamento e operação. 6. ed. São Paulo: Person, 2016 GUIA PMBOK: Um Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK®). — Quinta edição, Project Management Institute, Inc. 14 Campus Boulevard Newtown Square, Pennsylvania 19073-3299 USA, ISBN: 978-1-62825-007-7, 2013 (JURAN, J.M. A qualidade desde o projeto: Os novos passos para o planejamento da qualidade em produtos e serviços 1ª edição 7ª reimpressão São Paulo: Cengage, 2009) KAY, R. D.; EDWARDS, W. M.; DUFFY, P. A. Gestão de propriedades rurais. 7. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014. KERZNER, H. Gestão de Projeto: as melhores práticas. 2. ed. São Paulo: Bookman,2006. MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de Pesquisa. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2011. PIRES, S. R. I. Gestão da cadeia de suprimentos (supply chain management): conceitos, estratégias, práticas e casos. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2016. SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da produção. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2007. SILVA, R. A. G. Administração rural: teoria e prática. 3. ed. Curitiba-PR: Juruá, 2013. TOLEDO, J. C. et al. Qualidade: gestão e métodos. Rio de Janeiro: LTC, 2014. VALLE, A.; SOARES, C. A.; FINOCCHIO, J.; SILVA, L. Fundamentos do Gerenciamento de Projetos. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2010. VERGARA, S. C. Métodos de Pesquisa em Administração. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2015 VOLLMANN, T.; BERRY, W.; WHYBARK, D.; JACOBS, F. Sistemas de planejamento e controle da produção para o gerenciamento da cadeia de suprimentos. Porto Alegre: Bookman, 2006. YIN, R. Estudo de caso: planejamento e métodos. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2015. ZYLBERSZTAJN, D.; NEVES, N.F.; CALEMAN, S.M.Q. (Orgs.). Gestão de Sistemas Agronegócios. São Paulo, Atlas, 2015. Bibliografia complementar: PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 106 BALLOU, R. H. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição física. São Paulo: Atlas, 2014.) BOWERSOX, D. J.; CLOSS, D J. Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de suprimento. São Paulo: Atlas, 2004. CARPINETTI, L. C. R. Gestão da Qualidade - conceitos e técnicas. São Paulo: Atlas, 2010. CARVALHO, M. M.; RABCHINI, R. Construindo competências para gerenciar projetos – teoria e casos. São Paulo: Ed. Atlas, 2006. CERQUEIRA, J. P. Sistemas de gestão integrados: ISO 9001, ISO 14001, OHSAS 18001, AS 8000 e NBR 16001: conceitos e aplicações. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2012. CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A.; DA SILVA, R. Metodologia Científica. 6 ed. São Paulo: Pearson, 2011. CORRÊA, H. L.; CORRÊA, C. A. Administração da Produção e Operações: manufatura e serviços: uma abordagem estratégica. Edição compacta. São Paulo: Atlas, 2011. DEMO, P. Metodologia do Conhecimento Científico. São Paulo: Atlas, 2000. DINSMORE, P. C. A., CAVALIERI, A. Como se tornar um profissional de gerenciamento de projetos. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2012. FARIAS FILHO, M. C.; ARRUDA FILHO, E. J. M. Planejamento da Pesquisa Científica. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2015. LIMA, A. J. P. de Administração da unidade de produção familiar: modalidades de trabalho com agricultores. ljuí: Editora UNIJUI 1995. REYDON, B. P. A política de crédito rural e a subordinação da agricultura ao capital no Brasil, no período de 1970-75. Piracicaba: ESALQ, 1984. Dissertação (Mestrado) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, 1984. SAYAD, J. A. Crédito rural no Brasil: avaliação das críticas e das propostas de reforma. São Paulo: Pioneira/Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, 1984. SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL – SENAR. Administração da empresa rural: ambiente externo. Brasília-DF: SENAR, 2009. Disponível em: < http://www.caprilvirtual.com.br/Artigos/senar_empresa_rural.pdf>. Acesso em 07 dez. 2015. VARGAS, R. V. Manual Prático do Plano de Projeto – Utilizando o PMBOK Guide. 4. ed. São Paulo:Brasport 2009. VIEIRA, M. M. F.; ZOUAIN, D. M. Pesquisa Qualitativa em Administração. 2. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2012. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 107 Conteúdos programáticos: 1) Gestão da Qualidade (30) Conceitos de Qualidade de produto. Conceituação da Gestão da Qualidade. Perspectiva estratégica da Qualidade. Gestão da Qualidade Total (TQM) e modelos de excelência. Custos da qualidade/custos da má qualidade. Ferramentas de suporte, controle e melhoria da gestão da qualidade. Qualidade em serviços. Modelos normatizados de sistemas de gestão. 2) Gestão da Cadeia de Suprimentos (60) Logística empresarial: conceitos, atividades primarias e atividades apoio. Logística e criação de valor. Nível de serviço logístico; Sistemas de Informação e troca eletrônica de dados para Controle; Decisões de Transporte; Planejamento de Rede logística; Visão sistêmica. Fluxos de informações e de produtos. Mecanismos para coordenação. Tipos de relacionamento na cadeia de suprimento. Estrutura para integração. Logística reversa. Projeto de cadeia de suprimentos. Sistemas de armazenagem. Embalagem e manuseio de materiais. 3) Gestão da Empresa Rural (60) Administração rural: Principais teorias e funções administrativas. Diagnóstico e análise de ambientes; Clientes, mercados e vantagens competitivas; Planejamento da empresa agropecuária: Conceitos, norteadores estratégicos, definição e tipologias estratégias, etapas da construção do planejamento. 4) Gestão de Projetos (30) Importância da gestão de projetos, definições, PMI, PMBOK; O que é projeto? O que é Gerenciamento de Projetos? O que é programa? Análise de stakeholders; Ciclo de vida de projetos; Áreas do conhecimento segundo PMBOK; Habilidades de um gerente de projetos; Estrutura Organizacional de projetos; Concepção e Planejamento do Projeto; Termo de Abertura de Projeto; Declaração do escopo do projeto; O uso da EAP-WBS; Definição das atividades do projeto; Sequenciamento das atividades; Estimativas de prazos do projeto; Estimativa de custos de projeto; Planejamento dos recursos (team work); Desenvolvimento do cronograma do projeto; Plano de qualidade do projeto; Plano de resposta ao risco do projeto; Plano de Comunicação do Projeto; Plano de Aquisições do projeto; Execução do plano do projeto; Gerenciamento da execução; Gerenciamento de mudanças; Monitoramento e controle de projetos; Controle integrado de mudanças; Técnica do valor agregado (EVM); Relato de Desempenho do Projeto; Controle de custos, cronogramas e qualidade do projeto; Fechamento do Projeto. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 108 5) Metodologia Científica II (30) Instrumentos de coleta de dados. Estrutura de um projeto de pesquisa científica. Técnicas para elaboração de relatórios de pesquisa científica e trabalhos de graduação. 9.3.4. Eixos do Perfil 4 Desenvolvimento Territorial Sustentável e Políticas Públicas 4 (60 horas) Ementa: No último ano, o estudante receberá conhecimento geral mais voltado às problemáticas recentes da administração de empresas e do mundo organizacional, com maior ênfase para planejamento e orçamento, finanças avançadas, políticas de negócios e jogos empresariais, empreendedorismo e planejamento estratégicos e projetos de empresas. Os conhecimentos adquiridos com técnicas e ferramentas mais complexas para o aprimoramento da administração financeira e de mercados (entre eles, o de futuros e opções) e da administração de operações agroindustriais terá, em paralelo, novas apreensões críticas sobre conceitos e debates que focam no desenvolvimento regional e a segurança alimentar e os desafios da gestão de recursos energéticos no Brasil e no mundo; são debates teóricos desenvolvidos sobre a agricultura familiar, as novas ruralidades e as perspectivas teóricas e práticas da segurança alimentar para o desenvolvimento rural brasileiro. Bibliografia básica: KAGEYAMA, A. Desenvolvimento rural conceitos e aplicação ao caso brasileiro. Rio Grande do Sul, UFRGS Editora, 2008. PAULILLO, L. F. et al. Reestruturação Agroindustrial, Políticas Públicas e Segurança Alimentar Regional. São Carlos: EdUFSCar, 2009. SCHNEIDER, S. (Org.). A diversidade da Agricultura Familiar. Porto Alegre. Editora da UFRGS, 2. ed. 2009. GOLDEMBERG, J. Energia, meio ambiente e desenvolvimento. São Paulo: EDUSP, 1998. PALZ, W. Energia solar e fontes energéticas. São Paulo: Editora Hemus, 1995. Bibliografia complementar: ETGES, V. E. (org.). Desenvolvimento Rural: potencialidades em questão. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2001. FERREIRA, A. D. D.; BRANDENBURG, A. (Orgs.). Para pensar outra Agricultura. Curitiba: Ed. UFPR, 1998. MAY, P. H. Economia do meio ambiente: teoria e prática. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2010. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 109 PLOEG, J. D. Camponeses e Impérios Alimentares. Porto Alegre: Ed. Universidade, 2009. SCHNEIDER, S. A. Pluriatividade na agricultura familiar. Porto Alegre, Editora da UFRGS, 2003. VEIGA, J. E. O desenvolvimento agrícola: uma visão histórica. São Paulo, EDUSP/HUCITEC, 1991. Conteúdos programáticos: 1) Desenvolvimento Regional e Segurança Alimentar (30) Discussão do Rural, Ruralidades e Desenvolvimento Rural: noções gerais, definições e tipologias; Contemporâneas: modos de viver e pensar o rural na sociedade brasileira; Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente: contornos teóricos e metodológicos; Agricultura Familiar e Patronal em suas diversas formas; Transformações tecnológicas na agropecuária brasileira e os impactos na Agricultura Familiar; A diversidade da Agricultura Familiar no Brasil; Debates teóricos sobre a agricultura familiar e as sociedades camponesas; Sociedades camponesas: relações sociais, cultura, inserção no mercado; Agricultura familiar: conceitos, abordagens teóricas e construção social de uma categoria sócio profissional; Novas Ruralidades, desenvolvimento rural e seus atores; Desenvolvimento Rural: Conceitos e Aplicação ao caso Brasileiro; Desenvolvimento Rural no Território Lagoa do Sino: entraves e potencialidades. As perspectivas teóricas e práticas da segurança alimentar para o desenvolvimento rural brasileiro e as novas perspectivas para a gestão de recursos energéticos para o futuro no contexto rural e agroindustrrial. 2) Gestão de Recursos Energéticos (30) Problemática energética. História da Energia. Fundamentos físicos da energia. Processos de conversão da energia. Fontes convencionais de energia: tecnologias e impactos ambientais (petróleo, gás natural, carvão, álcool, nuclear, hidráulica e outras). Fontes alternativas de energia: tecnologias e impactos ambientais (solar, eólica, biomassa, ondas do mar, hidrogênio e outras). Conservação da energia. Energia e Sociedade. Balanço energético mundial, nacional, regional e estadual. Energia e políticas públicas. Marco regulatório dos setores energéticos brasileiros (petróleo, gás natural e eletricidade). Finanças e Economia 4 (210 horas) Ementa: No último ano de graduação em administração, o estudante estudará os modelos teóricos de empreendedorismo no Brasil e no mundo, articulado à elaboração de planos de negócios, juntamente com o aprofundamento de métodos de avaliação econômica de investimentos de capital, das políticas de PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 110 financiamento no país, da análise do risco do investimento e da determinação do custo de capital e de taxas de desconto, planejamento de empresas por períodos e demonstrativos de resultados. Bibliografia básica: ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e análise de balanços: um enfoque econômico-financeiro: comércio e serviços, indústrias, bancos comerciais e múltiplos: livro de exercícios. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2012. BIERMAN, H. S.; FERNANDEZ, L. Teoria dos Jogos. 2. ed. São Paulo: Pearson, 2011. COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de direito comercial: direito de empresa: empresa e estabelecimento, títulos de crédito. 2 volumes. 20. ed. rev. atual. ampl. São Paulo: Saraiva, 2016 DRUCKER, Peter Ferdinand. Inovação e espírito empreendedor (entrepreneurship): prática e princípios. São Paulo: Cengage Learning, 2014. GITMAN, L. J. Princípios de administração financeira. 12. ed. São Paulo: Pearson, 2010. GRAMIGNA, Maria Rita Miranda. Jogos de empresa e técnicas vivenciais. 2. ed. São Paulo: Pearson, 2010. Bibliografia complementar: CARVALHO, Fernando J. Cardim de et al. Economia monetária e financeira: teoria e política. 3. ed. São Paulo: Elsevier, 2015 DOLABELA, Fernando. Oficina do empreendedor/ a metodologia de ensino que ajuda a transformar conhecimento em riqueza. Rio de Janeiro: Sextante, 2008 MARIANO, Sandra Regina Holanda; MAYER, Verônica Feder. Empreendedorismo: fundamentos e técnicas para criatividade. Rio de Janeiro: LTC, 2012 KHOURI, P. R. R. A. Direito do Consumidor: Contratos, Responsabilidade Civil e Defesa do Consumidor em Juízo. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2012. MARION, J. C. Análise das Demonstrações Contábeis. São Paulo: Atlas, 2012. MARION, José Carlos. Contabilidade empresarial: a contabilidade como instrumento de análise, gerência e decisão, as demonstrações contábeis: origens e finalidades, os aspectos fiscais e contábeis das leis em vigor. 17. ed. São Paulo: Atlas, 2015 MATARAZZO, D. C. Análise Financeira de Balanços: abordagem gerencial. São Paulo: Atlas, 2017. YOZO, R. Y. K. 100 Jogos para grupos: uma abordagem psicodramática para empresas. São Paulo: Agora, 1996. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 111 Conteúdos programáticos: 1) Desenvolvimento de Novos Negócios (30) Conceito de Empreendedorismo. Intraempreendedorismo. Fontes e tipos de ideias para novos negócios. O plano de negócio. Análise da indústria e do mercado. Planejamento da produção. Planejamento de marketing. Planejamento financeiro. Plano da estrutura organizacional e dos sistemas administrativos. 2) Administração Financeira (60) Avaliação Econômica de Investimentos de Capital. Estrutura de Capital e Política de Financiamento. Dividendos. Análise do Risco do Investimento. Determinação do Custo de Capital e da Taxa de Desconto. Finanças Internacionais. 3) Planejamento e Orçamento (30) Análise das demonstrações financeiras: Balanço Patrimonial; Demonstração do Resultado do Exercício; Demonstração do Fluxo de Caixa; Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido; Demonstração do Valor Adicionado. 4) Direito de Empresas (30) Noções Gerais de Direito Civil. Teoria Geral do Direito de Empresa: Teoria da Empresa. Elementos das Empresas: empresário, estabelecimento e sociedade. Institutos complementares do direito de empresa. Direito Societário: Sociedades Personalizadas e não personalizadas. Sociedades típicas: simples, limitada, por ações, entre outras. Contrato Social e Estatuto. Dissolução e liquidação das sociedades. Modificação das sociedades. Direito Falimentar: Falência: caracterização, procedimentos e efeitos. Recuperação de Empresas: judicial e extrajudicial. Plano de Recuperação de Empresas. Direito da Concorrência: Livre concorrência e livre iniciativa. Estruturas de mercado. Poder econômico de mercado, análise de condutas, estruturas e regulação. Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência. Títulos de Créditos: conceito e classificação. Principais Títulos e requisitos legais. Contratos Empresariais: principais tipos. Propriedade Industrial: proteção ao nome, marcas e patentes. Responsabilidade Civil. Código de Defesa do Consumidor: diretos básicos e proteção contratual. Responsabilidade Civil Ambiental. 5) Teoria dos jogos e políticas de negócios (60) Jogos Estáticos com Informação Completa; Equilíbrio de Nash; Oligopólio e Política Estratégica de Comércio; Direitos de Propriedade e Eficiência; Jogos de Votação; Jogos Dinâmicos com Informação Completa; Equilíbrio Perfeito em Subjogo; Barganha; Jogos Repetidos e Competição Dinâmica; PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 112 Jogos com Resultados Incertos; Jogos estáticos com informação incompleta; Equilíbrio Bayesiano de Nash; Jogos dinâmicos com informação incompleta; Política de negócios como campo de estudo; Funções e responsabilidades da alta administração; Ambiente empresarial e oportunidades de recursos. Política de Negócios e estratégia empresarial. Simulação da atividade empresarial através de Jogo de Empresas. Usos dos Jogos de Empresas no desenvolvimento de habilidades empresariais. Comercialização 4 (60 horas): Ementa: Aprimoramento do aprendizado de mercados para as empresas, especialmente do funcionamento de mercados futuros e opções agropecuárias, fundamental para um administrador agroindustrial, e de direitos tributários e trabalhistas no contexto da administração da empresa. Bibliografia Básica: FABRETTI, L. C.; FABRETTI, D. R. Direito Tributário para os cursos de Administração e Ciências Contábeis. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2013. HULL, J. Introdução aos mercados futuros e de opções. São Paulo: BM & F/Editores Associados, 1994. MANUAL DE COMMODITIES. Chicago Board of trade/PROMERC, 1985. MARQUES, P. V.; MELLO P. C.; MARTINES, J. G. Mercados Futuros e de Opções Agropecuárias. Piracicaba, S. P., Departamento de Economia, Administração e Sociologia da Esalq/USP, 2006, Série Didática nº D-129. MARTINS, S. P. Direito do Trabalho. 29. ed. São Paulo: Atlas, 2013. NASCIMENTO, A. M. Curso de Direito do Trabalho. 28. ed. São Paulo: Saraiva, 2013. Bibliografia Complementar: BRAGANÇA. K. H. Manual de Direito Previdenciário. 8. ed. São Paulo: Método/ Forense, 2012. BRANCATO, R. T. Instituições de direito público e de direito privado. 14. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. JARDIM, E. M. F. Manual de direito financeiro e tributário. 10. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. KOBORI, J. Análise fundamentalista. Rio de Janeiro: Campus. 2011. MARQUES, P. V.; MELLO, P. C.; MARTINES, J. G. Mercado futuros agropecuários: exemplos e aplicações para o mercado brasileiro. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 113 PAZ, L.; BASTOS, M. Mercados futuros: como vencer operando mercados futuros. São Paulo: Elsevier. 2012. PURCELL, W. D. Agricultural futures and options - principles and strategies. New York: MacMillan, 1991. REZENDE, A. J.; PEREIRA, C. A.; ALENCAR, R. C. Contabilidade tributária: entendendo a lógica e os reflexos dos tributos no patrimônio das empresas. São Paulo: Atlas, 2010. SARAIVA, R. Direito do Trabalho. 15. ed. São Paulo: Método, 2013. SOFTWARE HedgenSim 3.0. Futures market simulator. Urbana: Office for futures and Options Research - University of Illinois at Urbana-Champaign, 1997. Conteúdos programáticos: 1) Mercados Futuros e Opções Agropecuárias (30) Introdução aos mercados futuros e de opções; História dos mercados futuros; Tipos de contratos; Principais participantes; Mecânica operacional dos mercados; Bolsas; Margens; Ajuste diário; Relações entre preços à vista e futuro; Produtos estocáveis; Produtos não-estocáveis; Hedging e gerenciamento de risco; Princípios básicos; Hedging usando 'commodities' agrícolas; Exemplos de hedging; Teoria do portfólio, hedge ótimo e efetividade; Mercado de opções; Precificação de opções; Estratégias de especulação com opções; Estratégias de hedging com opções. 2) Direito tributário e trabalhista (30) Introdução e princípios gerais do Direito. Direito Público e Privado. Direito Tributário: Princípios e Teoria Geral do Direito Tributário. Tributo: conceito e espécies. Obrigação Tributária. Imunidade Tributária. Lançamento Tributário. Crédito Tributário: Suspensão, Extinção e Exclusão. Responsabilidade Tributária. Visão geral sobre os principais tributos federais, estaduais e municipais. Direito do Trabalho: Visão Geral do Direito do Trabalho. Contrato individual de trabalho: requisitos, modalidades, suspensão, interrupção e cessação. Conteúdo normativo do contrato de trabalho. Direito da Seguridade Social: seguridade, previdência e assistência social - noções. Administração de Operações Agroindustriais 4 (240 horas) Ementa: Eixo estruturante para formar o administrador em consolidação de estratégias empresariais: conceito, conteúdo e estratégias elementares típicas. Avanço da compreensão de processos de análise e implementação da estratégia, amparados pelo conhecimento dos fundamentos e componentes de sistemas de informação, os negócios na era digital e as tendências em tecnologia da informação. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 114 Bibliografia básica: ANDRADE, E. L. Introdução à Pesquisa Operacional Métodos e Modelos para Análise de decisão. Editora LTC, 2004. ARENALES, M.; ARMENTANO, V. A. MORABITO, R.; YANASSE, H. H. Pesquisa Operacional, Editora Elsevier, 2007. CAIXETA-FILHO, José Vicente. Pesquisa operacional: técnicas de otimização aplicadas a sistemas agroindustriais. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2010. BARNEY, J. B.; HESTERLY, W. S. Administração Estratégica e Vantagem Competitiva. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. FISHMANN, A.; ALMEIDA, M. I. R. Planejamento estratégico na prática. São Paulo: Atlas, 1991. GITMAN, L. Princípios de Administração Financeira. 12. ed. São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2010. HEIN, N.; LOESCH, C. Pesquisa operacional: fundamentos e modelos. São Paulo: Saraiva, 2008. HITT, M. A., IRELAND, R. D.; HOSKISSON, R. E. Administração Estratégica: competitividade e globalização. 2. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2008. IUDÍCIBUS, S. (Coord.). Contabilidade introdutória. Equipe de professores da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo. 9 ed. São Paulo: Atlas, 1998. LACHTERMACHER, G. Pesquisa operacional na tomada de decisões: Editora Prentice Hall, 2009. LAUDON, K. C.; LAUDON, J. P. Sistemas de Informação Gerenciais. 11. ed. São Paulo: Pearson, 2014. LONGARAY, A. A. Introdução à pesquisa operacional. São Paulo: Saraiva, 2013. MINTZBERG, H.; QUINN; LAMPEL, J.; GHOSHAL. O processo da estratégia: conceitos, contextos e casos selecionados. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. REZENDE, D. A. Sistemas de informações organizacionais: guia prático para projetos em cursos de Administração, Contabilidade e Informática. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2013. TURBAN, E.; LEIDNER, D.; McLEAN, E.; WETHERBE, J. Tecnologia da informação para gestão: transformando os negócios na economia digital. 6. ed. Porto Alegre: Bookman, 2010. Bibliografia Complementar: PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 115 ANSOFF, H. I.; MCDONNELL, E. J. Implantando a administração estratégica. São Paulo: Atlas, 2009. CAIXETA FILHO, J. V.; GAMEIRO H. A. Transporte e Logística em Sistemas Agroindustriais. Editora Atlas, São Paulo. 2001. CAIXETA FILHO, J. V.; GAMEIRO, H. A. Sistemas de Gerenciamento de Transportes – Modelagem Matemática. Editora Atlas, São Paulo. 2001. CORRÊA, H. L.; CORRÊA, C. A. Administração de Produção e Operações: manufatura e serviços: uma abordagem estratégica. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2008. CORTES, P. L. Administração de Sistemas de Informação São Paulo: Saraiva, 2014. FREITAS, L. M. S.; WHITAKER, M. C.; SACCHI, M. G. Ética e internet: uma contribuição para as empresas. São Paulo: DVS Editora, 2006. HILLIER, F. S., LIEBERMAN, G. J. Introdução à pesquisa operacional. 9. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013. KAPLAN, R. S.; NORTON, D. Organização orientada para a estratégia: como as empresas que adotaram o balanced scorecard prosperam no novo ambiente de negócios. Rio de Janeiro: Campus, 2001. MATTOS, A. C. M. Sistemas de Informação: uma visão executiva. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2014. MINTZBERG, H.; AHLSTRAND, B.; LAMPEL, J. Safári de estratégia: um roteiro pela selva do planejamento estratégico. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2015. OLIVEIRA, D. P. R. Planejamento estratégico: conceitos, metodologias e práticas. São Paulo: Atlas, 1987. SCHARMER, C. O. Teoria U: como liderar pela percepção e realização do futuro emergente. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da produção. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2007. WAGNER, H. M. Pesquisa Operacional, 2a Ed., Prentice-Hall: Rio de Janeiro, 1996. WINSTON, W. L. Operations Research – Applications and Algorithms, 4rd ed., Thomson, 2004. Conteúdos programáticos: 1) Sistemas de Informação Gerenciais (60) Conceituação e classificação de sistemas de informação em Administração; Fundamentos e componentes de sistemas de informação; Alinhamento estratégico de negócios e sistemas; Sistemas PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 116 de Processamento de Transações. Sistemas Integrados de Gestão ERP e os sistemas satélites e implicações em negócios., Sistemas de Apoio à Decisão, DataWarehouse, DataMining e Business Intelligence; Aplicações de Sistemas de Informação na Administração; os negócios na era digital e as tendências em Tecnologia da Informação; Aspectos Éticos e Sociais em Tecnologia da Informação. 2) Planejamento Estratégico e Empresarial (60) Estratégia empresarial: conceito, conteúdo e estratégias elementares típicas. Processos de análise, concepção, implementação e avaliação da estratégia. Processo de direção: harmonização do sistema de objetivos, políticas e planos de ação com sistemas de indicadores. Modelos formais e conceituais de planejamento estratégico: aspectos essenciais e características. Balanced Scorecard. 3) Projeto de Empresas (60) A natureza dos sistemas de controle gerencial; compreendendo as estratégias; comportamento nas organizações; centros de responsabilidade; centros de lucro; preços de transferência; mensuração e controle de ativos utilizados; planejamento estratégico; orçamento; relatórios de desempenho financeiro; mensuração de desempenho; remuneração dos gerentes; controles para estratégias diferenciadas; organizações de serviços; organizações multinacionais. 4) Pesquisa Operacional (60) Introdução à Pesquisa Operacional; Problemas de decisão, de otimização, simulação e outros a considerar; Otimização Matemática; Programação Linear (PL); Algoritmo Simplex; Dualidade; Problema de Mistura; Solução por softwares; Análise de Sensibilidade; Problemas de Transportes; Redes; Problema de Fluxo Máximo; Problema de Caminho Mínimo; Problema de Transbordo; Problema de Escalonamento de Produção. Entendimento do processo de aplicação da ciência; ter o conhecimento de investimentos para: resolver problemas reais, tomar decisões com base em dados e correlações quantitativos, conceber, planejar e operar sistemas fazendo uso de tecnologia e métodos de outras esferas do conhecimento. Trabalho De Conclusão De Curso (TCC) (120 horas) Descrição: O TCC é uma atividade curricular constituída de um trabalho acadêmico de produção orientada, que sintetiza e integra conhecimentos, competências e habilidades adquiridos durante o curso. Essa atividade deverá propiciar aos estudantes de graduação a oportunidade de reflexão, análise e crítica, articulando a teoria e a prática, resguardando o nível adequado de autonomia intelectual dos estudantes. A realização dessa atividade deverá versar sobre qualquer área da competência do profissional. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 117 Bibliografia Básica: SEVERINO, Antônio J. Metodologia do Trabalho Científico. 22. ed. rev. e ampl. De acordo com a ABNT. São Paulo: Cortez, 2002. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007. MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2002. Bibliografia Complementar: TAKESHY, T.; MENDES, G. Como fazer monografia na prática. 6. ed. Revisada e ampliada. Rio de Janeiro: Getúlio Vargas, 2001. FERRARI, A. T. Metodologia da pesquisa científica. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1982. FRANÇA, J. L. Manual para normalização de publicações técnico-científicas. 8. ed. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2007. TRIPP, D. Pesquisa-ação: uma introdução metodológica. Educação e Pesquisa, 31: 443-466, 2005. SPECTOR, N., Manual para Redação de Teses, Projetos de Pesquisa e Artigos Científicos, 2ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002. Atividades Complementares (120 horas) Descrição: As Atividades Curriculares Complementares são todas e quaisquer atividades de caráter acadêmico, científico e cultural realizadas pelo estudante ao longo de seu curso de graduação, que contribuem para o enriquecimento científico, profissional e cultural e para o desenvolvimento de valores e hábitos de colaboração e de trabalho em equipe. São exemplos dessas atividades: participação em congressos, simpósios, projetos e/ou cursos de extensão, iniciação científica, entre outros. Bibliografia Básica: ZAPAROLI, Witembergue Gomes (org.). Caminhos e Encontros na educação de Indígenas. Imperatriz: Ethos, 2017. 395 p. Disponível em: <https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=sites&srcid=ZGVmYXVsdGRvbWFpbnxmYXJlamFuZG9h cnRlfGd4OjIxNzc1MzIxZTRmZTY5MGI> Acesso em: 19 jun. 2018 RELAÇOES étnico-raciais: um percurso para educadores. São Carlos, SP: EdUFSCar, 2013. 320 p. (Coleção Especialização). ISBN 978-85-7600-311-3. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 118 Ramos, Marise Nogueira; Adão, Jorge Manoel; BARROS, Graciete Maria Nascimento (coord.). Diversidade na educação: reflexões e experiências. Brasília: Secretaria de Educação Média e Tecnológica, 2003. 170p. Disponível em: <http://etnicoracial.mec.gov.br/images/pdf/publicacoes/diversidade_universidade.pdf> Acesso em: 19 jun. 2018 Bibliografia Complementar: OLIVEIRA, Bruno Pacheco de. Quebra a cabaça e espalha a semente: desafios para um protagonismo indígena. Rio de Janeiro: E-Papers, 2015. Disponível em: <http://laced.etc.br/site/arquivos/quebra_cabaca.pdf> Acesso em: 19 jun. 2018 VERDUM, Ricardo. Povos indígenas, meio ambiente e políticas públicas: uma visão a partir do orçamento indigenista federal. Rio de Janeiro: E-papers, 1. ed, 2017. Disponível em: <http://laced.etc.br/site/pdfs/LPIMAPPU001.pdf> Acesso em: 19 jun. 2018 PEREIRA, Amilcar Araujo (Org.). Educação das relações étnico-raciais no Brasil: trabalhando com histórias e culturas africanas e afro-brasileiras nas salas de aula. Brasília: Fundação Vale, 2014. 88 p. Disponível em: <http://unesdoc.unesco.org/images/0023/002321/232103POR.pdf> Acesso em: 19 jun. 2018 SANTOS, Boaventura de Sousa; CHAUÍ, Marilena de Souza. Direitos humanos, democracia e desenvolvimento. São Paulo: Cortez, 2013. 133 p. ISBN 9788524921377. SANTOS, Sales Augusto dos (Org.) Ações Afirmativas e Combate ao Racismo nas Américas. Brasília: Ministério da Educação: UNESCO, 2005. Disponível em: <http://etnicoracial.mec.gov.br/images/pdf/publicacoes/acoes_afirm_combate_racismo_americas.pdf> Acesso em: 19 jun. 2018 Estágio Obrigatório (120 horas) Descrição: Exercício e aplicação dos conhecimentos construídos durante a vida acadêmica no ambiente de atuação profissional. Desenvolvimento e treinamento de habilidades específicas. Aquisição de uma visão mais ampla das possibilidades de trabalho na área e das relações e interações que ocorrem no mundo do trabalho. Bibliografia Básica: SEVERINO, Antônio J. Metodologia do Trabalho Científico. 22. ed. rev. e ampl. De acordo com a ABNT. São Paulo: Cortez, 2002. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 119 MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2002. Bibliografia Complementar: TAKESHY, T.; MENDES, G. Como fazer monografia na prática. 6. ed. Revisada e ampliada. Rio de Janeiro: Getúlio Vargas, 2001. FERRARI, A. T. Metodologia da pesquisa científica. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1982. FRANÇA, J. L. Manual para normalização de publicações técnico-científicas. 8. ed. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2007. TRIPP, D. Pesquisa-ação: uma introdução metodológica. Educação e Pesquisa, 31: 443-466, 2005. SPECTOR, N., Manual para Redação de Teses, Projetos de Pesquisa e Artigos Científicos, 2ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002. 9.4. Ementas e descrição dos conteúdos optativos Compõe-se, inicialmente, os conteúdos optativos para o curso de Bacharelado em Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais, 1) Introdução À Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS (30 h); 2) Tópicos Especiais em Administração - Ênfase no Desenvolvimento Territorial Sustentável e Políticas Públicas; 3) Tópicos Especiais em Administração - Ênfase em Finanças e Economia; 4) Tópicos Especiais em Administração - Ênfase em Comercialização; 5) Tópicos Especiais em Administração - Ênfase em Administração de Operações Agroindustriais. Os estudantes também poderão cursar, de acordo com interesse deles, os conteúdos optativos dos demais cursos do campus, considerando a interface entre eles. Introdução À Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS (30 horas) Conteúdo Programático: Propiciar a aproximação dos falantes do português de uma língua viso-gestual usada pelas comunidades surdas (libras) e uma melhor comunicação entre surdos e ouvintes em todos os âmbitos da sociedade, e especialmente nos espações educacionais, favorecendo ações de inclusão social oferecendo possibilidades para a quebra de barreiras linguísticas. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 120 Bibliografia básica: VIEIRA, Claudia Regina. Bilinguismo e inclusão: problematizando a questão. Curitiba: Appris, 2014. 122p. QUADROS, Ronice Müller. Letras Libras: ontem, hoje e amanhã. Florianápolis: Ed. da UFSC, 2015. 523 p. PACHOCO, Jonas; ESTRUC, Ricardo. Curso Básico e LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais). Instituto surdo, v.11, 2011. Disponível em: <https://drive.google.com/file/d/10q-DA0JPtaDK6HDYUG- qdUB4QezzifFP/view> Acesso em: 19 jun. 2018 Bibliografia complementar: CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE SANTA CATARINA – CEFET/SC. Aprendendo LIBRAS como segunda língua. Núcleo de estudos e pesquisas em educação de surdos – NEPES. Santa Catarina, 2007. Disponível em: <https://drive.google.com/file/d/17IYnVUjwfsUgbrQzVJJWGb6fG5XlUl88/view> Acesso: 14 jun 2018 MOURA, Débora Rodrigues. Libras e leitura de língua portuguesa para surdos. Curitiba: Appris, 2015. 148p. FREITAS, Maly Magalhães. Reflexões sobre o ensino de língua portuguesa para alunos surdos. Curitiba: Appris, 2014. 101 p. FALCÃO, Luiz Albérico. Surdez, cognição visual e LIBRAS: estabelecendo novos diálogos. Recife: Ed. do Autor, 2010. 420 p. QUADROS, Ronice Müller de; KARNOPP, Lodenir Becker. Língua de sinais brasileira: estudos lingüísticos. Porto Alegre, RS: Artmed, 2004. 221 p. Tópicos Especiais em Administração - Ênfase no Desenvolvimento Territorial Sustentável e Políticas Públicas (30 horas) Conteúdo Programático: Ministrar a compilação de resultados do processo intelectual e do amadurecimento da pesquisa, do ensino e da extensão no eixo temático de aplicação Desenvolvimento Territorial Sustentável e Políticas Públicas (DTSPP). Esse conteúdo optativo visa situar os alunos na fronteira do conhecimento, disponível mediante a construção de massa crítica oriunda da intersecção do saber desenvolvido pelo do corpo PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 121 docente, pela comunidade acadêmica no ensino e na pesquisa, pelo corpo discente e pela sociedade via projetos de extensão. Bibliografia básica: BATALHA, M. O. (Org.) Gestão Agroindustrial. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2013. CALLADO, A. A. C. Agronegócio. São Paulo: Editora Atlas. 3ª ed. 2011. CASTRO, A. P. Sociologia aplicada à administração. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2003. MAY, P. H. Economia do meio ambiente: teoria e prática. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2010. Bibliografia complementar: CARNEIRO, M. J. Ruralidades Contemporâneas: modos de viver e pensar o rural na sociedade brasileira: modos de viver e pensar o rural na sociedade brasileira. Rio de Janeiro. FAPERJ. 2012. MARX, K..Manuscritos Econômicos Filosóficos. São Paulo: Ed. Boitempo, 2010. PEREIRA, A. et al. Sustentabilidade, Responsabilidade Social e Meio Ambiente. São Paulo: Saraiva, 2016. THOMAS, J. M.; CALLAN, S. J. Economia ambiental: aplicações, políticas e teoria. São Paulo: Cengage Learning, 2017. VEIGA, J. E. Desenvolvimento sustentável: o desafio do século XXI. Rio de Janeiro: Garamond, 2010. WEBER, M. Economia e sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. v.1. 4. ed. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1999. Tópicos Especiais em Administração - Ênfase em Finanças e Economia (30 horas) Conteúdo Programático: Ministrar a compilação de resultados do processo intelectual e do amadurecimento da pesquisa, do ensino e da extensão no eixo temático de aplicação Finanças e Economia (FE). Esse conteúdo optativo visa PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 122 situar os alunos na fronteira do conhecimento disponível mediante a construção de massa crítica oriunda da intersecção do saber desenvolvido pelo do corpo docente, pela comunidade acadêmica no ensino e na pesquisa, pelo corpo discente e pela sociedade via projetos de extensão. Bibliografia básica: BLANCHARD, Olivier. Macroeconomia. 5. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2013 GITMAN, Lawrence Jeffrey. Princípios de administração financeira. 12. ed. São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2010 PINDYCK, R. S.; RUBINFELD, D. L. Microeconomia. 5. ed.. São Paulo: Prentice Hal, 2002 Bibliografia complementar: ARAÚJO, Carlos Roberto Vieira. História do pensamento econômico: uma abordagem introdutória. São Paulo: Atlas, 2015. ASSAF NETO, Alexandre. Mercado financeiro. 12. ed. São Paulo: Atlas, 2014 BIELSCHOWSKY, R. Pensamento econômico brasileiro: o ciclo ideológico do desenvolvimentismo. Rio de Janeiro: Contraponto, 2004. BRUE, Stanley L.; GRANT, Randy R. História do pensamento econômico. São Paulo: Cengage Learning, 2017. MARION, José Carlos. Análise das demonstrações contábeis: contabilidade empresarial. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2012 MARX, K. O Capital. Livro I. São Paulo: Boitempo, 2014. RUBIN, I. I. História do Pensamento Econômico. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2014. SMITH, A. A Riqueza das Nações: Investigação sobre sua natureza e causas. 3. ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2016. Tópicos Especiais em Administração - Ênfase em Comercialização (30 horas) Conteúdo Programático: Ministrar a compilação de resultados do processo intelectual e do amadurecimento da pesquisa, do ensino e da extensão no eixo temático de aplicação Comercialização (COM). Esse conteúdo optativo visa situar os alunos na fronteira do conhecimento disponível mediante a construção de massa crítica oriunda da PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 123 intersecção do saber desenvolvido pelo do corpo docente, pela comunidade acadêmica no ensino e na pesquisa, pelo corpo discente e pela sociedade via projetos de extensão. Bibliografia Básica: KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de marketing. 14 ed. São Paulo: Pearson Education Brasil, 2012. PORTER, M. Estratégia Competitiva: Técnicas para análises de indústrias e da concorrência. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2004. Bibliografia Complementar: BRASIL. Ministério das Relações Exteriores. Divisão de Programas de Promoção Comercial. Exportação Passo a Passo / Ministério das Relações Exteriores: Brasília: MRE, 2004. Disponível em < http://www.mdic.gov.br> NUNES NETO. F. L. SISCOMEX sem mistério importação e despacho. São Paulo: Aduaneiras, 1999 ROCHA, A.; FERREIRA, J. B.; SILVA, J. F. Administração de Marketing: conceitos, estratégias, aplicações. São Paulo: Atlas, 2012. ULHOA COELHO, F. Manual de Direito Comercial: direito da empresa. 25. ed. São Paulo: Saraiva, 2013. Tópicos Especiais em Administração - Ênfase em Administração de Operações Agroindustriais (30 horas) Conteúdo Programático: Ministrar a compilação de resultados do processo intelectual e do amadurecimento da pesquisa, do ensino e da extensão no eixo temático de aplicação Administração de Operações Agroindustriais (AOA). Esse conteúdo optativo visa situar os alunos na fronteira do conhecimento disponível mediante a construção de massa crítica oriunda da intersecção do saber desenvolvido pelo do corpo docente, pela comunidade acadêmica no ensino e na pesquisa, pelo corpo discente e pela sociedade via projetos de extensão. Bibliografia Básica: BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos/logística empresarial. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. BATALHA, M. O. (Org.) Gestão Agroindustrial. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2013. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 124 BRUNI, A. L.; FAMA, R. Gestão de custos e formação de preços. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2012. GITMAN, L. Princípios de Administração Financeira. 12. ed. São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2010. KAY, R. D.; EDWARDS, W. M.; DUFFY, P. A. Gestão de propriedades rurais. 7. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014. MAXIMIANO, A. C. A. Teoria Geral da Administração: da revolução urbana à revolução digital. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2012. SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da produção. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2007. PIRES, S. R. I. Gestão da cadeia de suprimentos (supply chain management): conceitos, estratégias, práticas e casos 3. ed. São Paulo: Atlas, 2016. Bibliografia Complementar: CAIXETA FILHO, J. V.; GAMEIRO H. A. Transporte e Logística em Sistemas Agroindustriais. Editora Atlas, São Paulo. 2001. HILLIER, F. S., LIEBERMAN, G. J. Introdução à pesquisa operacional. 9. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013. MATTOS, A. C. M. Sistemas de Informação: uma visão executiva. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2014. NETO, J. A. (Org.). Sustentabilidade e produção: teoria e prática para uma gestão sustentável. São Paulo: Atlas, 2011. VOLLMANN, T.; BERRY, W.; WHYBARK, D.; JACOBS, F. Sistemas de planejamento e controle da produção para o gerenciamento da cadeia de suprimentos. Porto Alegre: Bookman, 2006. 9.5. Atividades de Consolidação da Formação O Currículo do Curso de Bacharelado em Administração, linha de formação Sistemas Agroindustriais, (Campus Lagoa do Sino/UFSCar) está organizado conforme o estabelecido na resolução número 4 de 5 de julho de 2005 da Diretriz Curricular Nacional de Administração, Artigo 5º. Dessa forma, para a obtenção do grau de Bacharel em Administração os estudantes deverão ao longo dos 4 (quatro) perfis do curso adquirir/construir conhecimentos que lhes possibilitem desenvolver o que no presente projeto dispõe sobre: a) os elementos estruturais do Projeto Pedagógico; b) o perfil do graduando em Administração; c) as competências e habilidades dos formandos; d) os conteúdos de PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 125 formação básica, profissional, quantitativa e complementar; e) as condições efetivas de conclusão e integralização do curso; f) os critérios de operacionalização e gestão acadêmica do Estágio Curricular Supervisionado; g) os critérios para as Atividades Complementares; e h) os critérios do Trabalho de Conclusão de Curso. A realização do Estágio Curricular obrigatório e do Trabalho de Conclusão de Curso possibilitará ao estudante vivenciar a o planejamento e/ou a execução de um projeto empresarial privado ou público, ou parte deste; e a partir desta vivência elaborar um trabalho acadêmico. As Atividades Complementares e os Conteúdos Optativos possibilitarão ao estudante, ao longo do Curso, participar de um conjunto de atividades de ensino, pesquisa e extensão, de sua livre escolha, em consonância com o previsto na regulamentação desta atividade, de modo a diversificar sua formação. As Atividades de Consolidação da Formação serão desenvolvidas de forma integrada, para além de suas especificidades, e ao realizá-las os estudantes poderão aprofundar os conteúdos trabalhados ao longo dos 4 (quatro) perfis do curso nos eixos temáticos, individualizar seu percurso formativo, bem como vivenciar experiências no campo de atuação profissional do Administrador. Para a realização destas Atividades de Consolidação da Formação está prevista carga horária específica na matriz curricular do Curso. Os docentes serão responsáveis pela orientação dos estudantes no processo de elaboração, desenvolvimento, conclusão e apresentação destas atividades. É importante destacar que a apresentação e discussão dos Trabalhos de Conclusão de Curso e dos relatórios de Estágio Curricular obrigatório serão realizadas em eventos acadêmicos do campus, congregando os estudantes e docentes do curso. Os regulamentos do Trabalho de Conclusão de Curso, do Estágio curricular obrigatório e não obrigatório e das Atividades Complementares serão apresentadas a seguir. 9.5.1. Regulamento do Estágio Curricular Obrigatório e Não Obrigatório 9.5.1.1 Da Organização O estágio curricular é um componente obrigatório para a obtenção do diploma do curso de Bacharelado em Administração com linha de formação Sistemas Agroindustriais, sendo composto por uma carga horária de 120 horas, totalizando 8 créditos. As diretrizes para realização do estágio curricular obrigatório e não obrigatório no âmbito do curso de Bacharelado em Administração com linha de formação Sistemas Agroindustriais, estão em consonância com a Lei n° 11.788, de 25 de setembro de PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 126 2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes e, de acordo com o Regimento Geral dos Cursos de Graduação da Universidade Federal de São Carlos. Os estágios curriculares obrigatório e não-obrigatório deverão ser desenvolvidos na área da Administração, de forma que o estudante exercite e aplique os conhecimentos construídos durante a vida acadêmica no ambiente de atuação profissional, possibilitando o desenvolvimento de habilidades específicas. Com isso, espera-se que o aluno adquira uma visão mais ampla das possibilidades de trabalho na área e das relações e interações que ocorrem no mundo do trabalho. De modo a possibilitar a integração das atividades de consolidação da formação, o estudante poderá tratar, com caráter monográfico ou de pesquisa, no Trabalho de Conclusão do Curso (TCC) as situações-problema que porventura vivencie no campo de estágio. O estágio curricular obrigatório poderá ser cursado pelos estudantes a partir do momento que estes tiverem cursado e sido aprovados em no mínimo 34 créditos ou 510 horas-aula, uma vez que esta atividade curricular visa permitir aos estudantes uma troca de experiências vivenciadas durante a realização de seus estágios e o conteúdo aprendido nas demais atividades acadêmicas. O estágio não-obrigatório não apresenta pré ou co-requisitos podendo ser realizado a partir do ingresso no curso. A carga horária do estágio não-obrigatório poderá ser computada como atividade curricular complementar. 9.5.1.2. Dos Objetivos Participar do funcionamento de um projeto empresarial em uma instituição pública ou privada, integrando os conteúdos trabalhados nos quatro eixos temáticos ao longo do curso. Desenvolver habilidades específicas por meio do exercício e aplicação do conhecimento construído durante a vida acadêmica no ambiente de atuação profissional. Trazer novas experiências à sala de aula e possibilitar uma visão mais ampla das possibilidades de trabalho na área. Promover a integração Universidade-Comunidade, estreitando os laços de cooperação. Possibilitar reflexão e análise crítica das situações vivenciadas no ambiente do estágio. Possibilitar oportunidades de interação dos estudantes com institutos de pesquisa, laboratórios e empresas que atuam nas diversas áreas da Administração; Consolidar o processo de formação do profissional bacharel em Administração para o exercício da atividade profissional de forma integrada e autônoma; PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 127 9.5.1.3. Dos requisitos para a realização do estágio: Para a realização do estágio, o estudante deverá estar regularmente matriculado no curso, sendo condições legais e necessárias: a) Celebração do termo de compromisso entre o discente e a parte concedente, com indicação da área de conhecimento, do nível e da modalidade de ensino e o caráter obrigatório ou não obrigatório do estágio. b) Elaboração de Plano de Atividades a serem desenvolvidas no estágio, compatíveis com o Projeto Pedagógico do Curso, o horário e o calendário escolar, de modo a contribuir para a efetiva formação profissional do(a) estudante. c) Indicação para o acompanhamento efetivo do estágio de: um professor orientador da UFSCar e um supervisor da parte concedente. 9.5.1.3.1. Do Termo de Compromisso: O termo de compromisso de estágio a ser celebrado entre o estudante, a parte concedente do estágio e a UFSCar, deverá estabelecer: a) O plano das atividades a serem realizadas, que figurará em anexo ao respectivo termo de compromisso. b) As condições de realização do estágio, em especial, a duração e a jornada de atividades, respeitada a legislação vigente. c) As obrigações do estagiário, da concedente e da UFSCar. d) O valor da bolsa ou outra forma de contraprestação devida ao Estagiário, e o auxílio-transporte, a cargo da Concedente, quando for o caso. e) O direito do estagiário ao recesso das atividades na forma da legislação vigente. f) A contratação de seguro de acidentes pessoais em favor do estagiário, a cargo da Concedente ou da instituição. g) Outras cláusulas e condições que sejam necessárias. Caso haja necessidade de celebração de acordo de cooperação para realização de estágios, a Coordenação de Curso encaminhará a proposta devidamente justificada à Pró-Reitoria de Graduação que a submeterá à aprovação do Conselho de Graduação. Após aprovação a proposta será encaminhada à Procuradoria Jurídica para as providências de formalização, competindo ao Pró-Reitor de Graduação assinar o respectivo termo de acordo de cooperação, por delegação do Magnífico Reitor. O termo de PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 128 acordo de cooperação para realização de estágio será elaborado de conformidade com o modelo o qual poderá ser acessado pelo site: http://www.prograd.ufscar.br/normas.php. 9.5.1.4. Do acompanhamento do Estágio curricular obrigatório e não obrigatório O acompanhamento das atividades do Estágio curricular obrigatório e não obrigatório serão de responsabilidade da Coordenação de Curso ou Coordenação de Estágio, dos professores orientadores e dos supervisores vinculados às partes concedentes e será desenvolvido obedecendo às seguintes etapas: a) Planejamento o qual se efetivará com a elaboração do plano de trabalho e formalização do termo de compromisso. b) Supervisão e Acompanhamento se efetivarão em três níveis: Profissional, Didático-pedagógico e Administrativo, desenvolvidos pelo supervisor local de estágio e professor orientador juntamente com a Coordenação de Curso, respectivamente. c) Avaliação se efetivará em dois níveis: profissional e didático, desenvolvidos pelo supervisor local de estágio e professor orientador, respectivamente. 9.5.1.5. Documentos de Acompanhamento das Atividades de Estágio O acompanhamento e dados relativos a este serão sistematizados em Fichas com objetivos específicos, conforme descrito a seguir: a) Ficha de Cadastramento – Possibilitará a coleta de informações relativas à Instituição concedente ou proponente do estágio, e deverá ser entregue pelo estudante junto com o Plano de Estágio. Possibilitará, também, a identificação de instituições que poderão alimentar um banco de dados para procura de estágios futuros pelos estudantes do Curso de Bacharelado em Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais. b) Ficha de Avaliação do Estagiário pelo Supervisor – Possibilitará acompanhar o desempenho do estagiário no ambiente de estágio. 9.5.1.6. Do Desenvolvimento do Estágio curricular obrigatório e não obrigatório O desenvolvimento do estágio deverá estar pautado nos seguintes pressupostos: a) O estágio não poderá ultrapassar seis horas diárias e trinta horas semanais. Caso não estejam programadas aulas presenciais, o estágio poderá ocorrer em jornada de até 40 (quarenta) horas semanais. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 129 b) O pagamento de bolsa e auxílio-transporte é obrigatório no caso de estágio não obrigatório e opcional no caso de estágio obrigatório. c) O estagiário tem direito a um recesso de 30 dias, após um ano de estágio. As mesmas condições de pagamento do período normal de estágio devem ser aplicadas no período de recesso. 9.5.1.6.1. Das Atribuições do Estagiário Caberá ao estudante estagiário do curso de Bacharelado em Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais: a) Apresentar os documentos exigidos pela Instituição UFSCar e pela instituição concedente. b) Seguir as determinações do Termo de Compromisso de Estágio c) Cumprir integralmente o horário estabelecido pela Instituição, observando assiduidade e pontualidade. c) Manter sigilo sobre conteúdo de documentos e de informações confidenciais referentes ao local de estágio d) Seguir as orientações e decisões do supervisor local do estágio, quanto às normas internas da concedente. e) Efetuar registro diário da frequência no estágio. f) Elaborar e entregar relatório e outros documentos nas datas estabelecidas. g) Respeitar as orientações e sugestões do supervisor de estágio. h) Manter contato com o professor orientador de estágio, sempre que julgar necessário. i) Assumir o estágio com responsabilidade, zelando pelo nome da Instituição do Estágio e do curso a UFSCar. 9.5.1.6.2. Das atribuições da Coordenação de Curso ou Coordenação de Estágio Caberá à Coordenação do curso de Bacharelado em Administração ou à Coordenação de Estágio: a) Coordenar as atividades relativas ao cumprimento dos programas do estágio. b) Apreciar e decidir sobre propostas de estágios apresentadas pelos estudantes. c) Coordenar as indicações de professores orientadores por parte dos alunos, procurando otimizar a relação aluno-professor. d) Promover convênios e termos de compromissos entre a UFSCar e as partes concedentes interessadas em abrir vagas para Estágio na área do curso, avaliando as instalações da parte concedente de forma a verificar a sua adequação à formação profissional esperada para o egresso do curso. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 130 e) Divulgar as vagas de estágio no âmbito do curso. f) Coordenar a tramitação de todos os instrumentos jurídicos (convênios, termos de compromisso, requerimentos, cartas de apresentação, cartas de autorização etc) para que o estágio seja oficializado, bem como a guarda destes. 9.5.1.6.3. Das atribuições dos professores orientadores Caberá aos professores orientadores de estágio: a) Orientar os estudantes no desenvolvimento do plano de atividades e na elaboração dos relatórios periódicos e final pelo estagiário. b) Indicar bibliografia de pesquisa e dar suporte ao desenvolvimento das atividades de estágios. c) Acompanhar o desenvolvimento do plano de atividades, observando o controle de frequência, bem como a necessidade da proposição de melhorias para que o resultado esteja de acordo com a proposta inicial. d) Analisar e aprovar os relatórios periódicos e final, juntamente com o supervisor do estágio. 9.5.1.6.4. Das atribuições dos supervisores Caberá aos profissionais supervisores de estágio: a) Orientar e supervisionar até 10 (dez) estagiários simultaneamente; c) Supervisionar o desenvolvimento do estágio, controlar frequências, analisar relatórios, interpretar informações e propor melhorias para que o resultado esteja de acordo com a proposta inicial; d) Enviar à Coordenação de Curso, com periodicidade mínima de 6 (seis) meses, relatório de atividades desenvolvidas pelos estagiários. 9.5.1.7. Da avaliação A avaliação do estágio curricular obrigatório e não obrigatório será feita pelo orientador e supervisor, respeitando o Regimento Geral dos Cursos de Graduação da UFSCar, em três momentos, com a utilização dos seguintes instrumentos: a) Avaliação do supervisor b) Relatório de Estágio c) Socialização e discussão do relatório de estágio, cuja avaliação se dará por meio da apresentação do Relatório a ser definida pelo Conselho de Coordenação de Curso. A nota final do estágio resultará da seguinte fórmula: PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 131 NF = (NS+2RE+Ap)/4, sendo: NF a nota final, NS a nota do supervisor, RE o relatório de estágio e Ap nota referente à apresentação do Relatório. 9.5.2. Regulamento do Trabalho de Conclusão de Curso 9.5.2.1. Da Organização O Trabalho de Conclusão Curso é um componente curricular obrigatório para a obtenção do diploma do curso de Bacharelado em Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais, composto por uma carga horária de 120 horas, totalizando 8 créditos. O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) será um trabalho acadêmico de produção orientada, o qual poderá ter tema inédito ou advir de pesquisa realizada pelo discente, no âmbito de sua Iniciação Científica. De modo a possibilitar a integração das atividades de consolidação da formação, o estudante poderá, ainda, elaborar uma monografia a partir de situações-problema que porventura vivencie na instituição na qual esteja realizando seu Estágio Curricular. 9.5.2.2. Do objetivo O objetivo do TCC é integrar os conteúdos trabalhados nos quatro eixos temáticos ao longo do curso, por meio da elaboração de um trabalho acadêmico, que poderá ter caráter monográfico ou de pesquisa. 9.5.2.3. Da elaboração ou desenvolvimento do TCC O TCC deverá ser desenvolvido individualmente e, por ser um trabalho acadêmico, fundamentado em referencial teórico pertinente. O TCC que tenha por objeto uma instituição em funcionamento deverá apresentar autorização dessa instituição para sua realização e esta deverá receber cópia do trabalho final. Caso o trabalho envolva pesquisa com seres humanos, organismos geneticamente modificados ou uso de animais, deverá ser submetido e aprovado por comitê de ética específico. 9.5.2.4. Do acompanhamento do desenvolvimento do Projeto PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 132 O TCC deverá ser desenvolvido sob a orientação de um(a) docente da UFSCar, preferencialmente com título de Doutor(a) e reconhecida experiência profissional, sendo permitida a co-orientação de um profissional da UFSCar ou de outra instituição. 9.5.2.5. Da avaliação Respeitando o Regimento Geral dos Cursos de Graduação da UFSCar, a avaliação do TCC será realizada em três momentos, com utilização dos seguintes instrumentos, com ponderações a critério dos conselhos de coordenação de curso: a) Projeto do TCC; b) Redação do TCC; c) Apresentação do TCC, perante uma banca examinadora. Para a apresentação do TCC serão admitidas 02 (duas) possibilidades: - Apresentação oral do trabalho pelo candidato, perante a banca examinadora, dentro das datas estabelecidas previamente no início de cada período letivo. - Apresentação não presencial mediante parecer escrito de cada um dos membros de banca. A banca deve ser composta por três membros, sendo o orientador membro natural da banca examinadora. A dinâmica das atividades a serem desenvolvidas e o peso de cada instrumento de avaliação deverá ser definido no plano de ensino. Uma versão digital (formato pdf) do texto final do TCC deverá ser entregue na secretaria de curso até 30 dias após a avaliação. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 133 9.5.3. Regulamento das Atividades Complementares As atividades complementares serão realizadas de acordo com Regimento Geral dos Cursos de Graduação da UFSCar, que dispõe sobre normas de definição e gerenciamento das atividades complementares nos cursos de graduação e procedimentos correspondentes, definindo que tais normas deverão ser definidas no âmbito do PPC de cada curso, podendo ser alteradas pelo Conselho de Coordenação de Curso. A realização desse componente curricular será viabilizada por meio da efetiva participação do estudante em um conjunto de atividades de ensino, pesquisa e extensão, perfazendo no mínimo 120 horas, equivalente a 8 créditos. A título de Atividades Complementares, o estudante poderá desenvolver atividades acadêmicas, científicas ou culturais permitidas pelo citado Regimento, em cada uma das quais a carga horária máxima é a seguinte: ● Congresso de Iniciação Científica da UFSCar e outros eventos científicos = 10 horas; ● Apresentação de trabalhos em Congressos, Simpósios e Reuniões Científicas = 20 horas; ● Participação em atividades de extensão e ACIEPEs devidamente homologadas por órgão competente da UFSCar, supervisionados por docente = 60 horas; ● Participação certificada em projetos de pesquisa nos moldes de Iniciação Científica = 80 horas; ● Participação em cursos realizados em instituições outras que não de ensino, em cursos ministrados no âmbito do campus Lagoa do Sino por professores visitantes; em cursos oferecidos na UFSCar, ou mesmo de outras instituições de ensino superior, públicas ou privadas, devidamente reconhecidas pelo MEC = 60 horas; ● Realização de estágio curricular não obrigatório em instituição que desenvolva projeto empresarial = 80 horas. A Coordenação de Curso manterá em arquivo o dossiê dos estudantes com os documentos comprobatórios. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 134 X – REFERÊNCIAS ANDRADE, M. C. A questão do território no Brasil. São Paulo: Hucitec, 1995. ALTIERI, M. A.; NICHOLLS, C. Agroecologia: teoría y práctica para una agricultura sustentable. México: PNUMA y Red de formación ambiental para América Latina y el Caribe, 2000. ANDRADEC, R. M.; ZAIAT, M. Engenharia, natureza e recursos naturais. p:3-14 In: CALIJURI, M. C.; BATALHA, M. O. A pequena e média indústria em Santa Catarina. Ed. Da UFSC, Florianópolis SC, 1990. BATALHA, M. O. La notion de filière comme outil d'analyse stratégique: le cas des matières grasses à tartiner au Brésil. Tese de doutorado, INPL, 1993, Nancy, França. BATALHA M. O. et. alli. Recursos humanos para o agronegócio brasileiro. Brasília: CNPq, 2000. BATALHA, M. O. et. alli. 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Infraestrutura necessária ao funcionamento do curso 1.1 Salas de aula e laboratórios. O CCN conta com 11 salas de aula com capacidade para 60 alunos (Porém, já está em fase final de construção um novo prédio com mais 10 salas com capacidade para 60 alunos de aula e um auditório para 80 pessoas para os próximos anos de funcionamento do centro); e 02 laboratórios de informática, com 37 computadores e 28 computadores respectivamente; 08 laboratórios didáticos especializados, além da fazenda em que se encontra o campus, com produção de milho, trigo e soja e outras plantações que começam a ocorrer para atender o ensino, a pesquisa e a extensão dos 5 cursos de graduação do Centro de Ciências da Natureza da UFSCar. 1.2 Biblioteca A Biblioteca Lagoa do Sino (B-LS) ocupa um espaço provisório de 153,96 m² localizada provisoriamente no bloco 3, tem em andamento o projeto para sua construção, contemplando todas as necessidades informacionais do campus. O acervo é de livre acesso e composto por 4.716 exemplares com perspectivas de crescimento para subsidiar ainda mais os estudos e as pesquisas da comunidade acadêmica. A B-LS oferece os seguintes serviços: Consulta do acervo online; Empréstimo domiciliar; Renovação e reserva dos materiais presencial ou online; Empréstimo entre Bibliotecas (EEB) em que, os nossos alunos solicitam livros das outras bibliotecas do SIBi; Capacitação dos usuários na utilização dos serviços; Orientação às pesquisas bibliográficas em bases de dados nacionais e internacionais; Orientação para a normalização e apresentação de trabalhos acadêmicos e publicações científicas. Além disso a UFSCar conta com o Sistema Integrado de Bibliotecas da UFSCar (SIBi-UFSCar) criado em 2015 e que ainda está em fase de implantação, tendo por finalidade de desenvolver de maneira articulada, as políticas de gestão administrativa e informacional das bibliotecas da instituição. Estão PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 138 vinculadas ao SIBi as quatro bibliotecas do campi da UFSCar: Biblioteca Comunitária Campus São Carlos (BCo), Biblioteca Campus Sorocaba (B-So), Biblioteca Campus Araras (B-Ar) e Biblioteca Campus Lagoa do Sino (B-LS). O SIBi utiliza o software Pergamum (http://www.pergamum.ufscar.br) para gerenciar seus acervos e serviços de maneira integrada. Diante das tendências tecnológicas o SIBi oferece acesso remoto a fontes de informação eletrônicas tais como: Portal de Periódicos Capes: disponibiliza mais de 126 bases de dados referenciais e 11 bases de dados de patentes, 37 mil periódicos; Biblioteca Digital de Teses e Dissertações: aproximadamente 6.500 dissertações e teses defendidas na UFSCar; Coleções de E-books: são disponibilizados acesso a e-books assinados pela UFSCar, via Portal de Periódicos. 1.3 Infra-estrutura complementar Espaço de trabalho destinado à coordenação do curso e serviços acadêmicos A coordenação do curso está instalada em uma sala de 13,20 m2 no prédio Ciclo Básico 1 equipada com a seguinte estação de trabalho: cadeira giratória, computador de mesa, dois armários, 1 arquivo em aço para armazenamento de documentação dos discentes. 1.4 Gabinetes de trabalho destinados aos docentes que atuam no curso Atualmente contamos com um bloco para locação de docentes dos cinco cursos do campus, abrigando 37 gabinetes para docentes, cada gabinete contendo 13,20 m2, totalizando uma área de 488,40 m2. 2. Corpo docente e técnico-administrativo 2.1 Corpo Docente atuante no curso de Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais Nome Titulação Vínculo/Dedicação Eixos ministrados Alice Miguel de Paula Peres Doutor Efetivo/40h DE FE-1; FE-2; AOA- PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 139 3;DTSPP-1 Fábio Gricoletto Doutor Efetivo/40h DE COM-1; AOA-1; COM-3; AOA-3; TEA-AOA. Edenis Cesar de Oliveira Doutor Efetivo/40h DE AOA-1; AOA-2; COM-1; COM-2; AOA-4. Heber Lombardi de Carvalho Doutor Efetivo/40h DE AOA-2; AOA-3; AOA-4. Henrique Carmona Duval Doutor Efetivo/40h DE DTSPP-1; DTSPP-2; Ilka de Oliveira Mota Doutor Efetivo/40h DE DTSPP-1; AOA-2; AOA-3. Iuri Emmanuel de Paula Ferreira Doutor Efetivo/40h DE FE-2 Leandro de Lima Santos Doutor Efetivo/40h DE FE-1; FE-2; FE-3; DTSPP-3. Luiz Manoel de Moraes Camargo Almeida Doutor Efetivo/40h DE DTSPP-1; DTSPP-2; DTSPP-4. Naja Brandão Santana Doutor Efetivo/40h DE COM-1; COM-2. Nilton Cezar Carraro Doutor Efetivo/40h DE FE-3; FE-4; COM-4; TEA-FE. Ricardo Serra Borsatto Doutor Efetivo/40h DE DTSPP-2; COM-3; DTSPP-3. Rodrigo Neves Marques Doutor Efetivo/40h DE AOA-1; AOA-2. PPC DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM LINHA DE FORMAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS Página 140 Ubaldo Martins das Neves Doutor Efetivo/40h DE FE-1; FE-2 Waldir Cintra de Jesus Junior Doutor Efetivo/40h DE AOA-1; AOA-2 Yovana María Barrera Saavedra Doutor Efetivo/40h DE DTSPP-1; DTSPP-2; DTSPP-4. OBS: Existe ainda previsão de contratação de mais 03 (três) professores-doutores a atender as demandas do curso, sendo 01 (um) para início das atividades no segundo semestre de 2018 e 02 (dois) para atuação no ano de 2019. 2.2 Corpo técnico administrativo atuante no curso de Administração com linha de formação em Sistemas Agroindustriais O curso de Administração conta uma secretaria, Larissa Dias de Souza, e o apoio de 08 técnicos ligados aos laboratórios especializados do Centro de Ciências da Natureza e 42 técnico-administrativos em diversas áreas da gestão administrativa do campus Lagoa do Sino.